POR JORDI CASTAN
Escrever todas as segundas é meu compromisso com os leitores
e os demais companheiros do Chuva Ácida. Uma das recompensas de escrever aqui é
poder interagir com os leitores que, através dos seus comentários, promovem um
debate de ideias e conceitos. Há de tudo nesta vinha do Senhor, mas o post da semana passada "Fazer campanha contra os candidatos desonestos" mereceu um comentário do leitor que se identificou como “Anônimo 2” e
que me motivou mas que a responder nos comentários a aprofundar o debate aqui.
Há, no mundo da política, um processo de construção de
imagem dos políticos. Há uma estrutura poderosa e custosa que se dedica dia e
noite a fabricar mitos, a promover a imagem de cada um deles, de acordo com os
anseios do eleitorado. Quem ainda lembra a imagem do Tebaldi dirigindo uma
patrola ou com um capacete vistoriando obras? O objetivo era o de promover a
imagem de ação. Alguns acrescentam a estas imagens “construídas”, acompanhadas
de motes adequados, como: “Este sim que trabalha”, ou “Não há segredo, há
trabalho” contribuem a projetar a imagem que o eleitor quer ver.
Para isso os marqueteiros e os institutos de pesquisas trabalham constantemente. Se o problema é a saúde, nada melhor que mostrar alguém que conhece de saúde e com experiência. Se as pesquisas identificam que o eleitor prefere um gestor, pois se destaca a imagem do gestor, o empresário de sucesso que administra com competência e conhecimento. Assim se constroem imagens para atender as demandas do mercado “eleitoral”.
Para isso os marqueteiros e os institutos de pesquisas trabalham constantemente. Se o problema é a saúde, nada melhor que mostrar alguém que conhece de saúde e com experiência. Se as pesquisas identificam que o eleitor prefere um gestor, pois se destaca a imagem do gestor, o empresário de sucesso que administra com competência e conhecimento. Assim se constroem imagens para atender as demandas do mercado “eleitoral”.
No imaginário joinvilense a imagem do político trabalhador
vende muito bem. Há, na idiossincrasia do eleitor, uma fascinação por quem acorda
cedo e trabalha até tarde. Há uma mensagem forte nessa imagem. Forte sim, mas
superada pela realidade. Há uma mudança sensível de modelo. Cada vez mais são
importantes os resultados e menos os cumpridores de horário. É mais importante
a eficácia e a efetividade, do que passar horas a fio fazendo o que deveria ser
feito em menos tempo e de forma mais eficiente.
Indo um pouco além, o eleitor já começou a entender que não há sentido em fazer bem feito aquilo que não precisa ser feito. Ver a administração pública como um referente de inépcia tem um impacto terrível sobre a imagem do administrador municipal. Temos que nos perguntar: de que adianta acordar tão cedo, se não é possível ver os resultados de madrugar tanto? É bom não confundir insônia com trabalho. Porque o eleitor que ver a sua cidade melhor, isso é a única coisa que lhe interessa.
Indo um pouco além, o eleitor já começou a entender que não há sentido em fazer bem feito aquilo que não precisa ser feito. Ver a administração pública como um referente de inépcia tem um impacto terrível sobre a imagem do administrador municipal. Temos que nos perguntar: de que adianta acordar tão cedo, se não é possível ver os resultados de madrugar tanto? É bom não confundir insônia com trabalho. Porque o eleitor que ver a sua cidade melhor, isso é a única coisa que lhe interessa.
O tema da honestidade dos políticos é apaixonante. Há
uma tendência, neste momento, em confundir honestidade com não roubar, com não
receber propina, com não ser corrupto. O conceito de honestidade do homem
público é muito mais profundo. Vai muita além desta visão simplista de
honestidade e desonestidade.
Podemos considerar honesto o administrador que oferece cargos a comissionados apadrinhados por legisladores em troca de apoio? É honesto aquele que promete fazer obras e entregá-las em prazos que sabe que não cumprirá? Podemos considerar que é honesto fazer promessas sem intenção ou sem possibilidade de ser cumpridas, com o único objetivo de iludir o eleitor? Ou são desonestos só os políticos que roubam? Em outras palavras, alguém acredita mesmo que os nossos políticos são honestos? Que conseguiriam passar 24 horas sem mentir uma única vez? Ou o próprio eleitorado é o culpado, porque gosta de ser iludido e prefere candidatos que não dizem a verdade? As perguntas estão postas. E você, o que acha?
Podemos considerar honesto o administrador que oferece cargos a comissionados apadrinhados por legisladores em troca de apoio? É honesto aquele que promete fazer obras e entregá-las em prazos que sabe que não cumprirá? Podemos considerar que é honesto fazer promessas sem intenção ou sem possibilidade de ser cumpridas, com o único objetivo de iludir o eleitor? Ou são desonestos só os políticos que roubam? Em outras palavras, alguém acredita mesmo que os nossos políticos são honestos? Que conseguiriam passar 24 horas sem mentir uma única vez? Ou o próprio eleitorado é o culpado, porque gosta de ser iludido e prefere candidatos que não dizem a verdade? As perguntas estão postas. E você, o que acha?
verdade jordi , aqui em pirabeiraba conheço uma duzia de alemao que pula cedo da cama, mas dorme a tarde inteira kkkk
ResponderExcluirÉ verdade que a eficiência fruto de planejamento e o uso de ferramentas modernas nos permitem mais tempo para a boa vida. Também é verdade que o enorme volume de demandas, agravados por 7 anos "de nada" patrocinados por Carlito e Udo, faz a cidade sentir saudades do prefeito de capacete vistoriando obras. Mesmo porque, a maior obra de Carlito foi inaugurar um semáforo e Udo, não construiu nem sequer um galinheiro.
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