segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Prefeitos para Joinville? A coisa vai de mal a pior




POR JORDI CASTAN


Parece que para o pessoal do Chuva Ácida o processo eleitoral já começou. E já temos as análises sobre os possíveis candidatos. Mas ainda é cedo para todo esse debate, pois muita água tem que correr embaixo das pontes do Cachoeria. Mas dois pontos estimulam este debate extemporâneo.

O primeiro é a sensação de que este governo já acabou. A bem da verdade acabou sem ter chegado a começar. O que, diga-se de passagem, é uma situação esdrúxula para quem ia a dar um choque de gestão. O resultado é uma grande decepção. A inação e a falta de ações concretas, unidas ao desencanto do eleitor, sepultaram esta gestão.

Mesmo assim Udo Dohler surge como candidato natural. E  a seu favor tem a mediocridade dos outros candidatos. Para evitar cair na teoria de escolher o “menos ruim” é bom lembrar que o menos ruim segue sendo ruim. Escrevi sobre isso aqui no Chuva Ácida e repito: escolher o menos ruim representa escolher o ruim. Sabendo que é ruim.

O outro risco que devemos enfrentar em 2016 é o de fazer a escolha do candidato que seja “bom o suficiente”. E se o menos ruim era ruim, corremos aqui o risco de cair na mesma armadilha. Ou seja, escolher um candidato que não seja suficientemente bom para os desafios que Joinville tem pela frente. Esta nova versão do “menos ruim” ganha força na medida em que começam a pipocar os nomes dos pré-candidatos e aos poucos vão colocando as manguinhas de fora.

A pergunta que volta uma e outra vez:  Joinville não tem candidatos melhores? Uma cidade como a nossa deve amargar permanentemente a sina da mediocridade? E condenar o eleitor a escolher entre o "menos ruim" e o que é "bom o suficiente". Como se Joinville não merecesse mais.

Reconheçamos que o poder público ajuda a consolidar essa cultura do "bom o suficiente". Não há uma única obra pública nas últimas décadas da que possamos nos orgulhar, que tenha sido bem feita, no prazo e de acordo com o projeto e pelo preço orçado. Como se os joinvilenses não merecessem mais que isso que aí esta: asfalto casca de ovo, parques sem árvores é que não são mais que praças, esgoto que não esgota, hospitais que são só anexos ou duplicações que são só arremedos de binários, para citar apenas alguns casos.

Assim que em 2016 teremos as opção de escolher entre o gestor que não faz, o incompetente que não fez, o corrupto condenado, o bom moço que de bom não tem nada ou o mitômano compulsivo, ainda que nesta última categoria cabe mais de um candidato. A escolha continua difícil e o futuro parece a cada dia mais incerto.

18 comentários:

  1. hehehehe....bom texto Jordi....e completaria na sua fantastica frase resumindo o carater dos candidatos..."o incompetente que não fez, o corrupto condenado, o bom moço que de bom não tem nada ou o mitômano compulsivo..."...tem ainda os famosos "apresentadores assistencialistas"......

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  2. Quando se escolhe um candidato, tem que ater-se ao conjunto da obra, não apenas a pessoa. Quais são a siglas da base aliada, qual o vice, quais as propostas, qual ideologia... são perguntas que o eleitor tem de fazer para si antes de escolher o candidato. Penso que o Udo Dohler está fazendo uma gestão de empresa ao invés de pública, e isso não é de todo ruim.

    Fazendo um paralelo, um exemplo a ser citado é o do governo do Rio Grande do Sul. O que se ouvem são críticas à gestão Sartori, como se o governador atual tivesse, em seis meses, levado o Estado gaúcho à bancarrota. O povo gaúcho, tão reconhecido como sendo politizado, se esquece das administrações anteriores e não sabe que aquele Estado está falido há décadas. Agora não há mais nada a fazer senão tomar medidas austeras para garantir o funcionamento mínimo da máquina pública. São choques de gestões: uma irresponsável e populista, outra responsável e impopular.

    Outro exemplo: o governo de Santa Catarina fez o dever de casa e hoje está entre as unidades federativas mais bem posicionadas no quesito gestão de gastos públicos. Penso que a diferença é a mesma: populismo vs. responsabilidade. Creio que a gestão Udo, como bom gestor que é, escolheu a segunda opção. Resta saber se a população de Jlle vai ou não colher os frutos. Esta resposta ficará com o próximo gestor.

    Eduardo, Jlle

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    1. Você só pode estar brincando. Udo está pagando fornecedores com atraso de até 150 dias. Pare de se informar com o A Notícia e acompanhe o site da Transparência do próprio governo.

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    2. Leia o exemplo do Rio Grande do Sul.

      Eduardo, Jlle

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    3. Eu sou gaúcho e sei muito bem do exemplo do RS. Pegue a divida pública do Estado (para citar só um indicador) e veja quem foi que levou a esta situação. E não foi o "impopular responsável" coisa nenhuma, como vc gostaria que fosse Eduardo. Seria o sonho de consumo de um neoliberal como vc. Mas foram justamente os governadores do PP e PMDB (inclusive o Sartorón) que mais dividas fizeram com o uso da maquina pública para acomodar seus parceiros. E o PT tão comentado do Tarso Genro foi um dos que menos dividas contraiu e deixou salários e contas em dia. Outra decepção pra ti né Dudu?

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    4. Quem aumentou a folha do servidorismo público, Tarso Genro!
      Quem (vejam só!) reestatizou as rodovias, antes privatizadas, e concedeu subsídios aos pedágios, agora pagos por todos os gaúchos, Tarso Genro!

      Isso para citar apenas dois exemplos da ótima administração petista. Ivo Sartori foi prefeito de Caxias do Sul quando Tarso governava o RS. Não há problemas em Caxias do Sul.

      Vê-se que conheces bem o teu Rio Grande do Sul...

      Eduardo, Jlle

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    5. Vejo que tu deves trocar as suas fontes Dudu, pois ficar na frente da Globonews com uma Veja na mão é confiabilíssimo.
      Qual o governador que não contrata e que não concede reposição dos salários dos seus servidores? Talvez só naquele Estado ou País que tu almeja, do Estado mínimo e da justiça social zero.
      Se o RS está quebrado por causa de meia dúzia de pedágios e da reposição constitucional de salários, não sou bem eu que não conheço o meu estado. Ter que discutir com frangalho adorador do Manhattan Connection dá nisso....

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    6. Sartori não tem culpa de nada, eles recebeu do Genro um estado endividado (eu nunca digo falido, pois acima de tudo, o RS ainda é referência em hospitais de excelência, Universidades de nível internacional como a UFRS e UFSM, ainda é um dos estados mais competitivos e com menor índice de desemprego, tudo bem até aqui, mas isso não significa que não tenhamos o dever de galgar novamente as primeiras posições dos rankings).
      Basta ver a gestão de Sartori em Caxias, aquela cidade é a segunda economia do RS (se aproxima cada vez mais de Porto Alegre), prestes a ultrapassar Joinville. A cidade de Caxias recebeu milhares de imigrantes haitianos e africanos por causa de seu boom econômico, o Sartori fez milagres lá sim, tudo bem que a cidade sempre fora desenvolvida e tal, mas o Sartori elevou a economia da cidade e hoje, junto com Passo Fundo e Bento Gonçalves, é uma das regiões mais prósperas no Sul!
      Eu acredito que o RS vai voltar a crescer assim como Caxias cresceu, isso PRECISA acontecer, pois em alguns anos começará o inevitável declínio populacional do estado e não há economia que resista com perda de população.
      Quanto a Joinville, me abstenho de comentar, não conheço a cidade e ela nunca me interessou pra ser bem sincero!

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  3. Dentro das alternativas que se apresenta, incluindo Ivandro no Lugar de Tebaldi, qual sua opção? Qualquer um que hoje diga que vai fazer alguma obra grandiosa mente, porque não há verbas, não há recursos, nao há chave que abra um cofre mágico que contenha milhões em crédito para investimentos. Gostaria de achar algo melhor que Udo, mas pelo menos ele enfrentou o equema da saúde e colocou o povo pra trabalhar, com ponto eletrônico nos postos de trabalho. Parece pouco... Bem ele está consertando as cagadas que no passado o falecido criou e nos deixou como herança.

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    1. Você diz a época em que Joinville passou para outra dimensão espaço/tempo, tipo a gestão anterior?

      Não, quem fez a cagada está vivinho da silva. Desaparecido, mas vivinho da silva.

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    2. Ok Mas minha dúvida persiste. Considerando Udo, Ivandro, Camisão, Carlixo, Nilson Gonçaves e Darci de Matos, em qual vc votaria??

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    3. Não votaria no PT.
      Não votaria em nenhum partido de esquerda. Meu voto seria do Darci de Matos.

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  4. Está pagando com 150 dias alegando não ter dinheiro em cx, e os problemas com a falta de materiais e medicamentos, o que falta neste governo é gestão, comissionados que caem de paraquedas não sabem nada de gestão pública e os servidores tem q aturar e ensinar.

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  5. Não houve choque de gestão. Ponto.

    A "ralé" teve mais cobrança, enquanto os grandes continua fazendo a festa. Gestão imparcial não conta.

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  6. Para o seu desespero Udo se reelege.

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  7. Este ano a prefeitura recebeu " 2 bilhão" pra gastar , não conseguiu separar 50 milhõezinhos pra comprar terreno e duplicar a Santos Dumont.

    Nos próximos anos vai arrecadar menos e ser mais irrelevante. Eleição será mais uma troca de moscas

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    1. Tamanho da administração, Dirk. Recebeu 2 bilhõezinhos, quanto desse dinheiro serviu para pagar os servidores públicos e as dívidas do município?
      Diminua o tamanho da máquina, demita os incompetentes, invista nos mortos-vivos que sobraram e não podem ser demitidos, institua a remuneração por mérito.

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