POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Budapeste foi um dos lugares que mais gostei
de visitar. Não há uma razão clara, mas arrisco a dizer que talvez seja resultado de uma
certa porção “terceiro mundo” da cidade. A capital húngara tem similaridades
com muitas cidades brasileiras a que estamos habituados, por exemplo, apesar de ter muito
mais história (vem desde o Império Romano).
Há um ou outro monumento mal conservado.
Muitos sem abrigo nas ruas. Alcoólatras que se instalam sob as marquises dos
prédios. Uma certa incivilidade (há lugares onde o cheiro de
urina torna impossível respirar). Os transportes públicos são pouco convidativos. Mas
o que assusta mesmo é haver uma extrema direita muito saliente, mesmo nas ruas.
É comum encontrar homens a ostentar sinais
neonazistas (é verdadeiro o estereótipo do skinhead fortalhão, com roupas cheias
de mensagens pouco amigáveis). Para ter uma ideia, em fevereiro a ultra-direita
comemora o “dia da honra”, que marca o fim da batalha pela cidade na Segunda
Grande Guerra, em 1945: húngaros e alemães juntos de um lado, soviéticos do outro.
Fora isso é um dos mais belos
destinos da Europa Central. Tanto que o turismo representa cerca de 8% do PIB
da Hungria. O lado bonito de Budapeste faz com que os visitantes não prestem
muita atenção a essas mazelas. Afinal, a xenofobia não é contra os turistas
ocidentais, que têm dinheiro, mas contra “inimigos” atávicos (é uma miscelânea
onde cabe tudo, de judeus a comunistas).
O fato é que sempre tive o projeto de voltar.
Não tenho mais. E a decisão veio com o anúncio, há algum tempo, da construção de uma cerca de 175
quilômetros na fronteira com a Sérvia. Não pela cerca em si, porque elas podem
ser contornadas (e são). Mas por representar o extremar das posições do governo de
Viktor Orbán, que tem dado repetidas provas de não ser amigo da
democracia.
É difícil opinar sobre a questão dos
refugiados, porque é muito complexa. Mas se há certezas possíveis, uma delas é que
não se resolve o problema levantando mais cercas. O governo de Viktor Orbán namora
a ultra-direita e anda na contramão do ideal de solidariedade, um dos pilares
da democracia europeia. E se é para ser assim, não fazem falta à União Europeia.
Fora, Hungria.
Quanto a mim, não volto mais ao país enquanto
for governado por esses reacionários.
É a dança da chuva.
Visitar a Hungria e qualquetr outro país reacionário , fora
ResponderExcluirVisitar Cuba, Coréia do Norte, Venezuela , dentro.
É a lógica ideológica.
Hahahahahaha
ExcluirSim, sorte dos húngaros.
Te preocupa não Baço, se eles soubessem quem tu é, também não iriam te querer por lá. Tua decisão agradou a todos.
Agora, reacionário por reacionário, são todos ruins. Para que distinções? Ah, pera lá, quando é do lado de cá é militante, quando é do outro, é reacionário?
Vocês são uns Zé Graça!
O bom dos reaças sem causa anônimos é que, apesar de não mostrarem a cara, mostram a bunda diariamente por aqui. E são feias e fedorentas...
ExcluirEi, anônimo das 10:05, calça as pantufas, veste o pijaminha camuflado e puxa a cobertinha para cima dos joelhos. Fica aí a ver a novela que já arranjo alguém para te dar o remedinho...
ExcluirÉ claro que vão sentir a minha falta, anônimo das 11:58. Quando estou lá as empresas fabricantes de cerveja têm picos de vendas.
ExcluirHã!?!?!?
ResponderExcluirPorque Viktor Orbán não é amigo da democracia?
ResponderExcluirExplique melhor.
Criou um monstrengo chamado “Estado democrático não liberal”.
ExcluirPolíticas ultraconservadoras inspiradas na Rússia, China e Turquia.
Instituiu uma espécie de “putinização” (apesar de às vezes apoiar a Ucrânia).
Quer taxar a internet, onde estão os seus opositores, para silenciá-los
Faz vistas grossas para a corrupção na administração pública.
Promove mudanças constitucionais antidemocráticas (tem maioria no parlamento).
Há muitos questionamentos sobre a independência dos tribunais.
Liberdade da imprensa cerceada ou mesmo censura. Demite vozes incômodas dos órgãos públicos, em especial na comunicação social.
Projeto de impor uma lei: crianças entre os 12 e os 18 anos de idade obrigadas a realizar testes de consumo de drogas.
Perseguições aos antigos integrantes do partido comunista.
É acusado, por estudiosos, de impor um sistema fascista e mafioso.
Nossa, mas esse Viktor Orbán é um comunista!
ExcluirConcordo contigo, Baço, é um anti-democrata.
E quantos você vai abrigar em sua residência mesmo?
ResponderExcluirNão posso. É que já tenho lá umas três russas que pediram asilo.
ExcluirEntendi, vc não precisa ajudar mas critica um pais inteiro que não ajuda.... hipócrita.
ResponderExcluirRespira com calma... 1, 2, 1, 2... já trago o teu Rivotril.
ExcluirFaltam argumentos, vai pra piada.. kkkkk looser.
ExcluirÉ claro que faltam argumentos. Para atingir o teu nível eu teria que zerar o meu QI.
ExcluirTem como não amar os anônimos obcecados pelo comunismo? eu fico sempre impressionado como eles são apegados ao que tanto odeiam. é caso para estudos.
ResponderExcluirTá bom kkkkkkkk looser..
ResponderExcluirNossa, que poliglota. Ele sabe falar inglês. Tô impressionado. Vou já me matricular numa escola para poder debater. Asshole...
ExcluirViu, continua a divagar da questão que te fiz, o que vc. está fazendo ai na Europa, em vez de criticar a atitude dos outros????
ResponderExcluirEra só o que faltava. Eu ter que dar explicações da minha vida. E ainda mais a um cretino que sequer assina com o próprio nome. Vai dormir, pá!
ExcluirPois é,,, vc. critica os outros, mas vc. mesmo não faz nada, e ainda critica queM debate o assunto neste blog... então... LOOSER.
Excluirz z z z z z z z z z z z z z z z z z ... tédio.
ExcluirViu só? faltam argumentos..... kkkkkkkkkkkk looser.
ExcluirTô achando que o anônimo trabalha de segunda a sexta só destilando seus comentários anônimos por aqui. Ganha pra escrever bobagens, à frente de um computador pago pelo patrão. Quem é mesmo o errado da história?
ResponderExcluirOs 500 milhões de pessoas que derrubaram os bundas moles comunistas em 1989 na Europa do Leste e Rússia, são todos "REAÇAS", e os comunistas de merda são só ai no Brasil Subdesenvolvido!
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