POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
O leitor e a
leitora sabem o que são haters? Se formos traduzir para o português, podemos denominá-los
“odiadores”, palavra que sequer vem nos dicionários (mas é só uma questão de
tempo). Fácil entender, né? Os caras são produto da revolução digital, que pôs
as pessoas em rede – neste caso, em redes sociais – e as suas intervenções são
sempre marcadas pelo ódio, em especial quando estão sob o anonimato.
Os haters são
insignificantes demais para tratarmos o fenômeno como uma doença social. Tomo a
liberdade de chamá-los “verrugas sociais”: desagradáveis, inconvenientes e um
tanto asquerosos. Mas inofensivos. O único desconforto que podem causar é o
mal-estar da sua desnecessária existência. Não chega a ser um problema, porque são
fáceis de extirpar e muitas até desaparecem sozinhos.
O Urban
Dictionary, também um produto destes tempos digitais, define o hater como “uma
pessoa que simplesmente não consegue ficar feliz com o sucesso de outra pessoa.
Então, faz questão de tentar expor uma falha nessa pessoa. Viver do ódio, o
resultado de ser um hater, não significa que há inveja. O hater realmente não
quer ser a pessoa que odeia, mas apenas tentar rebaixá-la”. Onde foi que vimos
isso, anônimos?
Há coisas que denunciam
um hater. A primeira delas é que os caras não se reconhecem como haters: como
os loucos, que não admitem a própria loucura, os haters nunca percebem o fato
de serem movidos pelo ódio. Há mesmo os que chegam ao delírio de pensar que
estão a debater. Mas usam sempre o argumentum
ad hominem (embora nada saibam de latim, claro). Nunca expõem ideias e
limitam-se aos ataques pessoais.
O tratamento
dos haters é um tema forte nas discussões internas aqui do blog. Tem gente que
prefere descartar as mensagens de ódio e ataques pessoais. Sob esse aspecto tenho
sido mais liberal, porque não elimino muitos comentários. Mas não é por ser
mais democrático. É por vaidade. Acontece que, na maioria dos casos, os haters
atacam pessoas que intimamente admiram. E eu gosto que eles me façam essa
massagem no ego.
É como diz o
velho deitado: “digital times, pixelated minds”.
Concordo. Mas encontramos "haters" também nos autores do CA.
ResponderExcluirAntônio
pede pro sandro fazer uma charge com o udo e usando o 7 x 1...
ResponderExcluir500 reais por encomenda.
ResponderExcluirAcabei de descobrir que tenho um hater que mesmo meses após ser bloqueado ainda tem saudades de mim, é muito amor
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