domingo, 20 de julho de 2014

Felipe Silveira


POR FELIPE SILVEIRA

Como sou militante e filiado ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), é claro que meu voto vai para Luciana Genro. Assim como o 50 terá meu voto em todas as outras disputas da vez: governador, senador e deputado federal e estadual.

O critério fundamental é o partido, pois essa história de "votar em pessoas" é coisa de quem passa longe de uma discussão política séria. Votar em pessoas é ajudar a eleger uma série de cretinos que faz a política partidária ser o que é. (É claro que as pessoas interessam, mas colocá-las como critério sobre a questão do partido é ignorar a discussão que mais importa.)

Por isso voto no PSOL. Um partido relativamente novo, fundado em 2005, a partir do desencanto com o caminho escolhido pelo PT ao chegar no poder, e que amadurece a cada dia. Eu, que era petista, aderi à nova sigla somente em 2010, quando comecei a participar das atividades do partido recém-fundado em Joinville.

Acredito que a mudança da sociedade não se dará pela via parlamentar, mas entendo que este é um importante espaço a ser ocupado, onde o PSOL tem sido exemplar em suas atuações e lutas. Parlamentares como Marcelo Freixo, Chico Alencar, Ivan Valente, Jean Wyllys, Randolfe Rodrigues, Renato Cinco e Afrânio Boppré (vereador em Florianópolis e candidato ao governo de SC) demonstram todos os dias seus compromissos com o povo e com os direitos humanos.

Voto no PSOL porque sou contra o machismo, contra a homofobia e contra o extermínio sistemático da população negra e pobre. Voto no PSOL porque luto pelo direito à moradia e ao transporte público, gratuito e de qualidade. Participo do partido porque entendo que o povo deve ser protagonista das lutas, e vejo a sigla como uma ferramenta da população.

Voto no PSOL porque quero promover uma mudança radical no sistema econômico, pois entendo o modo de produção capitalista como a raiz dos problemas da sociedade. Voto neste partido porque quero uma sociedade mais justa, que nos permita desenvolver todas as nossas imensas potencialidades enquanto brasileiros e seres humanos. E o programa de Luciana Genro e do PSOL tem propostas claras para começarmos a caminhar até lá.

29 comentários:

  1. Como se os partidos abraçassem a ideologia partidária...

    O PSOL é um partido novo que almeja chegar no mesmo nível do PT (se é que me entendem), com ideias embasadas em discursos utópicos baseados em ideias decrépitas que serão sabiamente esquecidas após a eleição.

    Ao mesmo tempo que o PSOL defende “as minorias” também ataca outras. O velho discurso petista do “nós contra eles” é pinto comparado com o que o PSOL almeja colocar em prática.

    Dê poder a eles e vera o quão compromissados são com povo.

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    1. Interessante o comentário acima, eu percebi nele uma duvida muito comum de todos. Tiradas as devidas proporções, é quase uma questão da fé, acreditar em um partido pela ideologia, sendo que temos exemplos de outros que não foram bem aproveitados.
      Existem algo em que o PSOL mostra na pratica que vai fazer a diferença se/quando chegar ao poder? Esta ai uma questão para o Felipe responder.

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    2. Respondo essa. Digo que na prática o PSOL já faz diferente antes mesmo de chegar ao poder ao não aceitar doações de bancos, empreiteiras, empresas multinacionais, essa galerinha que tem o poder econômico como instrumento de manipulação de tudo o que se possa imaginar... Em princípio pode parecer algo irrelevante, mas acredito que na prática isso pode fazer uma grande diferença na hora de enfrentar os atuais "donos do poder" e implementar políticas públicas em favor do povo. Afinal, se todo o poder emana do povo (artigo 1º, parágrafo único da Constituição), por que quem dá as cartas e define as regras do jogo é o dinheiro? Isso tem que mudar.

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    3. O sonho é gratuito, Luiz.
      É sabido que o poder emana de quem ou do que tem dinheiro. Se alguém ou algum grupo organizado dizer o contrário, desconfie.

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    4. Ainda bem que sonhar não custa nada... E não tem porque desconfiar de mim por dizer o "contrário".

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    5. Seguimos sonhando, e construindo. Deixo a resignação para os anônimos.

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    6. Obrigado Luiz pela resposta, achei realmente um ponto importante.
      Vou aguardar as outras postagens, achei muito interessante esse formato que o Blog usa.

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    7. Só uma dúvida, por que sempre os contrários aos partidos de esquerda postam como "anônimos"? Que medo é esse que esse povo tem de debater?

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    8. Normal, Joacir. Décadas atrás os eram os comunistas que se escondiam... Bons tempos aqueles...

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  2. Concordo integralmente quando fala da importancia dos partidos e seus conteúdos programáticos. Votar em pessoa é mais ou menos como aquela história dos caras que sempre se dizem apartidários e que sempre votam no PSDB....
    Agora a crítica do PSOL ao PT a meu ver fortalece sempre a direita, o dia que a reforma política neste País for finalmente implantada estas "diferenças" entre os partidos de esquerda tendem a minimizar ou pelo menos diminuir estes mi-mi-mis. Teremos uma esquerda liberal jogando dentro das regras capitalistas (mas com projetos socializantes) e uma esquerda que sempre vai pregar as relações mais ortodoxas entre capital-trabalho-propriedade.

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    1. Respeito a tua opinião. Mas não concordo com ela.
      A posição do Psol é de esquerda. E eu gostaria que as do PT fossem também.

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    2. Se a inclusão social e economica dos ultimos anos não for de esquerda, não sei do que é. Precisa melhorias, maior alcance, sim. Mas já mudou o perfil dos brasileiros, e isto prá mim é muito significativo. Mesmo com a aposta dos contrários.

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  3. Mais do mesmo. O brasileiro não cai mais nessa.

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  4. O PSOL vai ter a mesma função do PSB de Eduardo Campos e da freira trotskista: desviar votos que iriam para o PSDB para garantir a vitória do PT. E depois, é claro, ficar com algum ministério da pesca ou da Borboleta de Bigode como prêmio de consolação pelo bom comportamento, o famoso “toma lá, dá cá”.

    Antônio

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    1. Porra, o Antonio acha que os votos que iriam para o PSDB podem migrar para o PSOL. Realmente, manja muito.

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  5. Mário Cezar da Silveira21 de julho de 2014 às 16:42

    Hoje em nosso país, está impossível votar, seja em pessoas ou em partidos, pois os partidos são feitos por pessoas e, portanto, sujeitas a serem afetadas pelo poder, por motivações excusas, ou em nome da "governabilidade", corrompida pelo número irracional de partidos e interesses políticos.
    Enquanto não houver uma mudança nas regras, exterminando com a maioria das siglas de aluguel, de forma a ter diferenças de ideologias partidárias identificáveis, quem chega ao poder é obrigado a vender a alma ao diabo, caso contrário não governa.

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    1. Mário, eu acredito nas pessoas. Em pessoas como você, por exemplo. E acredito que elas estão em bons grupos, como no PSOL, por exemplo. Digo que o critério "pessoas" para o voto é errado/inadequado porque a sigla, em alguns casos, é determinante. Os partidos tem ideologia, sim, mesmo que não digam e em alguns casos não saibam. O meu sabe qual é a sua.

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    2. Mário Cezar da Silveira23 de julho de 2014 às 08:46

      Caro Felipe, tenho uma boa inveja de você por ter uma convicção partidária. Gostaria de tê-la! Aqui de cima dos meus 60 anos, e por ser um cidadão que luta por direitos, tenho embatido em demasia com o "poder", há muitos e muitos anos. Os bastidores são podres. Acreditei em muitas pessoas e em muitos partidos. Descobri que os partidos mudam por interesses momentâneos de quem os comanda e que pessoas, cometem crimes, por esses partidos, ou por suas ideologias.
      Acredito nas pessoas, mas o atual sistema político brasileiro é um balaio de gatos que destró ou apaga os bons e bem intencionados.
      Ainda não decidi, mas se votar no PSOL, o farei muito mais por falta de opção, não por acreditar que não se corromperá, como o PT, se assumir o poder.
      Me diga o que o PSOL conseguirá fazer se ganhar a presidência do país? Como conseguirá governar sem se promiscuir com o atual sistema político?

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  6. Esta proposta do blog, pra mim é dar milho aos corvos, se alguns blogueiros já eram vistos como petralhas, comunistas ou coxinhas agora existe motivação... Não sou contra a divulgação de voto mas acho que a discussão política perde força com isto, fatos importantes que devem ser discutidos, ficam em segundo plano, pois o leitor não vai mais ver um folha em branco, vai ver um militante falando. Vai parecer propaganda política para o pior tipo de eleitor, que é o eleitor torcedor, onde não importa mais as propostas, importa só que o meu partido vai ganhar e o outro vai perder. Exatamente como o futebol brasileiro e as eleições funcionam a anos... A virtude da dúvida é muito importante para conseguirmos alcançar a excelência... a fé cega em partidos, religiões, pessoas é o pior mal que temos hoje, frequentemente somos enganados por notícias, posts e comentários mentirosos... temos que ser capazes de romper com esta fé cega e solicitar planos de governo em vez de discursos.
    A fé cega contribuiu para que o nosso competente prefeito fosse eleito... e a cidade continua parada.

    Rudimar

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  7. Eleitor torcedor ou fã, é tudo o que o Brasil precisa...

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    1. Pois é, Anônimo. Essa é a nova geração Coca Cola. Provavelmente o Felipe tem menos de 25 anos e só ouviu falar da inflação galopante das décadas de 80-90. Provavelmente ninguém da família dele precisou pagar o valor de um automóvel e esperar três anos por uma linha telefônica em casa... Paciência, quem sabe nas próximas décadas essa geração evolua a ponto de compreender que votar em PSOL, PT, PSTU é uma moda tão inusitada e esquisita quanto as horrorosas obreiras.

      Franciele

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    2. Haha. Seria muito legal ter menos de 25 de novo.

      O engraçado desse argumento é que o último candidato a presidente pelo Psol era um octagenário.

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    3. Porra cara, não sacaneia o Felipe. Ele já tem 26.

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  8. Eu acho que no atual sistema essa história de "votar em partidos" é coisa de quem passa longe de uma discussão política séria. Votar em partidos atualmente é ajudar a eleger uma série de cretinos que faz a política partidária ser o que é.

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