quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Aumenta a repressão e a violência policial na cidade da ordem

Policial ostentando com o "brinquedo novo" durante a
manifestação popular. Foto cedida por Jéssica Michels
POR FELIPE SILVEIRA

Recentemente soube de um caso em que a polícia entrou na casa de um homem na base da porrada. Sem mandado, com um motivo torpe, dando porrada e fazendo ameaças que fizeram calar a vítima, um trabalhador comum, marcado pela condição social.

Eu poderia ter inventado esse caso para falar do que acontece todo dia em todo o Brasil, mas esse exemplo é real, recente, e aconteceu com uma pessoa bastante próxima. Eu sei que isso acontece todos os dias, quase que exclusivamente nas periferias, e mesmo assim eu fiquei chocado quando soube desse caso.

É importante dizer que isso acontece quase que exclusivamente nas periferias. Até pouco tempo eu morava em um bairro de classe média com alguns amigos e o mesmo motivo torpe levou a polícia até a casa. Lá, no bairro rico, não rolou violência. Evidentemente, pois a possibilidade de haver filhos de advogados, juízes e empresários na casa era grande.

Na periferia não tem conversa...


A repressão e a violência policial também me chocaram na quarta-feira (8), durante a manifestação contra o aumento da tarifa de transporte coletivo. Fazia tempo que eu não via tanto “sangue no zoio”. Longe de querer dizer que não havia antes, pois havia, sempre houve, notei que algo mudou de uns tempos pra cá. Não estão escondendo mais a vontade de esganar os manifestantes.

O troço é tão absurdo que os policiais cercaram um ônibus onde estavam os manifestantes e outros cidadãos e ameaçaram prender todo mundo que tava nele. O pm disse pra tocar pra delegacia porque ia prender todo mundo.

Isso é concebível? Eu estou louco? Sinceramente, não sei o que argumentar em relação a isso. Não consigo compreender como alguém tem coragem de defender a pm depois de saber dessas coisas.

Um policial ameaçou prender um manifestante no próximo protesto. Alguém me explica como isso é possível? Outro policial falou que teria que “conversar melhor” com outro manifestante. Imaginem o tom da conversa. Foram inúmeros relatos de ameaças na manifestação de quarta, sem contar a ostentação com armas letais (escopetas) e “não-letais” (aquela parada que dá choque).

Entramos em que ano? 68?


Obs.: Eu cheguei bem tarde na manifestação. Esse texto é resultado de coisas que vi e ouvi na quarta.

46 comentários:

  1. Se houve excessos ou descumprimento da lei, a recomendação é denunciar na corregedoria. A sociedade, a instituição e os honrados servidores públicos agradecem.

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    1. Dirk, não rola. Num comentário mais embaixo eu respondo porque não levamos pra frente o caso. Infelizmente, pra esse caso, a corregedoria não funciona. Aliás, pra qual ela tem funcionado?

      Esse mundo ideal tá longe do real, mas um dia a gente chega lá.

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    2. Existe a corregedoria da PM. Se a “vítima” não se sente confortável em seguir o protocolo é porque a situação é muito mais cabulosa do que um simples erro policial numa investida contra um “inocente”.

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    3. Não é assim. Mas ache o que quiser.

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    4. Felipe, as aspas em vítima e inocente são um grito eloquente sobre as motivações do comentário.

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    5. Exatamente. Por isso que nesses casos nem discuto.

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    6. Só quem nunca usou a corregedoria pra dizer que ela funciona. Acredito tanto na corregedoria quabto em Papai Noel e coelhinho da páscoa.

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    7. Meu filho já usou a corregedoria porque foi abordado de forma truculenta por alguns policiais quando ele retornava para casa com alguns amigo depois da balada. Fomos no dia seguinte e fizemos um BO junto à corregedoria e o policial responsável pela investida (que de vez enquanto o encontramos no patrulhamento da ruas) foi chamado para depor.
      Penso que antes que avaliar um serviço, nós mesmos temos que fazer uso dele. O procon, por exemplo, muita gente critica sem ter sequer o número da fundação.

      Leonardo S.

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    8. Você chama isso de funcionar? Sério?

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    9. Meu filho e seus amigos não sofreram agressão física além de alguns empurrões. Fomos à delegacia discutir a forma como a abordagem foi feita, pois colocaram os garotos contra um muro e começaram a vistoria em seus bolsos sem nenhum motivo aparente. Achamos que essa atitude por parte dos policiais foi excessivamente abusiva, ainda mais porque moramos na periferia. Penso que a necessidade do policial ter de se explicar para os seus superiores já é o suficiente para que o mesmo pense duas vezes antes de agir da mesma forma.

      Leonardo S.

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    10. Infelizmente não é assim que funciona em casos como o que eu citei acima. Mas fico feliz que tenha dado resultado no teu caso.

      Tem trocentos documentários, livros e outros materiais que falam sobre o outro lado da história. Recomendo procurar.

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  2. Felipe, tenho dito em vários lugares, aqui inclusive, que a polícia é uma das instituições mais resistentes às políticas democratizantes. A onda de manifestações só fez aparecer de forma mais clara o que - como você bem observou - a periferia conhece desde há muito tempo.

    Tão lamentável quanto é saber que tem muita gente conivente, seja por desinformação, seja porque é, igualmente, saudosa da ditadura. E que será haverá quem, por ignorância ou má fé, acha que basta tratar os excessos como se reclama com o síndico do condomínio quando o vizinho faz barulho depois das 22h: é só denunciar à corregedoria que a PM, ciosa de seu papel e sua imagem, tratará de apurar e limar os excessos... da própria PM.

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    1. Pois é, é o que mais vemos aqui. Gente apoiando (não estão justificando, e sim apoiando, pedindo) essa violência/crime que a PM pratica.

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  3. Será que esses milicos dão conta das facções que mandam dentro de Pedrinhas?
    Mandem eles pra lá, quero ver se eles têm bagos para isso.
    Meter medo em mulher e gente que não deve nada é fácil.

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  4. prakaba...cada coisa q incoerente q vejo...qdo não é o diabo o culpado ...é a ditadura...muita gente nm viveu aquela época...e usa como parâmetro para tentar entender ou explicar o excesso da autoridade policial...no meu ponto de vista...a democracia anarquista em q vivemos...leva até mesmo as forças de segurança...a agirem de uma forma tbm anarquista...é aquela lei antiga da fisica...a cada ação uma reação...o q falta...é educação pra todos para poder se viver em uma sociedade de forma mais inteligente...

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    1. Du Von, seu comentário é desprezível e a prova de como faz falta o conhecimento da história.

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    2. "Democracia anarquista" e "forças de segurança... a agirem de uma forma tbm anarquista". Cara, melhor ler isso com meus 6,5 graus de astigmatismo do que ser cego.

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  5. Segundo parágrafo: "Eu poderia ter inventado...". Pronto, tá tudo explicado aí. Você poderia ter inventado... kakakaka É, você poderia ter inventado. Não defendo policial, mas quem argumenta com "Eu poderia ter inventado", para mim, perde toda a credibilidade. E depois, no final, diz que chegou tarde e só ouviu? kakakaka Abraços senhor "Eu poderia ter inventado".

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    1. É que você é burro. Aí não entende mesmo.

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    2. Toda frase que começa com um "Não" alguma coisa (não tenho preconceito, não sou racista, não sou machista, não sou homofóbico, não defendo policiais) e segue com um "mas" alguma coisa, é dita ou escrita por um idiota.

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  6. Isso, Felipe, ataque a polícia, como se estivesse na década de 60, em meio à repressão ditatorial. É um fetichismo da Esquerda, eu sei.

    Quer dizer que a polícia “invadiu” a casa do seu amigo? Assim, sem mais nem menos, de repente a guarnição estava passeando na rua e os policiais pensaram: “vamos invadir sem mandato aquela casa ali”... Será que eles invadiram sem mandato mesmo? Será que esse seu amigo é mesmo inocente? Porque temos que confiar na sua palavra ou na de seu amigo?

    É sabido e comprovado que a maioria dos esquerdistas gosta de “viver perigosamente”, às vezes a margem da lei, então é até compreensivo (embora odioso) fazer apenas propaganda negativa da polícia.

    Exemplo: quem não se lembra nos “estudantes” da USP (uma minoria, diga-se de passagem) que, mesmo depois de mortes, roubos e sequestros de alunos, “protestaram” (invadiram e depredaram a reitoria) contra a intervenção da PM no campus com o subterfúgio de “repressão ditatorial do Estado” (mais um clichê esquerdista), mas o objetivo todos sabem que é a de consumir e traficar a macoinha (e outros entorpecentes ilegais) deles tranquilamente.

    Contudo os esquerdistas são sempre suspeitos quando forem apontar problemas da polícia.

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    1. José, você falou um monte de besteira que nem vou me dar ao trabalho de responder. É por gente que pensa como você que temos essa polícia lixo. Lixo pede lixo.

      Vou responder apenas uma: sim, a polícia invadiu, ilegalmente, a casa do meu conhecido. Eles sabem disso. Não falei mais aqui e ele não levou isso pra frente por medo de morrer assassinado pelos caras depois. Nós certamente poderíamos provocar incômodos pra eles - suspensão, pagamento de pena etc. Mas isso teria consequências para o meu conhecido. Talvez até mesmo a morte.

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    2. Claro, José, o Amarildo, assassinado pela PM do RJ foi uma invenção da esquerda. Os outros Amarildos, sequestrados, espancados, torturados, humilhados e assassinados pela PM brasileira são, todos, uma invenção da esquerda.

      Aliás, não é a esquerda que vive nos anos 60, é a policia, que continua a agir exatamente com a mesma truculência dos tempos da ditadura porque não aprendeu ainda a ser de outro jeito.

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    3. Este comentário foi removido pelo autor.

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    4. Essa mentalidade da direita conservadora, de que se é culpado até que se prove o contrário, me deixa pasmo. E curiosamente, quando a repressão ocorre em um governo de esquerda (ou até mesmo, quando um dos seus é detido em flagrante violação da lei em um estado direitista), trata se de ditadura e autoritarismo. Me pergunto se gostariam de viver em Oceania... com a mentalidade de "se apanhou, algo errado fez", achariam lindo a repressão do grande irmão, não? Afinal, é o que tanto defendem ao bradar contra quem foi agredido pelo estado, ao exigir prisão sem evidencia (por que a ausencia de evidencia é prova do acobertamento, como ja vi alegarem a respeito do mensalão), e parabenizar espancamentos e execucões sumarias de indesejaveis.

      Lembro de um certo empresário jaraguaense que desejava que mudassem a legislação "ditatorial" do PT (embora o item que queira mudar viesse de 88) para que... pacientes psiquiatricos, presidiarios e usuarios de drogas perdessem seus direitos civis. O discurso de odio contra a esquerda é mais menos como isso: vamos destruir os indesejaveis...

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    5. Não sei, não conheço esse lado truculento da PM, e olha que sou pobre e vivo na periferia. No ano passado participei das manifestações e a PM estava lá, acompanhando todas as passeatas pacíficas. Esses casos pontuais de truculência da PM devem ser cuidadosamente analisados de todos os lados. O fato é que é muito estranho a PM entrar na casa de um inocente sem mandato. Tem caroço nesse angu.

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    6. Claro, José, a polícia brasileira não é truculenta, Papai Noel existe (eu sei, porque eu deixei minha meia na lareira e ela amanheceu cheia de presentes no dia 25/12) e já encomendei os ovinhos para o coelhinho da Páscoa.

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  7. Felipe, a PM como já foi falado guarda os resquícios e saudades da ditadura, e também da violência pela violência, a mesma que fazia o povo gozar quando alguém era atirado aos leões na época romana ou atualmente nas UFCs da vida. Agora imagina isto na cidade mais ordeira e do culto ao trabalho e aos patrões??

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  8. Soube que houve uma mudança no comando da PM, o que possivelmente pode ter influenciado nas ordens de postura da PM na última manifestação. Vamos continuar as manifestações e denunciar à população a violência policial e a exploração destas duas empresas.

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  9. Soube que houve uma mudança no comando da PM, o que possivelmente pode ter influenciado nas ordens de postura da PM na última manifestação. Vamos continuar as manifestações e denunciar à população a violência policial e a exploração destas duas empresas.

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  10. http://www.youtube.com/watch?v=fafMLy_kt4A

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  11. Dia 15/01 (quarta-feira) as18 horas na praça da bandeira, em frente ao terminal central, tem mais uma manifestação.

    https://www.facebook.com/events/1411303182441161/?ref_dashboard_filter=upcoming

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  12. Como POLICIAIL sugiro que LEIAM na íntegra todo o texto do autor. Façam o favor de ler como quem avalia um texto friamente, imparcial, e não como quem se alimenta do que oferece uma inútil novela de TV. Se não for pedir demais leiam os comentários também. Verão que o autor expõe sem fundamentar seus argumentos, e reprime de maneira estranha tudo e todo aquele que o contraria. Como citou Ivone Boechat: "Democracia sem educação é anarquia." Por assim pensar afirmo que o autor, uma vez PM, desonraria todos os colegas que na utopia de um mundo melhor trabalham em função do bem comum.

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    1. Myke, eu não falo mais por respeito a pessoa que sofreu a violência. Não quero entregar o caso porque a pessoa tem medo da retaliação, que eu, você e todo mundo que tem um pouquinho de noção da realidade sabe que existe. Ou tu não sabe?

      Eu estudo segurança pública. Já fui, como repórter, na aula de direitos humanos do curso da PM, aqui em Joinville. Major Giovanni, se não me engano, deu o curso. No mínimo é uma parada insuficiente. Saí de lá meio chocado com a fragilidades daqueles policiais recém-formados que tinham curso superior. Imagina como são os da velha guarda. Aliás, nós sabemos como eles são. Ou tu não sabe?

      Não cogite a possibilidade de eu ser PM nem de brincadeira. Isso jamais ocorrerá.

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    2. O policial Mike estava na minha lista de contatos do facebook. Mas eu tomei a "liberdade" de limar o cara. Eu até respeitava a liberdade de expressão dele na minha timeline, mas depois do comentário que fez um mix de anarquia e democracia e por ter ignorado as ameaças feitas por seus amigos de polícia, como a que vc relata e outras fotos e vídeos, eu simplesmente não quero que o "meu espaço virtual" seja ocupado pelas opiniões e omissões do querido cop.

      Maikon K

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    3. Pobre Mike, o que será dele sem a honrosa possibilidade de compartilhar suas fotos, vídeos e opiniões pelo Facebook com o honorável rapaz ali de cima?

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  13. Felipe...

    Sabe o que realmente me assusta?
    O que me assusta é a forma generalizada com que se fala negativamente das instituições, sejam quais forem.

    Falar de forma generalizado da PM como você e depois dizer:

    “Não consigo compreender como alguém tem coragem de defender a PM depois de saber dessas coisas.”

    Isso é no mínimo não conhecer o real significado da palavra “dialética” e tentar entrar em uma discussão, é se posicionar como dono da verdade absoluta de todos os fatos.

    Muito provavelmente, se você tivesse em sua família, um pai, um irmão ou mesmo um filho que exercesse com integridade de caráter essa profissão, você não tentaria levar as pessoas a manter uma concepção destrutiva em relação à instituição como um todo.

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  14. Esta sua postura outorga o direito a outros a pensarem de forma generalizada que todo “manifestante” é um desordeiro.
    Mas eu sei que isso não é uma verdade absoluta!

    Você outorga o direito de uma pessoa ter como verdade absoluta que os manifestantes da USP eram todos baderneiros, mas sabemos que entre eles havia muitos que estavam reivindicando de forma coerente, e que foram ofuscados por aqueles que não sabiam e nem se importavam com o que realmente se buscava.

    Sua postura generalizada em relação a PM outorga o direito de alguém acreditar que a falta de qualidade na educação é culpa dos professores, e de que a saúde pública está como está por culpa da classe médica, que não se esmeram no que se propõem a fazer. Sem falar nos jornalistas, que distorcem as notícias para aumentar a audiência.
    Afinal, tudo é questão de como generalizar as coisas para inflamar a discussão.

    Mas eu sei que isso não é uma verdade absoluta!

    Sua postura generalizada em relação a PM tenta inclusive tirar o direito de alguém, que como eu e outros tantos, por conviver com policiais honestos e dedicados, se sinta ridicularizado ao tentar “defender” a PM como instituição.

    Você Felipe, esqueceu que tirar o “direito de defesa” de alguém, ainda que por outro alguém, era coisa da “ditadura de 68”.

    O que me assusta é ver policiais sendo cuspidos em seus rostos no momento de uma abordagem, ou do cumprimento de uma ordem judicial por uma minoria.
    O que me assusta é ver a grande massa aplaudir e insuflar o grupo ao desrespeito generalizado, tendo como líder um mal intencionado, que depois usa o argumento de que a polícia agiu com “excesso”.

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  15. O que me assusta é observar que estamos formando novas lideranças com embasamentos teóricos dos anos 60, como se não tivéssemos tido nenhuma mudança ao longo de todo esse tempo, ainda que seja necessário considerar que há muito por se conquistar.
    Líderes que fazem uso da História não para aprender com os erros, mas para fazer uso deles manipulando massas sem objetivos concretos, observados pela falta de continuidade para a conquista dos mesmos.
    Líderes que não sabem de onde realmente vieram e por tanto não conseguem definir onde realmente querem chegar.
    Precisamos de aprendizes de liderança que se espelhem em Mandela, mas... maturidade leva tempo, depende de disciplina pessoal, sacrifício, dedicação e estudo, mas o imediatismo os remete a estratégias que eles mesmos condenam, as dos “anos 60”, que por sinal não viveram e que em sua grande maioria desconhecem historicamente.

    O que realmente me assusta é a ideia do conceito generalizado a respeito de tudo.
    Pode-se até criticar tudo, mas não se pode criticar todos, para isso se faz necessário mais do que apenas ter ouvido falar, ou dizer que “sempre foi assim”, é preciso conhecer as pessoas como indivíduos.

    Diante disso, sem conhecê-lo, deixo aqui claro que assim como acredito em PMs honestos, dignos e de caráter íntegro na instituição, também reconheço que possuímos líderes em formação com conhecimento histórico e idealismo, e cujo caráter e integridade são comparados a tantos policiais incluídos na instituição que hoje você, Felipe, denigre com tanta veemência, ainda que de forma generalizada.
    Talvez o problema esteja em identificarmos esses líderes no meio de tanta falta de respeito às lideranças que estão genuinamente exercendo sua função.
    Respeito e consideração independem do lado, enquanto um estiver esperando que o outro o respeite, nunca chegaremos a lugar nenhum (Mandela entendeu bem isso).

    Felipe, ou aprendemos com a história, ou repetiremos os mesmo erros.

    Jean Sidney.

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    1. Jean Sidney, não concordo com o que você falou, mas me parece que você veio aqui para dialogar e isso é legal. Se você é policial, você sabe como a coisa funciona. Óbvio que há bons policiais, mas esses caras estão numa instituição que hoje é um câncer. Falo mal da PM porque é a instituição que é escrota, e isso privilegia o policial escroto. E eles são muitos. O policial que não é escroto pode até fazer o seu trabalho, mas ele sabe como funciona a parte suja da PM.

      Eu vou continuar falando mal disso e espero ter condições de combater isso um dia.

      Sobre o lance dos líderes, esse negócio de identificar líderes, acho inadmissível. Essa é a prática de desmonte dos movimentos sociais. Pegam um pra assustar outros. Geralmente esse um é um lutador, um batalhador, um dos melhores de nós. Pegam esse pra "dar o exemplo".

      Então, minha sugestão é que você não faça esse jogo dos dominantes. Sugiro que venha para os movimentos sociais, conheça as pessoas, pense no seu papel nesse jogo e aprenda com a história.

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  16. Minha pergunta é:
    Vão fazer manifestação, já fizeram um pedido formal para a PM para que haja uma proteção contra os baderneiros infiltrados?
    Ou seja, desta forma, ambos os lados parrem do princípio que haverá confronto.
    Acredito que esteja faltando uma liderança com uma visão de necessidade de mudança de posturas, mudança de ambos os lados.

    Desta forma é começar algo sem acreditar que se possa mudar o que ai está.

    É o que penso.

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  17. Tem muita gente precisando consultar um dicionário básico de política pra não ficar a escrever bobagens sobre anarquia. Chega a dar vergonha ler gente adulta e letrada usando a palavra tão indevidamente.

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  18. Ao povo que curte usar a expressão 'anarquia' qualquer contexto, eu sugiro a leitura de um livro: http://ithanarquista.wordpress.com/2013/01/17/surgperspectlivro/

    Mk

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  19. O duro é ler e "ouvir" todos afirmando serem donos da verdade.
    Só conseguem mostrar o cisco no olho do outro, sem olharem para seus próprios olhos, cada um com sua visão distorcida por suas próprias características sócio culturais. Cada um com suas bagagens familiares, regionais, cada um com suas meias verdades, que no fundo são mentiras inteiras, pois toda meia verdade é uma mentira.Cada apresentando o mundo ideal que existe dentro de si, sem se importar na verdade com a visão do outro. Intelectuais movidos por idealistas ausentes de participação ativa em mudanças reais. São como ateus que para o bem de seus filhos comemoram o Natal com árvores de natal e jantares de ação de graça. Cada um defendendo o seu lado, sem na verdade saírem do seu próprio conforto. Doce ilusão de acharem que sabem mais do que todos e de que possuem a solução mágica, mas que como todo "mágico" guarda na verdade para si como deve ser realizada. Quando flipe, você mostrará mágica final da solução que você parece guardar para você mesmo? Quando?

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  20. Policial Mike, aprenda com o seu superior:

    http://www.viomundo.com.br/denuncias/coronel-adilson-paes-a-violencia-policial-nao-e-tratada-no-curso-da-pm-e-um-tabu.html

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