sábado, 12 de maio de 2012

Não voto no Tebaldi nem se o adversário for Satanás

POR FELIPE SILVEIRA

Eu não votaria em Marco Tebaldi (PSDB) nem que ele estivesse no segundo turno com o próprio Satanás e a humanidade dependesse deste meu voto. Não vejo muita diferença entre esses dois, exceto pelo fato de que todo mundo sabe que Satã é o cara malvado. 


Já o Teba ainda consegue enganar um monte de trouxa por aí. E é justamente isso que não dá para entender. Como as pessoas ainda pensam em votar num homem que tem quatro ou cinco processos aguardando julgamento no STF (ou seja, ele já foi condenado na primeira instância, pelo menos)? Como as pessoas pensam em um homem fez o asfalto mais cretino já visto nessa cidade? Como podem pensar em votar em quem fez aquela Arena toda cheia de infiltração? Como as pessoas criticam quem votou no Lula "por ele ser burro" e pensam em votar em uma pessoa com a "capacidade de articulação" de Marco Tebaldi?


Sério, alguém aqui já viu um discurso dele? É horrível! Eu consigo admirar a capacidade de discursar de alguns políticos cretinos, como o LHS, mas nem isso o Teba tem. Como podem pensar em votar em alguém que fica tão à vontade nesse jogo de poder?
Enfim, Satã, você já sabe. Se tiver concorrendo com Marco Tebaldi para qualquer coisa, já tem um voto.




                   Felipe Silveira é estudante de jornalismo e um dos criadores do Chuva Ácida

Deputado apanha da língua, vaia, obras, sal...


sexta-feira, 11 de maio de 2012

CÃO TARADO



Um canal de TV para o seu cão assistir

POR ET BARTHES
Você sai de casa para trabalhar e o seu cachorro fica sozinho. O bicho sente. Mas agora o problema está resolvido. Acreditem. Já existe um canal só para cães. Que mundo cão que nada.


A UFSC Joinville fez tudo errado e ainda queria bajulação?


POR CHARLES HENRIQUE VOOS

Na semana passada, após quatro anos, finalmente tivemos o lançamento das obras da UFSC Joinville (leia-se também por UFSC Norte, UFSC-dos-prédios-alugados ou UFSC-de-um-curso-só). Analisando os discursos proferidos no evento, e as entrevistas concedidas aos jornais locais, parece que houve muita mágoa com as cobranças e questionamentos feitos por setores da sociedade joinvilense. Ainda bem que estas dúvidas surgiram, pois tudo foi feito da pior forma possível, e até hoje pagamos o preço por tais remendos.

Será que os diretores não lembraram que o terreno escolhido para abrigar a Universidade está em uma localização péssima, em um espaço alagadiço, às margens de uma rodovia com alto movimento, e comprado por valores absurdos? Ou a necessidade de compra do terreno do Sinuelo, bem como a terraplanagem, surgiu do nada? Ou pior: esqueceram que ali teríamos o quase esquecido contorno ferroviário?

Parece também que a mágoa existiu quanto à escolha dos cursos. Quando uma parcela da sociedade começou a questionar se realmente eram cursos que atendiam as demandas de ensino da região, a direção encarou como algo próximo à ofensa. Esqueceram-se que rasgaram a Constituição quando não debateram com a sociedade. Esqueceram-se que, apesar da autonomia didática de uma instituição deste porte, contemplaram a necessidade da ACIJ e criaram um curso com uma ementa estranhíssima.Quando o Ministério Público Federal questionou juridicamente (e a Câmara de Vereadores, em forma de audiência pública) estes fatos, a sensação da direção da UFSC era de que os questionadores eram contrários à vinda desta Universidade. Queriam bajulação? Que a sociedade joinvilense os ovacionasse? Os problemas surgiram pelas “gambiarras” da própria UFSC, da Prefeitura e do Governo do Estado. Por que em Chapecó, por exemplo, antes da Instalação da Universidade Federal da Fronteira Sul, a sociedade foi ouvida em audiências públicas? E ainda: por qual motivo as coisas andaram rapidamente por lá, enquanto que aqui tudo está em passos de tartaruga (as aulas de fato nas dependências próprias da UFSC Joinville começarão somente em 2014)?

Agora a UFSC Joinville quer oferecer mais cursos. Finalmente entenderam o recado, anos depois. Mas não se engane caro leitor: a UDESC Joinville também já teve esta promessa, e bem... o resultado está lá no Campus Universitário para quem quiser conferir. A ampliação dos cursos na curva do arroz vai depender de verbas federais ainda não garantidas, etc. E também só agora perceberam que a Engenharia da Mobilidade não irá entender nada da mobilidade de um local sem diálogo com outros campos do conhecimento. Parece que o filme da UDESC na década de 60 está se repetindo com a UFSC Joinville em pleno século XXI. Ser futurólogo é fácil, dizendo que vão ampliar aqui e acolá, mas se esquecem do pífio presente, apesar do alívio momentâneo de alguns.

Ah... sim. Agora ficou melhor









O editor não gostou nadinha do post de ontem (logo abaixo). Mas, mesmo assim, deu os parabéns ao Chuva Ácida. “Pois é! Que burro sou eu. Invejo sua sapiência. Sem sua observação jamais teria percebido o erro. Parabéns!”.
O Chuva Ácida agradece e, por uma questão de justiça, hoje publica o post com a correção do equívoco. Agora sim... tudo no seu lugar: Carlito é Carlito, Tebaldi é Tebaldi.
E o Facebook é lindo.




quinta-feira, 10 de maio de 2012

Facebook tramando os editores...







O Facebook por vezes tem vida própria. E provoca ilusões de ótica. Fala que um é condenado, mas aparece o outro. Talvez porque haja algumas semelhanças.


iPad Beer: os seus sonhos viraram realidade


POR ET BARTHES
E aí? Você já tem um iPad? Se estiver a pensar em comprar, eis aqui um modelo que vai gostar: ele traz cerveja. Ah... e se vir o filme até ao final, ainda pode ver outros dois modelos à escolha.




O inimigo externo

POR JORDI CASTAN

A Albânia é um país relativamente pequeno. Situado nos Balcãs, faz divisa com Montenegro, Kosovo, Macedônia, Grécia e é banhado pelo mar Jônico.
No pós-guerra ficou no lado comunista da Cortina de Ferro e se converteu numa das piores e mais fechadas ditaduras comunistas da época. E escolheu a aliança com o comunismo radical de China de Mao, que o stalinismo soviético considerado moderado demais.

Durante os anos mais duros da ditadura o governo criou o mito do inimigo externo como uma forma de manter a população preparada e unida para defender o país da ameaça que vinha de fora. Numa época em que o país tinha menos de 2,5 milhões de habitantes, foram construídos mais de 700.000 bunquers para formar uma linha de defesa para proteger o pais. Mais de um bunker para cada família. Nunca existiu um perigo real e imediato de invasão por parte de nenhum vizinho ou de nenhuma potencia estrangeira. A Albânia era - e continua sendo - um objetivo estratégico pouco importante para que alguem possa imaginar uma invasão.

Criar inimigos externos reais ou imaginarios é uma pratica comum na política. A Argentina fez isto em plena ditadura militar, para unir um pais e uma sociedade fragmentada frente a um suposto inimigo externo. O resultado foi a desastrada guerra das ilhas Falklands/Malvinas. Agora de novo tentou reviver o tema das ilhas, com pouco êxito e optou por fazer da expropriação do capital espanhol na petrolera YPF, uma nova versão de união de todos contra um inimigo externo. A Bolívia vem fazendo isso em doses menores, com maior frequência. A brasileira Petrobras já foi vítima deste jogo político.

Ao nível local há uma propensão de também construir - ou até inventar - inimigos  externos ou internos.
Às vezes é o Governo do Estado, outras o PI (Partido da Ilha), outras os estados vizinhos e, em épocas passadas, o governo federal, nosso atual melhor amigo. Outras vezes os inimigos são internos, as viúvas de um , os aliados de ontem,  os críticos de sempre. Às vezes até os elementos da natureza têm sido apresentados como inimigos que ameaçam a paz e a harmonia desta magnífica cidade.



Mas é bom saber separar os inimigos reais dos fantasmas e dos monstros imaginários, que inventamos para amedrontar crianças e eleitores.