POR ET BARTHES
Câncer de mama? Eis uma boa forma de mostrar como se faz. É usar um homem. Uma forma divertida de tratar um assunto sério.quarta-feira, 24 de maio de 2017
terça-feira, 23 de maio de 2017
Cabeça vazia é a oficina do tinhoso (sim, aquele com a faixa presidencial)
POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
O Brasil já foi considerado o país do futuro. O problema é que na prática insiste em ser um país sem futuro. Se tivesse que fazer um diagnóstico meio à pressa, diria que há uma explicação muito razoável: é que o país tem uma das piores direitas do planeta (talvez a pior). No Brasil, a direita é mais burra, mais intolerante e tem maior tendência para o irracionalismo.
A maior expressão desse estado de indigência mental está, por exemplo, nos heróis que ela escolhe. É só gente inútil do ponto de vista intelectual. Para evoluir qualquer país precisa de inteligência, bom senso e massa crítica. É tudo o que falta a essa direita. E onde os neurônios são preguiçosos, opera o besteirol. Quer exemplos práticos? Então, vamos ver alguns highligths mais recentes. Tem para todos os (des)gostos.
- Rachel Sheherazade diz que Hitler fundou o PT na Alemanha. Ah... que falta fazem umas aulinhas de história.
- Marcelo Madureira diz que foi apanhado de surpresa pela ligação de Aécio à corrupção. Zeus! Ele nunca tinha ouvido falar em Furnas, no aeroporto nas terras do tio ou nos milhões da saúde mineira?
- Lobão sai em defesa de Temer e assume a tese das gravações fraudadas. Mais alguém, além dele e do próprio Temer, acredita?
- Janaína Paschoal diz que “prometi a Tancredo Neves que olharia pelo país e confesso que acreditei que os netos dele também tinham esse sentimento”. Será que também vai ter áudio?
- João Doria rejeita Aécio Neves. “É estarrecedor um senador da República utilizar essa linguagem. Palavras de baixíssimo calão. É absolutamente lamentável”. Uai! Palavrão é corrupção.
- Diogo Mainardi dá um furo jornalístico: Joesley comprou deputados com o objetivo de impedir o impeachment de Dilma. É... pelo visto a coisa funcionou direitinho.
- Roberto Jefferson, em prisão domiciliar, mas “miraculosamente” convertido em oráculo dessa direita apatetada, diz que o PT quer diretas já porque pode ainda contar com a ajudinha das urnas eletrônicas. Hã!?
- Alexandre Frota diz que “o açougueiro da JBS é sócio de Lulinha tem Lula por trás de tudo isso”. Qual dos dois é Lulinha? O Joesley ou o Wesley?
- Carlos Bolsonaro, o filho mais atrapalhado de Jair Bolsonaro, elogia o talento do pai como gestor: “a JBS faz o maior trambique já visto com o seu dinheiro com todos os governos, via BNDES, e você falando que Bolsonaro não manja nada de economia”. Putz. Bolsonaro para ministro da Economia já!
O problema dessa direita no Brasil é não ser uma força convencional, com a pretensão de ocupar lugar no arco político. Pelo contrário, essa gente está totalmente fora do eixo. É uma direita, em muitos casos extrema, que não está disposta a contribuir com soluções. É gente que gosta do fuzuê, de bagunça, de anarquia (não confundir com os anarquistas, por favor). Tudo o que pretende é impor a agenda do atraso. Enfim, cabeça vazia é a oficina do tinhoso (sim, aquele com a faixa presidencial).
É a dança da chuva.
O Brasil já foi considerado o país do futuro. O problema é que na prática insiste em ser um país sem futuro. Se tivesse que fazer um diagnóstico meio à pressa, diria que há uma explicação muito razoável: é que o país tem uma das piores direitas do planeta (talvez a pior). No Brasil, a direita é mais burra, mais intolerante e tem maior tendência para o irracionalismo.
A maior expressão desse estado de indigência mental está, por exemplo, nos heróis que ela escolhe. É só gente inútil do ponto de vista intelectual. Para evoluir qualquer país precisa de inteligência, bom senso e massa crítica. É tudo o que falta a essa direita. E onde os neurônios são preguiçosos, opera o besteirol. Quer exemplos práticos? Então, vamos ver alguns highligths mais recentes. Tem para todos os (des)gostos.
- Rachel Sheherazade diz que Hitler fundou o PT na Alemanha. Ah... que falta fazem umas aulinhas de história.
- Marcelo Madureira diz que foi apanhado de surpresa pela ligação de Aécio à corrupção. Zeus! Ele nunca tinha ouvido falar em Furnas, no aeroporto nas terras do tio ou nos milhões da saúde mineira?
- Lobão sai em defesa de Temer e assume a tese das gravações fraudadas. Mais alguém, além dele e do próprio Temer, acredita?
- Janaína Paschoal diz que “prometi a Tancredo Neves que olharia pelo país e confesso que acreditei que os netos dele também tinham esse sentimento”. Será que também vai ter áudio?
- João Doria rejeita Aécio Neves. “É estarrecedor um senador da República utilizar essa linguagem. Palavras de baixíssimo calão. É absolutamente lamentável”. Uai! Palavrão é corrupção.
- Diogo Mainardi dá um furo jornalístico: Joesley comprou deputados com o objetivo de impedir o impeachment de Dilma. É... pelo visto a coisa funcionou direitinho.
- Roberto Jefferson, em prisão domiciliar, mas “miraculosamente” convertido em oráculo dessa direita apatetada, diz que o PT quer diretas já porque pode ainda contar com a ajudinha das urnas eletrônicas. Hã!?
- Alexandre Frota diz que “o açougueiro da JBS é sócio de Lulinha tem Lula por trás de tudo isso”. Qual dos dois é Lulinha? O Joesley ou o Wesley?
- Carlos Bolsonaro, o filho mais atrapalhado de Jair Bolsonaro, elogia o talento do pai como gestor: “a JBS faz o maior trambique já visto com o seu dinheiro com todos os governos, via BNDES, e você falando que Bolsonaro não manja nada de economia”. Putz. Bolsonaro para ministro da Economia já!
O problema dessa direita no Brasil é não ser uma força convencional, com a pretensão de ocupar lugar no arco político. Pelo contrário, essa gente está totalmente fora do eixo. É uma direita, em muitos casos extrema, que não está disposta a contribuir com soluções. É gente que gosta do fuzuê, de bagunça, de anarquia (não confundir com os anarquistas, por favor). Tudo o que pretende é impor a agenda do atraso. Enfim, cabeça vazia é a oficina do tinhoso (sim, aquele com a faixa presidencial).
É a dança da chuva.
segunda-feira, 22 de maio de 2017
Segurança pública: soluções simples diminuem ambiente de guerra
POR JORDI CASTAN
O tema que proponho é segurança.
No Brasil, a média é de 32,4 assassinatos por 100 mil
habitantes. A ONU considera que o índice de normalidade seria de 10 a cada 100
mil. Santa Catarina apresenta uma média percentual de 7.5 mortes a cada 100 mil
habitantes. Entre os números divulgados, destaque para Joinville que, com uma taxa de 7,7 por 100 mil habitantes, é a
campeã do Estado. E nem tivemos maior repercussão desta
noticia, que nós deixa tão malparados e apreensivos.
Destaque também para a vizinha Jaraguá do Sul, com a menor taxa de homicídios entre os municípios de maior porte, com 1.2 a cada 100 mil habitantes. A diferença entre os dois valores é tão significativa que não há nada a acrescentar. É importante destacar que os dados não se referem ao total de homicídios. Neste caso, a liderança de Joinville seria o resultado lógico de ser a cidade mais numerosa do estado. Como os dados se referem a mortes por cada 100 mil habitantes, é possível comparar alhos com alhos e bugalhos com bugalhos.
Destaque também para a vizinha Jaraguá do Sul, com a menor taxa de homicídios entre os municípios de maior porte, com 1.2 a cada 100 mil habitantes. A diferença entre os dois valores é tão significativa que não há nada a acrescentar. É importante destacar que os dados não se referem ao total de homicídios. Neste caso, a liderança de Joinville seria o resultado lógico de ser a cidade mais numerosa do estado. Como os dados se referem a mortes por cada 100 mil habitantes, é possível comparar alhos com alhos e bugalhos com bugalhos.
O tema da segurança - ou melhor dizendo, a falta dela - é grave. E com frequência é o principal motivo pelo qual os turistas desistem ou
desconsideram o Brasil como destino turístico. A pergunta que me fizeram nestes
dias, de passagem pela Colômbia: como vocês fazem? Essa pergunta vindo de um colombiano, que viveu durante mais de 50 anos uma guerra cívil no seu pais, não deixa de
ser irônica.
O aumento descontrolado da violência é resultado de uma
longa série de elementos e listá-los aqui não é o objetivo deste texto. Mas interessa citar exemplos que têm dado bons resultados no sentido de reduzir ou conter a violência. Exemplos simples, econômicos e que funcionam.
No Equador, todos os taxis estão equipados com duas câmaras de vídeo internas e dois botões de pânico, um para o passageiro e outro para o
motorista. Como resultado, os assaltos a motoristas de táxi reduziram
sensivelmente. O ultimo homicídio de um taxista em Quito foi resolvido em menos
de 72 horas e os culpados presos. Tanto os taxistas como os usuários se sentem
seguros e aprovam o sistema. As câmaras pertencem à municipalidade, que as instala em todos os táxis. As câmaras transmitem constantemente imagens para a central de segurança unificada.
A ideia de unificar as policias é outro tema tabu aqui
por estes lados. As imagens são projetadas na central do 911, o número da
polícia no país. Se houver uma emergência, tanto o motorista como o passageiro
podem acionar o botão de pânico, que dispara o alarme na central. O táxi, localizado por um sistema de GPS, a mesma tecnologia que utiliza o UBER e
outros aplicativos semelhantes, informa a posição de cada carro em cada
momento e permite que a polícia possa intervir.
Simples e efetivo. Aliás, vendo este exemplo lembrei de
quando a Conurb administrava a rodoviária e propusemos instalar câmaras de
monitoramento na área de embarque dos táxis. O objetivo evidente era o de
aumentar a segurança dos taxistas. Pouco tempo antes um taxista tinha sido
brutalmente assassinado. Estações rodoviárias são pontos vulneráveis de
segurança. Há movimentação de passageiros honestos e também de outros
passageiros que tem outros interesses e objetivos. O curioso foi a oposição
dos taxistas a instalação das câmaras, na época fiquei pensando por que motivo
seriam contrários a instalação de sistemas de segurança pensados para melhorar
a sua e a dos passageiros.
Segurança é um tema complicado no Brasil, em que cada vez
temos menos claro quem está de que lado. É possível melhorar. Sim.
sexta-feira, 19 de maio de 2017
Marcelo Madureira: de humorista a motivo de piada
POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Os eventos dos últimos anos fizeram (re)surgir uma série de personagens lamentáveis. Gente com limitações intelectuais, valores éticos maleáveis e, em alguns casos, que se orienta por comportamentos agressivos. E há um ponto comum a muitos: são pessoas que tiveram alguma projeção mediática e hoje estão no limbo.Lobão, Roger ou Alexandre Frota, por exemplo, são ícones dessa lista de inutilidades artísticas e políticas, entre outros menos cotados. Há uma tentativa de voltar aos holofotes pela via da política. Mas a gestão de carreira parece não ser o forte dessa gente. Porque acabam sempre acantonados em discursos reacionários e intolerantes (passe a redundância).
Mas poucos são tão patéticos quando Marcelo Madureira, que teve os seus dias no Casseta & Planeta e hoje se arrasta por aí a fazer figuras tristes. Eis o estilo do discurso: “Seu vagabundo, Lula da Silva, nós não temos medo! Sua ladrona, sua vagabunda, mentirosa, Dilma Rousseff, nós não temos medo! Seu Gilmar Mendes, nós não temos medo (…) Vagabundo!”. Zeus!!!
O problema com Marcelo Madureira é que virou motivo de piada. Isso é a morte do artista, ainda mais do humorista. E agora, depois da revelação, com provas, da corrupção de Aécio Neves, ele vem posar de “velhinha de Taubaté”: era, talvez, a única pessoa no país que não sabia dos problemas do “Mineirinho” com a corrupção.
Os filmes abaixo mostram dois momentos na vida do ex-humorista. No primeiro, defende a candidatura de Aécio Neves, sob o argumento de que o tucano “reúne todos os requisitos para ajudar a colocar este país de novo nos trilhos”. Num segundo momento, fala da decepção e da surpresa por ver Aécio Neves envolvido em problemas de corrupção.
Diz o ex-casseta: “para mim é chocante ver o candidato que eu apoiei, a pessoa que eu acreditei, estar envolvido nessas negociatas”. Pobre Marcelo. Ficou decepcionado. E surpreendido. E eis que enfim temos uma piada. Mas é o próprio Madureira o motivo. Pois então tenho um surpresa ainda maior para ele: existe uma coisa chamada Google. É só ir até lá e pesquisar “Aécio Neves corrupção”. São apenas 860 mil entradas como resultado...
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