sábado, 7 de novembro de 2015
sexta-feira, 6 de novembro de 2015
Por onde andam, o que fizeram os nossos deputados estaduais? Você sabe?
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POR SALVADOR NETO |
"Deputados estaduais eleitos por Joinville respondem como vão representar a cidade - Saiba como Darci de Matos, Kennedy Nunes e Patrício Destro vão se posicionar sobre prioridades na cidade”. Esse era o título da matéria do jornal A Notícia no dia 7/102014 (clique e leiaaqui os posicionamentos). Dalmo Claro de Oliveira (PMDB) assumiu o cargo após engenharia política do governador Raimundo Colombo (PSD) para recolocar peemedebistas na Assembleia Legislativa. Ele era o quarto suplente, e quando assumiu também se comprometeu com sua base eleitoral (assista aqui). Esses são hoje os deputados estaduais que deveriam estar trabalhando por você, eleitor da maior cidade de Santa Catarina. Você sabe o que eles estão fazendo por sua cidade até aqui?
Você os vê, por exemplo, batendo
na mesa do governador Colombo para exigir que as obras do Estado em Joinville,
como a famosa duplicação da avenida Santos Dumont, o elevado na mesma duplicada
(só que não) avenida no cruzamento com a rua Tuiuti, o asfaltamento da estrada
Rio do Morro na zona sul, a elevação e melhorias da rua Minas Gerais na zona
leste, aberturas das avenidas Max Colin
e Almirante Jaceguay, e a grana preta prometida para pavimentação das ruas nos
bairros e saúde (??), mais policiais militares e civis, entre outras obras e
promessas que não acontecem nunca? Não. Publicamente então, jamais.
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Escolas também esperam ação, grito, cobrança dos deputados |
Diga assim, de primeira, qual o projeto de lei importante, relevante que Darci de Matos (PSD), Kennedy Nunes (PSD), Patricio Destro (PSB) e Dalmo Claro (PMDB) apresentaram, defendem ou aprovaram. Difícil não é mesmo?
Mas o que fazem os nobres
deputados aparecerem? Ou é alguma eleição próxima (2016 está na porta), ou são
as entidades da classe empresarial, ou a farra dos gastos com diárias, com
viagens importantíssimas para a Europa, China, EUA que ninguém sabe qual benefício
trouxe para Santa Catarina, e muito menos para Joinville, e também a mais
recente farra descoberta com a alimentação dos nobres deputados catarinenses,
entre os quais os nossos também se encontram utilizando o nosso dinheirinho
suado, sofrido, que é recolhido regiamente aos cofres públicos, no caso, do
estado.
Dizia o falecido senador,
ex-governador Luiz Henrique da Silveira (criador de todos estes que aí estão), quando
prefeito de Joinville, que a cidade era “a quinta roda da carroça”. Por isso precisaríamos
eleger o governador – no caso ele, que foi eleito e reeleito – e muitos
deputados.
A primeira parte conseguimos, a bancada grande não, e pior, sempre pouco efetiva nas conquistas e brigas pela cidade. Hoje, continuamos a ser a quinta roda da mesma carroça (talvez a sexta...), só que agora sob as rédeas do lageano Raimundo Colombo e sua turma. Entre os quais os nossos “representantes” Darci de Matos, Kennedy Nunes, Patricio Destro e Dalmo Claro.
A primeira parte conseguimos, a bancada grande não, e pior, sempre pouco efetiva nas conquistas e brigas pela cidade. Hoje, continuamos a ser a quinta roda da mesma carroça (talvez a sexta...), só que agora sob as rédeas do lageano Raimundo Colombo e sua turma. Entre os quais os nossos “representantes” Darci de Matos, Kennedy Nunes, Patricio Destro e Dalmo Claro.
Como do meu artigo anterior na sexta-feira passada no Chuva Ácida (leia aqui) quando lancei a ideia de não reeleger nenhum dos atuais
vereadores na Câmara de Vereadores de Joinville para realizarmos a reforma
política popular, que tal iniciarmos a fiscalizar e cobrar os nobres deputados
estaduais que vivem à sombra, olhando de longe os graves problemas da cidade
que os elegeu, sem esboçar indignação, força e cobrança ao Governo? Já chegaram
à metade do mandato, e o que produziram? Pergunte a eles! Cobre, mande seu
email, mandem em massa, mobilizem-se! Cidadania é isso.
Aqui seguem os links de suas
páginas na Assembleia Legislativa de SC para sua pesquisa, e também os emails
dos nobres. Faça a sua parte. Leia no início deste artigo, no link, o que eles disseram que fariam. Analisem. Eu faço a minha cobrando aqui publicamente mais ação
efetiva, trabalho, conquistas de obras e recursos para a cidade que está
virando um grande chão de fábrica, falido. Anotem e cobrem, encham as caixas deles, liguem:
Dalmo Claro – email: deputadodalmo@alesc.sc.gov.br –
Página: http://www.alesc.sc.gov.br/portal_alesc/deputados/Dalmo%20Claro/
Darci de Matos – email: darcidematos@alesc.sc.gov.br –
Página: http://www.alesc.sc.gov.br/portal_alesc/deputados/Darci%20de%20Matos/
Kennedy Nunes – email: deputado@knunes.com.br
– Página: http://www.alesc.sc.gov.br/portal_alesc/deputados/Kennedy%20Nunes/
Patricio Destro – email: não
disponível no site da Alesc, pois o mesmo está licenciado...
Fiscalize, cobre, coloque a lista
na porta da geladeira, exerça o seu poder.
É assim, nas teias do poder...
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quinta-feira, 5 de novembro de 2015
A Consciência Negra é necessária
Mês de novembro chegou e com ele vem o dia da Consciência Negra. Muitas pessoas questionam o motivo de tal data, reforçando que o que deveríamos ter, realmente, era um dia da Consciência Humana.
Muito admira os questionamentos e as intromissões quando se trata das pautas da população negra. Em outubro tivemos três festividades germânicas no estado, mas os mesmos questionamentos não foram feitos. Não foi cobrado, por exemplo, para que fosse realizado uma festa das tradições joinvilenses, com todas as culturas representadas, ao invés de celebrarmos apenas a cultura germânica.
Esses questionamentos mostram uma tentativa de silenciar quem sempre lutou e luta para ser escutado e representado. Esses questionamentos são frutos de uma cultura racista que nunca permitiu ou viu com bons olhos o que era produzido pela população negra que, aqui na região, insistem em afirmar que não existia, mesmo que a história afirme o contrário e mostre que, em Joinville, os negros e negras – escravizados e libertos – já frequentavam a região, junto com as famílias luso-brasileiras, e ajudaram os primeiros colonizadores, alemães e noruegueses, que aqui chegaram, em 1851. Para quem ainda duvida, visitem o Cemitério dos Imigrantes de Joinville e vejam lá enterrados alguns dos escravos que aqui viveram.
Além do resgate e da luta para que essa história seja propagada e apresentada tanto para moradores, quanto para turistas, a Consciência Negra se faz necessária em uma cidade que continua a insistir ser pertencente a um só povo e que, com isso, contribui para o surgimento de grupos neonazistas e separatistas.
Ao acreditar que o problema racial seria resolvido se fosse silenciado, seguindo a lógica Morgan Freemiana, permitiu-se que o problema crescesse, fazendo surgir diversos casos e denúncias de racismo.
Recentemente, o caso envolvendo a modelo Haeixa Pinheiro, na disputa do concurso para eleger a rainha da 77ª Festa das Flores, viralizou na internet e deixou mais do que evidente a importância de uma data que relembre o sofrimento da população negra no período escravocrata e as consequências dessa época que persistem até hoje. A invisibilidade negra nos concursos de beleza, por exemplo, é parte das grandes consequências geradas pela escravidão em terras brasilis.
Não me agrada esses tipos de concursos, a objetificação da mulher e sua exposição, tendo que corresponder a um padrão pré-estabelecido, reduzindo todas as suas qualidades a simples aparência, tentando criar padrões que demonstrem o que é belo e o que é feio, o que é bom e o que é ruim, o que deve e o que não deve ser aceito, mas diante dos fatos é preciso fazer uma outra análise sobre outra problemática existente: o racismo.
Se é permitido a presença de mulheres brancas disputando a coroa de rainha das Escolas de Samba, no Carnaval, por que não é permitido a presença de mulheres negras na disputa pela coroa em eventos da cultura germânica?
Ainda insistem em nos intitular como extremistas e intolerantes, quando a realidade nos mostra o contrário.
Haeixa pode até não saber, mas representa a negritude joinvilense, todos aqueles e aquelas que se escondem, não querem tocar no assunto, sentem medo. Haeixa está encorajando negros e negras a buscarem a Consciência, a representatividade e o direito de dizer que estamos aqui, que ajudamos a construir essa cidade e que queremos respeito.
Respeito à nossa cultura, as nossas tradições. Respeito à diversidade.
Somos diferentes, sim. Minha pele negra é diferente da pele branca, mas não é isso que gera o racismo. O que gera o racismo é querer usar dessa diferença para sobressair, tirar vantagem das outras pessoas, hierarquizar. Foi isso que foi feito na escravidão e persiste até os dias de hoje. Sobre os que têm e os que não têm, os que mandam e os que obedecem, os que vivem e os que morrem, os que são livres e os que são encarcerados...
Acredito também que devemos ver o que nos une, mas sem um olhar clínico, crítico e analítico do que nos separa, jamais atingiremos a unidade que tanto queremos. É esse olhar clínico que a Consciência Negra tenta trazer todos os anos, todos os meses, todos os dias, mas nunca consegue ser escutada. Os problemas raciais são estruturais no nosso país, não é esvaziando os debates, não é tentando silenciar que iremos chegar a uma solução eficaz. É justamente por meio da escuta, da educação, da pesquisa, da leitura, do conhecimento e, principalmente, da empatia.
Se você quer mesmo ter uma Consciência Humana, comece entendendo que a Consciência Negra é importante, pois com todas as desumanidades que nós enfrentamos nos mantemos de pé, tentando dialogar e ensinar um pouco mais sobre a nossa cultura, a pedir mais respeito, a lutar pelo fim do genocídio e da marginalização da nossa população, da nossa religião, das nossas tradições.
Salve Zumbi! Salve Dandara! Salve Tereza! Salve todos os heróis e heroínas, negros e negras, que morreram lutando por justiça e liberdade! Estão vivos e serão sempre lembrados.
O quilombo é inspiração! UBUNTU!
quarta-feira, 4 de novembro de 2015
O jornalismo do Profissão Repórter precisa ser regra, e não exceção
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Imagem do filme Boa Noite, e Boa Sorte |
O Profissão Repórter de ontem, 3 de novembro de 2015, mostrou mais uma vez a diferença que o jornalismo pode fazer na vida das pessoas. Você não deve ter visto, pois o programa da Rede Globo comandado pelo experiente e compromissado Caco Barcellos, que coordena uma equipe de jovens jornalistas, vai ao ar na última hora das terças-feiras, às vezes na primeira hora das quartas – talvez propositalmente.
No programa de ontem, Caco e sua equipe contaram histórias de agricultores que foram afetados pelo uso de agrotóxicos nas plantações, especialmente de tabaco. Ouviram as famílias de pessoas que tiraram a própria vida, pois o agrotóxico gera e agrava o quadro. Da mesma forma com o câncer, causado pela exposição ao veneno. Mostraram também como esses trabalhadores estão sujeitos a péssimas condições.
Ou seja, o programa apresentou ao Brasil uma questão fundamental que afeta a todos nós, mas que, talvez pelo horário, talvez pelo estilo do programa, poucos viram. Certamente, uma maior exposição de temas como esse causaria um maior debate e mudanças na sociedade. E, talvez, dessa forma, resolvêssemos melhor nossos problemas. Neste caso, notadamente, poderíamos avançar na questão da saúde.
Mas, infelizmente, não é assim que a banda toca. Como o jornalismo tem a capacidade de apresentar soluções aos problemas, quem não quer resolvê-los achou um jeito de anular este poder. O jeito encontrado é não fazer jornalismo, ou fazer um jornalismo tacanho, insuficiente para promover o diálogo e encontrar soluções. Há cada vez menos jornalistas nas redações, e as opções de carreira em outras áreas são cada vez mais atraentes aos novos e velhos profissionais.
Há, sem dúvida, bom jornalismo sendo feito em diversos lugares. Às vezes nas redações mais tradicionais, às vezes na própria Globo, como o caso que abre o texto. Novas e independentes alternativas surgem com mais ou menos força. Mas ainda é muito pouco para a demanda. A TV e o rádio, que alcançam a maior parte da população, raramente discutem grandes questões. Algumas, pelo contrário, se especializaram em fazer terrorismo político. Ao tratar questões de maneira superficial, como o aumento de preços, sem tratar das causas, sem aprofundar as explicações, sem propor soluções, os donos das emissoras fazem a pior política.
É ótimo que existam programas como o Profissão Repórter, mas ele não pode ser a exceção. Este tipo de jornalismo precisa ser a regra.
Força, Lola
Lola Aronovich é uma blogueira feminista das mais atuantes, que publica quase que diariamente em seu blog Escreva Lola Escreva. Pela firme atuação, Lola é odiada por canalhas misóginos que tentam, de todas as formas, fazer com que ela pare. Além das terríveis ameaças de violência e morte para ela e para a família, o que já é gravíssimo, os vermes usam de outras táticas para atingi-la.
A última delas foi a criação de um site falso com conteúdos preconceituosos e de ódio que, quem conhece a Lola, sabe que ela jamais escreveria algo parecido. Como se não bastasse tamanha escrotice, o conteúdo foi compartilhado por perfis com diversos seguidores de direita, como Olavo de Carvalho e Roger, duas formas decadentes de existência. Roger, mesmo alertado da falsidade do site, manteve o compartilhamento e ainda tentou justificar.
A perseguição à Lola é uma perseguição a todas as mulheres. As mulheres têm conquistado grandes vitórias em sua luta por igualdade e direitos e é por isso mesmo que tem sido cada vez mais atacadas pelos vermes que não suportam perder seus privilégios. Vermes que querem liberdade para odiar, explorar e violentar. Mas eles vão perder.
De minha parte, quero demonstrar aqui minha solidariedade à Lola, ajudando a divulgar a história do site fake, e também minha solidariedade a todas as mulheres.
Cunha sai, pilula fica!
Nesta sexta, às 18 horas, na Praça da Bandeira, vai rolar o ato contra o PL 5069, de autoria de Eduardo Cunha. A movimentação está acontecendo em todo o Brasil e levou milhares de mulheres às ruas na semana passada. A manifestação em Joinville foi adiada por causa da chuva. Cunha tem sido tratado, com razão, por causa da condução do legislativo, como um inimigo das mulheres. E elas estão protagonizando o movimento que vai derrubá-lo. Venha ajudar. Evento aberto a todos e todas.
Confirme presença e saiba mais aqui.
terça-feira, 3 de novembro de 2015
De táxis, brasileiros, crises e Facebook
POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Hoje andei de táxi. O taxista,
pessoa muito simpática, tinha enorme interesse pelo Brasil. Diz ser muito
conhecido pela comunidade brasileira por causa do seu táxi (uma van), que tem
um tamanho à medida de quem vai mudar e tem muita bagagem para transportar. O
homem brincou, dizendo ver os seus clientes uma única vez.
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É quase sempre gente que está de
volta para o Brasil. Só não entendo por que querem voltar se aquilo lá está tão
mal.
Expliquei que para muitos desses brasileiros,
em especial os mais suscetíveis ao desemprego ou subemprego, é mais vantajoso
voltar para o Brasil. Crise por crise, pelo menos que seja em casa. E acrescentei
que, guardadas as proporções, a crise no Brasil não é muito diferente das
crises de outras partes do mundo, como Portugal, Espanha, França ou mesmo a
Alemanha.
Ou seja, cada país tem as suas peculiaridades,
mas crise é crise em qualquer latitude. Só que algumas sociedades tendem a
reagir de maneiras diferentes. No Brasil, por exemplo, há quem queira
resolver a crise com o caos. Ou seja, há quem ache possível apagar o fogo jogando gasolina.
Fiquei curioso e perguntei ao taxista como ele sabia
dos acontecimentos no Brasil. A resposta foi um tanto inesperada, mas não
surpreendente.
-
É o que eu leio no Facebook.
Todos sabemos que as redes sociais
eliminam fronteiras. E que por causa da língua é natural haver uma maior interação entre brasieiros e portugueses. Mas daí a tomar o Facebook como fonte de
informação é baixar a guarda e expor a inteligência ao nocaute. Se os
próprios brasileiros, que vivem a realidade no dia a dia são presas fáceis para
as patranhas das redes sociais, pior para quem está do outro lado do Atlântico.
Mas sabem o que é mais preocupante? É que a
comunicação social portuguesa – e também em outras partes da Europa – tem como referência a
velha e caquética imprensa brasileira. Ou seja, vai beber
informação na fonte de um pessoal que mandou a compostura e a ética às ortigas. O que
temos então? Um país com a imagem cada vez mais parecida com uma república das bananas. E o Brasil vira um país onde os empresários pensam duas vezes antes de
investir.
Mas, afinal, dirão os anônimos nos comentários: quem se importa com o que os estrangeiros pensam?
É a dança da chuva.
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