sexta-feira, 1 de junho de 2012
Qualquer idiota pode ser pai...
POR ET
BARTHES
Há pessoas sem noção. Qual é a graça de fazer
essa sacanagem com o moleque e depois pôr o filme na internet? Os caras
oferecem um Kinder Surpresa... que afinal não tem chocolate e enganam a
criança. Mas, se tudo correr bem, o moleque vai ter boa memória...
Não voto em Kennedy Nunes porque ele não me transmite confiança
POR LUIZ ARTUR ADRIANO
Em 2008, comecei a acompanhar a trajetória política de Kennedy
Nunes, hoje deputado estadual pelo PP, ops!, digo, PSD. Desde o início simpatizei
com as ideias daquele deputado que, tempos depois, muito carismático, dava
atenção aos seus seguidores nas redes sociais.
Recordo-me do apoio que ele deu a Carlito Merss, no segundo turno das
eleições para prefeito. Apoio este que foi fundamental para que o Carlito se
elegesse prefeito da nossa cidade. Recordo-me do discurso do Kennedy, que dava
seu apoio ao Carlito, pois não desejava que a turma do Tebaldi, representada
pela candidatura do deputado Darci de Matos, retornasse ao poder.
Por muito tempo defendi junto a meus amigos e familiares as
ideias deste deputado, inclusive informalmente fui seu cabo eleitoral em 2010,
garimpando alguns votos para a sua reeleição à Assembléia Legislativa.
Recordo-me da expectativa durante a apuração dos votos, da Twitcam transmitido
ao vivo pelo deputado durante a apuração, da bananada (doce feito com
polpa da banana) que era servida aos que o visitavam para festejar a vitória...
Ah, que festa linda!
Aí o tempo passou e o deputado novamente assumiu a sua cadeira na Assembléia
Legislativa. Desde então o meu apreço pelo seu trabalho diminuiu, chegando a não
existir mais.
Estes são apenas alguns "pequenos" exemplos de que o deputado
Kennedy não merece a minha confiança como eleitor. Para alguns, estes fatos
podem até parecer normais, corriqueiros na política. Mas é de políticos
corriqueiros que a sociedade precisa livrar-se.
Situações como a troca de partido (PP pelo PSD), quando ele passou
a unir forças com aquele que no seu discurso representava a turma do
Tebaldi.
Caso das diárias recebidas para trabalhar em Joinville, onde
ele mantém residência fixa (diárias essas, que foram pagas com o nosso
dinheiro)
Recentemente, o deputado foi convidado pelo senador Luiz Henrique,
para ser o candidato a vice de Udo Döhler (PMDB). O convite foi recusado, mas
Kennedy Nunes se disse honrado pelo convite vindo do senador. Honrado? Como
assim?
Tem também um certo jornal da nossa cidade, que sempre abre um
espaço (muito amplo, diga-se de passagem) para que o nobre deputado apresente as
suas idéias e faça críticas ferrenhas ao nosso atual prefeito. Nem de longe
penso em defender o Carlito Merss, apenas não entendo o porquê de um político ter
tanto espaço para divulgar suas idéias neste jornal. Aliás, quem são os
proprietários deste jornal impresso?
As eleições 2012 estão aí, batendo à nossa porta. Em outubro, vamos
decidir mais uma vez quem terá a responsabilidade de conduzir pelos próximos quatro
anos a prefeitura de Joinville. Eu ainda não decidi em quem votarei,
mas já sei exatamente em quem não votarei: o nome dele é Kennedy
Nunes, do PP, digo, PSD.
Político, no Brasil, é sinônimo de desconfiança, enquanto os bombeiros
lideram a lista dos profissionais mais confiáveis. Sendo assim, quem sabe em
outubro eu deixe de votar nos políticos e passo a votar nos bombeiros.
Luiz Artur Adriano Jr., de 31 anos, é administrador e natural de Joinville. Trabalha como coordenador de cobrança.
quinta-feira, 31 de maio de 2012
Quem faz terrorismo neste filme, Gebaili?
POR ET BARTHES
E aproveitando o texto do Jordi Castan, um filme que é um clássico sobre o bom "jornalismo" que se pratica em Joinville. Deve ter mais de cinco anos, mas parece que certas coisas duram para sempre. Verdade seja dita, um dos três até tentou fazer a coisa direito, mas foi atropelado pelos outros dois.A Joinville que você não vê
POR GUILHERME GASSENFERTH
Com os nove anos de voluntariado
pelos bairros de Joinville, passei a perceber algumas realidades que preferiria
não ter que conhecer. Com as apologias à grandeza de Joinville e à pujança de
sua economia somos forçosamente induzidos a crer que os problemas sociais daqui
são mínimos. Isto está bastante afastado da realidade. Como a pobreza é
escondida, parece que vivemos na Escandinávia. Mas nossos bairros mais pobres
são subsaarianos.
Em Joinville, há 10 aglomerados subnormais, ou seja,
favelas. Um aglomerado subnormal é, para o IBGE, “cada conjunto constituído de, no mínimo, 51
unidades habitacionais carentes, em sua maioria, de serviços públicos
essenciais, ocupando ou tendo ocupado, até período recente, terreno de
propriedade alheia (pública ou particular) e estando dispostas, em geral, de
forma desordenada e densa.”
7.198 pessoas vivem em favelas em Joinville. Para uma cidade
cujo ex-prefeito venceu uma campanha eleitoral ao governo do Estado afirmando
que Joinville não tinha favelas, o número é assustador. Você leitor, sabe onde
estão estas favelas? Provavelmente não.
Observando os dados do Censo
2010, o IBGE informa que dos 277.453 joinvilenses ocupados na semana em que fez
a pesquisa, 11,2% ganhavam salário entre R$ 0,00 e R$ 565,00 mensais, sendo que
o total de habitantes ocupados que ganhavam menos de dois salários mínimos
batia na casa de 53,27%.
Joinville tem alguns índices que
assustam e desafiam o status de cidade com 13º IDH do Brasil. Confiram alguns índices
educacionais: 1,77% das nossas crianças entre 7 e 14 anos estão fora da escola.
1.130 crianças que não estudam. Quando se analisa a idade de ensino médio (15 a
17 anos), o índice sobe para 15,71%. São 4.175 jovens fora da escola nesta
faixa etária. Todas informações quentinhas, agora de 2010.
A situação precária em que alguns de nossos moradores vivem
também é assustadora. 359 residências não tem nenhum tipo de abastecimento de
água – poço, captação do rio, nada. 1.224 casas não tinham geladeira! Só 72,7%
tinham condições de saneamento consideradas adequadas pelo IBGE. 6.203 casas
tinham esgoto a céu aberto! 40% dos domicílios particulares estão em ruas não
pavimentadas. Para a cidade mais rica de Santa Catarina, os números e dados são
muito vergonhosos.
Espero que os leitores esmerem-se para auxiliar esta
população (ainda que tão somente no voto) a sair desta realidade. Estas pessoas
não são assim porque querem, mas porque a falta de oportunidades lhes deu esta vida, se é que se pode usar algum termo relacionado a "viver" para descrever a situação.
Falar para estes joinvilenses de coisas como educação de
qualidade, saúde digna, saneamento e qualidade de vida é como explicar a um
ateu sobre Deus. Não apenas não conseguem acreditar que existe como ainda
zombam de você. Mas é preciso que juntos os façamos acreditar!
Agradecimento especial à amiga Charlotte Maehl por aceitar meu maluco convite de fazer um passeio pela periferia de Joinville para fotografar num belo sábado ensolarado!
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