quinta-feira, 26 de abril de 2012

O que as mulheres precisam ver


POR ET BARTHES
A Fundaseno, organização venezuelana, convidou uma série de mulher para fazer um “casting” que, na verdade, tinha outro objetivo: elas tinham que formar palavras com algumas letras. Mas nenhuma delas viu o que era preciso ver...


Um pouco de história

POR JORDI CASTAN


O que a história pode ensinar sobre os políticos de hoje


O historiador romano Tito Lívio, na obra  "História de Roma", relata o nascimento, o crescimento, o esplendor e a queda do império romano. Um Maquiavel, mais maduro e realista que aquele que escreveu "O Príncipe", acrescentou a obra de Tito Livio os seus comentários e a converteu numa obra de leitura obrigatória.

De toda a obra, um capítulo deveria merecer a atenção dos que insistem em defender tanto o maior número de vereadores para Joinville como o valor dos seus proventos. Os argumentos favoráveis tanto ao aumento, como ao valor dos custos, deveriam ser analisados a partir do relato que Tito Lívio fez da experiência dos tribunos do povo.

Na Roma antiga, como no Brasil de outra época, os tribunos romanos, equivalentes, no âmbito local, aos nossos vereadores, não eram remunerados. Exerciam a sua função de forma gratuita. Eram eleitos pelas suas virtudes e méritos. O cargo era o reconhecimento de uma vida exemplar e honesta. Com o tempo, os novos ricos - gente de virtudes menores e interessada no poder e no reconhecimento que o cargo representava - passaram a buscar ser eleitos e começaram a influir nas campanhas eleitorais.



Resultado: o que era uma escolha entre os melhores, se converteu em algo parecido com o que conhecemos hoje. As campanhas passaram a ter custos crescentes. O cargo de tribuno ainda era exercido de forma gratuita e as únicas vantagens eram a honraria, a gloria e o poder que o tribuno exercia. Aos poucos as campanhas ficaram cada vez mais caras. Cada voto tinha que ser conquistado duramente e , não raro, oferecidos presentes para convencer os eleitores a votar em um ou outro candidato.

A partir deste momento se estabeleceu uma remuneração para os tribunos romanos que conseguiam recuperar o investimento feito durante a campanha eleitoral. Finalmente, na Roma de dois mil anos atrás, as campanhas ficaram muito mais custosas a cada eleição. O resultado foi que o total da remuneração que o tribuno receberia ao longo de toda a legislatura passou a ser inferior ao custo da campanha eleitoral. Tito Lívio conseguiu a partir desta situação identificar o surgimento da corrupção de uma forma muito próxima à que conhecemos hoje.

Como na Roma antiga, também hoje é inexplicável que alguém possa investir centenas de milhares de reais numa campanha política, para receber uma remuneração muito menor que o custo total da campanha. É possível que haja candidatos que estejam dispostos a fazer este sacrifício pessoal, mas não era lógico na Roma antiga e continua a não parecer hoje.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Sem calcinha, nem pensar...

POR ET BARTHES
Há poucos dias mostramos aqui a guerra entre evangélicos e toda a sacanagem e besteirol produzidos por esses "religiosos". Mas para manter algum equilíbrio, hoje resgatamos o filme do "padre" que não deixou a noiva casar sem calcinha. Antigo, mas atual. Baseado em fatos reais. O homem tem um ponto de vista...



PARAÍSO


O cenário não poderia ser outro: Carlito perde mais um aliado para as Eleições

POR CHARLES HENRIQUE

A gestão Carlito Merss teve mais uma perda no último fim de semana, ao saber do resultado das eleições internas do PDT. A vitória da chapa encabeçada por Rodrigo Bornholdt e James Schroeder sobre a chapa dos favoráveis à manutenção da aliança com PT, liderada pelo ex-Secretário Alsione Gomes de Oliveira Filho, mostra que possivelmente teremos mais uma frente nas Eleições de 2012. Está certo que a diretoria executiva do PDT ainda não está montada, mas tudo deve culminar no desembarque do governo Carlito Merss. Não queremos aqui focar se isso é bom ou ruim para as discussões até outubro, mas sim na falha da estratégia política do Prefeito, que por várias vezes deixou de lado os principais aliados. Vamos aqui elencar alguns que originaram o atual cenário, onde o PT se vê com poucos aliados formalizados:

  • Semanas depois de ser eleito, numa virada histórica, Carlito Merss renegou alguns nomes do PPS por serem ex-PFL. A postura culminou na perda da Presidência da Câmara de Vereadores, e o início de várias pressões advindas do Legislativo.
  • A montagem dos quadros comissionados de forma horizontal (com integrantes de diversos partidos na mesma secretaria) não é a mais eficiente (partidariamente falando). Encontraram-se na mesma secretaria adversários políticos. E o resultado esperado de uma união de forças quase não aconteceu.
  • A saída do PMDB da gestão, para um direcionamento rumo à candidatura própria abriu vários espaços dentro da gestão. Ao invés de privilegiar os partidos que estavam com poucos cargos, concentrou-se mais ainda o poder nas mãos do PT. Os outros partidos como PP, PDT e PR continuariam ocupando os mesmos espaços.
  • Carlito só conseguiu a paz quando se aliou a Odir Nunes, manobrando a vitória de uma chapa ornitorrinco. Deu palanque para o principal opositor.
  • Nunca houve, nestes três anos e meio de Carlito no Executivo, uma reunião de colegiado com os Presidentes dos partidos. Várias decisões importantes foram tomadas sem ao menos uma consulta. Está certo que o PT é quem manda, mas ninguém governa sozinho na atual conjuntura. Ou não?
Juntando todos estes fatores (e vários outros que não elencamos aqui), de quem é a culpa por estes partidos que "pularam fora da barca"? É claro que partidos são sanguessugas e aproveitadores. Vão para onde está o céu de brigadeiro. Mas quem chega ao nível máximo de poder numa cidade deveria saber usar as suas armas. Agora o PT chora, só com o PP de apoio significativo, e com vários ex-PFL com cargos comissionados. Vai entender!

PS: Meu texto desta semana saiu na quarta-feira devido a compromissos acadêmicos que me impossibilitaram de publicar nas terças-feiras, como de costume.