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sexta-feira, 10 de julho de 2015

E a saúde, óooo

POR SALVADOR NETO

Acreditem, nesta quinta-feira em menos de oito horas a Secretaria da Saúde da maior cidade de Santa Catarina esteve sem comando, e logo em seguida voltou a ter. Agilidade? Competência? Rapidez no gatilho?  Talvez a tentativa tenha sido essa mesmo, demonstrar que são ágeis, recrutam talentos com olhos de lince, etc e tal.

Mas a verdade mesmo é que a saúde, no governo Udo Döhler, já chegou a três secretários em menos de três anos de gestão. Começou com um médico, passou por uma advogada, e chega agora a uma procuradora municipal. O remédio utilizado não está resolvendo a doença. A saúde padece e sem remédio à vista.

Os graves problemas de filas continuam. A falta de medicamentos nas unidades de saúde continua. As cobranças do Ministério Público continuam. A falta de condições de trabalho para os agentes de saúde, continuam ou pioraram. Os idosos que recebiam fraldas geriátricas não mais ganharão, terão de comprar na rede de farmácias. E grande contingente de servidores do Hospital São José terão seu direito à insalubridade cortado. Valorizar o servidor, diziam em 2012.

A agora ex-secretária Larissa Brandão também já estava na mira, e enfrentou a falta de apoio do chefe do executivo, além de ser surpreendida por decisões em andamento não determinadas por ela. Sai antes que seja tarde de um governo que padece.


Da promessa de resolver os graves problemas no setor, feita nas eleições de 2012, não sem tem notícias, a não ser os factoides inventados pelos abnegados da comunicação social do governo. Avanços muito tímidos.

A lógica mercadológica, o modelo privatizante desejado pelo empresário Udo Döhler, é a diretriz básica na saúde. As tais parcerias com clínicas visam exatamente repassar à iniciativa privada algo que é dever do governo. Não é por acaso que o primeiro secretário da Saúde do governo peemedebista foi afastado pela Justiça a pedido do Ministério Público. Ele não cumpria as decisões judiciais.

Chega agora Francieli Schultz, procuradora do município, para segurar o rojão jurídico que ainda paira sob a pasta. Gestão? Para quê gestão? Vamos cuidar de fazer a lógica mercadológica e empresarial caminhar, enquanto a população busca medicamentos e não encontra.

Quer fraldas para seus entes queridos, mas tem de comprar nas farmácias. Busca especialistas, mas tem de ir para a fila ou... correr para a saúde privada Que lógica perversa, que em nada contribui para resolver os problemas da área da saúde de Joinville.

Não há pavimentação. Há buracos. Não há remédios, busque nas farmácias. Não há fraldas, compre. Não há praças bem cuidadas, se virem. Não há sinalização de trânsito, entendam-se. Não há obras de porte para a mobilidade urbana, esperem os convênios. Não há ponte do Adhemar Garcia, aguardem. Na eleição o mantra foi não falta dinheiro, falta gestão...

A cidade padece a olhos vistos, ainda escapando a educação. Gestão pública não foi pensada para gerar lucros, mas gerar atenção à população, gerar bem estar a quem precisa. A cidade padece, e enquanto isso a população e a saúde, óooo.

* só para encerrar, já resolveram o caso com a Lia Abreu?