segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Sobre a Cachaçada Coletiva, a domesticação e a istâmitixe

POR MARCUS CARVALHEIRO*

Este não é nenhum texto oficial, ou carta em nome do público que esteve no Parque das Águas no último domingo, é apenas uma reflexão minha, mas gostaria de dividir estes pontos com vocês. Tem sido comum estas revoltas populares se intensificarem nas redes, não sei se é pela facilidade de organizar estes atos ou pela possibilidade de qualquer pessoa  emitir opiniões sem refletir profundamente sobre o fato.

A questão é que, mais uma vez, o número de confirmados (ou o debate das redes) não se estendeu para a praça. Particularmente, esperei por um movimento mais forte, mas no final da tarde a praça ficou cheia e o evento acabou contando com um bom público, de umas 300 pessoas, acredito. Não houve gritos de guerra, debates, nem nada do gênero. As pessoas simplesmente foram ao local, beberam e conversaram sobre qualquer coisa.  Vários jovens, vários “pais de família” e várias crianças. Isso mesmo, várias famílias compareceram ao evento “Cachaçada Coletiva”. Por este motivo, chega a ser hilário imaginar que daqui alguns dias estas crianças verão seus pais, responsáveis ou amigos como infratores.

Percebem? Acho que já deu para entender que o problema não é o consumo, não é? Na verdade, muita gente aqui (Internet) já levantou a questão que, certamente, esconde-se por de baixo desta lei maluca: a da segregação social. Os primeiros atingidos por esta lei serão os moradores de rua, menos perigosos que alguns policiais que andam por ai. A prática de “higienização” se camufla nestas ações, mas fica evidente quando percebemos que eventos como a istâmitixi (sugeriram para errarmos a grafia propositalmente) continuarão ocorrendo normalmente, assim como o Carnaval. Ou seja, é justamente a classe que não frequenta estas “festas alemãs” da Via Gastronômica que será atingida pela lei. Ah, ok, ainda teremos a possibilidade de beber na rua durante o Carnaval, para não ter motivo de “reclamar de tudo”.

Bom, voltando ao encontro de hoje, acredito que, mesmo sem gritos ou debates, o evento foi muito significativo. As pessoas simplesmente fizeram aquilo que estavam reivindicando. Seria bacana que todos que debatem a gratuidade no transporte coletivo pulassem as catracas ou se todos que criticam nosso sistema político não votassem (por exemplo). Um número grande de pessoas lutando por algo socialmente relevante é sempre útil. Enfim, às vezes, as atitudes mais simples podem ser tão significativas quanto grandes manifestações, como as de junho. Seria ideal se as pessoas continuassem fazendo isso; Se no próximo domingo estivessem todos ali, novamente, ou que, na próxima citação do projeto na câmara, as pessoas também estivessem lá.

O fato que me preocupa é que, ao invés disso, muitas pessoas já estavam escondendo suas bebidas e temendo as possíveis atitudes dos policiais que estavam ali, no Parque das Águas. Vale salientar que eu nunca vi os policiais naquela região durante eventos como o MAJ Sounds. Ficou claro que a presença
refletia uma lei que ainda não foi nem aprovada. Os policiais argumentaram para as primeiras pessoas que chegaram ao “evento” que “já está proibido consumir bebidas alcóolicas em lugares públicos” (policiais bem desinformados, inclusive). Ou seja, o receio é tanto que a lei nem está valendo ainda, mas já há pessoas respondendo “pacificamente”.

Bom, há tantas coisas que podemos refletir... Podemos falar que esta é uma tentativa clara de forçar os as pessoas mais alternativas a ficarem em casa. As tribos que vemos nas praças ou nas faculdades também serão outras atingidas diretamente pela lei. Sou um destes personagens que frequentou muito estas praças. Bebemos, conversamos, rimos, choramos, enfim, interagimos socialmente. Este projeto de lei elimina a possibilidade desta classe encontrar os amigos, juntar moedas e comprar uma cerveja, um vinho, ou uma cachaça daquelas mais simples mesmo.

Não quero teorizar nada disso aqui, mas durante minha monografia da graduação conheci um autor muito interessante, o Michel Maffesoli e cheguei a relacionar o uso do crack no nosso ‘Centro Urbano’ aos seus estudos sobre “dispositivos de sociabilidade”. Não estou defendendo o uso do crack, mas estou dizendo que até no momento do consumo do crack aquele grupo de pessoas se relaciona e se comunica de alguma forma (mas este não é o assunto aqui, quem quiser saber mais sobre isso, peça-me referências que eu passo depois). O fato é que quando a polícia sai batendo nos moradores de rua e usuários de drogas por causa do crack a população faz vista grosa. Agora, o assunto envolve uma “outra classe” e uma droga “tolerável”. Você que aceitava as atitudes da polícia em relação aos moradores de rua e usuários de crack agora precisa tomar cuidado, pois beber em uma praça também poderá ser uma infração e, dependendo do ânimo dos policiais, você poderá até levar uns tapas.

Percebem? Enquanto as leis não mexem diretamente com nossas comunidades ou costumes, fazemos vistas grossas. A bebida será mais uma desculpa para a polícia “dar gerais” em afrodescentes (sejam jogadores do JEC ou não), em moradores de rua, em jovens, em roqueiros, em rappers e em toda ou qualquer tribo que, de alguma maneira, incomoda esta classe pseudo alemã cristã da nossa “Manchester Catarinense”.

Em entrevista ao jornal Notícias do Dia, no último final de semana, o vereador James Schroeder disse que este tipo de conduta, o de beber em espaços públicos, espanta a população que não possui este mesmo hábito. Acredito que este vereador não está muito acostumado a frequentar espaços públicos. Aliás, quantos vereadores vemos no MAJ Sounds, no Parque das Águas,  no Parque da Cidade, e assim por diante? Espero que o “vereador” veja as fotos da “Cachaçada Coletiva” e perceba o grande número de crianças que também estavam no local, o que demonstra claramente que o problema não é o consumo, mas sim a consciência de cada cidadão.

Bom, de uma forma geral, este debate é muito intenso e complexo. Podemos falar de Foucault, de Mafesolli, de Marx, das consequências destas políticas de “higienização/segregação social”, entre muitos outros pontos que não podem se resumir neste texto. Por isso, espero que o encontro do último domingo represente alguma reflexão, algum foco de debate que possa ser alimentado nas próximas semanas, mostrando que este projeto de lei do James não tem nada de “inocente”. Trata-se de mais uma ferramenta de coação. Se o projeto persistir e realmente virar uma lei, proponho, assim como alguns amigos já comentaram aqui na rede, que os espaços “autorizados” também sejam ocupados. Que na próxima istâmitixe o pessoal que, por ventura, não possa mais beber em praças pegue seu Velho Barreiro, seu Maracujá Joinville e ocupe a Via Gastronômica. Adoraria ver os universitários pé rapados (me incluo nesta), a galera da periferia, os andarilhos, moradores de rua, mendigos e a população como um todo participando desta festa “tradicional”. Enfim, qual vai ser James, vocês preferem a gente no meio da elite, é isso? Cuidado, a tentativa de vocês de nos segregarem pode se tornar um tiro no pé.

*Marcus Carvalheiro é jornalista (marcus.carvalheiro@gmail.com).
Texto enviado para o Coletivo Chuva Ácida.

34 comentários:

  1. Gostei do texto, mas não concordei com a parte da "polícia bate no usuário de crack, agora vai poder bater em você também".
    Eu vejo mais usuários de crack cometendo crimes para sustentar seu vício do que consumidores de álcool. Não será esse o X da questão? Claro, sem considerar aqueles policiais "amigões" que batem em qualquer um pelo simples fato de terem autoridade.

    Quanto a proibição, acho uma palhaçada. Acredito que tem vereador saindo da Câmara, atravessando a Charlot e se apresentando no circo ali próximo. Não é possível discutirem tanta baboseira enquanto uma cidade do porte de Joinville continua com "nano"-problemas que qualquer cego enxerga.

    Ah, me desculpem se, sem querer, ofendi os profissionais do circo com aquela minha afirmação. Os palhaços de lá são engraçados e fazem seu papel com louvor.
    Já os da Câmara ...

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    1. Então, respondo a questão sobre o crack, você realmente vê usuários de crack cometendo crimes, ou você imagina que os usuários de crack cometam estes crimes?

      Eu também tinha esta visão, de alguma forma, até o momento em que andei com eles por um tempo (monografia) e vi que a maioria deles sustenta o vício com esmolas. A situação é bem mais complexa, na verdade.

      Mas acho que no resto concordamos em bastante coisa.
      Valeu!

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    2. De fato, conheço mais usuários de crack pedindo esmolas do que cometendo crimes. Mas então o que justifica a grande maioria dos crimes que rolam por ai, senão a necessidade da droga ou do tráfico? A maioria das ocorrências de que tenho conhecimento são relacionadas a esse mal. E, dentre as drogas envolvidas, o álcool está bem menos incluso que o crack, por exemplo. Claro que não podemos generalizar de nenhuma forma, mas são evidencias do dia-a-dia.

      No mais, compartilhamos da mesma opinião. Parabéns pela abordagem!

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  2. Caramba! Qualquer ação para conter o uso e o abuso de álcool é bem vinda. Quer beber cachaça, whisky, cerveja, vinho e o escambau? Beba dentro dos limites da tua propriedade ou em algum lugar apropriado, preferencialmente fechado, oras! Quem mora perto de alguma casa noturna, próximo de algum posto de combustível ou qualquer outro bobódromo sabe o quanto é irritante nas altas horas da noite presenciar aqueles bandos de babacas bebendo e escutando funk ou sertanejo com volume no talo, isso quando não rola alguma briga. Parabéns ao vereador!

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    1. Você não estava no Parque das Águas, domingo, não é? Se estivesse veria que não houve funk, sertanejo, som alto ou qualquer coisa do tipo.

      Sobre os postos de gasolina, sabia que já existe uma lei para evitar o consumo em lugares assim? Mas ela não funciona porque os PMs cobram uma "taxa especial" para fazerem vista grossa nestes lugares. Eu mesmo já presenciei um PM buscando seu "trocado" no posto da Max.

      Enfim, assim como os vereadores acho que este anônimo também é daqueles que não frequenta de verdade nenhum espaço público...

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  3. Existe um porre muito antes do álcool. É a bebedeira egoísta e narcisista de ignorar os outros. AJ By Acido.

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  4. Não beber ao ar livre é fichinha... quer reunir os amigos e beber umas geladas? Vá para um bar, vá pra casa! Não tem casa pra tomar cachaça com os amigos? Aí o buraco é mais embaixo...
    E quem estava no tal encontro no Parque das Águas com certeza não se encaixa no perfil "sem casa pra tomar cachaça". Afinal, quem bebe se altera (ok, tem gente que bebe 2 litros e nem bate alegria, mas é exceção). E quem se altera, perde a sociabilidade. Fato! Papinho de "nunca fiz amigo tomando leite" é divertido, mas na prática se você está sóbrio, voltando do mercado pra casa com sua esposa, não quer ser incomodado por bêbados urinando na árvore, sem nenhum pudor! Ok, crime diferente (atentado ao pudor, ou algo assim)... mas se o cara estivesse em casa ou num bar, usaria um banheiro!
    Legislar é um dos papéis dos vereadores, que representam a população (população essa que se incomoda pelos barulhos e altos falatórios de embriagados próximo à sua janela). E sem contar que beber em casa diminui chance de acidentes de trânsito, porque assim o indivíduo enche a cara de cachaça e vai dormir, sem precisar pegar o carro.
    No Canadá (Quebec), mesmo o TRANSPORTE da bebida é controlado: tem que estar no porta-malas; caso esteja na área ocupada pelas pessoas, e o carro sofrer algum tipo de acidente, nem há discussão de culpa: se há bebida fora do porta-mala, esse é o culpado!
    Enfim, ninguém será preso por beber à rua. Pelos termos da lei ainda não aprovada, será no máximo uma chamada de atenção para ir ao bar ou pra casa.
    Repito: Não tem casa pra ir beber? Outro problema...

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    1. Você não considera a possibilidade de uma pessoa ser consciente, deixando o volante para um amigo?

      Bom, sobre o falatório, eu me incomodo muito mais com as igrejas evangélicas perto da minha casa do que alguns jovens com violão na mão e vinho no copo.

      Por fim, se o papel dos vereadores é representar a população, fico me perguntando porque a população não é consultada durante o processo de formulação de uma lei destas. Não vi debates, assembleias, plebiscitos, nem nada do gênero.

      Legislar em nome de alguns é mamão com açúcar.

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  5. Quantas das pessoas no Parque das Águas acabaram por dirigir depois de consumir bebida alcoólica? É bonito o papo de "vamos nos libertar e beber em comunidade, é lindo conversar com os outros sobre assuntos diversos, ao ar livre...sejamos contra os opressores das minorias!" Mas e quando há violência para sustentar vícios? E mortes de inocentes no trânsito? Qualquer medida que, mesmo por tabela, possa reduzir esses índices, eu apoio! Os bares não vão parar de vender bebida alcoólica... os sem-teto vão continuar morando na rua...
    E juntar moedas pra comprar cerveja é divertido, sim... pois consuma a bebida no bar em que a comprou, oras! Quer se aventurar? Vá pra praça, até um PM chegar e, se ele for um bom PM, apenas te orientará a ir pro bar, ou pra casa... nada de mais! É isso que diz a lei...
    Um abraço!

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    1. As pessoas que frequentaram o "Stammisch" também "acabaram por dirigir depois de consumir bebida alcóolica". E continuarão a fazê-lo, porque se a lei não pretende, obviamente, furar a bolha.

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    2. O pessoal tá confundindo tudo.
      Se o problema é beber e dirigir, tá faltando consciência de que, quando se bebe, não se deve dirigir.
      Agora alegar que, como alguns cidadãos não tem essa mentalidade, ninguém mais poderá beber num local público para evitar deslocamento é sacanagem.
      Mesmo bebendo num bar ou em casa, o cidadão não tem a possibilidade de dirigir seu carro depois? Não tem a possibilidade de sair da sua casa e bater no seu vizinho? Ou de brigar com qualquer um no bar em que estiver?
      Esse argumento não cola.
      Uma lei é muito mais barata que EDUCAR.
      Invistam em EDUCAÇÃO, ensinando que depois de beber, não se deve dirigir. Que se deve amar seus semelhantes e que, bem ou bêbado, você não deve surrar ninguém. Aí sim as coisas podem ser melhores, e sem a necessidade de uma lei ridícula que faça uma proibição ainda mais ridícula.

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  6. Por causa de gente como vc. que se apropria do parque para beber é que eu perdi mais um lugar público para levar minhas crianças. E olha que elas se divertiam muito naquele lugar. Enfim, a marcha dos que querem se drogar vai ganhando terreno. Triste.

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    1. "marcha dos que querem se drogar"

      Sugiro que você leia novamente o texto e preste atenção nas fotos, vou até colar elas aqui novamente, para você ver que as crianças das fotos não são montagem de photoshop. Se mesmo assim você não entender, sugiro um oftalmologista ou um psicólogo.

      https://www.facebook.com/media/set/?set=a.517238718354283.1073741882.206314556113369&type=3

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    2. Bauman chamou isso de "mixofobia", o medo de "se misturar". Em Joinville, o "istâmitixe", exceção à lei "anti-bebum", é exemplo claro de evento "mixofóbico". Faz-se de tudo para afastar os indesejados.

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  7. Puxa, 10:15, lamentável que um lugar inaugurado há tão pouco tempo tenha deteriorado tão rapidamente. Eu estive em Jville. faz menos de um mês e levei meu filho no Parque - ele adora o caranguejão - e o ambiente continuava muitíssimo agradável. Bastaram algumas poucas semanas...

    Ainda bem que vocês tem um vereador atento a estes riscos.

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  8. O curioso é que existem pessoas que ficam felizes por perderem o direito de poder ir ao parque e se desejar beber simplesmente o fazer, a polícia que vai garantir que você não tenha esse direito é a mesma polícia que deveria estar garantindo a ordem, foi criado mais um crime, não mais uma solução.

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    1. No parque pode beber qualquer coisa que não contenha álcool.

      (E ainda tem gente se perguntando: porque Joinville não cresce e aparece? Com moradores com mentalidade de Vila Sésamo, acho difícil.)

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  9. Se tudo é permitido, concordemos em fazer um fodódromo lá mesmo. Todo munndo pelado, uma suruba, que coisa mais linda.... Não é algo que nos foi dado por Deus? Então, fodamos todos em praça pública, e os pudicos que se fodam também.. mas em casa...kkkk Perdeu véi...

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    1. muito boa essa sua comparação com direito de ir e vir com "fodódromo", cara -sqn

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  10. Interessante que as pessoas tendem a vislumbrar e a comparar exemplos positivos no exterior com o lugar onde mora. Todos desejam uma Joinville tão moderna quando Wellington, tão civilizada quanto Dublin ou tão bonita quanto Copenhague, mais parece que muitos joinvilenses não estão dispostos a ceder alguns caprichos para melhorar a qualidade de vida na cidade.

    Além dessas cidades europeias e neozelandesa (que exemplificam a qualidade de vida e devem servir como referências para Joinville), grandes urbes estadunidenses, japonesas e australianas também proíbem o consumo de bebidas alcoólicas em ambientes públicos abertos, além de estádios. Há dez anos a prática do tabagismo indiscriminado em qualquer estabelecimento era visto com naturalidade, hoje a sociedade brasileira reconhece na prática os benefícios de impor limites ao fumante.

    Parabéns ao vereador James Schroeder pela respeitável proposta. E danem-se os revoltosos de plantão.

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    1. Apoiado. Quando vão ao exterior todos querem se comportar como gente de primeiro mundo. mas agir assim em Pindorama é fora de cogitação. Vão ter que tomar cachaça com pacote de pão sim. E com a guarda-municipal para fazer o law-enforcement comandada por um delegado da PF, logo logo vos ter Joinville para joinvillenses ordeiros.

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    2. No exterior vemos infraestrutura, lazer, saúde e educação.
      Quando Joinville conseguir garantir isso para seus habitantes, proibir o consumo de bebida alcoólica em locais públicos não será problema.
      Não adianta colocar a carroça na frente dos bois.

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    3. Eu quero que Joinville seja Joinville e não uma cópia mal feita de alguma cidade europeia.

      Sobre ceder um pouco, acho que já estamos cedendo muita, mas muita paciência por uma cidade que possui dinheiro suficiente para não estar como está.

      O problema é que gasta-se mais força para criar leis idiotas como esta do que para colocar "Marcos Queirozes" na cadeira.

      Existem tantos outros infratores, especuladores, sonegadores e afins em Joinville, que acho realmente uma estupidez sem tamanho concordar e ceder energias para um projeto de lei como este.

      Infelizmente, quem assume um discurso de "Joinville para joinvillenses ordeiros", geralmente está ligado a esta sujeira, ideologicamente ou fisicamente mesmo.

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    4. O cara bebe cerveja na rua e nós é que estamos ligados à sujeira?

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    5. Argumentos fracos estes, quer dizer que se o mensalão não der em nada então não pode proibir bebida na rua? Onde está o nexo etre o dois atos. Apoiado Schroeder, Udo, Tomara que ele se torne nosso Michael Bloomberg, porque Dona Francisca está virando uma fossa rapidamente por conta de vândalos que prejudicam a sossego alheio.

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    6. Vândalos? Mensalão? Dona Francisca?

      Este último comentário me soou algo meio assim:

      "eu só digo uma coisa, eu não digo é nada e ainda digo mais, eu só digo isso"

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    7. Parabéns a Schroeder e Dohler. Democraticamente, bêbados façam suas etílicas manifestações junto aos seus representante na câmara de vereadores, no mais, vou tomar minha groselha em paz.

      A propósito, porque os democratas deste site precisam aprovar manifestações antes da publicação? Essa nem o Charles com anti-depressivos vai saber explicar.

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  11. Bom dia Marcus,

    Eu já fui de beber em locais públicos, mas hj não mais. E tem algumas coisas que pra mim me incomoda. Vc comentou diversas vezes que no evento realizado no Parque das águas, tinha crianças famílias em perfeita harmonia. Mas esta situação não condiz com a realidade, eu frequentava o parque das águas para praticar Slackline e qnd comecei a praticar, lá era um espaço com família, crianças e jovens e alguns consumindo bebidas alcoólicas e tocando violão. todos em seu devido respeito i direito. mas de uns tempos pra cá o local já perdera as crianças e famílias e aumentando em grande números o pessoal que consumia bebidas alcóolicas, todos com seu direito, mas algumas vezes faltando respeito, e isto me incomodava, mudei então para a expoville, e lá a situação era um pouco pior, além de excesso de bebida tinha exagero em som nos carros além de pessoas irresponsáveis no volante. Agora lhe pergunto, se isso é uma coisa que me incomoda, eu tenho q deixa do meu direito e ficar em casa, para pessoas que não tem respeito ao próximo e bom senso?

    Em relação ao "istâmitixi", você já foi ou participou do evento em Piraberaba? Concordo com o Charles Gruner no ultimo texto dele em que ele diz: "de quem circula exibindo suas Tommy Hilfiger." Pq o evento realizado na via gastronômica e mais pra isso do que realmente quer ser um Stammtisch, como era o de Pirabeiraba.

    Tenho meus pros e contras a esta lei, mas o q falta a toda população brasileira e educação e bom senso. Podemos beber em local publico, sim podemos, mas devemos também respeitar o espaço do próximo que não gosta. Afinal todos têm direitos.

    Outra coisa pq essa digamos revolta com os dessedentes alemães da cidade? Eu sou descendente de alemão, e me sinto desrespeitado com td q leio aqui. Sei la acho estranho para um blog que prega a igualdade racial!

    Abraços

    Felipe Becker

    PS: sou leitor assíduo do blog, por mais que as vezes não concordo com que leio, mas acho importante para formação da minha opinião.

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    1. Felipe, concordo em tudo com você, mas achar que esse blog é importante para sua formação entre em contato comigo. Existem sites muito mais produtivos para formar sua opinião do que beber na fonte dessa cloaca...

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  12. Querido Anônimo, apesar de as vezes achar que alguns textos saem de alguma cloaca, eu acho importante sim. É importante eu buscar informações iguais e diferentes as minhas para assim construir ainda melhor a minha. Já teve muitos textos que li aqui que achei super importante e pertinente, já outros uma verdadeira fonte de cloaca.

    Mas agora outra coisa. É bonito você ir ao um parque e encontrar este cheio de champinhas de cerveja, latinhas e garrafas jogadas na grama? É bonito você ir ao um parque e ver no gramado cheio de bituca de cigarro? Acredito que alguns vão dizer que isto tem que isso é porque o governo não manda alguém ir lá limpa. Desculpa mas pra mim isso e povo mal educado! O que custa você colocar seu lixo numa sacola e depois colocar na lixeira ou então se esta estiver cheia deixar do lado, ou então porque não levar pra casa?

    Um dia desses eu li em um jornal da cidade em que o organizador do MAJ sounds foi um dia depois do evento para limpar a praça, pois o pessoal que frequentou o evento deixou sujo! E ai, querem ser alternativos diferentes mas nem tem a consciência de deixar o local mais limpo do que encontrou, pois este é um local publico tanto eu como vc queremos usar, temos a obrigação de deixar limpo.

    E engraçado, existe a lei da palmada, onde não se pode bater em uma criança, mas pode levar ela em um local publico onde tem varias pessoas consumindo bebidas alcoólicas. E sabemos hj que esta droga, destrói famílias de diversas maneiras. E lá estão as crianças sendo desde novas apresentadas a esta droga. No qual o blogueiro falou que ajuda a socializar. Metade de nossos amigos foram feitos na infância período em que não bebemos.

    Sei lá, falta mesmo bom senso em toda a população brasileira, para saber respeitar o direito de todos e ser respeitado. Se a lei for aprovada, que a população cumpra ou lute para mudar ela. Se não for, que tenha na cabeça o objetivo da lei, respeitar o próximo, não sujar os domínios públicos e não sair dirigindo depois que bebeu e não dar bebida para menores!

    Abraços

    Felipe Becker

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    1. Perfeito, concordo plenamente contigo e apóio.

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    2. Concordo, e muito, quando o assunto é a sujeira na praça. Sem dúvida é necessário consciência da população que frequenta estes espaços públicos. E esta conscientização vem com educação, escolar e familiar. A questão é que nossos poderes públicos não dão o exemplo. Não podemos falar de poluição, por exemplo, sem citar a própria empresa do nosso Prefeito, ou de outros empresários que financiam os políticos locais.

      Sobre o incômodo com algazarras, acredito que sejam coisas pontuais. Não é sempre assim. Existem pessoas que passam dos limites em todos os lugares, seja em uma igreja ou uma praça. A questão é que coibir a população pelo erro de alguns é uma atitude infantil e antidemocrática.

      De qualquer forma, existem outras coisas muito mais prejudiciais do que consumir álcool em uma praça. Por exemplo, a circulação de carros na nossa cidade é uma coisa prejudicial também, ainda mais quando encontramos motoristas imprudentes. E agora, que tal proibirmos a circulação de carros no centro da cidade para diminuir acidentes? Que tal proibirmos as pessoas da alta classe de dirigem na visconde depois de consumirem alcool? Ou melhor, que tal fazemos bafômetros na Via Gastronômica?

      Entendem? A questão deste projeto de lei é que fere, diretamente, as pessoas que não frequentam as festas citadas acima, como expliquei no texto.

      E ai se encontra minha opinião sobre a falsa tradição alemã na nossa cidade. Não tenho preconceitos com a cultura alemã, tenho críticas aos empresários/políticos que vestem a causa para angariar parcerias e manter poderes no que se refere à gestão da cidade. A istâmitixe da Via Gastronômica é um exemplo claro disso. E eu falo porque já frequentei estes lugares sim, trabalho como fotógrafo ou jornalista, não como público, mas de qualquer forma, pude ver de perto a atuação de nosso atual prefeito, por exemplo, na última edição do evento.

      Resumindo, acho que não podemos tomar medidas paliativas, antes de criar uma lei como esta, acho mais prudente respeitas as que já existem, principalmente no que compete o poder público ceder educação, saúde, transporte, entre outros direitos básicos do joinvilense.

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  13. Grande polêmica criou o vereador James!
    Para mim existem prós e contras acerca desta lei.
    Fico me perguntando:
    A Lei será aplicada a todos?
    Teremos efetivo para estas fiscalizações?
    De fato, como ficará o Stam?
    Se não for mais permitido beber no parque, não teremos mais lixo por lá?

    Concordo que o álcool em excesso causa demasiado transtornos, em qualquer lugar.
    Mas sou contra a proibição, sou a favor da conscientização, da educação.
    E ainda acho que temos outros assuntos bem mais importante para serem levados em consideração, que seriam prioridades no momento.
    Mas como dizem, os nossos governantes não desejam que o povo seja educado, que o povo raciocine, que o povo analise, pois como vai ficar na hora das urnas?

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