quarta-feira, 9 de maio de 2012

Mãe presa por levar filha para "pegar um bronze"


POR ET BARTHES
Você acha que estar bronzeado é bonito? A mulher aí da reportagem parece gostar muito e é só olhar para o exagero na cara dela. Mas em democracia qualquer um pode fazer o que quiser... desde que não seja contra a lei. E a senhora é acusada de levar a filha de cinco anos para fazer bronzeamento artificial (num estado onde a idade mínima é de 14 anos).  Deu cadeia. A reportagem não tem legendas, mas é possível entender a insanidade apenas a olhar para as imagens.


Abandono afetivo, alienação parental e o novo direito

POR AMANDA WERNER
Não basta pagar. Tem que ser pai. Foi assim que decidiu o STJ, na semana passada, ao condenar um pai ao pagamento de duzentos mil reais  de indenização por danos morais à sua filha, a qual alega ter sofrido abandono afetivo pelo pai.

Não é da pensão alimentícia que estamos falando. Para quem não paga pensão alimentícia a regra é clara: cana! A decisão acima é inédita, e ainda não prevista em nosso ordenamento jurídico. O pai foi processado por faltar com o seu dever de ser pai, de oferecer proteção, de imposição de limites, educação e afeto, essenciais para a formação da personalidade da filha.

O dever de educação não se confunde com o pagamento de mensalidades em escolas caras para o filho. Não há que se delegar a educação para entidades escolares, transformando o professor em único educador. A educação, o dever de guarda e cuidados é decorrência natural do poder familiar.

Esta recente condenação é um aviso claro aos pais que agem como se a única lembrança do filho fosse o compromisso do depósito mensal. O dever de pensão alimentícia é dever patrimonial, e nada tem a ver com os outros deveres da relação pai/filho.

No caso em questão, o pai afirma que vai recorrer da decisão, alegando que não teve mais contato com a filha por culpa da mãe, que o impedia de vê-la. O que creio, não vai colar, já que a filha o procurou por conta própria, já adulta, para estabelecer contato mais estreito.  Afinal, a validade da figura paterna nunca expira, e não tem sua importância diminuída com o crescimento da criança e do adolescente.

Mas com essa discussão surge outra situação envolvendo relação de família e lei, não menos contemporânea, a alienação parental. Você sabe o que é alienação parental? É quando o genitor, detentor da guarda (pode ser a mãe ou o pai), fala mal do outro genitor para a criança ou adolescente, ou ainda, impede ou dificulta o contato do outro genitor com o filho. Ou, apresenta falsa denúncia contra o genitor.

Alguém já viu isto acontecer? Pois bem. A alienação parental já está prevista na Lei 12.318/2010 e pune o genitor detentor da guarda, avós, ou ainda quem tenha a criança ou adolescente sob sua autoridade, que provoque interferência na formação psicológica da criança, repudie ou cause prejuízo ao vínculo com o outro genitor.  Ou seja, quem infringir a regra pode até perder a guarda do filho.

O que de fato aconteceu, recentemente, aqui em nossa cidade. Foi em Joinville o primeiro caso de destituição de guarda por alienação parental do Estado. A criança em questão foi acolhida por instituição onde sofreu processo de desprogramação, que é o acompanhamento com terapia psicológica intensiva, para iniciar do zero o convívio com o genitor preterido.

O termo desprogramação me fez lembrar das profecias de Aldous Huxley em seu “Admirável Mundo Novo”. Na hipotética sociedade do futuro, o conceito de família não existia. E o homem caminhava para a sua morte como indivíduo, para a sua desumanização.

O direito moderno, com suas recentes decisões e novos valores, como a solidariedade, o consenso, a participação e a integração, mostra um caminho inverso às previsões de Huxley, onde se entende o homem com todas as suas variáveis, e dá a devida importância à formação do indivíduo, estabelecendo diferentes normas de convívio diante dos novos cenários.

Afinal, não basta ser pai… tem que participar.

terça-feira, 8 de maio de 2012

PARAÍSO


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Lula, o presidente papa-títulos


POR GUILHERME GASSENFERTH

Lendo alguns comentários do texto de ontem do Baço (Os licenciadozinhos contra o doutor Lula) resolvi parar tudo o que estava fazendo e escrever esta resposta. É difícil aos conservadores e obtusos compreender a diferença entre o conhecimento acadêmico e o conhecimento da vida. E principalmente aceitar que o segundo é tão importante quanto o primeiro.

Ninguém é obrigado a gostar do Lula. Pode criticá-lo, pode fazer campanha para o adversário contrário (como eu fiz para o José Serra agora nas eleições de 2010), pode questionar vários atos de seu governo. Eu mesmo cansei das bobagens que o homem dizia, do apoio aos desvairados do Chavez e Moralez e à frouxidão com o Irã, dos casos de denúncias de corrupção no seio do governo, da falta de julgamento do mensalão, enfim, de tantos aspectos negativos da biografia política deste tão ilustre metalúrgico. Mas, brasileiro ou estrangeiro, petista ou tucano, doutor ou analfabeto, NINGUÉM pode tirar da biografia deste homem a ENORME contribuição que ele deu para o desenvolvimento do Brasil.

Bolsa Família não é ideia dele, mas foi o seu governo que levou dignidade e comida a milhões de brasileiros que até então viviam na extrema miséria. O Lula é considerado uma unanimidade em combate à pobreza no exterior. Ninguém no mundo inteiro fala em combate à pobreza sem mencionar Lula, Bolsa Família, Fome Zero. Gostem ou não, é assim. Já li um livro estrangeiro escrito por um Nobel da Paz que traz este tema como referência no assunto.

A economia do Brasil floresceu com a gestão Lula-Mantega. A política econômica desenvolvimentista aliada ao vertiginoso crescimento da classe média brasileira (graças a, inclusive, Bolsa Família) fez o Brasil passar a player da economia global e suportar a crise de 2008-2009, que realmente foi apenas uma marolinha.

Quero lembrar a todos que o título de doutor honoris causa é dado a pessoas eminentes que, independente de qualquer diploma, apresentaram grande contribuição a causas humanitárias ou à promoção da paz, por ações que transcendam famílias, pessoas ou instituições. Lula é, sem dúvida, um honoris causa na paz e no combate à pobreza.

Ele teve a decência de não aceitar ser condecorado como doutor honoris causa enquanto esteve no seu mandato, mas já tem este título por nove universidades brasileiras, pela renomada Universidade de Coimbra e é o primeiro latino-americano a receber o título pela prestigiada Fundação Sciences-Po, na França, que desde 1871 só o concedeu a 17 personalidades. Nunca antes na história da América Latina...

Lula também é Estadista Global do Fórum Econômico Mundial; Campeão Mundial na Luta Contra a Fome da ONU; Prêmio pela Paz Felix Houphouët-Boigny da UNESCO; medalhas, condecorações, títulos honoríficos e reconhecimentos em diversos países pelos cinco continentes.

Não me parece que a ONU, UNESCO ou Fórum Econômico Mundial tenham o hábito de bajular pessoas, muito menos brasileiras.

Aceitem ou não, podem chamá-lo de doutor honoris causa multiplex Lula. Título concedido a poucos brasileiros. Considerando que ele nasceu numa família paupérrima, veio de pau de arara, e mesmo sem estudar conseguiu alcançar tantas realizações, o mérito é ainda maior. E recomendo a quem não gostou que se cuide, pois a inveja pode lhe causar problemas no sistema digestivo.

“A grandeza não consiste em receber honras, mas em merecê-las”, disse Aristóteles.

Vida longa ao Doutor Lula! Ele merece! Ele merece!

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Veja. Tire as suas conclusões


POR ET BARTHES
Uma reportagem da TV Record mostra as supostas ligações entre a revista Veja e Carlos Cachoeira. Veja e tire as suas próprias conclusões.


Os licenciadozinhos contra o doutor Lula

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
O tema já provoca imenso tédio, parece um eterno retorno. Lula recebeu mais cinco diplomas de doutor honoris causa na semana passada, no estado do Rio de Janeiro. E não demorou para aparecer, nas redes sociais, o costumeiro chorrilho de besteirol. Tem neguinho que não perdoa e surge logo com aquelas merdices de “não pode: eu estudei, ele não”. Nem foi preciso ir muito longe para encontrar gente a falar com o fígado.

Eis alguns exemplos:
- "Ridículo. Ao lado de Dilma, Lula recebe títulos Honoris Causa no Rio. Ex-presidente foi homenageado por cinco universidades".
- "Lula disse que não teve tempo para estudar. Não estudou porque não quis. E a incultura sempre foi útil ao seu personagem".
- "Por isso Lula não desgruda do Sírio-Libanês: dão-lhe tantos títulos de doutor, que o cara já acha que pode clinicar".

Ora... é gente que, do alto da importância de um diplominha qualquer, julga ter relevância intelectual suficiente para dizer ao mundo o que é certo e o que é errado. Aliás, só num país como o Brasil - onde ter diploma ainda é um privilégio - esse ranger de dentes dos descontentes ainda pode ter guarida. Posso garantir, leitor e leitora, que não é assim nos lugares civilizados.

Os caras que reclamam das homenagens a Lula são, na maioria dos casos, licenciadozinhos que se julgam especiais apenas porque têm um canudo para pendurar na parede. É uma marca deplorável na história do Brasil - e que estranhamente persiste ainda hoje. O cara tem um diploma qualquer e acha que deve ser considerado um herói.


Não, amigo, você não entendeu o enredo da história. É por isso que no Brasil ainda existem uns tipos - dentistas, advogados, engenheiros e psicólogos, por exemplo - que se acham merecedores do vocativo “doutor”. O problema é que o “doutor” dessa gente não é um título acadêmico, mas um título que tende para o nobiliárquico. É um símbolo de distinção social.


O meu ponto de vista é o seguinte. Se você é doutor (com doutorado) vou considerar a sua opinião sobre o tema dos títulos concedidos a Lula. Sou capaz de entender se, por acaso, você reclamar da injustica, porque teve que estudar muito para chegar a um título. A questão é que nunca vejo um doutor (com doutorado, repito) a reclamar quando Lula recebe uma homenagem pela sua trajetória política. Até porque honoris causa é, como o próprio nome diz, um título honorífico.


Ora, acho que os doutores (com doutorado, repito) entendem que um ex-metalúrgico pode saber muito mais que eles num determinado campo de saber. Porque conhecimento é algo que também se adquire com a vida, com a experiência. Para ler o mundo não basta apenas ler livros. Lula já governou uma das maiores economias do mundo, já tuteou as pessoas mais relevantes ao nível planetário e já tomou decisões que afetaram a vida de milhões de pessoas. Isso vale um curso universitário.


Mas mesmo assim, ainda hoje tem gente a insistir na ideia elitista de que a educação passa apenas por roçar o traseiro nos bancos escolares. É claro que a educação acadêmica é importante, mas não é tudo. E se eu tivesse que ouvir uma aula de Lula sobre os assuntos que ele conhece, com certeza não perderia a oportunidade. Não posso dizer o mesmo dos licenciadozinhos arrogantes que não conseguem ver o óbvio e vivem agarrados à "importância" do próprio canudo.



domingo, 6 de maio de 2012

Os parisienses, esses simpáticos

POR ET BARTHES
E como hoje devemos ter um novo presidente na França, que tal um post a mostrar a simpatia dos parisienses? Quem já foi a Paris conhece esse dom que os parisienses têm de ser simpáticos. É aqui é um dos jornais da cidade a dizê-lo numa campanha publicitária.






MELHOR E PIOR - Semana 5


sábado, 5 de maio de 2012

A arma faz diferença para matar amigos?

POR ET BARTHES
Se você mata os seus amigos, não importam as armas. Eis uma mensagem simples e direta para quem bebe e sai para as estradas.