quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Eleições: sinta-se representado

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO


A intenção era fazer uma análise do resultado das eleições. Mas a reação das pessoas seria previsível. Os anônimos entrariam no blog só para me chamar de comunista, petralha, atrasado. Ou seja, o habitual. Por isso optei por resumir tudo a uma imagem que se tornou icônica no pós-eleições. A moça aí - uma encarnação típica dos que não querem saber de solidariedade para com os mais pobres - mostra o respeito que tem pela democracia. E, mais do que isso, pelas pessoas que pensam diferente. E hoje fico por aqui. Porque é com esse tipo de pessoas que não me apetece entrar em contato neste momento. As redes sociais não são lugar para pedagogia e hoje não estou no "mood". Deixo apenas o filme (de resto muito visto). Você, que entra aqui apenas para encher o meu saco, veja as imagens... e sinta-se representado. Abraços.


segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Hora de analisar o resultado

POR JORDI CASTAN

O resultado das eleições é um Brasil dividido. Quem apostou no ódio, no "nós contra eles", ricos contra pobres, brancos contra pretos, norte contra sul, ou nós contra as “zelites” de olhos azuis ganhou. Hoje há que fazer a leitura das urnas. Quem ganhou em que estados?  Como votaram os municípios?  Qual o perfil do eleitor? Tenho certeza que aqui mesmo no Chuva Ácida não faltaram posts e comentários a se aprofundar no tema.

Teve quem defendeu a sandice do voto em branco: a mensagem é que, com brancos, nulos e abstenções somando mais do 27%, o eleitor se omitiu mesmo e foi a abstenção, junto com o voto em branco, o que serviu para eleger Dilma. Os que defenderam o voto crítico, inventaram mais uma bizarrice e também contribuíram para eleger Dilma. O resultado é que a maioria do eleitorado não votou na candidata que ganhou. Quem acredita que se abstendo, votando em branco ou dando um voto crítico deu algum recado, pode ficar com as suas sutilezas. Porque este pessoal não entende de sutilezas.

Os próximos capítulos desta história estão ainda por ser escritos. Fala-se de impeachment, e já houve no Brasil presidente “impichado” por muito menos. Mas aqueles eram outros tempos. Hoje o nível de tolerância - ou deveríamos dizer de conivência do eleitor com a corrupção, a roubalheira e a falta de ética - é muito menos estrito.  

Minhas felicitações aos que desde este espaço manifestaram seu apoio a candidatura do PT. Lamento profundamente o resultado. Vivo numa cidade e num Estado que majoritariamente votou no candidato que não venceu. Aliás, a mesma Santa Catarina que elegeu Raimundo Colombo no primeiro turno votou em peso em Aécio, que não era o candidato do governador. Em Joinville, enquanto o prefeito Udo Dohler declarava abertamente o voto em Dilma, a candidata do prefeito levou um pau bonito de ver. Sinto-me de alma lavada. No segundo turno apoiei o candidato que venceu em Joinville e em Santa Catarina.