POR FABIANA A. VIEIRA
Tenho lido em alguns posts na internet que o povo já anda com saudades do Carlito. Muitas dessas publicações vem de simpatizantes do PT, ou mesmo de pessoas que colaboraram de alguma forma no governo ou base aliada, claro, mas quero me referir a outro público, aquele da crítica pela crítica. Para esse público, não importa o que o Carlito fez, tentou fazer, ou não tenha feito: a crítica é quase perseguidora e intransigente.
Acabou que para esses, a culpa é sempre do Carlito. Essa frase já virou até chavão: a culpa é do Carlito. Ora, quando ocupava a cadeira da prefeitura não foram poucas as críticas sobre sua postura, ou a falta de, sobre os problemas da cidade. Até aí acho justo. Talvez o Carlito não tenha utilizado um "antítodo" a tempo, e a moda pegou (leia-se antítodo como comunicação ou mesmo firmeza nas decisões). Não quero falar sobre os erros e acertos do Carlito no governo. Eu, que trabalhei lá, sei que os erros não foram poucos. Acho que olhando pra trás, o Carlito também sabe. Mas sei que houve acertos, e muitos.
O que quero dizer é sobre essa crítica doentia que não cessa. Esses dias estava lendo sobre um manifesto contra o Feliciano e um infeliz fez uma referência que culpava o Carlito e quem tinha trabalhado com ele. Outro dia lia uma publicação sobre a alta do preço do tomate e outra pessoa citou o Carlito, em Joinville.
Eu acho que essas pessoas estão mesmo é com saudade do Carlito. Saudade porque o Carlito não reage. Daí é fácil bater. É como uma válvula de escape. Você sabe que não terá retorno, daí então pode extravasar todas suas frustrações em uma figura quase caricata.
Se o Carlito souber utilizar bem essa crítica toda, pode até salvar o que resta da sua imagem. Afinal a crítica nada mais é do que "apreciação minuciosa", segundo o dicionário. Mas falando mesmo em crítica, finalizo com o pensamento de um escritor americano que serve para reflexão não só do Carlito, mas para todo o povo da comunicação política. "O mal de quase todos nós é que preferimos ser arruinados pelo elogio a ser salvos pela crítica".