quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Freio de emergência para salvar vidas

POR ET BARTHES
Você pode até nem gostar de carros, caminhões e essas coisas. Mas da próxima vez que for descer a Serra do Mar num dia de chuva vai gostar de saber que a indústria automóvel investe neste tipo de segurança.


A filantropia de Joinville

Entrada da Dunkers Kulturhus
POR FERNANDA POMPERMAIER
Na cidade onde moro, Helsingborg, tem uma casa de cultura chamada Dunkers Kulturhus, adoro. Tem aulas de música para todas as idades com instrumentos variados, apresentações culturais, exposições, teatro, um café delicioso e um excelente restaurante. A casa tem esse nome devido a um antigo ilustre morador da cidade que financiou boa parte do seu projeto e a sustenta até hoje, Henry Dunkers. Ele herdou a empresa ainda tímida de borracha do pai e com o espírito inventivo e empreendedor ele criou, patenteou e comercializou muitas invenções, entre elas a bola de tênis e a galocha. Sua marca de galochas é conhecida mundialmente: a Tretorn. 

Em 1960, ele era o homem mais rico da Suécia e a situação da Suécia nessa década não era das mais privilegiadas. O país também sofria com o período de pós guerra-fria e era pobre. A história da sua vida é muito interessante. Ele foi o primeiro empregador sueco a oferecer plano médico aos funcionários, creches nas empresas e outros benefícios que ainda não existiam. Sua maior boa ação, porém, ficou no seu testamento. Sem filhos, ele deixou toda a herança e os lucros futuros da empresa para um fundo, administrado por uma mesa diretora. Esse fundo mantém financeiramente a Casa de Cultura que citei, um hospital, pesquisas científicas e até ajudou a construir o estádio da cidade.

Uma parte do dinheiro vai diretamente para os caixas da prefeitura, como doação, já que o objetivo de Dunkers era beneficiar os moradores de Helsingborg de todas as formas possíveis. Lembrando que mais da metade dos lucros da empresa já iam para a prefeitura através dos impostos. Aqui, quanto mais dinheiro uma pessoa ganha, mais ela paga impostos, eles podem chegar a até 65% dos recebidos. Eu acho justo, é uma forma de retornar à sociedade o lucro ganho tendo a certeza de que vai ser bem utilizado. Outro filantrópico sueco foi Alfred Nobel, que deixou os royalties da comercialização da dinamite para a criação da premiação entregue todos os anos à destaques nas áreas de física, química, medicina, economia, paz e literatura. O famoso Prêmio Nobel é de aproximadamente 1,2 milhões de dólares para cada ganhador. 
Visão dos fundos da casa

Em muitos países a filantropia é uma prática comum. O país mais filantrópico do mundo é os Estados Unidos. Lá, é comum encontrar universidades com o nome dos seus doadores mais generosos, como é o caso da Universidade de Rockefeller, criada por John D. Rockefeller. Os nomes dos doadores também podem estar em bibliotecas, centros de pesquisa, centros esportivos e outros. Só a universidade de Stanford recebeu em doações, no ano de 2012, mais de 1.035 bilhões de dólares, de 79 mil doadores. Todos já ouvimos falar também das doações milionárias de Bill Gates e até do Mark Zuckerberg, criador do Facebook. 

BRASIL - No Brasil, a filantropia também existe, mas é tímida. Pesquisando sobre ela, encontrei doações expressivas vindas de Eike Batista, da Petrobras ou da Fundação Bradesco. Acredito que o medo da maioria infelizmente ainda recaia na corrupção, o receio de ver o dinheiro desviado ou a obra sucateada no futuro. Claro que também existem os milionários que não tem tanto desejo de ajudar e apenas o fazem porque existe o incentivo fiscal. A nossa sociedade ainda valoriza muito os bens materiais e ostentar pode virar uma profissão. 


JOINVILLE - Em Joinville, também existe filantropia, mas como a brasileira, ainda é tímida. Um exemplo que presenciamos recentemente foi a doação do salário do Udo. Ele está doando tempo e dinheiro dele para a cidade e, se fizer o que prometeu, é uma grande contribuição filantrópica à Joinville. Também existe o Instituto Carlos Roberto Hansen, do Grupo Tigre, o Embraco Ecologia e muitos outros projetos em convênio com escolas, associações, grupos religiosos, enfim. Com certeza temos potencial para mais, Joinville é uma cidade rica e gostaríamos de ver algumas doações ainda mais impactantes. Reformas de museus, de escolas, hospitais, a responsabilidade pela cidade pode ser dividida entre o governo e toda a sociedade. Certeza que todos queremos o mesmo: o melhor para Joinville.

PS: As imagens que ilustram o texto são da Casa de cultura que citei no início do texto.
Fontes:
http://www.trelleborg.com/upload/PDFs/Group/Dunker_history.pdf
http://www.rockefeller.edu/about/history

O JEC começou bem. Ou não?



POR GABRIELA SCHIEWE

JEC - Domingo passado foi dada a largada para o nosso Tricolor para o calendário 2013. E que largada.

Após muita discussão no tapetão e aí, me desculpem os gestores do clube, graças à competência dos profissionais do departamento jurídico de todos os clubes e associação, que trabalharam juntos, foi possível que a torcida se fizesse presente.

O Estatuto do Torcedor é muito claro e bem compreensível. Vamos dizer, "entendível". Entretanto, como já é costume, uma lei branca no Brasil, ou seja, a lei existe mas não é cumprida no seu rigor e os clubes contaram com a sorte. Sorte mesmo que o Parquet entendeu por não prejudicar os torcedores, que seriam os maiores prejudicados nessa história. Torcedor sofre.

Vocês lembram da campanha do Carlito, dizendo que assinou o documento para o aumento da capacidade da Arena?

Aumento da capacidade? E a qualidade, como fica? Vocês já percorreram a Arena Joinville? Desculpe, ô autoridade, mas quantidade não é qualidade. Compreendido?

Mas voltando ao JEC. Depois do imbróglio jurídico, a torcida compareceu, sendo o maior público da primeira rodada. Podemos dizer o maior e melhor, ok! Só quem não compareceu foi o futebol do Tricolor.

No entanto, ainda é cedo pra falarmos da parte tática e técnica, já que mudanças não faltaram mais uma vez no Joinville. Então, não será da noite para o dia que o time vai se encaixar.

Agora, começar o Campeonato Estadual, dentro de casa, com derrota, é ruim, muito ruim. Isso é fato.

Bom, hoje o Tricolor volta a campo, tarefa difícil, fora de casa e contra o Figueira, às 20h30min. E o Artur Neto vai ter que mostrar serviço e garantir o resultado positivo também no jogo seguinte, no domingo, contra o Metropolitano, na Arena. Do contrário, a batata dele vai assar, sem sombras de dúvida.

Eu vou esperar até domingo pra dar um pitaco, por enquanto estou apostando e torcendo.

LIBERTADORES - Opa, a Libertadores também já está chegando. Futebol a milhão.

A primeira fase teve início ontem, mas os brazucas entram em campo hoje, com São Paulo encarando o Bolívar, no Morumbi, às 22 horas, e o Grêmio enfrentando a LDU, no mesmo horário, mas lá.

A surpresa no São Paulo fica a cargo de Ganso que, pelo que aparenta, não começará a partida jogando. Pelo Grêmio, Vargas já vai pra batalha.

Vamos estar de olho, na torcida já não garanto...pois agora.

A segunda fase, com os demais clubes brasileiros, só terá início em fevereiro.

FUTSAL - Foi ontem  a apresentação do elenco da Krona Futsal, assim como o JEC, cheio de modificações. 


Surpresas no elenco, nos patrocinadores, calendário cheio. E que este ano a Liga não fique apenas na vontade. Não é, rapaziada?

O calendário oficial começa apenas em 7 de março e até lá, provavelmente, os famosos amistosos com Paraná e Blumenau irão rolar. Aguardamos notícias.

NO CHUVEIRINHO - Não irei me estender, mas preciso comentar a fétida entrevista de Lance Armstrong.

Na minha ótica, ficou evidente que algum, ou até alguns, peixe grande deu a ordem para o homem abrir a boca, assumir a culpa sozinho e com certeza rolou muito dim-dim para que isso acontecesse.

O suposto atleta mostrou, claramente, não ter nenhuma dignidade e tampouco arrependimento e sabia exatamente o que estava fazendo durante todos os anos que fez uso de substâncias proibidas.

Voltar a competir? Acho que não é o foco. O que pegou foi o lado financeiro e pra ele não falar demais, os acordos foram selados e bem pagos.

Que imundice. Esse assunto me é repugnante. O ser humano é um ser corruptível. Melhor os seres irracionais. Santa barbárie.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Policial salva mulher no metrô em Madrid

POR ET BARTHES
A mulher estava esperando o metrô quando passou mal e caiu desmaiada nos trilhos. O trem que vinha na direção da estação estava quase a chegar. Um policial saltou para os trilhos e salvou a mulher.


segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Falta de respeito

POR JORDI CASTAN


Imagem Fabrízio Motta / ND


Não tenho dúvidas: o município não é capaz de prestar determinados serviços, mas tampouco é capaz de fiscalizar os que são transferidos para a iniciativa privada, seja por concessão ou por permissão. A conclusão: a administração pública é incompetente.

Durante a última campanha eleitoral, pesou a favor do candidato Udo Dohler a sua imagem de gestor e a sua experiência, aspecto que ganhou relevância pelo contraste com o perfil dos outros candidatos. Nenhum deles tinha um perfil semelhante e a imagem de gestor de sucesso fez com que muitos eleitores, mesmo identificando não poucos defeitos no modelo de gestão do candidato, optassem pelo mal menor. Foi um voto de confiança em alguém que, no mínimo, saberia ler um balanço e tinha experiência em ganhar o seu salário com o seu trabalho, o que não era o caso da maioria dos outros candidatos, que viveram pendurados nas tetas públicas por décadas.

A partir do dia 2 de janeiro o prefeito começou a "gerir" a cidade. Evitarei usar a palavra administrar, porque ele tem se apresentado, desde a campanha, como um gestor e não como um administrador. Para os entendidos a diferença é sensível. De acordo com o publicado pela imprensa, o prefeito encontrou mais problemas do que esperava e, portanto, o processo de transição não parece ter sido tão bem sucedido como propalado.

Um tema que me interessava especialmente - e que acompanho de perto por ter certo conhecimento sobre o assunto - é o do estacionamento rotativo. Já me manifestei sobre a forma atrapalhada com que, primeiro, a administração da Conurb e, depois, o ITTRAN tem tratado o tema, apontando principalmente a falta de respeito com que o usuário tem sido tratado. Quem tiver interesse em conhecer mais sobre o tema veja os links "O cidadão primeiro"  "Estacionamento rotativo"

Estabelecer o dia 31 de janeiro como data final de validade dos cartões do estacionamento rotativo é uma arbitrariedade e uma imoralidade. Poderia ter sido fixada a data do 15 de março ou a do 17 de junho, eu particularmente fiquei surpreso que não tivesse sido escolhida a do dia 31 de fevereiro. Os usuários estão sendo tratados como massa de manobra por conta de uma briga pública entre a empresa Cartão Joinville, que operou o sistema até recentemente, e a Conurb/Ittran.

A Conurb/Ittran tem a responsabilidade de fiscalizar o sistema e, ainda que não tenha entendido nunca esta parte, de defender e representar os interesses dos usuários e não de defender a operação e os interesses da empresa que prestava ou presta agora o serviço. Portanto, se deixou que a dívida da empresa chegasse aos valores anunciados, coisa de um milhão de reais, foi porque a Conurb/Ittran foi omissa ou conivente. Nos dois casos, errou. Se hoje não consegue saber qual é a série e o número de cartões emitidos pelo Cartão Joinville também, foi omissa neste caso.

O resultado é que não se tem a menor noção de quantos cartões estão nas mãos dos usuários e qual será o tamanho do prejuízo.  Não sabe quais as séries que eventualmente possam ter sido impressas depois de finalizado o contrato. E frente à sua total incompetência, determina que os cartões adquiridos pelos usuários do estacionamento rotativo não tem mais valor. E os usuários devem assumir o prejuízo pela incompetência da Conurb/Ittran, mesmo que tenham sido adquiridos legalmente de uma empresa que tinha na época uma autorização para vendê-los.

Até aí nada novo, já teve presidente da empresa pública mandando rasgar os cartões, num atestado público de idiotia. Afinal, rasgar dinheiro é sintoma claro de idiotia ou de coisa parecida. Havia a esperança que a nova administração trataria o tema de outra forma, com a seriedade e respeito o joinvilense merece.

O que surpreende e decepciona é a posição do prefeito que, podendo agir, não o fez. Justamente ele que tem, e já demonstrou, o poder para revogar decretos municipais como o que aumentou a tarifa de ônibus. Determinar a validade dos cartões de estacionamento rotativo é um ato menor, uma pura arbitrariedade administrativa. E mostra desde cedo que a prepotência e o desrespeito ao eleitor são uma marca desta administração. O prefeito estava informado, o tema foi discutido e a decisão do presidente do ITTRAN foi respaldada pelo prefeito Udo Dohler. Então, é a ele que cabe assumir a responsabilidade por este ato.

A importância desta decisão independe do valor do cartão ou do número de cartões ainda em poder da população. De forma pouco honesta, o poder público conta com que devem restar poucos cartões e que o baixo preço deles deixará de motivar uma corrida ao Judiciário. Zelar pelo dinheiro público tem, neste caso, um conceito mais amplo que parece não ter sido bem compreendido ainda pelos novos detentores do poder municipal.