quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Promoção! (válida somente para os amigos de direita)


POR FELIPE SILVEIRA
 Agora é oficial. Vou dar um prêmio para o primeiro que me apresentar uma boa ideia de direita. Ah, não é uma boa ideia para encher os bolsos de dinheiro. É uma boa ideia para a sociedade, para as pessoas, para promover mais igualdade e justiça. Valendo!
Há duas semanas eu escrevi por aqui que não é preciso ter muita leitura pra falar das ideias de direita. As que eu conheço pregam o ódio, o preconceito, a riqueza para poucos, essas coisas, que, em geral, sabemos que são ruins, sabe? Mas eu garanto que não conheço todas (e tenho até medo de conhecer...).

Depois desse comentário, comecei uma conversa com um amigo que questionou essa minha opinião. Diz ele que o erro da esquerda é justamente esse, de achar que “só a gente tá certo”. A discussão foi longe e, como toda boa discussão, não chegou a lugar algum.
Mas foi justamente por causa dela que decidi criar a promoção e ver se alguma alma caridosa me dá uma luz, me apresenta uma ideiazinha que seja decente, que seja em benefício do povo e não dos bolsos de poucos. Por favor!

Ah, antes de irmos para os finalmentes, acho importante contar um pedaço do debate que citei acima. Lá pelas tantas, eu disse para o meu amigo que todas as ideias boas eram de esquerda e todas as ruins eram de direita. Ele ficou indignado:
- Peraí! Tu tá dizendo que todas as ideias boas são de esquerda e todas as ruins de direita, é isso?
Eu respondi sem titubeios:
- Sim, é isso mesmo!

Como eu não queria que meu amigo ficasse indignado, expliquei o meu ponto de vista. Disse a ele que todos os benefícios que usufruímos hoje são resultados das lutas sociais. Se não trabalhamos 16 ou 18 horas por dia em troca de uns trocados para comprar pão, é porque alguém lutou por isso. E quando eu digo alguém, falo de todas as lutas trabalhistas, de todas as greves, da luta sindical. História basicona, né, gente? Alguém discorda? Ou alguém aí acha que, de repente, os patrões resolveram dividir seus lucros com os trabalhadores?

Para mim, a coisa é simples: se busca a igualdade e a justiça, é de esquerda. Se busca o lucro e o poder para quem já tem, é de direita. Na essência, é isso. Claro, há inúmeras variáveis, mas alguém aí discorda de que na essência é isso?
O desafio está lançado. Quero saber, eu juro, uma ideiazinha que seja boa e de direita.

A paixão nº 1!

POR GABRIELA SCHIEWE

Venho escrevendo há meses sobre vários esportes, mas o que faz o meu sentimento tilintar de maneira vibrante como os sinos da Notre Dame, inegavelmente é a paixão nacional, claro, o futebol.

Eu sei que isso parece bem estranho. Mulher que gosta e até entende de futebol? Cada um pense o que bem entender, não tenho nada a declarar a respeito, até porque o meu papo aqui é esporte e, hoje, futebol!

Quem vem me acompanhando, sabe que torço para o Inter e não escondo que faço isso declarando amor ao meu pai, visto que a vida dele é o Colorado e para vê-lo mais feliz, me tornei mais uma colorada nesse mundo vermelho, naquilo que corre dentro de todos e faz o coração pulsar.

Verdade que não sou daquelas que fico brava se o Inter perde, mas também é verdade que fico feliz em ver o Grêmio perder he he... assim como se a Seleção perde ou ganha não há muita mudança para mim, pois eu sou uma apaixonada pelo futebol, o esporte, o jogo.

Particularmente, aprecio em maior grau do que os outros, a Premier League. Futebol ágil, dinâmico, a bola corre... adoro!

Então, evidente que na final do mundial eu estava torcendo para o Chelsea, acordei cedo para acompanhar o jogo, torci até me render a competência da equipe corintiana.

Seria decrépito se eu simplesmente ignorasse o fato de que o Corinthians jogou um futebol de primeira, se preparou desde a desclassificação da Libertadores, subindo um degrau de cada vez mostrou para todos que a eficiência está no conjunto. Entenderam, técnicos? Conjunto, ou seja, uma andorinha não faz verão.

Parabéns ao Corinthians por esse título mundial que foi ganho em campo, baseado na sua qualidade de gestão fora de campo e competência dentro das quatro linhas. Não foi por acaso, não foi na sorte, ganhou mesmo, na raça, técnica e tática.

Campeão mundial e, dessa vez ,eu bato palmas!

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Computador é coisa de criança

POR ET BARTHES
Tudo bem, é publicidade grátis. Mas a ideia desta agência portuguesa para apresentar o Windows 8 está mesmo muito boa. E tem um final ainda mais interessante.


Joinville e a síndrome do pêndulo

POR JORDI CASTAN



Tudo na vida parece regido pelo poder do pêndulo, tudo o que vai, vem. Tudo o que sobe, desce. Joinville não poderia ser diferente.

Passamos por uma administração municipal alegre e festeira que permanecia numa eterna assembleia. Um modelo de gestão em que a falta de ação ficava encoberta pela criação de conselhos, comitês e reuniões intermináveis. Um modelo baseado na memória fugaz e que muitos consideraram a elegia a pusilanimidade.

O que se mostra nas primeiras ações do governo eleito é a concretização de uma outra forma de governar. Outro jeito de tratar as coisas da cidade. O que não quer dizer que seja melhor, é só diferente. É importante entender que cada um dos dois extremos deste movimento pendular representa posições extremas e que a sociedade tradicionalmente busca o equilíbrio, através de um percurso às vezes errático, quase nunca direto e com certeza mais penoso.

A impressão é que, como sociedade, oscilamos entre extremos. Corremos um sério risco de balançar, sem nenhuma rede de proteção, entre a pusilanimidade e o autoritarismo mais recalcitrante. O mais lógico e prudente seria evitar este constante movimento pendular que nos joga de um extremo ao outro.


A transição brusca entre um e outro modelo é uma resposta lógica e previsível do eleitor que, enfastiado da inércia e da inoperância do governo atual, passa a apostar exatamente no modelo oposto e acredita naquele que projeta uma imagem da eficiência e de operosidade.

Transitar entre extremos exige um caminhar atento. E não são poucos os perigos que se escondem a cada passo que damos. Começam a surgir vozes que confundem firmeza de caráter com autoritarismo. Há inclusive os que, a boca cada vez menos pequena, defendem certo grau de ditadura. Como se fosse possível compatibilizar este tipo de atitudes ditatoriais com a prática da democracia e do estado de direito. Não consta na história qualquer referência à existência de uma meia virgindade. Tampouco há boas referências que sirvam para acreditar que é possível conviver com um elevado grau de autoritarismo sem que a democracia e a liberdade saiam prejudicadas.  


segunda-feira, 17 de dezembro de 2012