terça-feira, 10 de abril de 2012

Por uma campanha eleitoral mais profissional


POR CHARLES HENRIQUE

Com a notícia de que o competente jornalista Marco Aurélio Braga (meu ex-companheiro de rádio MAIS FM) assumiu a assessoria de imprensa da pré-campanha de Udo Dohler para a prefeitura, resolvi trazer para o Chuva Ácida um tema que estava longe de ser debatido por aqui até poucos anos atrás: a profissionalização das campanhas eleitorais, despindo-se de todos os ranços politiqueiros que compõem a corrida aos cargos eletivos.

Uma campanha eleitoral se faz muito além das relações sociais e partidárias de cada candidato, pois envolve setores estratégicos importantes para o sucesso do candidato, como por exemplo a assessoria de imprensa, conteúdo programático, pesquisas de opinião, construção da imagem do político, etc. Profissionais da comunicação social deveriam ser os mais requisitados neste momento, juntamente com Cientistas Políticos e bons administradores (para o cuidado financeiro da campanha).

Infelizmente, a campanha eleitoral aqui em Joinville poucas vezes apresentou este nível de qualidade profissional nos bastidores. As campanhas que realizam uma pesquisa de opinião pública são raras, e sempre agem no chutômetro, na vontade pessoal do candidato ou ainda, nos números quantitativos de uma pesquisa de intenção de voto rasa e sem nenhuma intenção qualitativa. Só para citar um exemplo do amadorismo.

O que fica de mais grave nessa história toda, é que o trabalho em uma campanha geralmente esteve condicionado a um cargo (caso o candidato em questão vença), dando um ar de amadorismo a todo o processo. Ao invés do candidato preferir uma campanha séria e que pudesse leva-lo à vitória, utilizou-se, no caso das campanhas aqui da cidade, da maquina pública antes mesmo de chegar lá, corrompendo todo o sistema eleitoral, e inutilizando os poucos profissionais que aceitam o trabalho em alguma eleição.

É claro que uma campanha eleitoral representa o que mais há de maquiagem no meio político, pois provoca a inserção de máscaras e fantasias na cabeça do eleitor. Não podemos esquecer que o nível de qualidade da transmissão das propostas de cada candidato está condicionada à profissionalização desta etapa na escolha de nossos representantes e nem garantir que não haja um interesse partidário travestido de profissionalismo. Entretanto, se já há uma falta de compromisso com a qualidade antes da posse no cargo (ao utilizar da campanha como teste para os possíveis assessores e apadrinhados), imaginem quando estes chegarem de fato a seus mandatos...

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Policial atinge adolescente com taser


POR ET BARTHES
Na Pensilvânia (EUA) um policial foi filmado a disparar uma arma-taser contra uma adolescente de 14 anos. O pior é que não houve resistência da jovem – que deu sinais de que estava a se render – e mesmo assim foi empurrada contra o carro e recebeu o disparo de taser na virilha. A adolescente recebeu assistência médica e o sujeito, ao que tudo indica, está a caminho da demissão.


Jornalista grego toma chuva de iogurte


POR ET BARTHES
Os gregos estão a viver uma fase em que os ânimos andam muito exaltados. O apresentador de televisão Panagiotis Vourhas foi atacado com uma autêntica chuva de ovos e iogurte. Tudo porque alguns dias antes ele entrevistou um integrante de um partido neonazista. Os atacantes pertencem a um grupo de ativistas da esquerda grega e invadiram os estúdios do canal privado TV1 Epiros com os rostos cobertos. Não dá para entender o que eles dizem (a não ser os gritos de “neonazi”), mas a sujeira foi das grandes.



Burro, ignorante e ameba

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO


"Povo burro". "Sociedade ignorante". "Mídia manipulada". "Amebas". "Povo ignorante". "Mídia comprada". Foram expressões que li repetidas vezes nas redes sociais, na semana passada, quando foi divulgada a pesquisa CNI/Ibope, que apontava um índice de 77% de aprovação da presidente Dilma Roussef.

Ok... mas desenganem-se os opositores do atual governo e do partido do atual governo. Não vou discutir o petismo ou o antipetismo. O que importa aqui é falar dessas pessoas que têm o topete de chamar as outras de burros, ignorantes ou amebas. De onde esses caras tiram a autoridade moral e intelectual para tentar espezinhar os outros? Quem eles julgam que são?



Parece óbvio. Burro, ignorante ou ameba é quem não tem a educação cívica, a vivência democrática e a urbanidade indispensáveis para conviver com a opinião dos outros. O nome do jogo é democracia. Mas há muitos desses chatos: se você pensa diferente deles, então está errado. E é burro. Porque os "inteligentes" são eles. Fala sério. E por falar em mídia comprada e manipulada, fico a imaginar: deve ser gente educada pela revistona semanal.

Acho que os caras não se tocaram. A gente não ouve pessoas inteligentes a chamarem as outras de burras (pelo menos em público). Porque a contenção verbal é inerente à inteligência. E qualquer pessoa com dois dedos de cérebro sabe que o conhecimento tem dessas coisas: quanto mais a pessoa sabe, mais noção ela adquire das suas fragilidades intelectuais.


Mas no Brasil tem muitas malas-sem-alça. O cara tem um diplominha qualquer na parede ou dinheiro para comprar um computador e escrever besteiras nas redes sociais e pronto: acha que é uma espécie de elite, alguém melhor que os outros.


Ah... falei em elites. Aposto que já tem gente pensando em voltar à velha discussão dos tempos do Lula, quando se falava muitos nas “zelites”. Não vale a pena a perda de tempo. O meu conceito de elite é diferente. Para mim elite é quem tem capacidade de articular bom pensamento, tem uma boa práxis e faz leituras racionais do mundo. E, claro, não se deixa levar pelo ódio de classe. O resto são tertúlias flácidas para dormitar bovinos.


Burro, ignorante ou ameba é o cara que vive na presunção de ser superior.



P.S.: E antes que alguém venha dizer que estou a fazer a defesa do PT, eu achava a mesma coisa na época do FHC.

domingo, 8 de abril de 2012

O meu parque


POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Sem querer estabelecer comparações, este é o meu conceito de parque. Fica perto da minha casa e é onde posso passear, fazer um piquenique ou mesmo levar os meus alunos para treinos de taekwondo. É um espaço de 60 hectares que vem sendo construído aos poucos, ao longo de décadas. Ou seja, não foi feito de afogadilho. O projeto começou a ser discutido em 1975 e só duas décadas depois, em 1995, foi entregue à população. Mas desde então a sua estrutura vem sendo continuamente implementada.