sábado, 21 de janeiro de 2012
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
Já fomos mais inteligentes?
POR ET BARTHES
Somos perfeitos idiotas? Fúteis? Já fomos mais inteligentes? Os problemas brasileiros estão todos resolvidos? O que você acha das questões colocadas pelo jornalista Carlos Nascimento no jornal do SBT? Afinal, ele reclama da exagerada atenção dada ao Big Brother e ao caso da Luiza... e nesse momento ele próprio dá demasiada atenção a eles.
As ONGs, os Ministérios e a pilantropia
POR GUILHERME GASSENFERTH
Na mais aceita das estimativas, o Brasil possui hoje entre 300 e 400 mil ONGs, com base em um levantamento do IBGE em 2005. Há quem diga um milhão. Eu prefiro crer nestas cerca de 400 mil. Mas quantas são corruptas no cerne? Quantas nasceram com intenção de desviar verbas? Mil? Que seja dois, três mil. Não são 1% do total de ONGs. E em não sendo 1%, é injusto taxar todas as ONGs de usurpadoras de recursos do governo (ou nossos). Ademais, as ONGs existem, no geral, para ocupar uma lacuna deixada pelo Estado, que não consegue atender todas as demandas sociais – é quando a sociedade se organiza para prestar estes serviços.
No recente escândalo do Ministério dos Transportes que derrubou o ex-Ministro Orlando Silva, o atual ocupante da pasta, Aldo Rebelo, diz que a culpa pelos problemas ocorridos são das ONGs. Oh, sim, Sr. Ministro. A corrupção é assim mesmo: as ONGs entraram no Ministério sorrateiramente, sem ninguém ver, foram até o cofre e se refestelaram. Não houve alguém que liberou isso dentro do Ministério, não há favorecidos, ninguém do governo saiu lucrando. Ridículo, vazio, irresponsável. Eu poderia até ficar mais chocado com esta declaração, mas o quê dizer de alguém que negou a existência do mensalão três vezes?
O que quero mostrar é que não se pode afirmar que as ONGs são criminosas. Sem dúvida, existe no Brasil o que se conhece por “pilantropia” – a criativa contração entre as palavras pilantra e filantropia. Há ratos asquerosos que se aproveitam da facilidade de receber recursos por meio de convênios e criam ONGs de fachada para enriquecerem. Contudo, as boas ONGs também querem a punição e fechamento destas entidades. Nós, representantes das ONGs, também queremos mais fiscalização. Pedimos, há anos, um marco regulatório pro setor. E vamos continuar com a nossa luta – pelo aumento do impacto social positivo que causamos e também pela depuração das entidades que compõem o nosso setor. Elas prestam um serviço hoje indispensável à população. É quase impossível afirmar o que seria da nossa cidade sem a força do Terceiro Setor.
Temos em Joinville exemplos de ONGs que funcionam há dezenas de anos prestando importantíssimos serviços à sociedade joinvilense. É o caso do Corpo de Bombeiros Voluntários de Joinville, a mais antiga corporação do gênero na América Latina, há 120 anos defendendo nossa gente e nosso patrimônio. O Hospital Dona Helena, com mais de 80 anos, é uma associação sem fins lucrativos (sim, eles cobram pelo atendimento, mas os recursos não vão para o bolso de um “dono”, devem por força de Lei ser reinvestidos nos objetivos da ONG – no caso, o atendimento hospitalar). A SOCIESC, mantenedora de umas das melhores escolas técnicas do Brasil, é uma ONG. O Banco de Olhos de Joinville, o Lar da Mãe Abigail, a AACD/ARCD, o Rotary Club, o Lions Club, a Creche Conde Modesto Leal, a APAE, a ADEJ, a AJIDEVI, a Associação Joinvilense de Teatro etc. Todas são ONGs. Em Joinville temos inclusive uma associação de ONGs, a AJOS (também uma ONG), que promove anualmente a Festa da Solidariedade, entre outras atividades.
Defendamos e apoiemos o trabalho das ONGs. É como diz o comercial da Coca Cola: “Há razões para acreditar. Os bons são a maioria.”
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Todos sem calças no metrô
POR ET BARTHES
Eis
uma coisa que nunca iria acontecer em Joinville. Não por falta de voluntários,
mas por falta de metrô. Há alguns dias, milhares de pessoas participaram do 11º
Annual No Pants Subway Ride (passeio anual sem calças no metrô) em 59 cidades
de 27 países. Só em Noviorque foram 4 mil pessoas. O resultado é o que podemos
ver no filme. Não tente entender,
apenas veja.
Falta menos de um ano
POR JORDI CASTAN
A cada
dia fica mais fácil entender o sentimento que a sociedade joinvilense externa
em conversas particulares, nas mesas de bar, em cartas a jornais, inclusive em
comentários e posts nas redes sociais. E, cada vez mais, com menos inibição.
Quanto maiores as esperanças depositadas no mandatário, seja ele
municipal, estadual ou nacional, maior o risco da frustração. Ao esperar
demais, na maioria das vezes segue o desencanto. Não porque os eleitos façam
pouco e sim porque esperamos demais. E por esperar demais entenda-se
esperar que se cumpram as promessas feitas durante a campanha. Tendemos a
acreditar que as ditas promesas são verdadeiras e que há vontade e capacidade
real de cumpri-las.
As campanhas políticas contribuem para consolidar, ainda mais, esta
imagem. As pesquisas buscam identificar quais são os sonhos, as esperanças e
oferecem, de forma mais ou menos velada, a imagem de um candidato que, depois
de eleito, atenderá os nossos desejos mais íntimos. Como resultado, não
elegemos governantes, mas sim aspirantes a super-heróis ou candidatos a
compor o nosso santoral.
Os marqueteiros políticos constróem a imagem dos candidatos como se
fossem super-heróis, semideuses, seres míticos capazes de resolver todos os
problemas reais ou imaginários de cidades como Joinville. Nem consideram estar
oferecendo ao consumidor-eleitor uma fraude, alguém que não poderá atender as
expectativas criadas e que o eleitor julgou reais. E não existe um Código de
Defesa do Eleitor, que garanta a devolução ou a troca do produto defeituoso ou
que não cumpra as especificações anunciadas.
Em outras palavras, quanto maior a esperança que colocamos em algo ou em
alguém, maior será a nossa frustração, ao descobrirmos que era infundada, que
não correspondia à realidade. O erro não está em ter esperança. O erro está em
confundir o que desejamos e queremos com aquilo que é possível.
Seria inimaginável há poucos meses, mas a impressão
que está se consolidando, neste momento, é de que Carlito
Merss até não é um mau prefeito, que é uma pessoa bem intencionada tentando
dar o melhor de si. A frustração reside em ter sido depositada nele e na atual
administração uma esperança desproporcional à sua real capacidade de gestão e
de execução.
Nada melhor que aprender como diferenciar o real do imaginário, o
possível do impossível. Isto não garantirá a escolha de melhores prefeitos, mas
evitará frustrações e desencantos.
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