POR ET BARTHES
Sabe aquela história do pão que cai sempre com a manteiga para baixo? E os gatos que sempre caem de pé? Pois a junção dessas duas coisas deu um comercial de televisão genial.quinta-feira, 28 de junho de 2012
Alpinismo social
POR JORDI CASTAN
Nenhum indicador revela mais o nível de provincianismo de uma sociedade que o vigor e o dinamismo do seu colunismo social. O simples fato de existir, de que tenha espaço e seja visto e lido é já um dado preocupante. Que tenha gente que se esmere em aparecer ao ponto de pagar por fazê-lo, que pose para uma seção de fotos, com direito a cabeleireira, maquiagem e troca de vestidos, só mostra o nível de futilidade a que chegamos.
E tampouco neste campo tocamos fundo. É mesmo possível que nunca cheguemos a tocar o fundo. Que sejamos, a cada nova edição, superados por um novo patamar de cafonice e de exibicionismo nunca imaginados é a melhor prova disso.
Ao tradicional colunismo social impresso, agora se incorporam as novas mídias. O colunismo digital permite multiplicar exponencialmente o efeito. Primeiro pelo surgimento de dezenas de novos colunistas que, com pouco mais que a cara e a coragem, se dedicam a nos contar as intimidades pouco íntimas de qualquer "celebridade" instantânea. Na própria instantaneidade da fama reside o encanto morboso deste mundo descartável.
Nem faz tanto tempo, uma importante colunista social da cidade publicou, na sua coluna semanal, uma entrevista com uma prima da cunhada do vizinho de uma celebridade. E que relatou, com todo detalhe, a relação das compras semanais realizadas no supermercado pela renomada celebridade, dando detalhes escabrosos sobre quais as suas marcas preferidas.
Também há espaço neste colunismo social para as pseudocelebridades, pessoas que são conhecidas pela mãe, a tia e os primos mais próximos. A vida anódina e sem graça pode se converter numa soporífera entrevista em que a pseudocelebridade nos mostra algum dos dotes que tem. Se canta e toca violão ou piano, está claro que poderemos escutar a cantoria. Há casos em que o entrevistado tem um hobbie e é neste momento que conhecemos a sua coleçāo de chaveirinhos, de latas de refrigerante ou a coleção de gibis autografados pelo próprio Zé Carioca.
O último grupo de entrevistados é dos que não sabem fazer praticamente nada. Neste caso, a solução é mostrar os dotes culinários. A celebridade e o colunista aparecem numa cozinha impoluta, com aspecto de que há séculos a única coisa que se faz é esquentar água no micro-ondas. As receitas apresentadas oscilam entre elaborados pratos caríssimos, com ingredientes que dificilmente se encontram no mercado local, ou prosaicas receitas da época de estudante, pratos presentes nos cardápios de qualquer república universitária, como deliciosos ovos mexidos, arroz cozido ou um elaborado miojo al dente.
Os nossos colunistas sociais, desnecessário citá-los porque todos os conhecemos pelo nome e sobrenome, cumprem e difícil e árdua tarefa de tentar fazer interessantes as pessoas mais insignificantes, permitir que todo o mundo tenha os seus 15 minutos de fama. O esforço precisa ser recompensado e, por isso, uns cobram e os outros pagam valores significativos.
Os valores seguem uma lógica simples. Quanto menos célebre, maior o valor a pagar. O resultado é acabar com o respeito - se é que existe - por algumas das figuras da nossa sociedade, que fazem do exibicionismo um esporte e uma obsessão. A todos eles o nosso "muito obrigado". Porque são eles os que fazem a nossa vida melhor. São o arroz de toda festa e, sem o seu trabalho dedicado, não estaríamos informados sobre quem esteve aonde e com quem, quem casou, quem separou de novo, quem arrebitou o nariz ou quem malha na academia tal. Ou quem viajou e para aonde. Ou quem estava na festa de quem. Ou, melhor ainda, quem não estava.
Parabéns por mostrar em todo o seu esplendor e grandeza o provincianismo dos nossos alpinistas sociais.
quarta-feira, 27 de junho de 2012
Peladões fazem compras de graça
POR ET BARTHES
Uma promoção interessante na Dinamarca. Os 100 primeiros clientes a entrar na loja podiam levar as compras de graça. Mas com um pequeno detalhe: tinham que estar peladões. E a coisa funcionou. Prestem atenção em duas gringas que foram direto para a prateleira do álcool: o negócio delas eram só bebidas.Portugal x Espanha
POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Fazer previsões,
em especial sobre o futuro, é sempre um risco. Mas vou arriscar um palpite:
Portugal despacha a Espanha no jogo de hoje. E acaba o Euro-2012 em segundo
lugar, vencido pela Alemanha. De onde saiu a inspiração? Se acontecer conforme
a minha previsão, depois eu conto.
O jogo de hoje
está a mobilizar a Península Ibérica e dá para sentir um respeito mútuo entre
as duas seleções. O fato é que a Espanha ainda não deslumbrou nesta competição e em alguns jogos
chegou a mostrar limitações. Os próprios torcedores chamam o time de "aburrido". E o treinador Vicente
del Bosque foi contestado por não definir uma solução para o ataque. Torres ou
Fabregas? Ainda não há resposta.
Depois da estreia
contra a Alemanha, onde jogou acagaçada e perdeu (ficou no ar a ideia de que
poderia ter feito melhor se fosse mais ousada), a seleção portuguesa subiu de produção e conseguiu
produzir bons momentos de futebol. O grande problema tem sido a excessiva
retração da equipe nos primeiros minutos dos jogos. Se não tomar gol, tudo bem.
Cristiano Ronaldo
é o nome que mais se fala, tanto em português quanto espanhol. Os
portugueses acreditam no seu poder de desequilibrar, enquanto nuestros
hermanos, apesar de
dizerem que não haverá marcações individuais, certamente terão cautelas
especiais. Mas há muito respeito. O jornal ABC titulou ontem: "Cristiano Ronaldo, uma fera com sede de vingança".
A favor, Portugal tem dois dias a mais de descanso. Isso faz diferença. E contra tem a declaração
do presidente da UEFA, o ex-jogador francês Michel Platini, que disse preferir
uma final Alemanha x Espanha. É claro que isso deixa os portugueses com uma
pulguinha atrás da orelha.
Ah... e ninguém esquece
que o último jogo entre as duas equipes acabou em goleada: Portugal 4 x 0
Espanha. Mas os espanhóis explicam: "quando são jogos amistosos, somos muito
amistosos; mas quando são jogos a valer, soltamos a fúria de La Roja”. Se por
um lado os portugueses mantêm o respeito pelo atual campeão mundial, por outro
perderam o temor e vão encarar os espanhóis olhos nos olhos.
E que vençam os melhores. Ou seja, Portugal.
E que vençam os melhores. Ou seja, Portugal.
Espanha X Portugal
POR JORDI CASTAN
A partida em que se enfrentarão hoje os dois vizinhos que partilham a Península Ibérica reúne todos os elementos para ser um bom jogo. As características de jogo de uns
e outros e a rivalidade tradicional entre vizinhos próximos tem tudo para que ninguém queira ficar de fora.
A Espanha tem
melhorado muito o seu nível de jogo já faz alguns anos. É a primeira
seleção no ranking da FIFA. Na Eurocopa está defendendo o título e é hoje a
seleção campeã do mundo. Para todos é o alvo a abater. Caiu um pouco da forma de
jogar que a fez ser conhecida como “A Furia”.
Hoje tem um jogo de toque, de passe, de controle.
Espanha é uma equipe que, jogando sem atacantes, consegue afogar os seus oponentes com o toque de bola. O seu maior diferencial é o fato de que a maioria dos jogadores vem de duas equipes, o FC Barcelona e o Real Madrid, o que permite que seja possível identificar um estilo de jogo. Além disso, permite que haja uma sequência de jogo e cumplicidade entre os jogadores que só se consegue com o tempo.
Espanha é uma equipe que, jogando sem atacantes, consegue afogar os seus oponentes com o toque de bola. O seu maior diferencial é o fato de que a maioria dos jogadores vem de duas equipes, o FC Barcelona e o Real Madrid, o que permite que seja possível identificar um estilo de jogo. Além disso, permite que haja uma sequência de jogo e cumplicidade entre os jogadores que só se consegue com o tempo.
A maioria dos
jogadores já foram campeões na Euro 2008, na Copa da África do Sul, e com suas equipes tem ganhado Ligas, Copas, Champions. Sabem o que é jogar juntos e
sabem o que é ganhar. O que dá uma tranquilidade adicional. O jogo de equipe é
a sua característica e pode se dizer que não tem estrelas badaladas.
Na frente vai
encontrar o Portugal de Cristiano Ronaldo, um jogador excepcional que faz de
cada encontro uma batalha a ser vencida, capaz de carregar toda a equipe nas
costas e de marcar a diferença em qualquer estádio. O resultado dependerá das genialidades de um solista como Cristiano Ronaldo ou da harmonia da orquestra sinfônica que tem sido o jogo da Espanha. É
ele o único que poderá mudar o final de uma historia que parece estar já
escrita. Espanha estará na final no Olimpiyskyi de Kiev.
terça-feira, 26 de junho de 2012
Demitido bispo que foi à praia com amiga
POR ET BARTHES
O papa Bento 16 aceitou o pedido de renúncia do bispo argentino Fernando María Bargalló. É o mesmo religioso que foi flagrado por uma televisão argentina na praia com uma amiga, mas num relacionamento muito afetuoso. O homem até tentou se defender, como vemos na entrevista, mas parece que não colou.Ainda bem que eu não votei em Raimundo Colombo
POR CHARLES HENRIQUE VOOS
Nas últimas semanas acompanhei o noticiário local e presenciei notícias preocupantes: crescimento de assaltos à mão-armada, furtos dos mais diversos tipos, falta de médicos na rede estadual de saúde, falta de água quente no Hospital Regional, crescimento de homicídios e tráfico de drogas. Sem esquecermos as escolas interditadas, que geralmente dão dor de cabeça para milhares de famílias joinvilenses.
Ao ver tudo isto, soltei a seguinte frase, de forma involuntária, mas que faz todo o sentido: “Ainda bem que eu não votei no Raimundo Colombo”. Há anos não acompanho um Governo do Estado tão omisso e ineficaz com as demandas de Joinville.
Respeito o modelo democrático-representativo, e sei que meu voto foi junto com a minoria. Mas não me impede de cobrar e de escrever aqui para o Chuva. Um Governador que não vem fazer uma pauta na cidade de Joinville para solucionar estas demandas supracitadas, merece o respeito? Um Governador que só aparece para reuniões na ACIJ, CDL e outras pautas industriais, mostra toda a sua falta de preocupação com a maior cidade do Estado, e que é um grande reduto eleitoral seu.
Infelizmente é um cenário que está presente há vários anos em nossa cidade, que mesmo com LHS Governador, não consegue enxergar o devido retorno para a resolução de coisas simples. Agora, se você acha que a promessa de duplicação da Santos Dumont é uma grande realização desta gestão, com certeza está pensando da mesma maneira que os empresários da cidade. Ou ainda: se a exoneração de Marco Tebaldi foi o melhor ato provido por Colombo, com certeza estamos mais afundados que o Jacaré Fritz no mangue do Cachoeira.
O sinal está dado, pois a última pesquisa Ibope mostra uma queda considerável na aprovação da gestão Colombo aqui em Joinville. Ou torna-se uma gestão voltada para as pessoas, como Colombo prometeu em sua campanha, ou assume de vez que o importante é atender o interesse dos empresários do norte de SC, que vai parecer mais fiel às suas ações.
segunda-feira, 25 de junho de 2012
O árbitro ou o anunciante?
POR ET BARTHES
O jogador de tênis errou a jogada e, zangado, chutou o cartaz publicitário que acertou o árbitro. David Nalbandian acabou desclassificado da competição. Mas aí surgiu a questão: foi por ter atingido o árbitro ou por ter chutado a peça de publicidade de um poderoso anunciante?
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