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quarta-feira, 4 de outubro de 2017

No cardápio das escolas de Joinville, o prato principal é a incompetência


POR JORDI CASTAN
Não se pode deixar de falar na dieta que os alunos das escolas municipais seguem à risca na merenda escolar. No estado em que frango e porco são duas das principais fontes de proteína animal, o fato é que Joinville escolheu desenvolver um cardápio baseado integralmente em sardinhas.

O cardápio tem de que ser imaginativo. De escabeche de sardinha, passando pelo arroz com sardinha ou sardinha com batata, sardinha desfiada, o sardinha em molho de tomate. É até provável que o menu inclua geleia de sardinha ou sorvete de sardinha. Mas é sempre Sarrdinha à Udo Dohler.

O resultado é que as crianças da rede municipal não têm tido acesso a outra fonte de proteína animal que não seja a sardinha, nas suas mais variadas apresentações. Quando entramos na reta final do ano escolar, falar de fazer uma nova licitação para melhorar o cardápio é pura empulhação.

Aliás, se não fossem as denúncias pertinentes dos pais dos alunos, parece que nenhuma das autoridades responsáveis pela educação e pela administração de Joinville saberia que o cardápio era tão pouco variado. Ainda bem que tem uma parcela da população que não aceita a inépcia que predomina na administração municipal e se manifesta abertamente.

Não precisamos retomar o tema da inépcia do gestor municipal. E também da sua trupe. Afinal, chamar de equipe seria um erro, porque não passam de uma trupe de saltimbancos e comediantes, que fingem que trabalham por Joinville quando na realidade estão só interessados em alcançar os seus objetivos pessoais e atender os interesses da minoria que representam.

Seria bom lembrar que inépcia é a falta absoluta de aptidão para fazer aquilo para o que estão sendo pagos para fazer. Se define também como a falta de inteligência, cujo sinônimo é o mais puro idiotismo.  São mestres do disparate, campeões do desatino. A inépcia desta gestão não pode ser ignorada, esta presente e é uma constante evidente nos quatro cantos da cidade.

Aliás, seria bom que o prefeito ou seu secretario não tentassem justificar o que não tem outra justificativa que a sua própria inépcia. Culpar a crise econômica para fornecer somente sardinha como fonte de proteína às crianças de Joinville não se sustenta como argumento.

O Fundeb, esse fundo que é o principal financiador da educação básica, cresceu 11,3% mais que a inflação até agora. Para que este valor possa ser mais bem compreendido, os servidores não receberam nem 2% de recuperação salarial até agora. E as crianças só comem sardinha nas escolas. Onde está o dinheiro da Prefeitura? Porque se a gestão não existe e o dinheiro desapareceu alguma coisa muito estranha esta acontecendo na terra dos sambaquianos.

IGNORÂNCIA E INCAPACIDADE - Há que falar em dois novos pontos que podem ajudar a explicar o porquê do desastre politico-administrativo em que Joinville está mergulhada. Aliás, é a forma de assim entender porque, no curto e médio prazo, não há saída viável para recolocar a cidade nos eixos e no caminho do desenvolvimento e da prosperidade de outrora.
Estes dois novos elementos que se somam à inépcia são a ignorância e a incapacidade. Se cada uma delas é perversa, as duas juntas têm um potencial exponencial de acabar com qualquer resquício de esperança que possa ainda ter sobrevivido.

A ignorância é essa incapacidade de compreender e, portanto, de prosseguir. A incapacidade se manifesta pela impossibilidade de agir com sucesso. Não há saída. Não há nada que funcione direito e os gestores mergulham numa nova fase a de não se sentir obrigados a dar nenhuma explicação e muito menos desculpas. Assim se acham donos e senhores dos destinos dos seus súditos.s