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terça-feira, 30 de junho de 2020
Conversas à Chuva, com Betinho e Dentinho Arueira
POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Betinho e Dentinho Arueira, dois dos músicos mais conhecidos na noite joinvilense - e não só -, são os convidados do jornalista José António Baço na rubrica Conversas à Chuva. Criatividade, arte, política e, claro, música são os temas do bate-papo.
segunda-feira, 11 de dezembro de 2017
Segurança em Joinville: para que serve o vice-prefeito?
POR JORDI CASTAN
E o vice-prefeito? Um dia sim e outro também surge esta pergunta. E muitas outras. Afinal, ele faz o quê? Não era o nome para assumir a segurança? Se o prefeito sair mesmo candidato a governador, não é o vice quem assume? São perguntas que os joinvilense fazem e que são difíceis de responder. Há ainda quem faça a seguinte pergunta: se o vice-prefeito é quem entende de segurança, por que não é ele o secretario responsável pela pasta? Indo um pouco mais além, há os que queiram entender se Joinville tem uma Guarda Municipal, porque a segurança nunca esteve tão mal.
Quanto mais perguntas, menos respostas. Aliás, a ausência de respostas faz com que, sistematicamente, as pessoas façam menos perguntas. Ninguém gosta de ficar falando sozinho. É o mesmo manter diálogos com portas, sem entender que portas não dialogam. O máximo que pode acontecer é que algumas portas acabem sendo conhecidas pelos longos solilóquios que iniciam com elas mesmas. Por que a segurança pública tem se convertido num problema tão grave e aparentemente insolúvel? E por que Joinville perdeu a batalha e tem poucas chances de ganhar a guerra?
Primeiro porque a segurança pública vai muito além da repressão. Segundo porque vai também muito além da inteligência, a investigação e a perícia. Terceiro porque a única abordagem que parece dar certo, nos países e nas sociedades em que o tema não é um problema, é uma abordagem holística, integrando todos os atores sociais. Na sociedade sambaquiana, quem tem carro blindado, cerca elétrica, câmaras de segurança e guarda em casa acredita que resolveu o problema. Mas na realidade o que fez foi agravá-lo.
Em todas as esferas de poder, segurança é um problema social, de saúde pública, de educação, de desigualdade, de formação, de falta de espaços de lazer, de falta de oportunidades, de uma legislação caolha e de uma sociedade cega. O problema vai muito além do estatuto do desarmamento, mas é compreensível que cada vez uma parcela maior da sociedade queira andar armada. O estado falhou também em dar segurança aos seus cidadãos. Nada do que o estado faz parece dar certo, salvo o aumento dos impostos e a pertinaz inépcia para resolver os problemas que ele próprio cria.
Mas em Joinville, a pergunta agora faz ainda mais sentido: e o vice?
Em tempo: há um forte movimento para, aproveitando as férias de verão, acabar também com a Casa da Cultura. Como a sociedade não se manifestou ativamente quando foi extinta a Fundação Cultural, há gente dentro do governo que não entende nada de nada e acha que cultura é custo, que arte é perda de tempo e que tudo isso deve ser erradicado, extinto e extirpado de uma cidade ordeira e pacata.
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