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quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Sargento Lima e o “embromation” sobre as obras de Bolsonaro

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO

Vocês estão a ver os debates da eleição para prefeito de Joinville? Se não viram, eu conto. Tem sido uma coisa modorrenta, enfadonha, cacete. Os candidatos ficam amarrados por modelos que impedem as propostas e o contraditório. O que até é um alívio para alguns, porque tem uns tipos ali com a cabeça mais deserta que o Saara. Nenhuma ideia. Mas mesmo assim tem sido possível retirar um ou outro momento interessante.

Foi o caso do debate no ND+, na semana passada. Numa contenda monótona, houve um momento recreativo protagonizado pelo candidato bolsonarista Sargento Lima (que insiste em ser o único, porque o atual prefeito também quer sentar na cadeira do bolsonarismo). Foi assim. Durante a sua intervenção, o ex-prefeito Carlito Merss, do PT, perguntou ao sargento o que Bolsonaro tinha trazido de efetivo para Joinville nos seus quatro anos de governo.

Ora, qualquer pessoa que tenha estado com um olho aberto nesse tempo sabe a resposta: Bolsonaro não fez nadinha por Joinville. O deputado, na obrigação de defender a honra do quartel, deu aquela viajada. Foi a Marte, Saturno, Plutão e quando voltou à Terra começou com uma tremenda “embromation”. Daquelas coisas que só um bolsonarista consegue acreditar. Não vamos esquecer que a inteligência dessa gente está no nível “rezar para pneu”.

Mas lá no meio da arenga, o deputado deixou escapar uma frase para lá de reveladora: “toda vez que o presidente Bolsonaro esteve em Santa Catarina, ele veio também para ver os seus amigos”. É claro que a campanha de Carlito Merss aproveitou a derrapada para fazer um corte e postar nas suas redes sociais. Quando às obras, o candidato bolsonarista enrolou, enrolou, enrolou e não respondeu. Nem tinha como, né?

E eis a surpresa. O sargento também publicou um post sobre o mesmo episódio, usando a sua não-resposta como se fosse um grande feito intelectual. E até colocou aqueles oculozinhos do “lacrou” no final. E, imaginem, era uma fala desconexa, um tatibitate de dar dó. Mas no exato momento em que estou aqui a escrever, o post já tem 3682 “gostos” no Instagram. Ora, um número de pessoas mais que suficiente para abrir a Igreja do Santo Pneu da 72ª Hora.

Eu fico aqui na galhofa, mas houve duas coisas chocantes no corte. 1. Dizer que Bolsonaro foi responsável pela vacina que imunizou os joinvilenses. Depois dos horrores e de 700 mil mortes, é preciso ter muita cara de pau para dizer uma coisa dessas. 2. Dizer que vão reverter a reforma tributária. Diacho! Depois de décadas de discussões infrutíferas, o Brasil finalmente tem o modelo parecido com a Europa e os EUA. E o sargento promete o Sudão do Sul? Não brinca!

É a dança da chuva.





terça-feira, 3 de setembro de 2024

Adriano Silva e Sargento Lima em guerra... de travesseiros

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO

O deputado Sargento Lima e o prefeito Adriano Silva, um candidato e outro recandidato à Prefeitura de Joinville, entraram em guerra. Eis um fato que podia animar a campanha, que anda modorrenta, mas parece ser apenas uma guerra de travesseiros. Umas penas para lá, outras penas para cá e fica tudo na mesma. Sem ideias relevantes para apresentar, os dois ficam com picuinhices. O que, em bom português, significa dar excessiva atenção a coisas desimportantes. 

ROUND 1: A campanha do candidato Sargento Lima denunciou erros nos adesivos “perfurades” (é aquela coisa do vidro dos carros), que Adriano Silva está a dar aos seus apoiantes. Dizem que o diabo está nos detalhes: a peça publicitária não tinha a legenda de todos os partidos integrantes da coligação “Unidos por Joinville”. Não foi legal. Terá sido descuido? Há quem diga que o prefeito tem aliados incômodos porque há partidos fazem parte do governo Lula. O eleitorado bolsonarista não perdoa essas traições.

ROUND 2: Adriano Silva subiu nas tamancas e deu o troco no mesmo nível. Ou seja, um tema tão definidor quanto um unicórnio a fazer compras numa farmácia. A campanha do atual prefeito entrou com uma representação contra a propaganda do adversário. Ao que parece, a janela do intérprete de libras nos filmes do Sargento Lima não estava no tamanho certo. E a justiça suspendeu a propaganda. Coisa de bolsonarista. É uma briga por tamanho. Parece que os centímetros do sargento não são suficientes para Adriano.

Enfim, esse é o retrato da política de Joinville. Na total ausência de ideias, dois bolsonaristas se engalfinham por... coisa nenhuma. Ou melhor, é uma briga de perros querendo demarcar o território (sabiam que os cães mijam nos lugares para delimitar o próprio espaço?). Eis a briga: ambos querem ser reconhecidos como bolsonaristas. E eu fico a pensar. Mas qual é a pessoa com dois dedinhos de testa que quer ser vista como bolsonarista? Até pode ajudar a ganhar a eleição (estamos a falar de Joinville), mas a imagem fica toda cheia de lama. Irremediavelmente.

É a dança da chuva.