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segunda-feira, 31 de julho de 2017

Militantes e simpatizantes: os que vão à luta e os que ficam no sofá



POR JORDI CASTAN
A situação de abulia, marasmo e inação que Joinville atravessa exige cidadãos mais militantes e menos simpatizantes. Pessoalmente, sempre fui militante. Durante anos a fio participei de assembleias, reuniões, visitei moradores nas suas casas, distribui folhetos, convidei pessoalmente para audiências públicas, charlas e palestras. Nunca me furtei a participar. Fiz e faço com entusiasmo, dedicação e comprometimento.

Durante todo este tempo de militância defendendo uma cidade melhor, com mais verde, foco na sustentabilidade e com maior qualidade de vida impressionava-me o fato que houvesse tanta gente que apoiasse nosso movimento e as iniciativas que dele se originavam. Gente que me dizia a cada nova ação: "desta vez, espero que ganhemos!", "vai fundo, escreve, bota a boca no trombone", "continuem assim". Ou os que, com entusiasmo ainda maior, declaravam seu apoio irrestrito aos nossos pleitos. Mas não faziam nada.


Com um pequeno grupo de militantes voluntários,  distribuíamos cartazes, panfletos e participávamos das reuniões. Os que militamos por uma Joinville e por um país melhor temos uma palavra que define exatamente a essas pessoas que têm a mesma esperança e desejo que nós mas que não agem, porque não têm a mesma vontade que nós. São os que chamamos simpatizantes.

O que é um simpatizante? São os que, como nós, esperam e desejam a vitória. Ora, esperar a vitoria não custa nada, todos a esperamos e a desejamos ardentemente. Mas os simpatizantes renunciam a fazer algo para que essa vitória possa se concretizar. Em quanto o militante age, o simpatizante se omite. Tanto uns como outros tem a mesma esperança na vitoria. A diferença não esta na esperança, o que diferencia uns dos outros é a vontade e a ação.

As pessoas que fazem que as coisas mudem não são as que esperam, mas as que lutam. Sobram em Joinville simpatizantes das boas causas, aos que carinhosamente vou denominar militantes de sofá, ativistas de rede social. Mas faltam militantes com vontade e ações para mudar esse desastre em que estamos mergulhados.

O desafio que hoje temos como sociedade é assumir um lado e fazer aquilo que depende de nós. Ou seja, fazer aquilo que pode ser feito, partir da esperança inativa para a vontade ativa. Enfim, Joinville só está como está porque sobram simpatizantes e faltam militantes.