POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Há quem defenda regimes autocráticos, como é o caso de muitos brasileiros que estão do lado de Vladimir Putin, na invasão da Ucrânia. É sempre um risco estar do lado de um proto-ditador, porque os ditaduras nada trazem de positivo no plano das liberdades e dos direitos civis.
É interessante, por exemplo, que esses brasileiros apoiem um regime alicerçado, entre outras coisas, na negação e criminialização dos públicos LGBTQIA+. A liderança de Vladimir Putin tem sido problemática. Nos últimos anos, houve um aumento significativo da discriminação e da repressão contra a comunidade LGBTQIA+ no país.
Em 2013, o governo russo aprovou uma lei conhecida como "lei da propaganda gay" ou "lei da propaganda homossexual", que proíbe a promoção de "relações sexuais não tradicionais" para menores de idade. Essa lei tem sido amplamente utilizada para restringir a liberdade de expressão e os direitos dos indivíduos LGBTQIA+.
A lei tem sido o vetor para censurar eventos públicos, paradas do orgulho e para justificar ações contra ativistas e defensores dos direitos LGBTQIA+. Além disso, tem havido relatos de violência, agressões e discriminação, muitas vezes sem a devida proteção e punição das autoridades. Isso cria um ambiente hostil e perigoso para a comunidade LGBTQIA+ no país.
As restrições e a discriminação também afetam a liberdade de expressão e a disponibilidade de recursos e apoio para a comunidade LGBTQIA+. Organizações e grupos de direitos civis enfrentam dificuldades para operar e são frequentemente alvo de assédio por parte das autoridades.
No geral, a situação dos públicos LGBTQIA+ na Rússia sob a liderança de Vladimir Putin é preocupante, com uma crescente onda de discriminação e repressão. No entanto, é importante notar que existem indivíduos e organizações dentro e fora da Rússia que continuam lutando pelos direitos e pela igualdade da comunidade LGBTQIA+.
Enquanto isso, no Brasil tem gente que idolatra Putin. Porque, afinal, ditadura no fiofó dos outros é refresco.
É a dança da chuva.
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