terça-feira, 12 de dezembro de 2017

O meu candidato perdeu? A culpa é das urnas...


POR LEO VORTIS
O Brasil tem coisas estranhas. Uma delas é a desconfiança com as urnas eletrônicas. É uma reclamação que surge sempre que há eleições. E quando o nosso candidato perde, claro. O último grande caso aconteceu em 2014, quando, depois da derrota de Aécio Neves, o PSDB pediu a recontagem dos votos. E ainda entrou com um pedido de uma auditoria para a fiscalização de todo o processo eleitoral.

O Brasil tem um dos mais modernos sistemas de votação do mundo e ainda assim há quem questione o seu rigor. Os sistemas eletrônicos podem ser falseados? Claro que sim. Tudo o que é eletrônico pode. Mas os especialistas (não os especialistas de Facebook) dizem que o atual sistema oferece garantias de segurança. Há algumas vulnerabilidades, claro, mas são pontuais e controláveis.

Ainda recentemente o especialista Diego Aranha, professor da Unicamp, disse que a falha mais grave identificada em estudos foi a questão do sigilo do voto. Ou seja, era possível, com algum esforço, saber em quem a pessoa votou a partir da hora de voto. Não parece ser crucial. Mas é claro que exige uma correção (o que parece ter sido feito). Aliás, num tempo em que as pessoas tendem a declarar o voto, esse não é um fator assim tão grave.

Há muita gente com essa mania de apostar no passado. As urnas eletrônicas são um sistema que está em sintonia com os tempos atuais. E é um dos raros casos em que o Brasil aparece como pioneiro. Aliás, vale salientar que as democracias mais maduras há muito vêm procurando soluções eletrônicas. Enquanto isso, há muitos brasileiros a pedirem uma volta aos tempos de antanho, em que os “coroné” determinavam o funcionamento do sistema.

Muitas pessoas tecem teorias da conspiração e insistem na ideia de que as urnas eletrônicas podem ser manipuladas. É tecnicamente possível, mas não provável em sistemas altamente controlados. E todos sabemos que é no papel que as fraudes acontecem. De fato, se alguém teria motivos para reclamar talvez fossem o Macaco Tião e o Rinoceronte Cacareco, que nunca mais se elegeram depois a instalação das urnas eletrônicas.

Qual é o maior problema? Ora, nas eleições ganha quem tem mais votos. O resto é conversa.

19 comentários:

  1. O autor parece desconhecer o vício de programação. Ora, sabemos que a urna eletronica e o computador dos mesários formam um sistema fechado, sem rede, wi-fi ou Bluetooth. Portanto o problema não necessariamente está no hardware, mas na programação deste.
    Explico: se concorrem o candidato A e B, mas, através de relações escusas entre quem contrata (o governo) e quem programa houver predileção para o candidato B, o programador pode gerar um vicio que a cada 10 votos no candidato A, três serão contabilizados para o candidato B. No final, dos 10 mil eleitores daquela seção, o mesmo número surgirá numa eventual “recontagem”. Ou seja, para “recontagem” basta apertar o “enter” que o vício se replicará quantas vezes for ser necessário - essa é a tal auditoria que não pode ser aferida.

    Como surgiu os milhões de eleitores a mais nas eleições venezuelanas, denunciados pela própria empresa a um órgão britânico, senão por um vício de programação?

    Países sérios não usam urnas que não possam serem auditadas. Mesmo nos EUA, as urnas eletrônicas usadas em referendos ou outras eleições menos importantes têm votos impressos que são lidos pelo eleitor e que caem num urna para uma possível recontagem. É esse o tipo de urna com impressão que o STE tentará implantar em parte da eleição de 2018.
    Na urna eletrônica com impressão, dois votos são contabilizados - um digital e outro analógico - no último o próprio eleitor fiscaliza se a informação impressa é a mesma apresentada no ecrã do aparelho. Mesmo que apenas 5% das urnas virão com a impressora, a programação, usada por todas elas, não poderá vir com nenhum vício, pois o votos replicarão o que consta no ecrã e, numa eventual recontagem a informação analógica será priorizada.

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  2. Os americanos que votaram na Hillary também já não querem mais brincar com o centenário sistema eleitoral dos EUA.
    “Nossos candidatos perderam duas vezes nesse sistema. Temos de muda-lo!”

    Em tempo, estranho é não desconfiar de algo que não pode ser auditado.
    Até porque os alemães, dinamarqueses, japoneses e ingleses não são estranhos. Não, pera!

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  3. Não pode ser auditado? Então entrem com um mandado de segurança contra o pessoal do TSE, porque eles garantem que a urna eletrônica tem mecanismos que permitem verificar a segurança e o funcionamento do sistema.

    Ou, como dizem os próprios, "esses mecanismos são postos à prova durante os Testes Públicos de Segurança (TPS) e, além disso, há diversos mecanismos de auditoria e verificação dos resultados que podem ser efetuados por partidos políticos e coligações, pelo Ministério Público, pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), pelo Congresso Nacional, pelo Supremo Tribunal Federal, pela Controladoria-Geral da União, pelo Departamento de Polícia Federal, pela Sociedade Brasileira de Computação, pelo Conselho Federal de Engenharia e Agronomia, pelos departamentos de Tecnologia da Informação de universidades e também pelo próprio eleitor".

    Reclamem com eles, não atirem no mensageiro.

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    1. Então... Acontece que, na época, a lei que definiu a urna eletrônica como equipamento oficial na eleições não previu novas tecnologias de verificação, então a auditoria é limitada pela própria.

      Na Argentina as eleições que usam esse equipamento têm uma impressora instalada, no México, idem. Enfim todos os países que passaram a usar esse dispositivo possuem leis mais atualizadas. O único país, além do Brasil, que não usa impressora nas eleições é a "democrática" Venezuela.

      Sobre os testes, é sabido que vários profissionais conseguiram acessar dados importantes e, inclusive, denunciaram à sociedade.
      Mas isso tem limite: imagine a empresa que produz a urna assumir os erros graves? Será que o ministério da justiça ou o TSE estaria disposto a voltar ao método normal? O que fariam com as milhares de urnas já pagas pelo contribuinte? Quantos deixariam de ganhar $ no cancelamento desse contrato milionário?

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  4. Quem sabe , não inventam algo melhor! A política eletrônica. Um algoritmo que vai regular nossas leis em nome do progresso. Já que, pra quem não percebe este é o futuro com a revolução industrial 4.0. O último homem esta próximo pra quem tem ouvidos. "Um só rebanho sem nenhum pastor".

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  5. Tanto o candidato (A)lckmin como o candidato (B)olsonaro vão precisar muito da tal fraude pra vencer o candidato L...rs

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    1. Pois é, eles podem fazer os petistas beberem do próprio veneno...

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    2. Não se o candidato L. estiver atrás das grades. Ou morto, vai saber!!! Fuma e bebe como um vida loka!!!

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    3. É engraçada essa coisa. Isso de Lula beber e fumar é notícia de 2010, bem antes do câncer. Hoje quem repete isso são só os atrasados mensais (neste casa anuais).

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    4. Pois é Baço, dona Marisa que o diga. Fumou até o último suspiro!!! Vai que o raio cai no mesmo lugar!!!

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    5. Lula não bebe desde 2010?
      Bom pra ele!

      Contudo, ele bebia até 2010?
      Bem,... isso deve explicar muita coisa!

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    6. Mas desde quando fomos autorizados a dizer quem pode beber ou quem pode fumar?

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  6. "O Brasil tem coisas estranhas. Uma delas é a desconfiança com as urnas eletrônicas."

    Estranha é essa afirmação, já que a desonestidade que impera nesse país já não causa mais estranheza faz muito tempo. Especialmente depois da passagem de Lula, Dilma e de seus asseclas do PT.

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    1. Lula... bla bla bla... Dilma... bla bla bla... PT... bla bla bla.

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    2. Golpe... bla bla bla... Lula perseguido... bla bla bla... Moro seletivo... bla bla bla.

      A esquerda agoniza!...

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  7. Ao autor do texto:

    "Não sabe bincá, não desce po prai!"

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  8. Os 40 e tantos milhões de votos que o TSE diz q o Aécio teve, são a maior prova q as urnas foram fraudadas. Explico. Basta fazer uma enquete perguntando em quem o sujeito votou nas últimas eleições pra presidente q o resultado será:
    1º Dilma
    2º Não votei no Aécio.

    Papelzinho já!! rsrs...

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  9. Se expõe ao ridículo escrevendo um texto onde qualquer pessoa neutra e com os mínimos conhecimentos de sistema e auditoria chegaria à conclusão oposta.

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