(pode ver o filme, em vez de ler, porque o conteúdo é o mesmo)
A fase do pré-golpe produziu cenas e figuras caricatas e muita gente ganhou fama nacional. Eram conhecidas de norte a sul do país. O motivo dessa gente era sempre o ódio de classe e o ódio ao Partido dos Trabalhadores. É certo que alguns até tentavam disfarçar. Diziam que era contra a corrupção, por causa do preço da gasolina e havia até os que diziam que bandeira do Brasil jamais seria vermelha.
Bem… passado um ano do golpe, todos sabemos o que aconteceu. Deu chabu. E essas pessoas, que eram protagonistas, simplesmente desapareceram. E hoje todo mundo pergunta: por onde andam?
Uma das figurinhas é Taís Helena Galon Borges. Todos lembramos dela. É aquela senhora que aparece a gritar num posto de gasolina a dizer para os motoristas não abastecerem os seus carros. Nessa época a gasolina custava R$ 2,80. E hoje, depois de tantos reajustes, com o preço a rondar os R$ 5 reais, cadê a mulher? Nem um grito, nem um protesto, tomou chá de sumiço.
Outra figura divertida é Rosangela Elisabeth Muller. O nome não diz nada? É aquela senhora que confundiu a bandeira do Japão com a futura bandeira comunista do Brasil. Vocês lembram, com certeza, desse episódio caricato. Aliás, se derem olhadinha no Facebook da senhora, vão ver que ela e outros do time batem continência para o nada. Todos adoram essa coisa do “militar”. E, claro, elogiam Jair Bolsonaro. Só que depois das notícias das últimas semanas, quando Bolsonaro foi apanhado em contrapé, esse pessoal deve estar com uma tremenda dor de cabeça.
Mas entre todas essas criaturas estranhas que surgiram nos últimos tempos, os meus preferidos são aqueles que fizeram a micareta do “Fora Dilma, Fora Lula, Fora PT”. Se eu ainda estivesse no jornalismo diário, essa seria uma pauta obrigatória: tentar encontrar essas pessoas e tentar saber o que passava pela cabeça delas. Se bem que a resposta não deve ser difícil. Elas não têm nada na cabeça, portanto passa tudo. Entra por um lado sai por outro. Mas mesmo assim gostaria de saber quem são, quais as motivações e onde elas se escondem hoje em dia, porque ninguém sabe onde estão. Não é estranho.
Enfim, no frigir dos ovos parece que era mesmo apenas ódio contra um partido. Ou duvidam disso?
É a dança da chuva.