quinta-feira, 1 de outubro de 2015

O silêncio do PT frente ao genocídio


POR FELIPE CARDOSO

Uma das grandes propagandas do governo petista nas eleições foi a questão das cotas sociais. As pesquisas mostram um aumento significativo na presença de negros e pobres nas universidades brasileiras.

Ao mesmo tempo, o governo comemorou e divulgou outras duas grandes conquistas: ser sede da Copa do Mundo de 2014 e das Olímpiadas de 2016.

Poderíamos ser gratos eternamente ao governo petista por seus investimentos e ajuda para a população negra brasileira, diversas pautas puderam ser realizadas graças ao espaço dado e a algumas políticas públicas colocadas em prática. Luta de anos dos movimentos negros espalhados pelo país.

Mas o erro petista foi acreditar que com mais consciência e com acesso as novas tecnologias, os negros e negras permaneceriam a receber violência calados, ou que silenciariam com qualquer evento comemorativo.

Poderíamos celebrar e enxergar um futuro progressista para a população negra e pobre com todos esses “avanços”. Poderíamos nos iludir com as falácias de geração de novos empregos, lazer e oportunidade para os novos atletas com os eventos esportivos.

Mas a história nos mostra que negros e negras não são bem-vindos em grandes eventos, muito menos na política – basta olhar a foto e contar quantos negros compõe o ministério do governo Dilma.

Antes mesmo da realização da Copa do Mundo, tivemos o primeiro aperitivo do que a população da periferia iria enfrentar. As instalações das Unidades de Polícias Pacificadoras nas favelas cariocas tinham como objetivo expulsar os “bandidos”. Mas hoje podemos perceber que o verdadeiro intuito é oprimir, silenciar e amedrontar os moradores das comunidades periféricas.

A cidade maravilhosa, uma das principais sedes dos dois maiores eventos esportivos mundiais, não poderia contar com a presença de pessoas que não pudessem pagar a entrada, muito menos, não poderia ter como visual para os turistas, os barracos da favela. Esconder a "sujeira" debaixo do tapete foi a melhor solução encontrada. Dentro dos estádios era visível o tipo de público aceito para frequentar um evento desse porte e o tipo de comportamento que deveriam ter.

Enquanto isso, do lado de fora, diversas famílias foram expulsas de suas moradias para dar espaço para as obras da Copa. Até hoje esperam a indenização.

Para defender os interesses de alguns, para trazer lucro para poucos, o governo exclui e extermina parte da população. O pacto, que deveria ser feito com o povo, foi feito com os bancos, latifundiários, ruralistas, empreiteiros, grandes empresários.

É aí que está a grande incoerência do PT, não dá para agradar a todos. No sistema capitalista, para alguns ganharem, outros têm que perder e a população negra é a que mais está perdendo.

Os dados mostram o crescimento no índice de negros assassinados e encarcerados nos últimos anos no Brasil. Ao mesmo tempo em que poucos conseguem entrar nas universidades, milhares seguem morrendo. O descaso fica ainda mais gritante com a chegada de imigrantes negros, que não recebem nenhum auxílio e penam para sobreviver, uma vez que não conseguem ser realocados nas suas verdadeiras áreas de atuação no mercado de trabalho, tendo que se submeter a serviços braçais que, na maioria das vezes, não oferece total segurança.

Corpos negros são arrastados, corpos de negros somem, corpos de crianças e jovens negros são alvo da polícia. Nada se escuta do partido dos trabalhadores. A preocupação é com a crise política e econômica. O medo é perder o poder.

Enquanto isso, a população negra continua sem poder. Sem poder ir a praia, sem poder andar na rua a noite, sem poder parar de ser criminalizado e assassinado, sem poder brincar. Sem poder viver.

A guerra falida contras as drogas continua mantendo as UPPs no Rio de Janeiro. Seus soldados continuam matando crianças. Pelo visto, a ideia é “higienizar” e segregar cada vez mais. A preocupação é oferecer um bom espetáculo para os turistas. Afinal, é dinheiro, mas nós sabemos muito bem para quem será destinado, quem realmente lucrará com tudo isso.

As desigualdades sociais e o racismo continuam. O silêncio da chefe do Estado em relação a tudo isso, também.

Para piorar o governo federal propôs fundir a Secretaria Nacional de Promoção da Igualdade Racial, a Secretaria de Mulheres e de Direitos Humanos em um único ministério, o Ministério da Cidadania. 

A verdade é que por mais que algumas boas medidas tenham sido tomadas para a população afrodescendente, não houve, até o momento, nenhum investimento ou ação para parar com as mortes e encarceramentos dos negros. E, pelo visto, não há interesse para que algo seja feito. Podemos esperar, ainda, mais retrocesso.

Genocídio da população negra, segregação racial, repressão nas favelas, chacinas, redução da maioridade penal, autos de resistência... Arrastões e rolezinhos são apenas consequências. Resultado de tantas opressões.

Vidas são colocadas em risco por conta da incoerência do governo federal e sua insistência em investir em uma economia neoliberal, beneficiando bancos e grandes empresários e massacrando os trabalhadores.

O sistema está errado, Dilma. O caminho não é esse. Incoerência se resolve com atitudes.

Aos negros e negras a única saída é a união, o famoso “nós por nós”, como sempre foi.

O Brasil continua sendo um país para poucos. Mas devemos reverter esse quadro. A luta segue.

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Espaço para outras vozes - CHUVA ÁCIDA 4 ANOS



POR FELIPE CARDOSO


Quatro anos atrás era criado um espaço democrático para exposição e reflexão sobre Joinville. Com o objetivo de ser plural e abranger diversos temas que não são abordados constantemente pela imprensa local, o Chuva Ácida se destacou ao dar espaço para textos críticos, denúncias e, principalmente, pela participação da comunidade.

A partir de 2013, o blog deu mais espaço e representatividade para as questões dos negros, mulheres e LGBTs, trazendo pautas consideradas tabus por alguns conservadores da cidade e que, por isso, eram assuntos silenciados e escondidos de muitos joinvilenses. Graças ao espaço dado para expor e abordar esses temas, muitas pautas, matérias e reportagens a respeito de raça, etnia e gênero surgiram na imprensa local e até nacional, estimulando o debate e o estudo sobre cada caso.

Nesses 4 anos, a influência e o impacto do Chuva Ácida foi grandiosa.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

A Justiça lança um torpedo sobre a Lei Bentinho


POR JORDI CASTAN

O juiz Roberto Lepper  concedeu  liminar, suspendendo (afortunadamente) o art.3º da Lei Bentinho, que aumentava a farra da Lei Cardosinho para todos os empreendimentos irregulares construídos até 2011. A liminar deixa praticamente sem efeito a lei aprovada em primeira votação. É bom lembrar que o vereador Manoel Bento (PT) não está sozinho nesta empreitada, em que outros vereadores têm jogado um papel destacado.

O vereador Maurício Peixer é outro dos nomes que quase sempre acompanham este tipo de projeto. Não tem o menor constrangimento em participar de iniciativas como esta e não ruboriza mais quando surgem suspeitas sobre a lisura do processo. Houve, durante a primeira votação, insinuações suficientemente explícitas, entre os vereadores, para levantar suspeitas sobre os reais interesses por trás da urgência em aprovar o projeto de lei 41/2015.

Na última quarta-feira, a Câmara de Vereadores aprovou, em primeira votação, a Lei de Regularização dos Imóveis, uma nova reedição da antiga Lei Cardosinho. O trâmite foi no mínimo estranho. A proposta do vereador Bento ficou quase 11 meses adormecida na casa. De repente e aparentemente agoniado com a demora,  o vereador Manoel Bento pediu ao plenário que se desse Regime de Urgência* para seu projeto. Urgência? Por que será que o vereador Manoel Bento tem tanta pressa? Que fato novo motivou o repentino interesse?

O presidente da Comissão de Urbanismo, Maycon César, deu parecer desfavorável ao projeto, por julgá-lo inconstitucional, mas o parecer foi derrubado. Esquecem os vereadores - e este esquecimento é curioso, quando é de vereadores com anos de casa, como o caso dos Vereadores Manoel Bento e Mauricio Peixer - que os projetos relacionados ao zoneamento, ordenamento territorial, bem como parcelamento, uso e ocupação do solo devem partir do executivo.

Além de constar na Constituição Federal e na Constituição do Estado de Santa Catarina, a própria Lei Orgânica do Município é bem clara quanto a isso, nos Artigos 4º, 7º, 36 e 37. Nenhum vereador pode propor algo desta natureza, apenas propor modificações após o envio do projeto vindo do Executivo Municipal (por isso o projeto que está tramitando na Câmara, de iniciativa do vereador Cláudio Aragão, tampouco é válido).

Apesar da insistência na sua reedição, o tempo da Lei Cardosinho já foi. Quem tinha imóvel para regularizar já o fez nas primeiras edições desta lei. Ressuscitar a lei todo os mandatos é afirmar, a cada ano, que em Joinville o ilícito pode se tornar lícito mediante um singelo pedido a um vereador.

Já existem leis que regem o uso e ocupação do solo há muito tempo. Por que aprovar uma lei que abre exceções a aquelas leis? Esquecem ainda os nossos vereadores que só pagar não resolve os problemas ocasionados pelas construções irregulares que pipocam por Joinville, estimuladas por legisladores que agem para que a cidade se exploda, em troca de uns poucos caraminguás.

* Regime de Urgência pode ser solicitado quando o projeto expirou seu prazo dentro da Câmara e ainda não foi ao plenário. Após aprovado, este projeto tem 48 horas para voltar ao plenário para votação. Enquanto o projeto não for votado, os demais projetos de lei ficam trancados na casa. Não se pode discutir outro assunto.

O Chuva Ácida já abordou o tema com anterioridade nos posts:



http://www.chuvaacida.info/2015/07/o-inferno-sao-os-vereadores-certo.html

http://www.chuvaacida.info/2015/07/lei-340-solucao-tanto-para-o-municipio.html
http://www.chuvaacida.info/2015/07/treplica-vereador-bento-nao-convenceu.html


A semiologia dos buracos na rua*


POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO

O leitor e a leitora não têm a obrigação de saber o que é semiologia ou semiótica**. Para resumir, eu digo: é a ciência que estuda os signos. Mas o que é o signo? É aquilo que está lá para significar alguma coisa. E há poucos significantes mais corrosivos para uma administração municipal do que os buracos na rua. Complicou? Então vamos simplificar.

Em termos semióticos, o buraco é mais do que uma simples cavidade no asfalto. Porque projeta outras coisas. Há quem veja desleixo. Há quem veja perigo. Há quem veja incapacidade dos administradores. O poder imagético do buraco é tão forte que se sobrepõe mesmo às grandes obras. Há mais camas no hospital? Perfeito. Mas se estourar um pneu do meu carro num buraco lá se foi a imagem positiva.

Que tal uma comparação? O poder público põe muita fé na força dos anúncios de televisão, por exemplo, para construir uma imagem. Mas não tenho dúvidas de que o buraco comunica muito mais – de forma negativa, claro – do que qualquer filme publicitário. Porque estão no dia a dia das pessoas e podem mesmo ser considerados armadilhas, como tem sido titulado pela imprensa.

Os buracos têm o poder de criar uma semântica própria. E os seus venefícios são transversais, porque atingem tanto o dono da Ferrari, que não consegue pôr o seu bólido a andar, como o dono do Fusquinha, que teme se endividar com o conserto de uma roda, ou mesmo os passageiros de ônibus, que são obrigados a aguentar o sacolejar nas suas deslocações.

E a coisa salta para o cotidiano, para a linguagem das ruas. É fácil introduzir a palavra “cratera” no léxico do cotidiano e aumentar a dimensão imagética do problema. O que dizer quando, numa forma rústica de sinalização, as pessoas põem galhos, para prevenir os motoristas mais incautos? E quando alguém diz que "tem uma rua nos buracos". Ou ainda quando a ideia dos buracos faz a diversão de humoristas mais corrosivos, como mostra a charge do Sandro Schmidt neste texto.

Dizem que o diabo está nos detalhes. E os buracos das ruas, parecendo detalhe, na verdade são essenciais para detonar a imagem de qualquer administração pública. E não adianta dizer que o material de pavimentação é bom e que o trabalho é feito de forma diária. Porque enquanto estiver lá, o buraco está a comunicar contra o prefeito. Vou extrapolar: 10 buracos comunicam mais que um jornal inteirinho.

Ok, admito que não entendo de asfalto, de lençóis freáticos ou de trânsito excessivo. Mas entendo de construção de imagem e não tenho dúvidas de que é preciso fazer mais e melhor. Os buracos são outdoors com publicidade negativa. E ter essa percepção não é culpa minha. É da semiologia.

É a dança da chuva.

* Adaptação de texto publicado originalmente no jornal AN em janeiro de 2014. A intenção é mostrar que pouca coisa mudou desde então.
** [Linguística Ciência dos modos de produçãode funcionamento e de recepção dos diferentes sistemas de
sinais de comunicação entre indivíduos ou coletividades. = SEMIÓTICA

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Rumo a 2016!


Pedalando em Joinville!


Udo, parklets, mãos limpas, Alemanha e árvores



POR JORDI CASTAN


PREFEITO VOLTA COM A PRIMAVERA - Chegou a primavera. E com ela celebramos a volta do prefeito Udo Dohler às redes sociais. Com as suas postagens matutinas, o alcaide voltou a alegrar a vida dos internautas locais. Mas continua o mistério. É ele mesmo quem escreve ou tem um dos seus fieis escudeiros como “ghostwriter”? E faço uma proposta para que o SIMDEC aprove a edição de uma coletânea das melhores tuitadas do prefeito. O livro já teria até uma sugestão de título: “Cursinho de Xestón e autoajuda em 140 toques”

DIA SEM CARROS - Foi um sucesso. Em Joinville, nenhum carro ficou na garagem e as ruas ficaram lotadas com a a colorida de carros de todas as cores, potências, tamanhos e marcas. Um êxito de organização e mobilização. A inauguração de um “parklet” foi o ponto alto da festa e o IPPUJ lançou o Plano Municipal Participativo de Parklets e Outras Intervenções Urbanas Aleatórias. O PMPPOIUA prevê a instalação de parklets em todos os bairros. Pela proposta do IPPUJ, os parklets serão implantados antes do início do período eleitoral. Mas com a dificuldade que o instituto tem para cumprir datas, é provável que a implantação de novos parklets seja postergada “sine die”.

QUEM COPIA QUEM? Difícil dizer quem copia de quem. Não há governo que não use cargos públicos para negociar apoios. A presidente Dilma inovou ao trocar a saúde pelo apoio do PMDB. No governo local, que era para ser de mãos limpas, trocar apoio por cargos é uma prática antiga. E ao encher secretarias, fundações e autarquias de apaniguados, a gestão pública fica cada dia mais ineficiente e mais custosa. O preço está ficando insustentável.

ENCONTRO BRASIL-ALEMANHA -  Quando se trata de fazer trapaças ninguém as faz melhor que o setor privado. A Volkswagen foi acusada de manipular o programa de computador de 400.000 veículos nos Estados Unidos, para burlar a legislação sobre emissão de poluentes. Os alemães negaram enfaticamente que fossem 400.000, e confirmaram que mais de 11.000.000 de carros utilizam os software que altera os resultados dos controles de emissão de poluentes. Na lista, os modelos Golf e Jetta, entre outros. Os alemães mostraram que não são só bons jogando futebol, se for para trapacear ninguém os supera.

DIA DA ÁRVORE - Em Joinville não planta nenhuma e ainda retoma a estulta ideia de cortar as figueiras da Hermann Lepper. Uma forma estranha de celebrar o dia. Mas já se sabe que esta administração e as árvores mantêm uma relação de amor e ódio. Sem plantar nenhuma árvore nova e aprovando leis que convertem as calçadas em espaço para carros, Joinville vê a sua arborização urbana desaparecer velozmente.

Falando em árvores, alguém viu o como estão as que sobraram nas praças que formam o Parque da Cidade? Se a referência de jardim em Joinville for a mesma da Prefeitura, estamos mal de jardim. Nem as flores se atrevem a passar perto, não seja que as capinem ou as rocem. Porque jardim em Joinville passou a ser sinônimo de área com brita. O verde sendo substituído pelo cinza do concreto, mais de acordo com a Joinville do futuro que o prefeito sonha e da que tanto fala.

domingo, 27 de setembro de 2015

Acaso e necessidade - CHUVA ÁCIDA 4 ANOS














POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO

A tese é de Jacques Monod e aponta para o plano da biologia. Mas há quem, como eu, ache que pode ser transposta para o social: ou seja, os eventos resultam do acaso e da necessidade. É o que serve para explicar a criação do Chuva Ácida. Há quatro anos, numa troca casual de impressões pelas redes sociais (o acaso), houve uma conclusão: Joinville necessitava de um meio moderno de comunicação - digital, claro - e alternativo (a necessidade).

Um convite aqui, outro ali e nasceu o coletivo. E o projeto trouxe um frescor à comunicação em Joinville. Houve momentos altos em termos de acessos, como nas últimas eleições para a Prefeitura. Também houve momentos de intervenção comunitária, como na campanha pela manutenção da Cota 40. E, claro, muitos momentos de denúncias relevantes, daquelas que são deixadas de lado pela velha mídia.

A intenção inicial era de que o formato do coletivo estivesse sempre aberto e capaz de se adaptar às necessidades. A linha editorial pretendia cobrir todo o espectro ideológico (descobrimos que há poucos conservadores dispostos a se expor) e abrir espaços de expressão para os que não têm voz na velha mídia. Com maior ou menor sucesso em termos pontuais, não há dúvidas de que esse objetivo foi cumprido.

O que torna o Chuva Ácida diferente da velha mídia? Simples. O blog é feito por empenho de pessoas que não recebem pela escrita. Há uma piada interna: o salário é zero, os xingamentos dos anônimos são incontáveis. Aliás, acho que cumprimos aqui também um papel social: o Chuva Ácida serve como terapia para os anônimos aliviarem os traumas das suas almas atrapalhadas. E olhem que a gente não publica comentários com um certo nível de ofensas.

Mas há um ponto no qual o blog falhou. A intenção era abrir caminho para outras iniciativas similares – no mínimo capazes de manter a regularidade de publicação -, mas não aconteceu. Hoje sabemos que é quase utópico. É difícil haver quem esteja disposto a correr o risco de escrever numa publicação independente e de forma crítica. Os tentáculos do poder são muito extensos na cidade e ninguém está imune. Há riscos pessoais.

Mesmo assim o futuro parece prometedor para o Chuva Ácida. Porque apesar de algumas oscilações, o blog tem conseguido manter a regularidade, ao ponto de estar muito perto de atingir o primeiro milhão de acessos. O projeto, agora, é chegar ao segundo milhão em menos tempo. Há um fato importante a considerar: estamos numa cidade de pouco mais de 500 mil habitantes e num ambiente com forte infoexclusão.


Mas para a frente é que se anda. Que venham os próximos quatro anos. E o próximo milhão, claro.