domingo, 27 de janeiro de 2013

São maluquices, mas existem

POR ET BARTHES
É tudo inacreditável. Mas o autor do vídeo garante que existem. Vejam a maluquice do "engenho" humano.




A barriga de Chávez

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Quando as pessoas querem acreditar numa coisa, na maioria das vezes acabam reféns desse desejo. Foi o que aconteceu com o pessoal do jornal espanhol El País esta semana. Quem, como eu, lê a publicação todos os dias sabe que há uma linha editorial hostil ao presidente venezuelano Hugo Chávez e ao que chamam chavismo. E quando viram a foto oferecida pela agência Gtres Online, os editores do jornal  não tiveram dúvidas em publicar uma reportagem a revelar “o segredo da doença de Chávez”.

A foto mostrava o presidente cheio de tubos e em agonia. Mas havia um bônus. A imagem supostamente teria sido captada por uma enfermeira cubana que a enviou para uma irmã que vive na Espanha. A identidade da tal enfermeira não poderia ser revelada, por medo de represálias do governo cubano. Era dois em um: mostrar Chávez agonizante e uma referência sobre o autoritarismo cubano, que impede a liberdade de expressão.


O resultado foi um barrigão do tamanho do mundo. Para o leitor e a leitora menos familiarizados com o jargão jornalístico, barriga é quando uma informação é divulgada como verdadeira mas não passa de conversa para boi dormir. E logo a seguir veio a informação, através das redes sociais, de que não era Hugo Chávez na imagem: era a foto de uma cirurgia a outro homem, parecido com Chávez, mas que nada tinha a ver com o episódio.

O El País tirou a imagem da internet e parou a impressão dos jornais, mas alguns exemplares já tinham vindo a público. 
Os assessores mais próximos do presidente Hugo Chávez não demoraram a protestar, acusando a publicação de participar de um complô com a oposição venezuelana. Mas justiça seja feita: no dia seguinte, o jornal pediu desculpas pela barrigada, num extenso texto publicado tanto online quanto em papel.

É mais um episódio a mostrar que o fenômeno das fotos adulteradas é um problemão. E em tempos de redes sociais a coisa pode fugir do controle, porque as pessoas acreditam no que querem acreditar. Aliás, vale uma lembrança. Foi o que aconteceu há pouco tempo, quando um colunista da Veja publicou uma foto manipulada do ex-presidente Lula abraçado com a mulher, Marisa Letícia, e a funcionária da Presidência, Rosemery Noronha.


Só que no caso brasileiro, descoberta a barriga, houve apenas um tímido desmentido.
O pior é que ainda hoje a foto circula por aí como sendo verdadeira. Porque há pessoas que querem acredita e, nesse caso, a veracidade dos fatos não interessa.

P.S.: Para os leitores anônimos, O texto não pretende discutir se Chávez é bom ou mau. O tema é a barriga do El País.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Juiz flagrado dormindo no julgamento

POR ET BARTHES
Dá para acreditar na justiça na Rússia? O juiz dormiu durante o julgamento, mas no fim não teve dúvidas em condenar o réu. Não brinca, meretíssimo.


Pontifex Maximus

POR JORDI CASTAN

Uma das grandes diferenças entre o Papa e nós, reles mortais, é a prerrogativa que os católicos lhe conferem de ser infalível. A infalibilidade papal permite que nunca erre em questões pertinentes à fé e aos costumes, quando pretende conferir uma orientação universal e decisiva. Convenhamos que ser infalível é uma tremenda ajuda na hora de governar a Igreja e faz com que as coisas sejam bem mais fáceis.

Por aqui ainda não está estabelecido que os políticos desfrutem também - ou tenham reconhecida - desta prerrogativa papal (ainda que, ao que parece, alguns a tenham incorporado ao quotidiano). É a falibilidade que faz com que os nossos políticos continuem sendo, mesmo sem parecer, pessoas normais, como você e eu, portanto com direito a equivocar-se e, com certeza, longe da infalibilidade papal.

Por isso é bom que tanto os joinvilenses, como especialmente aqueles mais próximos ao prefeito, não insistam em criar uma imagem diferente da real. Conhecer os problemas melhor que ninguém ou trabalhar em extenuantes jornadas de quase 20 horas, sem que a sua equipe possa acompanhar o seu ritmo frenético de trabalho, provavelmente são situações fantasiosas que, por exageradas, podem resultar ridículas.

A imagem do político que define, no próprio local da obra, o traçado da ponte, que visita os pontos mais recônditos da cidade de madrugada e que toma decisões de forma discricionária são adequadas para criar um mito e construir uma imagem fantasiosa. Como aquela fotografia típica do político dirigindo uma patrola ou um trator, para aparecer nas páginas do jornal, uma imagem tão comum no imaginário do nosso eleitor.

O modelo de gestão de cada um será definido pela sua formação, seu conhecimento, sua experiência, sua personalidade e seu comportamento. A sociedade atual esta suficientemente madura para não voltar a precisar de um herói, um super-homem ou um salvador da pátria. É bom, neste sentido, que não se misturem e confundam virtudes com pré-requisitos.

Neste sentido, por exemplo, ser honesto não é uma virtude, mas um pré-requisito para qualquer um que ocupe um cargo público. Ser trabalhador e ter capacidade de liderar equipes é uma virtude. Ser um líder carismático ou inspirador representaria um diferencial positivo. E ser um líder autocrático ou executivo poderia não ser o melhor estilo para a situação e o cargo.

É evidente que durante a campanha se apresentou ao eleitor uma imagem que se contrapunha à pusilanimidade do perfil do prefeito anterior. Mas é bom não exagerar na dose, porque além de não ser infalível, tampouco tem o dom de onipresença. E como esta é uma corrida de resistência, melhor que não falte fôlego quando as coisas começarem a funcionar diferente do previsto e a prática mostrar que a teoria é diferente. Justamente nessa hora será preciso ter todas as virtudes ao mesmo tempo. Um belo desafio.

Cão Tarado



quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Zica sem pedal...

POR ET BARTHES
Para os defensores das bicicletas, eis o modelo mais ecológico já inventado até hoje. Não perca tempo, peça esta invenção alemã pela internet.


Qual será o futuro de Marco Tebaldi?


POR CHARLES HENRIQUE VOOS

Após o fim das eleições de 2012, e todo o novo arranjo político local já formatado, alguns personagens ainda estão na ressaca pós-eleições, principalmente por sofrerem derrotas seguidas e, possivelmente, irreparáveis. Um destes casos é o do deputado federal Marco Tebaldi (PSDB), que encontra-se diante de um sombrio e tenebroso futuro.

Após ser eleito deputado federal com uma votação expressiva (mais de 100 mil votos), muitos pensavam que Tebaldi novamente ganharia força, inclusive no âmbito estadual. Porém, em um erro estratégico, o deputado aceitou o convite do governador Colombo para ser secretário de educação. Como eu já esperava, Tebaldi sofreu muito com as greves, falta de estrutura e inoperância de sua pasta. Em conseqüência, Tebaldi sofreu a sua primeira derrota, perdendo o pouco prestígio político que tinha com a população e o rompimento com o governador. Voltou para Brasília, e de lá viu “de camarote” as discussões sobre a Ficha Limpa. Tebaldi foi o mais atacado nesse sentido, por motivos óbvios e justos.

Ao entrar na campanha para prefeito praticamente sozinho, Tebaldi parecia estar desanimado. Entrou pressionado, e não agüentou. O PSDB, seu partido, se enfraqueceu após perder a prefeitura para o PT em 2008, ao mesmo passo que outros partidos se fortaleceram, como o PMDB e o PSD. O resultado foi pífio. Não se elegeria nem para deputado estadual com a votação que fez. Diante de todos estes fatos, qual o futuro de Tebaldi?

Não pretendo fazer futurologia neste espaço, mas penso que os caminhos não são animadores. Com a participação no governo Udo, o PSDB dá alguns passos para trás, não ocupando espaços como ocupava antes, e a perda de militância é evidente. Ano que vem Tebaldi precisa compor alianças para se reeleger, mas encontrará dificuldades devido a sua imagem arranhada pela Ficha Limpa e pela fraca votação de 2012. Se não acontecer a reeleição, ficará a serviço do partido para ocupação de outros cargos (principalmente se Dilma não se reeleger), ou estará ativo em suas “consultorias”. Vale lembrar que este prognóstico era o mesmo em 2008, só que os petistas fizeram uma gestão tão ruim, que alguns personagens renasceram das cinzas...

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Freio de emergência para salvar vidas

POR ET BARTHES
Você pode até nem gostar de carros, caminhões e essas coisas. Mas da próxima vez que for descer a Serra do Mar num dia de chuva vai gostar de saber que a indústria automóvel investe neste tipo de segurança.


A filantropia de Joinville

Entrada da Dunkers Kulturhus
POR FERNANDA POMPERMAIER
Na cidade onde moro, Helsingborg, tem uma casa de cultura chamada Dunkers Kulturhus, adoro. Tem aulas de música para todas as idades com instrumentos variados, apresentações culturais, exposições, teatro, um café delicioso e um excelente restaurante. A casa tem esse nome devido a um antigo ilustre morador da cidade que financiou boa parte do seu projeto e a sustenta até hoje, Henry Dunkers. Ele herdou a empresa ainda tímida de borracha do pai e com o espírito inventivo e empreendedor ele criou, patenteou e comercializou muitas invenções, entre elas a bola de tênis e a galocha. Sua marca de galochas é conhecida mundialmente: a Tretorn. 

Em 1960, ele era o homem mais rico da Suécia e a situação da Suécia nessa década não era das mais privilegiadas. O país também sofria com o período de pós guerra-fria e era pobre. A história da sua vida é muito interessante. Ele foi o primeiro empregador sueco a oferecer plano médico aos funcionários, creches nas empresas e outros benefícios que ainda não existiam. Sua maior boa ação, porém, ficou no seu testamento. Sem filhos, ele deixou toda a herança e os lucros futuros da empresa para um fundo, administrado por uma mesa diretora. Esse fundo mantém financeiramente a Casa de Cultura que citei, um hospital, pesquisas científicas e até ajudou a construir o estádio da cidade.

Uma parte do dinheiro vai diretamente para os caixas da prefeitura, como doação, já que o objetivo de Dunkers era beneficiar os moradores de Helsingborg de todas as formas possíveis. Lembrando que mais da metade dos lucros da empresa já iam para a prefeitura através dos impostos. Aqui, quanto mais dinheiro uma pessoa ganha, mais ela paga impostos, eles podem chegar a até 65% dos recebidos. Eu acho justo, é uma forma de retornar à sociedade o lucro ganho tendo a certeza de que vai ser bem utilizado. Outro filantrópico sueco foi Alfred Nobel, que deixou os royalties da comercialização da dinamite para a criação da premiação entregue todos os anos à destaques nas áreas de física, química, medicina, economia, paz e literatura. O famoso Prêmio Nobel é de aproximadamente 1,2 milhões de dólares para cada ganhador. 
Visão dos fundos da casa

Em muitos países a filantropia é uma prática comum. O país mais filantrópico do mundo é os Estados Unidos. Lá, é comum encontrar universidades com o nome dos seus doadores mais generosos, como é o caso da Universidade de Rockefeller, criada por John D. Rockefeller. Os nomes dos doadores também podem estar em bibliotecas, centros de pesquisa, centros esportivos e outros. Só a universidade de Stanford recebeu em doações, no ano de 2012, mais de 1.035 bilhões de dólares, de 79 mil doadores. Todos já ouvimos falar também das doações milionárias de Bill Gates e até do Mark Zuckerberg, criador do Facebook. 

BRASIL - No Brasil, a filantropia também existe, mas é tímida. Pesquisando sobre ela, encontrei doações expressivas vindas de Eike Batista, da Petrobras ou da Fundação Bradesco. Acredito que o medo da maioria infelizmente ainda recaia na corrupção, o receio de ver o dinheiro desviado ou a obra sucateada no futuro. Claro que também existem os milionários que não tem tanto desejo de ajudar e apenas o fazem porque existe o incentivo fiscal. A nossa sociedade ainda valoriza muito os bens materiais e ostentar pode virar uma profissão. 


JOINVILLE - Em Joinville, também existe filantropia, mas como a brasileira, ainda é tímida. Um exemplo que presenciamos recentemente foi a doação do salário do Udo. Ele está doando tempo e dinheiro dele para a cidade e, se fizer o que prometeu, é uma grande contribuição filantrópica à Joinville. Também existe o Instituto Carlos Roberto Hansen, do Grupo Tigre, o Embraco Ecologia e muitos outros projetos em convênio com escolas, associações, grupos religiosos, enfim. Com certeza temos potencial para mais, Joinville é uma cidade rica e gostaríamos de ver algumas doações ainda mais impactantes. Reformas de museus, de escolas, hospitais, a responsabilidade pela cidade pode ser dividida entre o governo e toda a sociedade. Certeza que todos queremos o mesmo: o melhor para Joinville.

PS: As imagens que ilustram o texto são da Casa de cultura que citei no início do texto.
Fontes:
http://www.trelleborg.com/upload/PDFs/Group/Dunker_history.pdf
http://www.rockefeller.edu/about/history

O JEC começou bem. Ou não?



POR GABRIELA SCHIEWE

JEC - Domingo passado foi dada a largada para o nosso Tricolor para o calendário 2013. E que largada.

Após muita discussão no tapetão e aí, me desculpem os gestores do clube, graças à competência dos profissionais do departamento jurídico de todos os clubes e associação, que trabalharam juntos, foi possível que a torcida se fizesse presente.

O Estatuto do Torcedor é muito claro e bem compreensível. Vamos dizer, "entendível". Entretanto, como já é costume, uma lei branca no Brasil, ou seja, a lei existe mas não é cumprida no seu rigor e os clubes contaram com a sorte. Sorte mesmo que o Parquet entendeu por não prejudicar os torcedores, que seriam os maiores prejudicados nessa história. Torcedor sofre.

Vocês lembram da campanha do Carlito, dizendo que assinou o documento para o aumento da capacidade da Arena?

Aumento da capacidade? E a qualidade, como fica? Vocês já percorreram a Arena Joinville? Desculpe, ô autoridade, mas quantidade não é qualidade. Compreendido?

Mas voltando ao JEC. Depois do imbróglio jurídico, a torcida compareceu, sendo o maior público da primeira rodada. Podemos dizer o maior e melhor, ok! Só quem não compareceu foi o futebol do Tricolor.

No entanto, ainda é cedo pra falarmos da parte tática e técnica, já que mudanças não faltaram mais uma vez no Joinville. Então, não será da noite para o dia que o time vai se encaixar.

Agora, começar o Campeonato Estadual, dentro de casa, com derrota, é ruim, muito ruim. Isso é fato.

Bom, hoje o Tricolor volta a campo, tarefa difícil, fora de casa e contra o Figueira, às 20h30min. E o Artur Neto vai ter que mostrar serviço e garantir o resultado positivo também no jogo seguinte, no domingo, contra o Metropolitano, na Arena. Do contrário, a batata dele vai assar, sem sombras de dúvida.

Eu vou esperar até domingo pra dar um pitaco, por enquanto estou apostando e torcendo.

LIBERTADORES - Opa, a Libertadores também já está chegando. Futebol a milhão.

A primeira fase teve início ontem, mas os brazucas entram em campo hoje, com São Paulo encarando o Bolívar, no Morumbi, às 22 horas, e o Grêmio enfrentando a LDU, no mesmo horário, mas lá.

A surpresa no São Paulo fica a cargo de Ganso que, pelo que aparenta, não começará a partida jogando. Pelo Grêmio, Vargas já vai pra batalha.

Vamos estar de olho, na torcida já não garanto...pois agora.

A segunda fase, com os demais clubes brasileiros, só terá início em fevereiro.

FUTSAL - Foi ontem  a apresentação do elenco da Krona Futsal, assim como o JEC, cheio de modificações. 


Surpresas no elenco, nos patrocinadores, calendário cheio. E que este ano a Liga não fique apenas na vontade. Não é, rapaziada?

O calendário oficial começa apenas em 7 de março e até lá, provavelmente, os famosos amistosos com Paraná e Blumenau irão rolar. Aguardamos notícias.

NO CHUVEIRINHO - Não irei me estender, mas preciso comentar a fétida entrevista de Lance Armstrong.

Na minha ótica, ficou evidente que algum, ou até alguns, peixe grande deu a ordem para o homem abrir a boca, assumir a culpa sozinho e com certeza rolou muito dim-dim para que isso acontecesse.

O suposto atleta mostrou, claramente, não ter nenhuma dignidade e tampouco arrependimento e sabia exatamente o que estava fazendo durante todos os anos que fez uso de substâncias proibidas.

Voltar a competir? Acho que não é o foco. O que pegou foi o lado financeiro e pra ele não falar demais, os acordos foram selados e bem pagos.

Que imundice. Esse assunto me é repugnante. O ser humano é um ser corruptível. Melhor os seres irracionais. Santa barbárie.