Existe uma ligação, pouco sutil por sinal, entre a forma como educamos crianças e seus comportamentos no futuro como adultos. A falta de igualdade entre os gêneros é uma realidade indiscutível no Brasil. Mulheres ainda ganham menos tendo as mesmas funções, sofrem mais com violência doméstica, são reprimidas por seu comportamento sexual (vê-se ofensas como puta, vadia, vagabunda, todas relacionadas à quantidade de parceiros), sofrem pressão social para serem bonitas, magras, terem filhos, não abortar, enfim. Estamos longe de viver numa sociedade que proporcione o mesmo tratamento à homens e mulheres. A Suécia há muitos anos discute essa questão e nota-se no dia a dia a diferença. Os homens não tem o hábito de olhar para as mulheres de forma maliciosa, sabe aquela secada? Não existe. Mesmo que a mulher esteja de míni-saia. E isso acontece porque para ele, ela é uma igual e não um objeto de desejo que precisa ser apreciado. É muito comum ver homens empurrando carrinhos de bebês, fazendo sua parte nos afazeres domésticos, conversando ou negociando com a mulheres com respeito e igualdade. Esses são apenas alguns exemplos, eu poderia continuar On and On. Há 3 semanas, por exemplo, meu marido teve na empresa, uma palestra com todos os funcionários sobre a igualdade de gêneros. As iniciativas estão em todos os espaços, toda a cultura da sociedade tem essa questão em pensamento. E é claro que isso reflete na publicidade. Aqui vou abrir um parêntese, em algum momento da minha vida eu achei que a televisão aberta brasileira era essa porcaria porque era isso que a maioria das pessoas queriam ver e claro, dá audiência. Hoje penso que a televisão é responsável pela construção intelectual do seu público. Por exemplo, algumas pessoas, como eu, acham absurda a quantidade excessiva de mulheres semi-nuas na nossa tv. Você quase não consegue assistir um programa sem que apareça alguém sem roupa, um estímulo sexual que eu preferiria guardar para um momento a dois e não assistir com a família inteira no sofá da sala. Mas quem nasceu após os anos 80 ou 90 está tão habituado a essas imagens que nem as percebe mais. Que tipo de exigência tem esse telespectador? Se boa parte da sua formação cultural esta relacionada a nossa tv, estamos ferrados. Voltando à publicidade. Podemos achar que o anúncio que ponho a seguir é um resultado da cultura sueca ou ele foi elaborado com o objetivo de colaborar com a igualdade entre os gêneros dentro da cultura sueca? Para quem acha estranho ver menino brincar de boneca, como pedagoga te digo que a criança brinca para compreender o mundo adulto. Se ela vê o pai cuidando de um bebê, ela vai querer repetir o gesto e experimentar essa sensação. Se você como pai quer participar de verdade da vida do filho tem que estar presente em todos os momentos, não só quando está limpo e alimentado. Então compreenda que essa é uma brincadeira importante e inofensiva. O anúncio é atual e certeza, tem o objetivo de vender para pais conscientes de que seus filhos tem o direito de brincar sem repressão. http://laughingsquid.com/swedish-toy-company-publishes-a-gender-neutral-holiday-toy-catalog/ Fernanda é joinvilense, professora de educação infantil e mora na Suécia há quase 2 anos. Escreve o http://vivernasuecia.blogspot.com.br/
Dia 03 de dezembro, 20 horas e 15 minutos, na cidade de Joinville, mais precisamente na quadra de esportes da Univille, começa a decisão da final do Estadual de Futsal.
Em quadra os eternos rivais Krona x Jaraguá começam o último duelo do ano de 2012, com toques de bola precisos, marcação efetiva, transições em quadra, defesa contra ataque, ataque contra defesa, tudo se envolve, se mistura, os ânimos vão se ascendendo orquestradamente a elevação da qualidade do jogo em quadra e, como num golpe de inopino, a meta do arqueiro Tiago é alvejada no seu alvo e Jaraguá faz o primeiro gol.
No entanto o bravo time da Krona, se esmerando em técnica e aplicando a tática exaustivamente praticada com o mestre Ferretti, assume o controle da partida, vira o jogo ao seu favor e toma conta do placar.
Eis que, num piscar de olhos, as luzes se apagaram, em outra dimensão, não estava mais numa partida de futsal, entrei na máquina do tempo e me vi nas arenas de Roma. em que a bárbarie se alastrava, homemns lutando em meio a leões, se degladiando até a morte do seu oponente mas, que nesta inefasta viagem, todos se fizeram perdedores.
Fui me encontrando na luminosidade meio turva e retornei a quadra de jogo e novamente podia acompanhar aquele jogo que tanto expressava o que há de melhor neste esporte, findando, de maneira incrível, com gol "debochado" de Leco, deixando claro quem reinava nesse picadeiro; Krona 6 x 4 Jaraguá.
Três dias após, continua a segunda etapa da decisão. Krona tem a DESvantagem do empate (é assim que vejo essa questão para o tricolor joinvilense, o empate nem sempre vem para beneficiar), recomeça a batalha e, desta vez é lá, Arena Jaraguá, local assombroso que despera os mais pérfidos sentimentos e desperta medos.
O jogo corre e la está a inexorável premissa de que Joinville é vice, vai peder de novo e nem é mais aquele super time dos idos passado recente, o fantasma toma conta dos jogadores, comissão já se faz desolada, agora era só esperar o pior, até porque Joinville já está acostumada a esse gostinho amargo, logo iria passar...
Opa, pera aí meu amigo, aqui não, acostumar com gostinho amargo só se for na casa do capeta (sendo que aquela Arena é parecidinha), Pixote chegou esse ano e sequer conhece esse tal gostinho, então tratou de mostrar que a história é outra cara pálida.
Termina o tempo normal Jaraguá 3 x 2 Krona. O empate, pois é aquele mesmo que é uma tal de vantagem, reverteu para a equipe da casa e? isso mesmo, deu treta, azedou o angu, desandou a maionese, a equipe joinvilense foi arrasadora e deixou que aqueles ávidos espectadores prontos que estavam para achincalhar, mais uma vez com a Krona, com o rabinho entre as pernas e enfiaram goela abaixo aquele famoso "vocês vão ter que me engolir"!
Apito final, Jaraguá 2 x 4 Krona na prorrogação e Joinville se consagra Tricampeão e vencedor dessa batalha que teve apenas só mais um capítulo escrito, mas dessa vez foi doce, doce como caramelo.
A Krona é V.I.C.E. - Vencedora Indiscutível do Campeonato Estadual!
Amargo é querer fazer valer atitudes que fogem do que se aplica dentro das 4 linhas. O futsal competente, técnico, jogado com a faca nos dentes, coração vibrante é feito aqui em Joinville e a Krona ergueu mais uma vez uma taça de campeão no ano de 2012.