sábado, 16 de junho de 2012

Cidade dos Príncipes ou dos Buracos?


POR EMERSON PETRI
Já não é novidade que Joinville vem sofrendo dificuldades na mobilidade urbana. Deixamos de ser referência como Cidade das Bicicletas, pois faltam ciclovias. E, para compensar a falta delas, uma manobra do governo municipal visa utilizar de um dispositivo legal para transformar as calçadas em áreas também para ciclistas, disputando o pouco espaço já existente com os pedestres e cadeirantes.

Deixou de ser a Cidade dos Príncipes, pois vários prédios históricos vêm sendo interditados pela falta de manutenção e a culpa é logo repassada para os seus antecessores pela falta de investimento na área cultural.

Outra grande queixa é o baixo investimento em infraestrutura, o que resulta em menos empresas interessadas em se instalar em Joinville, além da falta de espaço na cidade para construção de grandes empreendimentos, o que deixa mais atrativo cidades da região como Araquari, Barra Velha e etc.

Já não bastavam todos esses fatores, um fato tem chamado à atenção dos joinvilenses nos últimos meses: os buracos nas ruas. Parece que quando é ano eleitoral não faltam obras, mudança de iluminação, melhorias no saneamento básico, que complicam ainda mais o trânsito já bastante turbulento de nossa cidade. O problema não é fazer as melhorias, até porque elas são importantes para a nossa cidade. O errado é fazer os buracos e depois não taparem direito. Além de dificultar o trânsito, o grande número de buracos traz um grande risco de acidentes. Muitos motoristas fazem verdadeiros malabarismos para escapar dos buracos, e alguns contabilizam prejuízos com a manutenção do seu veículo.

Não é difícil ver casos de pessoas que tiveram prejuízos com as vias esburacadas. Recentemente uma mulher sofreu um acidente no bairro Atiradores e teve 2 rodas do seu veículo entortadas. Outro caso um homem teve o seu motor prejudicado na Zona Norte de Joinville devido ao buraco. Em outro caso, na região central um veículo ficou com a roda dianteira presa, pois foi “engolido” por um buraco. A cena se repete na região Oeste de nossa cidade, pois várias ruas dos bairros Anita Garibaldi e do Nova Brasília vêm sofrendo com os remendos mal feitos. Apelos também chegaram às redes sociais, revelando que na Rua Bananal em menos de 500 metros, havia mais de 300 buracos. Joinville precisa de uma solução para o trânsito, e não de mais fatores para prejudicar a sua mobilidade, pois deste jeito, iremos amargar o título de Cidade dos Buracos...


                                                                                  Emerson Petri trabalha como vendedor varejista.

MELHOR E PIOR - Semana 10


sexta-feira, 15 de junho de 2012

Imoral por imoral...

ET BARTHES
O pessoal do Youtube censurou o vídeo postado hoje à tarde no Chuva Ácida, porque tinha cenas que insinuavam sexo. O problema é saber onde está imoralidade. Parece que esta pancadaria entre torcedores de futebol de Polônia e Rússia é muito mais imoral. Mas...


Foi censurado. Você concorda?

POR ET BARTHES
A ideia é vender casas na Espanha (coisa cada vez mais difícil em tempos de crise). E o filme até foi por um lado divertido e ousado. Só que as autoridades não acharam graça e deram uma censurada: só pode ser exibido a partir da 22 horas. Você concorda? Pelo menos um coisa ficamos a saber: na Espanha não deve haver motéis.




Joinville com menos escolas


POR GUILHERME GASSENFERTH

A primeira vez que ouvi falar nas salas modulares que a Prefeitura Municipal de Joinville instalou em algumas escolas, torci o nariz. Já pensei em palavras como “gambiarra”, “enjambração” e outros adjetivos que significam uma coisa feita sem muito esmero.

Em seguida, percebi nas redes sociais que não era só eu. Outras pessoas criticando, dizendo que “assim é fácil” acabar com o turno intermediário. Aliás, mais uma vez parabéns à equipe do Carlito por empenhar-se em acabar com isto de uma vez por todas.

Como é fácil criticar sem conhecer, resolvi ir até a escola Nilson Bender (foto acima), no bairro Paranaguamirim, e conhecer in loco uma sala modular. Assim, cheguei à conclusão de que as salas de aula modulares não são uma ideia má. Pelo contrário!

Nós não estamos ainda acostumados a um novo paradigma demográfico, que é a redução do número de crianças. Segundo o IBGE, Joinville tem 86.892 jovens com idades entre 10 e 19 anos, mas apenas 69.539 com idades entre 0 e 9 anos.  Significa dizer que desconsiderando variações advindas de migração (que podem ser tanto positivas quanto negativas), teremos 17 mil jovens a menos para estudar dentro de alguns anos...

Se uma sala de aula convencional funcionar de manhã, de tarde e à noite, ela abrigará no máximo 150 alunos. Isto significa dizer que no mínimo 113 salas de aula estarão obsoletas em alguns anos... E o governo precisará planejar como otimizar o número de professores, diretores, material escolar, e assim por diante. É fato que poderemos reduzir o número de diretores, de orientadores, de técnicos-administrativos, entre outros! \o/

Se pensarmos em um horizonte temporal um pouco maior, as escolas serão em grande número desnecessárias. Se uma grande escola possui 20 salas, pelo menos 5 grandes escolas poderão ser fechadas em poucos anos. É óbvio que se pode dar outros usos, como utilizá-la para a educação infantil, ou como centro comunitário, ou coisa similar... mas como escola, não será mais necessária.

E aí entra a viabilidade da sala modular. Pode-se colocá-la na escola que estiver precisando. Tira-se daqui e coloca-se lá. Pronto. Uma sala equipada, inclusive com ar-condicionado, que pode ser removida. O bairro Glória tá com poucas crianças? Tira a sala e leva pro Ulysses Guimarães. Pronto, simples assim.

Os equipamentos modulares podem servir até mesmo para abrigar salas normais para outros órgãos da prefeitura. Aos corneteiros de plantão, recomendo que conheçam pessoalmente antes de reclamar.