sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Juiz espanca a filha, mas não é processado

POR ET BARTHES

Se o homem é juiz e faz esse tipo de coisas com a própria filha, o que esperar dele num julgamento? No Estados Unidos, o juiz William Adams espancou violentamente a filha (na altura com 16 anos) com um cinto. As imagens, gravadas em 2004, só agora foram reveladas pela filha, Hillary Adams, hoje com 22 anos. Ela diz que a intenção é apenas demonstrar que o pai precisa de cuidados psiquiátricos. O pai diz que é uma vingança de Hillary porque ele teria ameaçado lhe cortar a mesada. O problema nisso tudo é que o juzi não vai ser acusado, porque depois de tanto tempo o crime prescreveu. Mas tem gente que quer ver o homem fora dos tribunais.

AOS LEITORES




O Chuva Ácida defendeu, desde o primeiro momento, a publicação de todos os comentários dos leitores. E até este momento nenhum comentário, nem mesmo anônimo, deixou de ser publicado. A regra sempre foi clara. A publicação seria livre - com a moderação dos integrantes do blog - desde que respeitadas as regras da democracia, da pertinência e da urbanidade.
Mas tem havido casos de abuso e excessos de pessoas que, escondidas sob proteção do anonimato, desrespeitam o mais elementar princípio da urbanidade. E isso obriga a mudar esse procedimento a partir de agora.
Os integrantes do blog reafirmam: o espaço está aberto aos joinvilenses - e não só - com o objetivo de fomentar o necessário e útil debate. Todas as ideias são bem-vindas. Mas se houver leitores – em especial sob o anonimato – que ultrapassem a linha da razoabilidade, as suas intervenções serão desconsideradas.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Feministas protestam contra DSK

POR ET BARTHES

Há coisas difíceis de entender, mas que acontecem. A associação das feministas ucranianas FEMEN, cujas integrantes usam a nudez como forma de protesto, está a realizar uma turnê pela Europa. Com roupas exíguas e a usar um aventalzinho, elas foram até à frente da casa de Dominique Strauss-Kahn, em Paris, para uma manifestação. O motivo é, segundo elas, a situação das mulheres no planeta, em especial na Ucrânia, onde a prostituição não para de crescer. Segundo o roteiro, o próximo a “sofrer” com uma manifestação é Berlusconi, na Itália.


A gaiola dos macacos


POR JORDI CASTAN

Henry Mencken, jornalista americano definiu de forma precisa a Democracia, como sendo a arte de gerir o circo desde a gaiola dos macacos.

É conhecida a experiência desenvolvida a partir de um estudo cientifico sobre o comportamento de um grupo de macacos colocados numa gaiola. No centro da gaiola e a certa altura se colocou um cacho de banana. E se disponibilizaram algumas caixas, que se empilhadas permitiriam a um macaco ou a um grupo deles alcançar as bananas.

Um dos macacos tomou a iniciativa de empilhando as caixas alcançar o cacho. Quando conseguiu, um potente jato de água foi lançado sobre todo o grupo.
E sucessivamente foi repetida experiência, até que os próprios macacos desestimulavam, inclusive com violência, os que insistiam em tentar alcançar o cacho.

Quando finalmente não houve novas iniciativas, um dos macacos da gaiola foi substituído por um novo macaco, que sem conhecer a experiência, tomou a iniciativa de tentar alcançar o cacho, sendo desestimulado a fazê-lo pelos demais macacos. A experiência foi repetida até que todos os macacos que compunham o grupo inicial foram substituídos por um novo grupo de macacos que nunca tinha vivido a experiência de receber o jato de água. Porem que de modo condicionado e estimulados pelos outros, desistiram de tentar alcançar o apetitoso cacho de bananas maduras.

Temos aqui na nossa paróquia, as nossas próprias gaiolas de macacos, em muitos casos a troca, total ou parcial, dos macacos se realiza de quatro em quatro anos, em outras com menor freqüência. Também aqui são os macacos mais experientes os que assumem o papel de instruir os novos sagüis, que entram na gaiola, sobre o que pode e o que não pode, sobre o que deve e o que não deve ser feito. O curioso é que a cada nova troca, os sagüis recém chegados superam rapidamente a técnica, criatividade e habilidades dos macacos mais experientes. As macaquices dos novos sagüis superam em muito o imaginado pelos antigos lideres do bando que cedem o seu espaço a novas hordas de sagüis ensandecidos, ávidos por cachos de banana e por fazer macaquices inimagináveis pouco tempo atrás.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Tommy's verdadeiras, europeus de araque

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO

Faz alguns dias, aqui mesmo no Chuva Ácida, rolou uma discussão mais divertida que útil: uma repetição insistente de marcas ligadas ao mundo da moda. E, do que me lembro, as mais mencionadas foram Tommy e Nike. Não é precisa muita ginástica mental para perceber que, no caso de muita gente, o uso dessas marcas produz a sensação de sofisticação. Na boa.

Não quero jogar mais achas nessa fogueira de vaidades. Mas acho legal discutir o valor aspiracional que as marcas representam para as pessoas, em especial a classe média mediana. Ops... classe o quê? Simples. É classe média em termos econômicos e mediana em termos culturais. O fato é que qualquer estudioso do marketing sabe que a marca, em especial na moda, é um escudo e uma forma de defesa para certas inseguranças sociais.

A tal classe média mediana é formada por gente com o saldo bancário confortável. Mas, como já disse alguém, é um tipo de gente tão pobre que tem apenas dinheiro. Falta cultura. Falta charme. Falta mundo. Então, o que o cara faz? Se esconde atrás de símbolos (a marca é um deles), que funcionam como próteses da personalidade. Ou seja, se eu nada tenho a dizer, a marca fala por mim.

LENDA URBANA - Achei divertido ver tantas citações à marca Tommy. E lembrei de uma lenda urbana. Há um bom tempo, a imagem da marca sofreu um forte baque com uma notícia que se espalhou: Tommy Hilfiger teria dito, no programa da Oprah Winfrey, que não teria criado produtos tão bons se soubesse que seriam usados por negros, judeus, asiáticos ou latinos.

É um hoax que circula há quase uma década. Hilfiger só esteve no programa uma vez: para um desmentido. Só que o boato custou uma boa fatia de mercado à marca. Porque muita gente com grana deixou de usar os seus produtos. Não porque o dono da empresa teria sido racista, mas porque não queriam estar no mesmo grupo de negros, asiáticos ou latinos. Consumidor é um bicho estranho, meu povo.

QUE EUROPEUS? - É o que traz uma insidiosa ironia. Afinal, as pessoas que se manifestaram sobre as marcas aqui no Chuva Ácida são latinas. Ok... tem uns caras que, por terem muitas consoantes no sobrenome, não se consideram latinos e juram que são europeus. Tem gente que até ostenta passaportes de países da Europa onde nunca pôs os pés.

Detesto ser eu a trazer péssimas notícias, meus amigos, mas vocês não são europeus. Ter olhos azuis, cabelos loiros e um nome difícil de escrever não basta. A questão é geográfica: europeu é quem nasce na Europa ou viveu lá o tempo suficiente para adquirir a nacionalidade (nunca a naturalidade). E a machadada final vem com este raciocínio lógico: os latinos estão entre os que dão má fama à marca... então, ao usarem as suas vistosas camisas, os latino-americanos de Joinville também estão a dar força para o estereótipo. Será que percebem?

É chato ser discriminado, não é?