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domingo, 15 de novembro de 2015

Xô, baixo astral


POR JORDI CASTAN

Com frequência leitores questionam o tom crítico dos meus posts aqui e no jornal ANotícia. O que mais escuto é: não há nada de bom em Joinville? Ora, fora o verde do Morro do Boa Vista, a imponência da Lagoa de Saguaçu e o espírito empreendedor dos joinvilenses tenho dificuldade em achar outros pontos que poder elogiar. O fato é que Joinville vive uma onda de baixo astral que já dura alguns anos. Não quero aqui entrar no mérito de se começou na gestão do Tebaldi, do Carlito ou já começou antes. O que parece unanimidade é que a cidade anda para trás. O baixo astral esta tomando conta até dos mais ferrenhos defensores desta terra.

Como sair desta espiral depressiva? Se vemos as cidades como entes vivos é possível entender o drama que Joinville vive. Sem rumo, sem ideias, sem visão e chorando a falta de recursos. Teve até candidato que dizia que o problema não era a falta de recursos e sim a falta de gestão. Como Joinville poderia sair deste marasmo em que esta mergulhada?

Vão ai cinco propostas do tipo "pegar ou largar". E já aviso que se aparece candidato com essas propostas no seu plano de governo não é para acreditar, porque o problema de Joinville vai muito além dos políticos. Eles têm uma boa parcela de culpa, mas sair desta situação não esta na mão do próximo prefeito é um desafio para todos.

1. Otimismo.
Quando falo em otimismo, não falo dessa coisa tão brasileira de “torcer”e não levantar do sofá. Otimismo atuante é fazer algo para mudar. É a capacidade de avançar quando os outros desistem. O otimismo deve ser tão forte que seja o inicio da própria mudança.

2. Ação determinante.
O otimismo não é suficiente. É preciso agir. Agir com vontade, com capacidade, com conhecimento e, principalmente, com coragem. A coragem que falta para tomar as decisões difíceis. E o que mais vemos aqui é a falta de decisão, o empurrar com a barriga, a falta de coragem. E falta de coragem tem nome.

3. Bússola moral.
Não é bonito o retrato de uma sociedade como a nossa: já se perdeu a noção do certo e do errado, bandidos têm tomado o poder e se foram perdidas as referências de moral e respeito. É imprescindível a volta da honra, da integridade, da fidelidade e dos valores éticos para auxiliar na tomada de decisões nesta situação difícil que enfrentamos. Difícil imaginar que qualquer dos nomes já colocados como pré-candidatos a prefeito tenham a menor noção do que isso seja sem recorrer ao dicionário. E, mesmo que o soubessem, falta-lhes a estatura moral para serem referência de alguma coisa.

4. Tenacidade a toda prova.
A persistência pode ser onipotente. Temos nos acostumado a ver os nossos administradores reclamarem que as coisas não acontecem, que os recursos não vêm, que a chuva faz isso, que se o sol faz aquilo, que há falta de recursos. Se houvesse, um campeonato internacional de escusas, Joinville estaria entre os primeiros. Não confundir tenacidade com teimosia. Ter um prefeito teimoso não faz dele um homem tenaz. Faz dele só um teimoso a mais. Se não há vento para encher as velas é hora de remar.

5. Apoio social.
Quem está junto? Quando a sociedade não apoia os projetos que são apresentados é hora de perguntar se são estes os projetos e as propostas que a cidade precisa. Não se sai deste buraco sozinho. Sem mobilizar toda a sociedade para alcançar os objetivos não será possível voltar a colocar Joinville onde nunca deveria ter saído.

A pergunta é: há em Joinville lideranças para capitanear este processo? Tem credibilidade para tanto? Estão dispostos? Ou vamos seguir andando para trás e sendo governados por quem não tem a capacidade e a competência que o momento exige?