POR CHARLES HENRIQUE
Após a última semana ( a qual considero a mais importante da história do planejamento urbano desta cidade), com as discussões sobre a licitação do transporte coletivo, Lei de Ordenamento Territorial, mobilidade urbana, queda do Conselho da Cidade, e todos os furacões que por aqui passaram, precisamos colocar neste “balaio” mais um tema para discutir: a coleta de lixo.
O lixo que produzimos diariamente é coletado pela mesma empresa há muitos anos, e, em muito breve, o contrato com a Ambiental está para expirar. É de extrema importância que cobremos (da mesma forma que estamos cobrando em relação ao transporte coletivo) a licitação do lixo em Joinville. Desta maneira, poderemos ter evoluções no sistema, e não sermos mais reféns de um serviço que está ultrapassado (que se resume em coletas três vezes por semana de orgânicos e uma vez de reciclados), e que tem grandes deficiências.
Parece que um longa-metragem está se desenrolando em Joinville: grandes contratos de gaveta precisam ser desfeitos através de processos licitatórios. Ótimo, a cidade agradece. Mas por qual motivo ninguém está falando sobre a coleta de lixo? Este serviço é tão essencial quanto o transporte coletivo para o nosso dia-a-dia, e também precisa ser promovido através de uma concorrência pública.
Esta é a oportunidade de trazermos para a nossa cidade sistemas diferenciados para a coleta de nosso lixo, bem como discutir de forma séria e responsável a destinação de tudo o que produzimos, e que atualmente vai para o aterro sanitário. Será que a melhor forma é enterrar? E as outras? Há experiências muito interessantes em outras cidades Brasil afora, e este é o momento que a cidade tem para não ficar mais 15 anos estagnada, agredindo o meio ambiente da forma que agride hoje.