ET BARTHES
E já que o texto hoje fala em Holocausto, eis um filme dos arquivos da British Pathe, que mostra imagens chocantes do campo de Buchenweld. A mulher que aparece no início é Mavis Tate e diz que ver as imagens não é suficiente, porque a realidade é indescritível. As imagens não têm cheiro, não mostram o sofrimento (só os resultados). Mesmo assim são cenas chocantes.
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quarta-feira, 6 de junho de 2012
O Caminho do Meio
POR AMANDA WERNER
É
certo de que os horrores acontecidos na segunda guerra, nos causam repulsa até
hoje. Além do Holocausto, podemos citar os campos de trabalhos forçados na
Sibéria, relatados com muitos detalhes por Soljenítsin em seu Arquipélago
Gulag, o Khmer Vermelho no Camboja, as ditaduras, inclusive a nossa, e tantos outros, nos chocam e nos fazem pensar do que o ser humano foi capaz.
Foi?
A história nos esclarece que não é bem assim. São fenômenos cíclicos e, quase
sempre, decorrentes de crises econômicas.
O Holocausto
foi feito por pessoas normais, e não monstros. Pessoas que torturavam e
matavam, com os conhecidos requintes de crueldade, e depois voltavam para as
suas casas, onde comiam, rezavam, e contavam historinhas para os seus filhos.
Tragédias
sociais como essas corroboram nada mais do que o pior da natureza humana. Não sei
se Maslow tinha razão ao hierarquizar as necessidades humanas. Fato é, de que
quando falta o mínimo necessário (emprego, alimentos, moradia, segurança), o
homem parece agir de forma extintiva, e sem racionalidade. E adota, sem nenhuma
reflexão, comportamentos de massa.
Quando
há tensão social, os sussurros emergem. Quem é de extrema direita, ou extrema
esquerda, ou, quem simpatiza com alguma ideia raivosa, como ódio a grupos étnicos,
gays, ao ouvir determinado rumor sobre o grupo contrário, tende a repeti-los.
Até como forma de aliviar suas tensões emocionais. Esses rumores se modificam e
vão se amoldando de maneira a melhor se ajustar às crenças e antagonismos de cada um. E aos poucos, se
tornam verdades para uma coletividade.
É
preciso que, ao invés de buscarmos argumentos
para consolidar nossos preconceitos, ao contrário, formemos a nossa opinião com
base em argumentos. Sempre depois de conhecer os dois lados. A democracia, o
equilíbrio, é uma noção que se adquire com o tempo.
Aceitar
o desafio do conflito, as opiniões diversas, ser tolerante, é sinônimo de
maturidade. A tentação da homogeneização dos pensamentos e ações, deve ser
repudiada, a xenofobia, o fundamentalismo, e o sentimento de superioridade em
relação aos que não pensam de forma igual, já mostraram fazer parte da receita
de bolo para que o pior se repita.
Todo
cuidado é pouco. A mão esquerda carregou
a foice e o martelo, já a direita, ergueu
bandeiras com a suástica. E não foram fenômenos isolados. Me parece que o
caminho do meio é aquele que melhor pode reger os nossos destinos.
* Segue vídeo sobre o tema
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