quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Espionagem, corrupção,...





POR JORDI CASTAN

A personalidade do ano em nível internacional foi Edward Snowden - e os "wikileaks"-, que permitiu que soubéssemos o que já  imaginávamos: que todos espiam a todos e que a espionagem tem outros objetivos além da segurança nacional. Os interesses econômicos entre muitos outros. O Brasil foi espionado e também espiona.

O ponto interessante de caso Snowden é que seria como se todas as conversas e comunicações entre os agentes públicos fossem publicadas. Com certeza saberíamos mais sobre como são administradas nossas cidades, estados e o próprio Brasil.

Aqui em Joinville tivemos também o vazamento de conversas envolvendo o prefeito Udo Dohler em que o tema era a LOT e as conversas que manteve com alguns vereadores, para que a LOT fosse aprovada. Pena que o prefeito não deu os nomes de quem o procurou. Que falta faz aqui um Edward Snowden.

Uma sociedade mais transparente é uma sociedade melhor para os seus cidadãos. A nossa ainda é muito opaca. Snowden mostrou o caminho.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

A esquizofrenia nossa de cada dia


POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO


Se eu tivesse que escolher o personagem do ano, não teria dúvidas: é Thamsanga Jantjie, o cara que apareceu como tradutor de sinais nas cerimônias do funeral de Nelson Mandela. Depois de ter sido apanhado pela fraude o homem alegou ser esquizofrênico e ouvir vozes. Para mim Jantijie é o símbolo da esquizofrenia que ataca a humanidade.

E nem era preciso ir muito longe para encontrar exemplos. Há uma certa esquizofrenia nessa tendência de beatificação do próprio Nelson Mandela. Afinal, parece que o homem não tinha inimigos (nem mesmo os que o prenderam por décadas), quando muitos dos países que lá estiveram representados foram coniventes com a sua prisão e o regime do apartheid. Falou-se de paz e ignorou-se a sua defesa da luta armada.

E por falar em armas, eis outro sintoma de esquizofrenia. Se olharmos para o mundo vamos ver a Rússia, que vende armas ao regime Bashar-al-Assad, enquanto as potências ocidentais municiam os opositores do regime sírio. E poucas coisas podem ser mais esquizofrênicas do que ver o assassinato de 1.300 pessoas com armas químicas que, segundo (não) sabemos, tanto podem ser do governo quanto da oposição.

Mas viajemos até ao Brasil. Tem gente que sai aí pelos meios de comunicação ou pelas redes sociais a gritar “cadeia para os mensaleiros”, mas assobia para o lado e faz ouvidos moucos quando ouve palavras como Siemens, Alstom, metrô, helicóptero, cocaína ou tucanoduto. É um dos sintomas da esquizofrenia: ela faz ver coisas ou faz ver apenas o que se quer.

E em Joinville, que mais parece uma Casa Verde (para quem conhece Simão Bacamarte)? Ninguém entende o que se pretende com a tal LOT. Uma pessoa é flagrada em ato corrupção e condenada a umas horinhas de trabalho comunitário. Um moleque de 16 anos chefia o tráfico de drogas num bairro da cidade. O prefeito diz publicamente que a corrupção diminuiu e ninguém pergunta que raio de corrupção é essa. Um vereador processa uma cidadã que o criticou. A cidade ainda se excita com chaminés, como se vivesse no século XVIII. E mais, muito mais.

Portanto, a esquizofrenia, na figura de Thamsanga Jantjie, que tanto podia ser sul-africano quanto brasileiro, é a personagem do ano.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Mudar tudo para que nada mude

POR JORDI CASTAN


Mudar tudo para que nada mude.

Aproxima-se o final do ano. Encerra o primeiro ano da gestão do prefeito Udo Dohler e a cada dia que passa é mais difícil identificar diferenças com gestões anteriores. Claro que um observador atento poderá facilmente provar que o discurso é distinto, que a imagem construida pelos marqueteiros e a assessoria é outra. Mas quanto mais avança, mais fica parecida com todas as gestões anteriores, menos aquela que deveria ter servido de modelo e referência, a do empresário Wittich Freitag. Mas essa é outra historia.

Inaugurado o pomposo trinário formado pelas Ruas Timbó, Max Colina e XV. O prefeito anuncia depois de uma caminhada de poucas quadras pela Rua Timbó que serão feitas obras de melhoria na maioria das ruas que cortam a Rua Timbó. Para o contribuinte fica a duvida. Foi inaugurado incompleto? Faltou concluir? Como o prefeito informou que as novas obras serão custeadas com os recursos que “sobraram” do orçamento da Rua Timbó, a dúvida do contribuinte aumentaP porque fica difícil entender como pode ter sobrado dinheiro numa obra que se alastrou mais que a construção das catedrais góticas da Europa medieval, e que parou várias vezes por falta de recursos.
 
A impressão é a de que para não atrasar mais a obra do trinário a obra foi entregue incompleta e agora as obras que faltam estão sendo apresentadas como “melhorias”. Em tempo, o número de acidentes nas ruas do trinário mereceria atenção especial da imprensa e ação imediata dos órgãos de planejamento e de trânsito do município. Se foi o IPPUJ foi que planejou e o ITTRAN que é responsável pelo trânsito, é provável que para os seus responsáveis tudo tenha sido executado a perfeição e não haja nada para melhorar. As oficinas mecânicas, as empresas de guincho e as companhias de seguro e principalmente os moradores da região podem ter opinião diferente.



Em tempo, é difícil entender por que em lugar de construir uma ciclovia decente, o projeto previu três ciclofaixas incompletas, que em alguns trechos concorrem com os ônibus, em outros simplesmente desaparecem para voltar a aparecer alguns metros mais adiante e continuam sem oferecer a segurança que os ciclistas precisam. Mas tentar entender a lógica das ciclofaixas em Joinville só é possível se analisado desde a perspectiva de que a quantidade de quilômetros prevalece sobre a qualidade do traçado e a segurança para os ciclistas.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Há menos corrupção em Joinville?

POR JORDI CASTAN

No meu post de semana passada, A corrupção nossa de cada dia,  neste mesmo espaço o tema era a percepção da corrupção. Como o brasileiro percebia a corrupção e o desempenho do Brasil em comparação com outros países. As conclusões não eram as melhores: o Brasil não esta bem e o brasileiro percebe.

Quase que no mesmo dia, o prefeito Udo Dohler declarou, na ACIJ, que a corrupção na Prefeitura Municipal de Joinville era menor no seu governo. A afirmação foi notícia e se o prefeito, além da sua percepção, apresentasse dados concretos, deveríamos parabenizar a atual gestão municipal.

O problema é que o prefeito parece estar se referindo à sua percepção ou expressando unicamente sua opinião. E aí a afirmação muda de figura e perde força.

O único caso noticiado pela imprensa de corrupção na Prefeitura Municipal de Joinville foi a detenção em flagrante de uma fiscal da Seinfra. É bom lembrar que a ação foi resultado da denúncia do empresário que estava sendo achacado. A detenção e a ação da Polícia Federal não foi o resultado de nenhuma auditoria interna da prefeitura, assim que não seria correto agora que alguém do governo quisesse se promover às custas de uma denúncia e da ação da polícia.

Fica devendo o prefeito Udo Dohler. Dizer com dados e mostrando casos concretos onde reduziu a corrupção? Em que setores? Que processos? Quais os funcionários envolvidos que foram identificados e eventualmente punidos? Porque confundir a sua percepção com a realidade é perigoso. Seria o equivalente a confundir realidade e fantasia.

Ao afirmar que a corrupção diminuiu, também afirma não só que ela continua existindo, afirma que antes havia mais. A infeliz afirmação joga na vala comum muitos funcionários probos, que, com motivo, querem saber em que setores, que secretarias, que fundações ou que institutos se escondem os corruptos. Se agora há menos que antes, então faltou dizer o que foi feito. Quem foi demitido, quem sofreu processo disciplinar ou foi remanejado. A sensação que acaba prevalecendo é que a afirmação do prefeito é vazia, uma frase retórica e que sem provas e dados concretos é só uma frase de efeito.

Outra opção é a de que, existindo mesmo corrupção na administração municipal, os corruptos foram identificados e medidas foram tomadas, mas a sujeira foi colocada em baixo do tapete e ninguém ficou sabendo. Qualquer uma das opções não é nada boa para Joinville e projeta mais sombras que luzes sobre uma administração que assumiu com imagem de honesta e moralista e que ainda esta devendo respostas concretas nesse quesito.

A corrupção diminuiu? Conte mais senhor prefeito, todos gostaríamos de saber. Quem? Quando. Onde? Quanto? Mais que gostar de saber, temos o direito de saber.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Isso não é gente de Joinville

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO

Quando mudei para a cidade houve uma coisa que me chamou logo a atenção: a expressão “ser de Joinville”. No princípio pensei que tivesse alguma coisa a ver com o processo de colonização, que encheu a cidade de sobrenomes cheios de consoantes a indicar uma “linhagem” europeia.

Mas foi suficiente pouco tempo para perceber o que a expressão realmente queria dizer: era apenas a mentalidade provinciana (sempre) em construção. O “ser de Joinville” significava, antes de tudo, a recusa do outro. Ou seja, a recusa da diferença. A pequena burguesia local queria apenas parar o tempo mental da cidade. E tem conseguido pelo menos atrasá-lo.

No seu “Mitologias”, o pensador francês Roland Barthes dá uma contribuição para entender o que se passou em Joinville ao longo das últimas décadas (e podemos recuar muito no tempo). Diz ele que a pequena burguesia produz uma espécie de fascismo que é usado pela burguesia, os reais donos do poder econômico.

Barthes defende a tese de que o “pequeno burguês é um homem impotente para imaginar o outro. Se o outro se mostra diante de si, o pequeno-burguês cega, ignora-o, nega-o, ou então transforma-o nele próprio. No universo pequeno burguês todos os fatos de confrontação são fatos reverberantes, todo o outro é reduzido ao mesmo”.

É por isso que a pequena burguesia joinvilense tem dificuldades em assimilar os imigrantes pobres, o homossexuais, os libertários, os disruptores, os que lutam na defesa dos seus interesses. Porque para essa pequena burguesia que “é de Joinville”, o outro só existe se for um “igual”. Se não for um igual torna-se pária.

O que significa, então, “ser de Joinville”? Não é uma coisa geográfica. É cultural. Ser de Joinville significa ser gente "ordeira, honesta, trabalhadora" e, principalmente, que fica quietinha no seu lugar e não provocar ondas. O que, convenhamos, só responde aos interesses dos que têm tirado proveito da cidade ao longo dos tempos, de forma legítima ou não.

Mas isso não esconde o fato de que a cidade vive da virtude pública e do vício privado. Por isso, quando a pequena burguesia entra numa onda sair aí pelas redes sociais a dizer que “isto é Joinville”, talvez seja melhor tomar cuidado. Porque se as pessoas olharem a cidade à lupa há o risco de abrir um armário cheio de esqueletos. 





domingo, 15 de dezembro de 2013

HOU HOU HOU!


O processo é lento

POR ALIUSCHA MARTINS

O ano de 2013 pode ter parecido atípico para muitos brasileiros e um bocado de gente pode ter estranhado aquele povo que sempre pareceu indolente e alheio ao universo político ter tomado as ruas com tanto furor. Eram tantas as vozes, o enfrentamento tão evidente, que a tevê nem pode disfarçar o seu rubor. A única coisa que não saltava aos olhos e que seguia seu eterno curso era o esforço desmedido de criminalizar os movimentos sociais. E a despeito disso não faltará em nosso vasto mundo gente pra dizer que a truculência do estado é produto do vandalismo do povo. Mas basta lembrar que até prisão por porte de vinagre a gente teve que engolir pra desfazer a fantasia de que o estado está a serviço do povo. Na semana passada um garoto foi condenado à cinco anos de prisão por carregar na rua duas garrafas de desinfetante, essa decisão tão descabida, incoerente e desconexa podia parecer o resultado impensado de um fenômeno que de repente assolou a nossa história. Um episódio triste que foge à regra. Mas não. Culpar e violentar o cidadão ou a parcela da sociedade que quer apontar as suas contradições é um ato orquestrado pelos sujeitos que tem seus privilégios atrelados a essas desigualdades. Definitivamente importa dizer que o jogo que a nossa sociedade brinca não é o da dança da cadeira, em que ocupam os lugares os meninos mais atentos e preparados para isso. Nesse tabuleiro a gente é soldado de batalha protegendo general e “O Rei Mandou” é brincadeira de lei nesse nosso quintal.

Ainda que com vigor se insista para exceder Joinville do mapa, ela não está no céu que é um lugar mágico, ela pertence ao chão e por isso mesmo foi também palco da nossa atrocidade. Em agosto, mesmo advertida pela sabedoria popular de que este é um mês de desgostos, eu participei de uma manifestação do Movimento Passe Livre. Não apenas por uma concordância linguística já que, estando de passagem pelo mundo, tudo aquilo que enuncia a liberdade recebe minha atenção. Nem porque acho chique as propostas europeias para o transporte coletivo. Mas porque, caminhando pela cidade eu sofro os problemas das iniciativas individuais e compreendo a urgência de se pensar a coletividade. Acompanho a algum tempo os debates propostos pelo Movimento Passe Livre e estou convencida da urgência de estabelecermos outros modelos de transporte para recriar uma nova dinâmica social. Nessa manifestação que foi marcada por muita chuva, cansados de empunhar cartaz sem fazer eco, achamos prudente comparecer e contribuir com a reunião do conselho da cidade. O conselho era uma formalidade exigida pela burocracia do estado que, inclusive, já havia sido considerado irregular pela própria burocracia do estado. Não fomos convidados ao conselho, nem nossa participação era aceita, por isso nos fizemos entrar. Esse conflito quebrou uma dobradiça da porta do salão da Harmonia Lyra, local onde a reunião acontecia.

Não só a logística da cidade mas também o modelo de representação política proposto pelo MPL é uma grande contribuição para o nosso tempo. Cada matéria veiculada pelo aparelho midiático em junho deste ano que tentava apontar um líder ao movimento, nos chamava atenção para o fato de que não estamos acostumados a nos representar e, por força do hábito, nos querem governar e não nos permitem que sejamos protagonistas nem sequer da nossa própria rebeldia. E me ocorre agora que, talvez seja essa a afronta maior, o que leva um advogado como Álvaro Cauduro de Oliveira, assessor jurídico e conselheiro da cidade em representação à Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), e sócio proprietário da Sociedade Harmonia Lyra a processar aleatoriamente uma pessoa por uma dobradiça quebrada não é a sua preocupação com a porta (que já estava consertada no dia seguinte sem maiores danos) mas a ameaça verdadeira de que estamos inclinados a não nos sujeitarmos à ordem. Estamos dispostos a nos representarmos e a ocuparmos os lugares que nos são devidos sem que lhe sobrem poltronas estofadas. O processo judicial movido por seu Cauduro faz cada um de nós alvo de sua violência, da violência dessa gente poderosa que faz uso do aparato do estado para a manutenção de seu poder e enquanto a justiça se ocupa de uma dobradiça de porta as empresas Gidion e Transtusa seguem fazendo uso do dinheiro público sem nem sequer apresentar decentemente suas planilhas de custo. E parece que a licitação para o transporte público em Joinville vai realmente sair, no dia da semifinal da copa do mundo. Coincidência?

Aliuscha Martins é professora e militante.

O poder divino é infinito

POR ET BARTHES

É a igreja a operar milagres.


sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Isso é...


Ordeira uma pinoia

Sacada do Charles Henrique Voos em resposta à campanha
#issoéjoinville, que dominou redes sociais e imprensa local
POR FELIPE SILVEIRA

Depois da repercussão negativa na mídia nacional (e até mesmo internacional) causada pela briga entre torcedores de Atlético-PR e Vasco na Arena, a cidade de Joinville buscou refúgio no seu mais forte clichê: somos uma cidade ordeira e trabalhadora.

As redes sociais e a imprensa local foram tomadas por uma onda ufanista, preconceituosa, xenófoba e ridícula, reforçando que a violência é coisa do outro, do “de fora”, tentando dizer que aqui não fazemos nada disso. O prefeito chegou a dizer que o “episódio que aconteceu na Arena não envolveu joinvilenses. Nosso povo é cordial, educado e forte. O mundo saberá reconhecer”. Esse “cordial, educado e forte” é a revitalização do discurso martelado nos joinvilenses desde que nasceram: somos um povo ordeiro e trabalhador.

Não vou discutir ou tentar mostrar aqui que somos tão violentos quanto outros. Isso seria chover no molhado e o Clóvis Gruner já falou o que tinha para ser falado sobre esse tipo de violência. A discussão que me interessa aqui é sobre outra violência, que se perpetua por meio desse discurso nojento de ordem e progresso, que se esconde na campanha “#issoéjoinville”, nas falas do prefeito e nas chamadas dos jornais que insistem em não fazer jornalismo.

Violência histórica e atualizada

Nos anos 20 e 30 a ordeira e pacata cidade de Joinville viveu momentos muito intensos de lutas de trabalhadores – no campo e na cidade. Foram diversas greves, manifestações e outros conflitos que foram sufocadas pela violência do Estado, seja pelo uso da força ou pela violência do jogo do poder econômico. Além disso, a coação e coerção de Getúlio Vargas aos trabalhadores do Brasil jogou a pá de cal sobre os movimentos de luta no Brasil, que passou a viver no submundo.

De lá pra cá essa violência se perpetuou e se consolidou no discurso da ordem e do trabalho, utilizando dos mais variados recursos com maior e menor intensidade, de acordo com a necessidade da classe dominante.
E foi exatamente isso que aconteceu na última semana, quando um militante do Movimento Passe Livre (MPL) de Joinville foi processado por participar de uma manifestação no dia 14 de agosto de 2013, na reunião do Conselho da Cidade que ocorria na Sociedade Harmonia Lyra, no centro de Joinville. O motivo do processo é uma porta que supostamente teria sido quebrada quando tentaram impedir a entrada dos manifestantes no local onde ocorria uma reunião de caráter público,   e, portanto, aberta ao público. O militante que assinou o termo circunstanciado para colaborar com a polícia, que não sabia quem quebrou a porta (pode ter sido um segurança da elite), foi intimado.

É fundamental que todos leiam esse texto publicado no blog do MPL, mas copio abaixo um trecho para deixar claro o que isso tem a ver com este texto:

“É uma tentativa de criminalização, que assola os movimentos sociais, não somos os únicos nem os primeiros. O fato é que o poder político e econômico tenta criminalizar os movimentos sociais porque a população buscou opinar dentro de espaços da elite joinvilense, como o Conselho da Cidade, e a própria Sociedade Harmonia Lyra, e tanto parece incomodar essa classe que visa enriquecer em detrimento do sofrimento do povo.”

Está claro, não? Diante da circunstância o poder econômico utiliza de todas as suas ferramentas. Ao longo da história do mundo já mandou sequestrar, matar, estuprar... e com alguma frequência. Descobriu-se, também nessa semana, que a ditadura civil-militar (lixos no poder de 64 a 85) mandou matar Juscelino Kubitschek, viram?

E o que isso tem a ver com o discurso de cidade ordeira e trabalhadora?

Se você não consegue ver, meu amigo...