quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Ladrão que rouba ladrão

POR ET BARTHES
Se você ainda não viu, então aproveite. É tanto ladrão por metro quadrado neste filme que o ditado deveria ser: "ladrão que rouba ladrão que rouba ladrão que rouba ladrão..." É brincadeira e deu um bom viral. Será que alguém ia estranhar se acontecesse de verdade?



Voltei


POR FELIPE SILVEIRA

“Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo, mas posso fazer alguma coisa. E, por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso.” - Edward Everett Hale


Você não leu errado. Eu, Felipe Silveira, voltei ao Chuva Ácida. Para os leitores que chegaram ao blog nos últimos meses e não me conhecem, me apresento. Meu nome é Felipe Silveira e sou estudante de jornalismo. Fui um dos fundadores do blog, mas saí do coletivo por causa de problemas pessoais. Uma das ideias era concluir a faculdade, mas, ao invés disso, eu a tranquei. Mas isso é outra história.

Voltando ao assunto – a minha volta ao blog – digo que ela se deve a uma causa nobre. Partindo da ideia de pluralidade do coletivo, eu sempre busquei representar a esquerda e os movimentos sociais que trabalham pelo direito à cidade, pelos Direitos Humanos e pela ideia de sustentabilidade. Ou seja, uma sociedade mais humana, na qual as pessoas não vivam enclausuradas dentro de carros e sobrevivendo abaixo de antidepressivos.

Nunca me senti um representante da esquerda neste espaço, até porque não tenho leitura o suficiente pra isso – ao contrário da direita, cujos representantes não precisam ler muita coisa pra coisa pra embasar suas ideias e ideais. Porém, espero fazer o que procuro fazer todos os dias. Levantar as pautas sociais e fazer a discussão política de verdade.

Volto, portanto, para fazer isso novamente, em um momento que considero delicado da história de nossa cidade. Um momento em que a saúde, a educação e a cultura estão abandonadas pelo governo estadual, de Raimundo Colombo, do PSD.

Raimundo, o governador que não deu um pingo de bola para o seu partido (jogando fora a ideia de qualquer ideologia que move a verdadeira política) e se aliou a Udo Döhler, do PMDB. Além de pisar, praticamente, em apenas um lugar dessa cidade, a associação empresarial.

Udo, o candidato empresário e dos empresários, por sua vez, disse durante toda a campanha que iria governar para os bairros, mas uma das primeiras coisas que fez foi pressionar os vereadores para votar o projeto de lei da nova Lei de Ordenamento Territorial (LOT), prejudicial aos bairros e a toda a sociedade desta cidade.

Coincidentemente, os empresários foram à Câmara de Vereadores na semana passada para pressionar os vereadores a aprovar a lei. Lei que, curiosamente, beneficia especuladores imobiliários e grandes empreiteiras. Lei que vai completamente na contramão do urbanismo que visa tornar as cidades mais humanas, pois quer promover o espraiamento e a verticalização da cidade, ao invés de promover a ocupação de seus milhares de lotes vazios dentro do município.

Os vereadores, por sua vez, tanto os atuais quanto os novos, são capachos de todos esses poderosos, além de incompetentes. Na segunda-feira, por exemplo, quando foi realizada uma sessão extraordinária para discutir se dava ou não para votar a LOT. Os vereadores, pressionados pelos empresários, queriam levar o projeto à votação, mas antes tiveram que ouvir a comunidade jogar na cara todos os problemas dessa lei bizarra. E eles simplesmente não sabem responder. Fazem teatro, enrolam, e não respondem, não discutem. Quando a coisa aperta, é só dizer que o horário da reunião já acabou e fim de papo. Assim, as decisões são tomadas nos bastidores. O mais bizarro é que ninguém está lá para ver isso.

Ou seja, estamos encurralados.

A única coisa que nos resta é fazer a nossa parte, com hora extra, diga-se de passagem. E a nossa parte é ir às ruas, é ocupar a Câmara, é não aceitar que empresários e seus candidatos eleitos tomem decisões com base nos seus interesses econômicos e políticos. A tecla é essa e nunca vamos parar de batê-la.

Uma boa hora para começar é na tarde desta quarta-feira, às 17h30, quando os movimentos sociais vão à SDR Joinville para protestar contra o descaso do governador Raimundo Colombo com a saúde, com a educação, com a cultura e com qualquer área social e não econômica.

Não se furte da sua responsabilidade. Você pode fazer pouco, mas esse pouco é o que importa, e, assim, é muito.


Felipe Silveira volta a escrever quinzenalmente às quartas-feiras

JEC avante, Krona avalanche!


 JEC   - Joinville Esporte Clube só vem avançando de ano em ano. Série D, C, B e 2013 o retorno à Copa do Brasil.

A continuar nesta progressão, 2014 série  A e 2015 Libertadores. Um passo de cada vez.

JEC é motivo de alegrias para seu torcedor. Torcedor este que jamais abandonou o Tricolor, sempre se fez presente, até no momento mais pífio que viveu o time quando era chamado de "time fora de série".

O clube só tem devolvido esse apoio incondicional e tem correspondido dentro das quatro linhas.

Alguns podem estar dizendo que o time fracassou na segunda etapa e perdeu a vaga de acesso à elite do futebol brasileiro.

Do meu ponto de vista, o JEC cumpriu honrosamente o seu papel, desenvolveu um bom futebol e sofreu alguns tropeços, o que não o desqualifica. Muito pelo contrário. No entanto, seus adversários, que já passaram pela Série A, por terem mais experiência, obtiveram melhor êxito.

Avante em 2013, JEC. Mais um ano de mostrar em campo, assim como vem fazendo ano após ano que é uma equipe de qualidade e que merece todo o respeito pelo futebol que desenvolve e apresenta aos seus torcedores.

 KRONA  - E quanto à equipe da Krona? Não queria  trazer este lamentável episódio ao meu texto, mas não posso me eximir de falar em tamanha brutalidade presenciada na noite de segunda-feira, no ritmo do momento Tricolor gaúcho, fez do primeiro jogo da final do Catarinense de Futsal, uma avalanche de socos, pontapés e, também, gols.

O que se viu no jogo Krona 6 x 4 Jaraguá não merece desprezo, mas sim uma total atenção de todos os envolvidos a fazer um mea culpa. Ao se deslocarem para assistir uma partida de futsal, entre atletas que se dizem de alto nível, os torcedores não merecem assistir  cenas só noticiadas no Coliseu, nos embates entre gladiadores.

Você, leitor, pode estar achando que estou sendo exagerada no comparativo e dizer que é coisa de jogo. Infelizmente não. E, na verdade, não me é possível descrever, com palavras, as cenas de pancadaria - isso mesmo, pancadaria - que os times produziram.

A avalanche gremista quase foi banida por colocar, na opinião da Brigada Militar, a segurança dos presentes em risco. Sendo assim, os jogos entre Krona x Jaraguá também deveriam ser banidos?

Espero, ainda, por ser joinvilense, uma manifestação pública por parte da Equipe Krona. No mínimo um pedido de desculpas a todos aqueles que estiveram na Univille, assim como todos os que tiveram acesso as cenas de pura violência. E violência é o que não se pode permitir quando o esporte é peça fundamental na educação das crianças e jovens de nosso país.

Vale ressaltar que o meu pedido é dirigido apenas à Krona por ser joinvilense e torcedora desta equipe que tanto tem orgulhado a nossa cidade. Jaraguá nada tem a ver comigo. Eles lá que revejam os seus conceitos.

Apesar de todo esse comentário negativo, preciso fazer jus ao que foi o jogo até que restassem 4:51 para o seu final, visto que as equipes estavam desempenhando um futebol de alta qualidade, um espetáculo que fazia valer a pena o deslocamento até a longínquoa Univille. Um encontro com jogadas eficientes e, principalmente, a Krona demonstrando em quadra a sua superioridade técnica.

Com a vitória por 6 x 4, o Tricolor inverteu a vantagem pelo empate que leva para Arena Jaraguá, na quinta-feira, às 20:15 horas. E que se delimite à avalanche de gols, fazendo aflorar a emoção tão somente na comemoração de mais um título nesta temporada que vem sendo muito vitoriosa.

 NO CHUVEIRINHO  - A morte brutal do jogador do futebol americano, que antes de se suicidar matou a sua esposa na própria casa, demonstra que muitas coisas no esporte precisam ser revistas para que não incitem a violência.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Você está de brincadeira?

ET BARTHES
Vida de jornalista é difícil, em especial quando se faz ao vivo. O pessoal do programa da televisão de Chicago, nos Estados Unidos, começou a relatar as imagens feitas pelo helicóptero que estava sobrevoando um acidente na auto-estrada. Mas depois de muitas conjeturas, os apresentadores perceberam que, afinal, estavam mostrando o cenário da série "Chicago Fire". Ao perceber a mancada e com cara de tacho, a moça diz: "vocês estão de brincadeira?" Bem... de brincadeira está quem não checou a informação.


Turismo em Joinville: a arte de arar o mar...

POR JORDI CASTAN

O José António Baço tem iniciado uma cruzada aqui neste blog para falar de turismo, de como desenvolver ou construir uma visão estratégica para o setor. Tem palpitado sobre a marca Joinville, ou a marca região ou país.

Falar sobre turismo aqui é o equivalente a arar no mar. É por isso que comparo esta tarefa que o Zé tem se imposto, a uma mistura entre os trabalhos de Hércules e o de Sísifo. Acho inclusive que ele sabe que é inútil, mas mesmo assim não se furta a fazê-lo. O inútil do seu esforço e da sua pregação está diretamente ligado ao fato que aqui todo o mundo entende de turismo. E a melhor prova disso são os nomes que tem sido escolhidos para desenvolver o turismo aqui em Joinville. Quando todos entendem, ninguém escuta e o que presenciamos é um autentico diálogo de surdos.

Turismo é um negócio sério, que movimenta milhões. Aliás, o mais correto é falar de bilhões de turistas e, portanto, de muitíssimo dinheiro. Há todo tipo de turismo, do religioso muito bem explorado em Roma, Fátima, Lourdes, Jerusalém e os lugares santos. Ou em Meca, quando o público é muçulmano. Ou em Kandi, quando se trata de budistas. E  assim por diante.


Temos também o turismo desportivo, que se alicerça em grandes eventos como os Jogos Olímpicos, a Copa do Mundo, os jogos regionais, como os Pan-Americanos, Pan-Africanos ou Pan-Asiáticos. Ou, inclusive, os jogos semanais das grandes equipes do mundo, seja de futebol, do basquete, do beisebol ou do apaixonante cricket, dependendo do país e da cultura.

Aqui a ausência de uma política séria, estruturada e sistêmica de desenvolvimento de promoção do turismo como uma atividade capaz de gerar renda e emprego, além de promover a imagem da Joinville, provavelmente está muito ligada à nossa crise de identidade. Nem somos a cidade das flores, nem a das bicicletas, nem uma cidade germânica. Não só não sabemos o que queremos ser, nem conseguimos ter uma ideia precisa do que somos. Ely Diniz propõe que Joinville seja a cidade da dança. Eu gostaria que fosse a das flores. E tem quem, ignorando que a revolução industrial cobrou um pesado preço da Manchester original, insiste em defender que somos a Manchester catarinense.

Enquanto há países que chegam a receber por ano mais de um turista por cada habitante, há cidades que multiplicam por seis ou mais vezes sua população com os turistas que a visitam. Gramado na serra gaúcha é um bom exemplo. Barcelona na Espanha é outro. Mas há dezenas de cidades que estão fazendo as coisas bem feitas.

Minha preocupação de leigo é que continuemos promovendo Joinville a partir de uma abordagem folclórica e tratemos o turismo como uma atividade econômica menor. Só quando recebemos visitas sentimos na pele a carência de infra-estrutura turística em que vivemos. No meu caso, um desafio adicional é achar uma lembrança de Joinville que possa levar, para fazer um pequeno agrado, a quem me recebe quando viajo ao exterior. Essa última tem se convertido numa tarefa praticamente impossível de cumprir.