sábado, 15 de setembro de 2012

JEC rumo à Série A!

RUMO CERTO - "JEC rumo à Série A". Essa frase que há pouco tempo parecia ser apenas da vã utopia do torcedor mais fanático, há alguns meses se tornou chavão na Manchester Catarinense.

Claro que para todo o torcedor, seja o que sempre esteve apoiando o Tricolor ou aquele eventual, que aparece apenas nos momentos de glória, é simplesmente maravilhoso ter o Tricolor joinvilense representando-nos na elite do futebol nacional.

Agora sejamos realistas. Analisemos a situação com frieza e esmero. O Joinville, que até poucos dias era um time "fora de série", está preparado para encarar uma Série A? O JEC tem estrutura para participar da principal categoria do Campeonato Brasileiro de Futebol? Estrutura esta que me refiro é em todos os aspectos, econômico, técnico, pessoal, estrutural e, principalmente, juntando todos esses itens, a capacidade de se manter na elite do futebol.

SÉRIE B ESTÁ BOM - O Joinville vem numa ascensão assombrosa, modificada de temporada em temporada, estando em cada uma na Série superior. Verdade seja dita que, até agora na Série B,  em todas vem correspondendo brilhantemente e com extrema competência superando os obstáculos e evoluindo de tempo em tempo.

No entanto, há uma grande diferença em todos os sentidos, de competir no Brasileirão da Série A, em que muitos times, chamados "grandes", tem encontrado entraves e dificuldades enormes de se manter nele.

"MAR DE ROSAS" - O que estou querendo com esses questionamentos é colocar o torcedor para refletir e, desde já, ir amadurecendo a idéia de que a Série A pode não ser esse "mar de rosas"  que vem experimentando nestas três temporadas, superando os adversários e subindo mais um degrau.

E que, não necessariamente o Joinville será fracassado na sua trajetória, mas sim por se tratar de um campeonato muito diferenciado, extremamente qualificado e competitivo.

Na própria Série B, que hoje o JEC disputa, pelo menos uns 10 times possuem uma condição meio equânime e possuem reais condições de avançarem a Série A. É uma competição extremamente equilibrada e disputada, sendo definido os quatro que irão alavancar para a elite nos detalhes, decidido jogo a jogo. Tanto que ontem o Joinville estava ascendendo à Série A, hoje não mais está, mas amanhã pode tornar à zona de ascensão.

REFLITA MAS NÃO SE AFLIJA - Torcedor, faça a sua reflexão. Veja o que o Joinville faz hoje e o quão nobre já o é o seu trabalho. Subir a Série A; Magnífico! Permanecer na Série B também será de muita magnitude.
Mas estejamos sempre atentos, pois é dever sempre aspirarmos algo melhor, não esquecendo de andar pisando o chão que está sob nós e não em plácidas nuvens...

NO CHUVEIRINHO - Hoje o JEC encara o Ceará, lá em Fortaleza, às 16 horas. Torcer por um resultado positivo, se possível, uma vitória.

E a Krona está em Carlos Barbosa para o primeiro jogo da semifinal. O bicho vai pegar, e vai pegar mesmo, pois lá a coisa ferve e será uma disputa acirradíssima entre o campeoníssimo e sempre perigoso Carlos Barbosa e o estrelado e igualmente perigoso Krona. Estamos na torcida. Um empate não será nada mal, hein!?

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Tá amarrado!


Redescubra Joinville


POR GUILHERME GASSENFERTH

Você é daqueles que quando recebe visitas de fora da cidade já sai soltando um “olha, aqui não tem nada pra fazer”? Ou ainda sugere que o visitante aproveite que está próximo e vá a Blumenau, Balneário ou Floripa?

Estes dias resolvi registrar, uma por uma, as atrações de nossa bela cidade – potenciais ou já consolidadas. E cheguei a 70 registros. Sim, 70 razões pelas quais pessoas deveriam conhecer Joinville.

Quem já teve a oportunidade de visitar a Cascata Caracol, em Canela, deve ter percebido o Parque do Pinheiro Grosso no caminho. O sujeito que quiser entrar no parque paga cinco reais para passear no mato e ver um pinheiro cujo tronco tem um diâmetro considerável (aposto um ingresso daquele parque que por aqui há várias árvores mais grossas que aquele pinheiro gaúcho!).

Nós temos um complexo de vira-lata joinvilense. Achamos que aqui não há nada de bom, que não tem o que fazer nem o que mostrar aos turistas. E mais uma vez, sabem o porquê, leitores? Porque nós, joinvilenses, não conhecemos Joinville.

Você sabe que existe uma linda igrejinha de madeira sobre um pequeno monte rodeado de hortênsias, onde você sobe ao bucólico templo num caminho entre as flores? E que nesta estradinha rural existe uma das maiores floradas de hortênsias de todo o Brasil?

O que dizer da formação natural de pedras denominada Castelo dos Bugres, acessível por uma gostosa e tranquila trilha de duas horas de caminhada a partir da Estrada da Serra Dona Francisca? Em qualquer lugar turístico isto seria uma atração. Aqui não. Aliás, qualquer outra cidade que tivesse 56% do seu território coberto por mata atlântica preservada, num total de 600 milhões de metros quadrados, ostentaria tal fato com orgulho!

Quantos de vocês leitores já foram fazer turismo rural aqui em Joinville, no Piraí, na Dona Francisca ou na Estrada Bonita? Em meio ao cotidiano urbano, muitas vezes nem lembramos que o leite que compramos veio da vaca e que o alface não nasce na prateleira do supermercado. Passe um dia no campo. É um passeio e tanto e você ainda pode comprar produtos coloniais direto do produtor. Isto é qualidade de vida!

E por que não falar do roll mops no Zeppa? E das empadas do Jerke ou do Hasselmann? E do bolinho de arraia da Mercearia Sofia? E do marreco do Serra Verde? E do pastel com caldo de cana no Max Moppi ou Rio da Prata? E do hackepeter no Sopp? E do caranguejo no Janga? E do chopp fabricado em Joinville no Opa Bier? E do strudel de maçã da XV? E a lista vai... Em Salvador, acarajé é atração turística. E dizem que quem vai pra Minas e não come um queijinho ou bebe uma cachaça não sabe o que é Minas.

Quantos outros lugares do Brasil tem uma baía maravilhosa como a nossa, onde se pode passear de barco ou jet-ski e dar uma paradinha pra comer à beira da água? Tem Vigorelli, Morro do Amaral, Vila da Glória, Espinheiros. Experimente!

Há pelo menos mais 55 atrações que você joinvilense, deve explorar. Permita-se lançar um novo olhar à nossa cidade para admirá-la ainda mais. Redescubra-a!

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

O estilingue de Tebaldi e a vidraça de Dohler

JOSÉ ANTÓNIO BAÇO

Pronto. Foi só sair a pesquisa que apontou Udo Dohler no primeiro lugar e já teve gente jogando merda no ventilador. De repente, começaram a surgir denúncias mandrakes, filmes apócrifos e a baixaria invadiu as redes sociais. Udo Dohler virou vidraça e tem gente de estilingue na mão fazendo mira.

Dizem que animal ferido pensa com os caninos. E o pessoal de Marco Tebaldi – que, segundo a pesquisa do IBOPE, despencou, despencou, despencou – foi  logo buscar o tema do racismo. O que nem surpreende, uma vez que a coisa sempre andou latente na mentalidade coletiva e, sendo verdade ou não, até pode colar na figura do empresário.

O fato é que um empregado de Marco Tebaldi começou a chamar Udo Dohler de “Dolfinho” ou “Adolf” nas redes sociais, numa clara alusão ao nazismo. A intenção é atirar sujeira para cima do empresário, na tentativa de denegrir a sua imagem. Sorry! Denegrir é a palavra errada (significa tornar negro). Será que funciona? Acho que não.

Um outro cara, ao que parece também empregado de Tebaldi, apareceu no Twitter a dizer que fica preocupado quando vê pessoas “pobres e negras” apoiarem um candidato que nunca lhes abriu as portas para o trabalho. Não diz o nome, claro. Mas para má palavra meio entendedor basta.

E finalmente rola uma sacanagenzinha chamada “Joinville sem Racismo”, que até ao momento conta com o expressivo acervo de dois filmes. Num deles, um senhor humilde (um tal Zé Guarda) aparece a dizer que o empresário é “contra os pretos”. Não digo que tenham se aproveitado do jeito simplório do homem, mas que parece...  isso parece. Sei apenas o que vi e posso arriscar a dizer que no filme são 13 segundos de escrúpulo zero.

No outro vídeo, agora mais longo e com alguma produção, um homem filmado em contraluz (só aparece a silhueta) diz que não foi promovido na empresa por ser negro. O Roger Robleño, das “Crônicas Marcianas”, fez uma retroversão do filme. Depois da visualização - e sendo eu um leigo -, fiquei com a ideia de que o sujeito é tão negro quanto o Michael Jackson depois do branqueamento.

Não vou me alongar mais, porque os fatos dispensam explicações. Mas parece que a luz vermelha acendeu lá pelas bandas da rua Lages (onde as casas são baratinhas, baratinhas). Há trackings nada alvissareiros a rodar entre os candidatos. De qualquer forma, há perguntas a pedir respostas.

- Esse tipo de ataque é ético?
Obviamente não.

- É crime insinuar que uma pessoa é nazista?
Não entendo de leis. Mas apostaria as minhas fichas no “sim”.

- O que fazer em relação aos filmes apócrifos?
Muita gente gostaria de ver a Justiça a investigar o caso. Não parece ser difícil chegar aos autores.

- Qual o papel do eleitor nisso tudo?
É essencial. Porque cabe ao cidadão usar o título de eleitor para varrer a sujeira da política. Nem é preciso muita coisa: basta votar limpo.