POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
No seu texto de domingo, o Guilherme Gassenferth relembrou o Museu da Chuva. Se você acha que a ideia meio maluca, então é legal dar uma olhada (ou melhor, mergulhada) no Museo Subacuático de Arte, perto de Cancún, no México. terça-feira, 17 de julho de 2012
Tabuísmo para a pequepê!
POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Você acha a linguagem dos blogs exagerada? Que a liberdade é muita e o
pessoal abusa nos palavrões? Pois é... o texto de hoje não é diferente. Traz
palavras "horríveis" e por isso só pode ser publicado num blog, onde
a linguagem é mais livre – a até libertina. Vou falar sobre o tabuísmo.
O quê? Tabuísmo? Sabe o que é isso? Não, nada a ver com tábuas. É a
expressão usada para falar dos tabus na língua. Ou seja, aquelas palavras ou
expressões que, por causa do moralismo das sociedades, acabam sendo
consideradas grosseiras, obscenas e ofensivas. Em suma, tornam-se palavrões sem
o ser.
OLHA O DICIONÁRIO – Se fosse numa universidade eu seria obrigado
a escrever ou falar palavrões para discutir a questão do tabuísmo. Mas este é um texto
que não pode, por exemplo, ser publicado num jornal, porque temos que
considerar os leitores que se sentem ofendidos. De qualquer forma, para que não
me acusem de ser besteirento, vou reproduzir a definição que está
no Dicionário Houaiss.
- Tabuísmo: palavra, locução ou acepção tabus, considerados chulas,
grosseiras ou ofensivas demais na maioria dos contextos [São os chamados
palavrões e afins e referem-se geralmente ao metabolismo (cagar, mijar, merda),
aos órgãos e funções sexuais (caralho, pica, boceta, vulva, colhão, cona,
foder, pívia, crica, pachoucho etc.), incluem ainda disfemismos pesados como
puta, veado, cabrão, paneleiro, expressões tabuizadas (puta que pariu) etc.].
Oooopa! Não fui eu quem escreveu isso. Foi publicado no dicionário. Se
está publicado, então é público. Se está no dicionário, então é legítimo.
Aliás, a descrição do dicionário traz algumas palavras que nada dizem para um
brasileiro (cona, por exemplo) ou que têm um significado inocente para um
português (boceta, que é caixa). E as duas palavras falam da mesma parte da
anatomia feminina.
TRÊS PONTINHOS - O tabuísmo torna ridículos alguns textos dos jornais.
Porque obriga a inventar truques idiotas. Alguém se lembrou de usar os três
pontinhos como uma espécie de hábeas corpus das palavras. Então, os textos dos
jornais acabam cheios de expressões como “m...”, “b...eta”, “c...alho”. Ou
abreviaturas, como “cdf”. E o que dizer de contenções linguísticas como caraca
(no Brasil) ou caraças (em Portugal)? Ou expressões como “vai para a pequepê”?
Ora, o que torna uma palavra ofensiva? É a sua cabeça, leitor e leitora.
segunda-feira, 16 de julho de 2012
Trabalhadores protestam em Espanha
POR ET BARTHES
Que a crise começou a apertar na Espanha,
todos já sabem. Mas a coisa ficou mesmo feia na Rádio Televisió Valenciana
(RTVV). A direção tem um plano de restruturação que prevê 1.295 demissões, num
total de 1.695 trabalhadores. Os caras invadiram a suite de emissão do
telejornal e não deixaram o noticiário ir ao ar. E conseguiram fazer a manifestação
chegar à casa dos espectadores. Uma emissora que tem 1.695 trabalhadores
e pretende operar com apenas 400? Talvez isso explique as razões pela qual o poder público tem sido um sorvedouro de dinheiro.
Deste jeito vou ter que votar no Tebaldi
POR JORDI CASTAN
Quem me conhece um
pouco pode achar estranha uma afirmação como esta, mas depois de analisar
detalhadamente as declarações patrimoniais dos cinco candidatos a prefeito de
Joinville fiquei convencido que não há melhor candidato para Joinville.
Leonel Camasão é um
candidato novo, ainda puro. Pela sua declaração de bens, nem conta em banco tem.
Não duvido que seja bem intencionado, mas alguém com um patrimônio de R$ 5.000
dificilmente terá a experiência necessária para administrar um orçamento de
quase R$ 2 bilhões.
O candidato Udo Dohler
é apresentado como um gestor, alguém com experiência e conhecimento de gestão
privada. O seu patrimônio é o maior dos cinco candidatos e não poderia ser
diferente. Empresário bem sucedido, a sua declaração de bens informa de um
patrimônio de R$ 5,9 milhões, entre o que cita títulos da Sociedade Ginástica
de Joinville, da Sociedade Palmeiras e da Armonia (sic) Lyra que, todos juntos, não somam R$ 500. Uma prova do nível de detalhe e precisão que pauta a sua
vida. Por outro lado, não aparecem, no seu patrimônio declarado, nem veículos, nem
apartamentos, nem sequer o imóvel de moradia. Numa sociedade patrimonialista
como a joinvilense, estranha que o candidato não tenha nem a residência, nem um
carro no seu nome. Alguém poderia até inferir que ele só se desloca utilizando o transporte coletivo, o que não parece ser o caso.
Clarikennedy Nunes
mostra uma evolução patrimonial interessante. Os dados apresentados à Justiça Eleitoral sinalizam que nos últimos dois anos passou a administrar melhor o seu
patrimônio e o incrementou sensivelmente, ainda que tenha esquecido de declarar
as aplicações em bancos, como fez nos anos anteriores. Em 2006, o seu patrimônio
declarado era de R$ 198 mil. Em 2008, aumentou para R$ 221 mil. E, em 2010, aumentou um pouco mais, somando R$ 224 mil. Foi nos últimos dois anos que o
valor cresceu até os atuais R$ 459 mil. Um aumento significativo em pouco
tempo.
O prefeito Carlito
Merss conseguiu aumentar o seu patrimônio de R$ 378 mil em 2008 para R$ 620 mil
em 2012, o que prova que tem conseguido arrumar a casa, fazendo nestes últimos
quatro anos um bom pé de meia. A justificativa para este aumento de patrimônio pode
estar mais na venda do sempiterno apartamento do Guanabara, que aparecia na
declaração de bens de 2008 e que agora em 2012 sumiu na declaração deste ano
Mas nenhum dos
candidatos mostra um crescimento patrimonial tão expressivo como o do ex-prefeito
e ex-secretário de Educação Marco Tebaldi. Para alguém que nunca ocultou que
chegou a Joinville com pouco mais que a roupa do corpo na década de 80 - e que desenvolveu
todo a sua vida profissional no serviço público - um patrimônio de R$ 2,45
milhões é um logro significativo. Entre os bens declarados além da sua
residência na rua Lages e um apartamento em Itapema, também aparece agora um
prédio comercial na rua Laura Andrade 73. Se o caixa da prefeitura municipal for
administrado como tem cuidado do seu patrimônio declarado, não vai faltar
dinheiro para obras. Para ter uma ideia, o seu patrimônio representa mais de 13
anos recebendo o salário de prefeito de Joinville e sem ter gasto um único
centavo. Um mérito que não esta facilmente ao alcance do qualquer um.
Para quem tiver
interesse em se aprofundar no tema do patrimônio dos candidatos, uma sugestão é
visitar o site do TSE. Mas não esperem uma informação muito precisa. Os candidatos informam de forma imprecisa, não identificam os imóveis, esquecem
de informar os números de conta corrente e os valores. Os valores de um ano
para outro, para o mesmo bem, podem mudar e se na declaração de bens esta é a prática, imagine a credibilidade que podem ter os planos de governo apresentados por
estes candidatos.
Clique na imagem para ampliar |
Assinar:
Postagens (Atom)