POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
“Lula leu 21 livros em 57 dias”.
Só num lugar dominado por gente atrasada o tema podia virar polêmica. Mas esse lugar existe. E nem sou eu a dizer. Uma pesquisa divulgada no ano passado revela que a população brasileira é a segunda, entre 38 nações investigadas, com maior dificuldade em entender a própria realidade. Sempre foi assim, mas as redes sociais tornaram essa evidência gritante.
E por falar em social media, foi justamente no Twitter que o tema dos livros lidos por Lula ganhou força. A coisa acabou mesmo no plano da aritmética. Uma moça de nome Bruna Luiza produziu a seguinte pérola: “Se cada livro tem 150 páginas (o que é pouquíssimo para um livro normal), são 3150 páginas. Lula teria que ler 55 páginas por dia. Qualquer pessoa que costuma ler sabe que isso é irrealista, especialmente para um semi-analfabeto”. Viu?
Ora, é apenas ranço, preconceito e aquilo que podemos chamar ignorância petulante. O Brasil é um país onde persiste a lógica do apartheid social (ricos de um lado e pobres do outro) e ter um curso superior faz muita gente acreditar que é superior. Essa falta de noção faz com que muitos se sintam com autoridade para chamar o ex-presidente de analfabeto – ou semi-analfabeto, como no caso da moçoila.
É fato. Num país como o Brasil, onde a educação sempre foi privilégio, o diploma ainda funciona como elemento de distinção. Mas a verdade é que o país está cheio de obtusos com diplomas. Todos sabemos que, na prática, há pessoas que obtêm um canudo sem terem lido pelo menos dois míseros livros inteiros (se duvida, fale com algum professor). Tudo o que essas pessoas têm são noções epidérmicas sobre os fatos.
A ignorância petulante é resultado desse mal calculado complexo de superioridade. É uma auto-ilusão que leva as pessoas a se imaginarem num patamar intelectual elevado, quando, muitas vezes, estão abaixo disso. Muito abaixo. É o que mostra o caso da moça do Twitter, que considera irrealista ler 55 páginas num dia. Ah, minha cara Bruna Luiza, nem sempre é fácil entender que as nossas limitações são apenas nossas.
O preconceito impede de ver as coisas mais óbvias. Se uma pessoa se julga melhor que as outras apenas porque lê (e aqui há muito a questionar) ou porque tem um diploma, então ela é parte do problema. Aliás, é um saco ver analfabetos funcionais - que às vezes sequer funcionam – arrotando superioridade apenas porque têm um canudo. Eita papo botocudo.
Enfim, parece muito provável que o ex-presidente tenha lido os tais 21 livros em 57 dias, até porque tem tempo de sobra. E, para finalizar, fica a dica: não tenho receio de afirmar que Lula entende mais de economia do que muito economista, de sociologia do que muito sociólogo, de administração que muito administrador. Entendedores entendem...
É a dança da chuva.
terça-feira, 12 de junho de 2018
segunda-feira, 11 de junho de 2018
Uma geston eficientizaçada #sqn
POR JORDI CASTAN
Não posso evitar o sentimento de otário quando cruzo na rua com um desses sinaleiros “eficientizados” que geram uma economia de R$ 720.000 ao ano. Primeiro, porque uma administração pífia e inepta pode fazer qualquer coisa menos eficientizar alguma coisa. Nem o verbo “eficientizar” aparece no Aurélio. Deve ser desses neologismos que burocratas ficam inventando nas suas horas diárias dedicadas a praticar o onanismo mental.
Em outras palavras, esta gestón ineficiente, que vituperou a inteligência coletiva do joinvilense afirmando que não faltava dinheiro, mas gestão, mostrou depois de poucos dias que não tinha nem dinheiro, nem gestão. A resposta à eficientização dos sinaleiros veio na forma de um aumento brutal da COSIP. Assim, o joinvilense paga mais caro pela eficientização dos sinaleiros. Bingo! Alguma dúvida que o resultado seria esse?
Depois de trocar todas as luminárias vermelhas do Carlito pelas novas de LED, que são mais eficientes e, portanto, consomem menos energia, a lógica diria que a economia deveria ser transferida para o cidadão. E o valor extorsivo da COSIP seria reduzido. Nem preciso avisar que isso não vai acontecer. Seguiremos pagando mais caro pela eficientização da iluminação pública. E ganharemos o pomposo titulo de otário do ano, na categoria ouro, com menção honrosa. Porque trouxa que é trouxa merece ser homenageado e sua bovina mansidão reconhecida publicamente.
Em tempo, nenhum vereador tem se manifestado pelo desperdício de recursos públicos que representa converter em sucata as luminárias substituídas com menos de um terço da sua vida útil. Porque cidade rica se faz assim, jogando fora o que ainda serve, aumentando os valores das contribuições e taxas e administrando cada dia pior.
Para não ficar restrito à eficientização da iluminação pública, podemos incluir a da sinalização horizontal, as mudanças de trânsito, intempestivas e sem estudos técnicos que as sustentem, ou a administração por tentativa e erro. Com mais erros que tentativas, o que, convenhamos, tem muito mérito porque não é fácil cometer mais de um erro em cada nova mudança.
sexta-feira, 8 de junho de 2018
O ativismo identitário e a segunda morte de Dona Ivone Lara
POR CLÓVIS GRUNER
Seu nome contava com o aval dos familiares de Ivone Lara e da própria biografada – falecida em abril último, aos 96 anos –, pois o projeto começou a ser concebido na década passada. A justificativa para a investida contra Fabiana foi que, filha de pai negro (e sambista) e mãe branca, ela não é uma “preta retinta”. Ao aceitar interpretar Dona Ivone Lara nos palcos, Cozza estaria usufruindo do privilégio de ter a pele mais clara e contribuindo para a invisibilidade de artistas negros de pele mais escura.
Não vou discutir a cor da pela e a negritude de Fabiana Cozza. Gente mais capacitada e com legitimidade de sobra já o fez, em apoio a ela – Leci Brandão, Chico César, Emicida, além dos familiares e da própria Ivone Lara. Meu objetivo é discutir a violência que tem sido a tônica da atuação de parte da militância, particularmente nas redes sociais, capitaneada por influenciadores e influenciadoras digitais ávidos por likes e novos seguidores.
A quem acompanha a terra quase sem lei que é a internet, não é novidade que parcela da esquerda brasileira que a frequenta, os chamados “movimentos identitários”, se caracteriza pela prática de um policiamento moralista, arrogante e autoritário. Hostis ao diálogo com quem consideram diferentes – e a diferença se tornou evidência e prova de culpa –, são pródigos em apontar inimigos por toda parte, nem que isso signifique produzi-los.
O comportamento é mais abertamente visível nos "influenciadores de opinião”. Com milhares de seguidores alguns deles, eles parecem menos preocupados em abrir espaços de discussão, qualificar o debate público, em suma, desmantelar as muitas estruturas de poder e preconceito que os oprimem, e mais em uma busca incessante por curtidas e comentários elogiosos, pela sensação de que exercem uma influência sobre um número cada vez maior de seguidores.
Há muita preguiça em uma rede de circulação de textos e ideias que, basicamente, se alimenta e retroalimenta de uma maneira autorreferente e autossuficiente. Em um bom número de blogs e perfis de ativistas, não apenas o esforço de leitura começa e termina dentro da própria rede, como se compartilha um tipo de convicção ingênua de que os movimentos negros, feminista e LGBT nasceram com eles. O passado, quando aparece, surge de forma anacrônica, quando não meramente ilustrativa.
Como resultado, se ignora o esforço de construção desses movimentos e as muitas e complexas redes que os ligam a diferentes temporalidades. Dito de outro modo, falta historicidade a uma boa parte dos movimentos e ativistas, que parecem viver em um contínuo presente porque julgam desnecessário inserir sua militância em um tempo mais amplo, que contemple o passado e suas descontinuidades, seus avanços e recuos.
A fixação no presente explica também a arrogância que se expressa em uma espécie de estoicismo vulgar e virtual: na conduta do militante, sempre moralmente certa e reta, não há espaço para a incoerência e a contradição. Esse novo estoicismo, de verniz moralizante, justifica a exposição pública, a desqualificação, o linchamento de quem escapa a ele e a identidade que o define. Lombrosianos redivivos, os militantes identitários atribuem ao seu inimigo um olhar determinista que naturaliza sua diferença, transformada em uma desigualdade irredutível.
Há algumas explicações possíveis para essas condutas. Uma delas é de que, sem vitórias significativas, apesar de algumas conquistas mais ou menos pontuais, e depois de verem suas reivindicações incorporadas, diluídas e, algumas delas, nunca atendidas, por governos de esquerda – a descriminalização do aborto, por exemplo, nunca avançou –, sobrou a esses movimentos a truculência e o extremismo alimentados, ambos, pelo ressentimento.
Tornado afeto central da militância identitária, o ressentimento é potencializado nas redes sociais. Elas permitem que sentenças sejam rapidamente promulgadas e executadas pelos tribunais populares midiáticos, sem o filtro da reflexão mais ponderada, do debate, do enfrentamento de posições, resumindo tudo a acusações que cabem em uma ou duas frases, com algum esforço, em um post. Grosso modo, os movimentos identitários retiveram o pior da justiça tradicional – seu caráter excludente, por exemplo –, sem preservar, no entanto, seus poucos méritos.
Isso não significa renunciar a características que definem, simbolicamente, nosso “lugar” no mundo, nem desconhecer as desigualdades hierárquicas que atravessam as relações entre diferentes culturas. Mas reduzir a identidade a algo absoluto, uno e coeso é perigoso porque, entre outras coisas, incentiva a construção e a percepção do outro como inimigo, tomando-o a partir de uma essência (étnica, religiosa, de gênero, etc.) ela própria artificial – não desempenhamos, socialmente, um papel único, mas múltiplos, plurais e não raro contraditórios papéis.
Um dos custos dessa busca por uma identidade singular e essencialista é o reconhecimento sempre limitado do outro, dificultando as possibilidades do encontro e da troca dialógica a partir de características mais ou menos comuns. E se Sen associa esse movimento em especial aos grupos e ideias nacionalistas de cunho mais conservador, no Brasil tem sido principalmente parte da esquerda a desempenhá-lo.
Os ataques contra Fabiana Cozza são apenas o mais recente, mas não o primeiro e, desconfio, nem o último caso de violência simbólica, protagonizado pelas redes de militância em nome da identidade e reivindicando, como justificativa, o combate à discriminação e suas consequências. Não há dúvidas que denunciar e combater as diferentes formas de preconceito e suas muitas violências é uma tarefa ética e política das mais urgentes.
Mas se a intenção é realmente desmantelar as estruturas profundas que os produzem e reproduzem, a militância identitária poderia tentar substituir a estratégia do linchamento e da desqualificação pelo confronto e a crítica capazes de forjar alianças, por exemplo, ao invés de se fecharem e cerrarem possibilidades de diálogo. Afinal, o ativismo identitário, suponho, sabe quem são seus verdadeiros inimigos.
Mas a enfrentá-los, inventa novas monstruosidades e produz novos inimigos a serem combatidos e linchados publicamente, em uma sanha persecutória e punitivista que condenamos quando vem da direita ou do Estado. E supõe, ou simplesmente finge supor que, com essa prática lamentável em que se cruzam egos, ressentimentos e disputas mesquinhas por nacos de poder, está de fato tornando esse mundo um lugar mais suportável. Mas não está.
quarta-feira, 6 de junho de 2018
10 cuidados para ter no Facebook
POR LEO VORTIS
Durante muito tempo, o mundo viveu apenas com as esferas privada e pública. Mas as redes sociais vierem mudar essa realidade, introduzindo o conceito de esfera digital. As redes sociais, em especial o Facebook, são muito boas para comunicar, mas também podem representar um perigo em termos de quebra de privacidade.
Depois do escândalo da Cambridge Analytica, a imprensa mundial passou a fazer listas de recomendações sobre cuidados que você deve ter em relação ao Facebook. E hoje, baseado num texto do britânico “The Independent”, publico aqui um decálogo a conter algumas recomendações essenciais para preservar a sua privacidade.
1. A data do aniversário
Muita gente usa a data de aniversário como senha para muitas ações online. É possível que alguém parta desse dado para tentar acessar a sua conta bancária ou obter dados pessoais.
2. Número de telefone
Já imaginou alguém que você não conhece - e nem quer conhecer - telefonando a qualquer hora? Ou pior, entrando num processo de cyberbulling ou stalking – de cariz sexual ou não.
3. Abrir mão dos “amigos”
Que tal abrir mão dos amigos que não são amigos? Segundo o “The Independent”, o professor de psicologia de Oxford, Robin Dunbar, desenvolveu uma tese segundo a qual uma pessoa só consegue manter cerca de 150 relacionamentos estáveis. E a maioria dos amigos virtuais não estará ao seu lado quando precisar deles.
4. Fotografias de crianças ou jovens? Não…
Para começar, uma criança não pode dar permissão, mesmo aos pais. E como nunca se sabe quem está do outro lado, a melhor ideia é não abrir portas para intrusos, ainda que teoricamente virtuais.
5. Não revele a escola dos seus filhos
O número de crimes sexuais registrados tem crescido em alguns países. Evite dizer onde o seu filho está, porque os agressores sexuais podem estar à espreita.
6. Evite serviços de localização
Os sistemas Android ou o iPhone têm serviços de localização. Evite usar. Porque se alguém deseja prejudicá-lo não é boa ideia ele saber onde você está.
7. Evite comentários sobre o seu local de trabalho
É um caso comum. Cuidado com o que diz no Facebook, em especial sobre o trabalho. Qualquer pessoa – no caso, um chefe – pode acessar o seu perfil e ver o seu comportamento. Evite críticas públicas à sua empresa. Ah... mas há formas de excluir o acesso de certas pessoas.
8. Não marque o seu endereço
Muita gente marca o lugar onde vive e fornece o próprio endereço. Pode haver problemas. Por exemplo: há pessoas que gostam de mostrar fotografias das férias, enquanto ainda estão fora. Tudo bem. Mas é melhor não esquecer que há gente mal intencionada (os tais amigos do alheio) que fica sabendo que você não está em casa.
9. Numa relação?
Guarde essa informação para si e para a sua vida pessoal. Há muitas razões. A primeira é que os relacionamentos acabam e a mudança de status sempre chama a atenção. A outra é que pessoas que não gostam de você também podem começar a chatear a sua cara metade. O mesmo vale para o resto da família.
10. Detalhes do cartão de crédito
Mas nem que a vaca tussa.
Durante muito tempo, o mundo viveu apenas com as esferas privada e pública. Mas as redes sociais vierem mudar essa realidade, introduzindo o conceito de esfera digital. As redes sociais, em especial o Facebook, são muito boas para comunicar, mas também podem representar um perigo em termos de quebra de privacidade.
Depois do escândalo da Cambridge Analytica, a imprensa mundial passou a fazer listas de recomendações sobre cuidados que você deve ter em relação ao Facebook. E hoje, baseado num texto do britânico “The Independent”, publico aqui um decálogo a conter algumas recomendações essenciais para preservar a sua privacidade.
1. A data do aniversário
Muita gente usa a data de aniversário como senha para muitas ações online. É possível que alguém parta desse dado para tentar acessar a sua conta bancária ou obter dados pessoais.
2. Número de telefone
Já imaginou alguém que você não conhece - e nem quer conhecer - telefonando a qualquer hora? Ou pior, entrando num processo de cyberbulling ou stalking – de cariz sexual ou não.
3. Abrir mão dos “amigos”
Que tal abrir mão dos amigos que não são amigos? Segundo o “The Independent”, o professor de psicologia de Oxford, Robin Dunbar, desenvolveu uma tese segundo a qual uma pessoa só consegue manter cerca de 150 relacionamentos estáveis. E a maioria dos amigos virtuais não estará ao seu lado quando precisar deles.
4. Fotografias de crianças ou jovens? Não…
Para começar, uma criança não pode dar permissão, mesmo aos pais. E como nunca se sabe quem está do outro lado, a melhor ideia é não abrir portas para intrusos, ainda que teoricamente virtuais.
5. Não revele a escola dos seus filhos
O número de crimes sexuais registrados tem crescido em alguns países. Evite dizer onde o seu filho está, porque os agressores sexuais podem estar à espreita.
6. Evite serviços de localização
Os sistemas Android ou o iPhone têm serviços de localização. Evite usar. Porque se alguém deseja prejudicá-lo não é boa ideia ele saber onde você está.
7. Evite comentários sobre o seu local de trabalho
É um caso comum. Cuidado com o que diz no Facebook, em especial sobre o trabalho. Qualquer pessoa – no caso, um chefe – pode acessar o seu perfil e ver o seu comportamento. Evite críticas públicas à sua empresa. Ah... mas há formas de excluir o acesso de certas pessoas.
8. Não marque o seu endereço
Muita gente marca o lugar onde vive e fornece o próprio endereço. Pode haver problemas. Por exemplo: há pessoas que gostam de mostrar fotografias das férias, enquanto ainda estão fora. Tudo bem. Mas é melhor não esquecer que há gente mal intencionada (os tais amigos do alheio) que fica sabendo que você não está em casa.
9. Numa relação?
Guarde essa informação para si e para a sua vida pessoal. Há muitas razões. A primeira é que os relacionamentos acabam e a mudança de status sempre chama a atenção. A outra é que pessoas que não gostam de você também podem começar a chatear a sua cara metade. O mesmo vale para o resto da família.
10. Detalhes do cartão de crédito
Mas nem que a vaca tussa.
terça-feira, 5 de junho de 2018
Foram pedir intervenção no 62º BI? Só pode ser fake news...
POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
As fake news são um problema sério destes tempos. É preciso ter muito cuidado com as coisas que aparecem na internet (e não só). E dou um exemplo recente de notícia falsa: circula, por aí, um vídeo que mostra uns grunhos em frente ao 62º Batalhão de Infantaria de Joinville pedindo intervenção militar. Tem que ser fake.
Só pode ser um vídeo forjado, com imagens falsas e uso de montagem em pós-produção. Está na cara que é fake, porque não há gente assim tão burra em Joinville. Eu, pelo menos, me recuso a acreditar. É uma cidade conservadora, sim, mas nunca desceria a esse nível de estupidez.
Aliás, a mentira é tanta que até vi umas imagens onde aparecem pessoas vestindo a camisa amarela da CBF. Ah... conta outra. Quem tem coragem de usar essa camisa depois da desgraça que têm sido os dois anos do governo Temer? Não em Joinville. E quem tem a falta de juízo de pagar 450 pilas por uma camisa que virou sinônimo de mico?
O filme é tão falso que aparece o argumento mais jegue possível. Se as Forças Armadas não ficarem ao lado da população, o Brasil vira uma Venezuela. Uai! Não faz sentido. Até porque não há esse perigo. Lá Maduro está a resistir o quanto pode para não entregar o petróleo. No Brasil, o pessoal entregou facinho, facinho para os gringos.
Para completar a insanidade, li o seguinte: “Os brasileiros não são venezuelanos! É hora das Forças Armadas trabalharem para a nação brasileira e não para um governo que quer que a nação pague o que foi roubada dela”. Peraê. Será que estão a falar de Temer, o resultado impeachment que eles pediram?
Só pode ser fake. Ninguém em Joinville seria tonto ao ponto de dizer esse tipo de asnice em público. E ninguém seguiria um maluco desses. Porque a ser verdade, só restaria usar a lógica do ditado antigo: se cobrir vira circo, se trancar vira hospício. Meu santo Simão Bacamarte, aí seria um caso de internamento.
É a dança da chuva.
As fake news são um problema sério destes tempos. É preciso ter muito cuidado com as coisas que aparecem na internet (e não só). E dou um exemplo recente de notícia falsa: circula, por aí, um vídeo que mostra uns grunhos em frente ao 62º Batalhão de Infantaria de Joinville pedindo intervenção militar. Tem que ser fake.
Só pode ser um vídeo forjado, com imagens falsas e uso de montagem em pós-produção. Está na cara que é fake, porque não há gente assim tão burra em Joinville. Eu, pelo menos, me recuso a acreditar. É uma cidade conservadora, sim, mas nunca desceria a esse nível de estupidez.
Aliás, a mentira é tanta que até vi umas imagens onde aparecem pessoas vestindo a camisa amarela da CBF. Ah... conta outra. Quem tem coragem de usar essa camisa depois da desgraça que têm sido os dois anos do governo Temer? Não em Joinville. E quem tem a falta de juízo de pagar 450 pilas por uma camisa que virou sinônimo de mico?
O filme é tão falso que aparece o argumento mais jegue possível. Se as Forças Armadas não ficarem ao lado da população, o Brasil vira uma Venezuela. Uai! Não faz sentido. Até porque não há esse perigo. Lá Maduro está a resistir o quanto pode para não entregar o petróleo. No Brasil, o pessoal entregou facinho, facinho para os gringos.
Para completar a insanidade, li o seguinte: “Os brasileiros não são venezuelanos! É hora das Forças Armadas trabalharem para a nação brasileira e não para um governo que quer que a nação pague o que foi roubada dela”. Peraê. Será que estão a falar de Temer, o resultado impeachment que eles pediram?
Só pode ser fake. Ninguém em Joinville seria tonto ao ponto de dizer esse tipo de asnice em público. E ninguém seguiria um maluco desses. Porque a ser verdade, só restaria usar a lógica do ditado antigo: se cobrir vira circo, se trancar vira hospício. Meu santo Simão Bacamarte, aí seria um caso de internamento.
É a dança da chuva.
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