sexta-feira, 16 de março de 2018

Dá para ser feliz no Brasil? O World Happiness diz que dá (veja o vídeo)

POR ET BARTHES
Quais são os países mais felizes do mundo? A resposta a essa questão está no relatório da “Felicidade Mundial” (World Happiness Report”, divulgado esta semana. A maioria dos países do Top 10 está na Europa - à exceção de Canadá, Nova Zelândia e Austrália - e os quatro primeiros lugares do ranking são ocupados por países nórdicos. Parece que nem mesmo o frio do inverno acaba com a felicidade deles.

Mas estranha é a posição do Brasil, que ocupa o 28º lugar da lista, acima de países como Japão, Espanha, Itália ou Portugal (para onde, vale lembrar, tem muito brasileiro mudando). Eis a questão. Os brasileiros têm mesmo razões para estar entre os mais felizes do mundo? Ou será que esse é um mito que vem sendo construído ao longo da história? O filme apresenta pelo menos uma razão de peso.

Quer saber mais? Então veja o filme.


quarta-feira, 14 de março de 2018

Stephen Hawking



POR SANDRO SCHMIDT

Boulos, o luto e a melancolia


POR CLÓVIS GRUNER
O PSOL confirmou sábado último (10), a pré-candidatura de Guilherme Boulos à presidência da República. O líder do MTST terá como vice a líder indígena Sônia Guajajara. À primeira vista, o nome de Boulos parece atender a uma necessidade algo pragmática, não inteiramente equivocada em termos eleitorais. O mais conhecido entre os pré-candidatos – os outros eram os economistas e professores universitários Nildo Ouriques e Plínio Jr., e o pedagogo Hamilton Assis –, ele talvez reúna as condições necessárias para “puxar votos” e aumentar a ainda tímida bancada psolista nos parlamentos estaduais e federal.

Mas esse mérito não oblitera alguns problemas, a começar pela forma como sua candidatura foi definida. Além disso, e o mais importante a meu ver, o despontar do nome de Boulos dentro do PSOL talvez encerre, definitivamente, qualquer possibilidade que ainda existia do partido se consolidar como uma opção aqueles eleitores que, como eu, ainda votam à esquerda, mas não têm intenção de votar no PT. Detenho-me um pouco mais nisso.

Simpática ao PT e a Lula, que gravou vídeo manifestando seu apoio, a candidatura de Boulos facilita uma aproximação em um eventual segundo turno, caso o partido de Lula esteja de fato no segundo turno, com ou sem ele. Em tese, os segmentos do PSOL favoráveis a uma aliança entendem que, com o líder do MTST, evitam repetir 2014, quando a liderança de Luciana Genro dificultou o apoio a Dilma. Na prática, a candidatura de Boulos não é muito diferente da de Manuela D’Avila, do PCdoB; em ambas a independência é relativa, porque demasiado próximas e pouco críticas ao PT.

Não é o tipo de coisa que me surpreende no PCdoB, mas não deixa de ser um pouco frustrante no caso do PSOL. Sempre soube dos limites, inclusive eleitorais, do partido, e sua dificuldade em inserir-se e dialogar com grupos e eleitores que não os da classe média, com quem o partido parece ter uma maior afinidade. E não ignoro que, ao menos em parte, a indicação de Boulos pode ser uma tentativa de minimizar isso.

Mas a inexistência de uma relação mais orgânica com o PSOL – ele se filiou em março, dias antes de ser indicado pré-candidato – talvez não surta o efeito esperado, com os possíveis eleitores se identificando mais com o candidato que, necessariamente, com o partido. Respeitadas as diferenças e proporções, há o risco do PSOL repetir, com Boulos, um dos principais erros do PT, o de produzir uma candidatura personalista, que mantém com o partido uma relação instrumental, quando não oportunista.

Além disso, a sua candidatura coloca o PSOL mais perto de ser “linha auxiliar do PT”, acusação lançada contra o partido pelo então candidato Aécio Neves na última campanha, e prontamente rebatida por Luciano Genro. A questão é: Boulos terá condições de negar, tão pronta e enfaticamente como Genro, se fizeram acusação semelhante ao PSOL em 2018? Creio que não. E nem é preciso muito esforço para entender por que.

A opção por lançá-lo e não qualquer outro candidato, representa a recusa do PSOL em assumir o risco de ser uma alternativa à esquerda, colocando-se em uma posição mais crítica em relação ao PT que o pariu. Que fique claro: não se trata de negar ou rechaçar aspectos positivos do legado petista, de esquecer e jogar na “lata do lixo da história” a herança de seus governos, acusação recorrente sempre que se ameaça criticar o partido e suas gestões, apontando suas contradições, seus limites e os muitos equívocos.

Mas não podemos seguir reféns do PT, entre outras coisas porque isso está a nos custar muito caro: enquanto a defesa incondicional de Lula parece ser o único projeto que realmente importa aos petistas e parte da esquerda, um governo criminoso e de criminosos continua a governar impunemente e sem enfrentar resistência alguma capaz de opor-se a ele. Em alguns meses iremos às urnas, e a esquerda ainda não disse o que pensa e propõe para a economia, a segurança pública ou o combate à corrupção, por exemplo.

Pode-se argumentar que ainda é cedo, e que isso aparecerá na hora certa. Bobagem: programas de governo são apresentados no período eleitoral; projetos para o país, não. A esquerda hoje não tem nenhuma coisa, nem outra – a exceção talvez seja o PSTU, concordemos ou não com ele; mas da perspectiva eleitoral o partido tem ainda mais dificuldades e limitações que o PSOL.

Com o declínio do PT, de um lado reduzido à liderança personalista e algo messiânica de Lula, de outro apostando que os eleitores acreditem que basta elegê-lo em outubro de 2018 para voltarmos a outubro de 2002, o PSOL tinha a chance de ser o porta-voz de inquietações e demandas que nem Lula, tampouco o PT, são hoje capazes de encampar. Mas para isso seria preciso elaborar de uma vez por todas o luto, o que o PSOL não fez. Sinal de que teremos, pela frente, uma campanha melancólica.

terça-feira, 13 de março de 2018

Rodrigo Constantino, o sem-noção, no país da piada pronta

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Quem não lembra de Rodrigo Constantino, ex-colunista da Veja (aquela revista que lida mal com os fatos)? Se não lembra, recomendo ver o filme em que Ciro Gomes dá uma surra intelectual no coitado. É um nocaute sem dó nem piedade. Mais do que isso, Rodrigo Constantino é humilhado porque os seus argumentos nunca vão além de clichês tontos e frases feitas. Aliás, mesmo falando sério, o cara soa como piada.

Mas por que falar em Rodrigo Constantino? Pela anedota (afinal, nem só de coisas sérias vive um blog). Na semana passada, ele protagonizou um caso para lá de caricato, por ter chamado a atriz Scarlett Johansson de “feia” e “baranga”. É uma opinião. Mas as feministas não curtiram e decidiram publicar uma foto dos dois – um ao lado do outro (abaixo). E aí a coisa ficou feia para Rodrigo Constantino. Literalmente.

A falta de noção é a seiva que alimenta essas pobres alminhas. E Rodrigo Constantino contra-atacou. Publicou um post onde dizia que se usassem uma boa foto dele e uma má foto da atriz então as coisas ficariam mais equilibradas. “Se essas fotos fossem as escolhidas, talvez o choque não ficasse tão grande assim”, escreveu. Não funcionou. E a coisa virou motivo de piada ainda maior nas redes sociais. Eis alguns comentários:

- “Comentarista de economia não está com nada. Que bom que você resolveu assumir a carreira de humorista. A ‘Veja’ não te merece”.
- “Ela continua linda. E você um babaca - o que te torna feinho, abaixo da média”.
- “Quero essa auto estima para mim”.
- “Migo, fica calmo. O que vale é a beleza interior. Ah não... pera, deu ruim nisso também”.
- “Me indica teu terapeuta porque ele fez milagre pra te deixar com essa auto-estima”.
- “Parabéns pela coragem. Porque noção não tem”.

E vai por aí. Mas uma coisa é certa. Pelo menos é um cara de convicções firmes, porque não apagou o post, mesmo sendo gozado pelo Brasil inteiro. Tem dias em que a internet é pura diversão.

É a dança da chuva.


As primeiras fotos publicadas na internet
O post de Rodrigo Constantino