sexta-feira, 26 de maio de 2017
Sai da frente, porra! America first!
Durante a reunião de cúpula da OTAN, em Bruxelas, Donald Trump protagoniza um momento embaraçador. Os chefes de estado e de governo caminhavam para fazer a foto de grupo, quando o presiente norte-americano deu um abre alas para cima do primeiro-ministro do Montenegro, Milo Dukanovic. Awkward, Mr. Trump.
O Câmarra das Verreadorres de Xoinville é uma peso morto
POR BARON VON EHCSZTEIN
Guten Morgen, minha povo.
Xente. Sentirrón o meu falta? Eu ainda esdou
de férrias no calor do Alemanha e por isso ando meio desaparrecida. Mas tive que
escrever por causa das nossas verreadores. O que o Águas de Xoinville anda despexando
nos torneiras do Câmara de Verreadores? Nón é água. Só pode ser schnapps. E cachaça daquelas bem brabos, porque os carras parrecem esdar muito
doidas. Sich besaufen, sich betrinken.
Aprecie com moderraçón.
Tem umas verreadorres que querrem transformar
as terminal dos ônibus em capelas mortuárrios. Das ist Wahnsinn. Esdá tudo louco? Mas se é loucurra, vamos em
frente. Eles também podiam transferrir o prefeiturra parra o terminal, porque o pessoal
lá parrece que anda se finxindo de morto. Ninguém aparrece, ninguém diz nada,
ninguém faz nada. Xoinville até parrece um citade fantasma.
E foceis xá imaginarón o sistema de som da
terminal? A locutor diz: “Sai agorra, do capela 15, a senhor Tot Faultier, com
destino ao citade dos pés xuntos”. Faz sentido. É igualzinho o licitaçón dos
transportes públicos. Uma assunto morto e enterrado. Por falar nisso, os
empressas de ônibus podem inofar e lançar um nofo tipo de passaxem: de ida e
volta parra as vivos e só de ida para as mortos.
Serrá que posso dar um ideia? Que tal fazer um
associaçón e transformar as carros funerrárrias em táxi? Os ambulâncias podiam
ser Uber. O loucurra nón tem horra parra acabar. Tem uma verreador propondo a
“Dia da Atleta das Esportes Eletrônicas”. Perra aí que engasguei de tanto rir.
Carramba. Eu gasto mais calorrias quando levanto a braço parra beber cerveja. O
nossa Xoinville é um citade sérria, xente.
E quando focê acha que não pode piorrar,
aparrece outra verreador querrendo criar a “Dia da Encontro e Exposiçón de
Carros Rebaixados, Preparrados e Customizados”. Quatsch! Que absurdo! Quando eu achava que não tinha coisa mais
idiota que uma carro rebaixada, aparrece um coisa pior: a dia das carros
rebaixadas. Mas não vai funcionar. Com o tantão de burracos nos ruas, como é
que essa xente fai chegar no exposiçón?”. Pode demorrar messes.
É cada proxeto que faiz favor, viu. Alle Tassen im Schrank. Esdá tudo forra
do casinha? Mas de um coissa eu tenho certeza: o Câmarra das Verreadorres é uma
peso morto.
quinta-feira, 25 de maio de 2017
A crônica de um dia incomum... entre as 6 e as 10
POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
O dia amanhece ensolarado nesta manhã de primavera em Lisboa. Tomo o pequeno almoço (café da manhã) e, enquanto passo a manteiga no pão, ouço o apresentador do telejornal a falar de um país onde manifestantes invadem e queimam prédios de ministérios. É a Venezuela, penso. Não. É o Brasil. Um país onde um presidente continua acantonado e se recusa a renunciar. É um morto político. Nunca foi um governo, mas agora virou uma versão classe c do “the walking dead”.
No trem, a caminho do trabalho, um cartaz das Conferências do Estoril. O painel de conferencistas é formado por pessoas que “mudaram o mundo”. Gente de peso. Madeleine Albright, ex-secretária de Estado de Bill Clinton, é a cabeça de cartaz. O time conta ainda com quatro ganhadores do Nobel da Paz e figuras como Oliver Stone, Nigel Farage ou Edward Snowden (por videoconferência). Num cantinho, aparece a foto de Sérgio Moro. Não dá para conter o riso com o erro de casting.
A viagem deve durar uns 20 minutos. Aproveito para entrar no Twitter, que é onde encontramos a informação em primeira mão. Tenho uma notificação. É uma mensagem de uma pessoa cujo maior mérito na vida foi nascer de pais ricos, a me apontar o dedo e a falar em “corrupto de estimação”. Podia encetar uma discussão, mas o cara é um seguidor de Jair Bolsonaro. Quer dizer, não tem os dois dedinhos de testa necessários para construir uma frase com sentido. Em frente...
As notícias são muito más, todos sabemos. Vejo a foto de um policial com uma arma na mão ameaçando atirar em manifestantes. Talvez seja mesmo melhor chamar o Exército. Mas para tirar as armas desses policiais mal preparados. Que perigo. Uma pessoa fala em Aécio e sobre ameaças de suicídio. Outra diz que Aécio teria sido preso, mas não tem certeza. Um jornalista fala na briga pelo poder entre a PF e a PGR. E o líder de movimento popular diz que “é o roteiro da queda de Temer”.
Mas nem tudo é tensão. De volta a Joinville, alguém republica um post onde um “jênio” local tinha feito uma promessa. “Vou deixar bem claro, se eu flagrar black brocks, vândalos pseudos esquerdistas e outros movimentos, destruindo bens públicos e ou privados, não vou assistir passivamente. Aproveito para informar que tive excelente treinamento militar, com especialização em armadilhas de selva e urbana. Estão avisados”. É isso. Mal escrito assim mesmo. Você podem dormir sossegados, joinvilenses.
Troco de rede. O Facebook é mais ilustrativo. Há fotos da marcha sobre Brasília, de manifestantes ensanguentados, de gente a apanhar da polícia e outros num choro forçado pelo gás. Imagens do Buzzfeed mostram a cavalaria a avançar sobre a multidão e, logo a seguir, a multidão a avançar sobre a cavalaria. Outro vídeo mostra que lá dentro, no plenário, deputados decidiram partir para a porrada. Mas a imagem mais impressionante é a de um dedo extirpado e abandonado na grama (espero que não seja verdadeira).
Já no trabalho, recebo mensagem de um amigo que vai com a família de férias para o Brasil e tem as passagens compradas. Quer saber se corre algum risco. Não sei o que responder, limito-me a dizer que é melhor esperar pelos próximos acontecimentos. Uma amiga vem até a minha mesa e diz que viu o noticiário da noite anterior. Ficou assustada com o que se passa e pergunta por que o presidente insiste em não renunciar. Digo apenas que talvez ele queira sair, mas está amarrado por muitos interesses.
Daqui a pouco tenho uma reunião de trabalho. Enquanto espero, fico a pensar: “Desrespeitar a democracia é uma coisa fodida. É como estar numa escada e perder o equilíbrio. Porque se erra um degrau, erra todos”. Eis o caminho para o caos. E são apenas 10 da manhã em Portugal (6 horas no Brasil).
É a dança da chuva.
quarta-feira, 24 de maio de 2017
Joinvilenses não ligam para Santa Catarina
POR FELIPE SILVEIRA
O bairrismo joinvilense é impressionante. A cidade catarinense tem no governo estadual Raimundo Colombo, alvo de diferentes pedidos de impeachment na Assembleia Legislativa. O principal secretário do governo caiu, depois de aparecer, junto ao chefe, na delação da JBS. Também apareceram na caguetagem os senadores Paulo Bauer (PSDB) e Dário Berger. Mas qual é o joinvilense que liga pra isso? Não sei se tem 10 em 500 mil.
Mas fala qualquer coisa de Joinville pra ver? “Fora, forasteiros”. Ou pior: faça uma crítica ao bairro do cidadão para ver. Recentemente criamos um movimento para mudar o nome do bairro Costa e Silva, que faz uma homenagem, bizarra, ao general-ditador. A reação tem sido violenta. Tem gente que nem sabe o que é, mas abraçou a defesa da ditadura com unhas e dentes.
O povo daqui não gosta de discutir muito as coisas. Estamos sendo explorados por duas empresas sem licitação que operam o transporte? “Sim, mas olha o tamanho de Joinville, a maior do estado blá blá blá”.
Não que Joinville não fale dos seus problemas. Porém, problema para joinvilense é buraco de rua e falta de policial. Gravidez na adolescência? Crescimento dos números da AIDS? Falta de oportunidades para os jovens? Déficit habitacional gigante? Especulação imobiliária? Gentrificação? São temas que não viralizam, que nem chega a ser pauta no debate.
O bairrismo tacanho leva a uma preguiça intelectual que nos impede o desenvolvimento social e nos leva a tomar decisões ruim. Tanto é que, se dependesse de Joinville, Aécio Neves seria eleito, assim como foram Raimundo Colombo, Paulo Bauer, Marco Tebaldi...
Vale lembrar:
Agora é hora de FORA, TEMER e DIRETAS JÁ!
O bairrismo joinvilense é impressionante. A cidade catarinense tem no governo estadual Raimundo Colombo, alvo de diferentes pedidos de impeachment na Assembleia Legislativa. O principal secretário do governo caiu, depois de aparecer, junto ao chefe, na delação da JBS. Também apareceram na caguetagem os senadores Paulo Bauer (PSDB) e Dário Berger. Mas qual é o joinvilense que liga pra isso? Não sei se tem 10 em 500 mil.
Mas fala qualquer coisa de Joinville pra ver? “Fora, forasteiros”. Ou pior: faça uma crítica ao bairro do cidadão para ver. Recentemente criamos um movimento para mudar o nome do bairro Costa e Silva, que faz uma homenagem, bizarra, ao general-ditador. A reação tem sido violenta. Tem gente que nem sabe o que é, mas abraçou a defesa da ditadura com unhas e dentes.
O povo daqui não gosta de discutir muito as coisas. Estamos sendo explorados por duas empresas sem licitação que operam o transporte? “Sim, mas olha o tamanho de Joinville, a maior do estado blá blá blá”.
Não que Joinville não fale dos seus problemas. Porém, problema para joinvilense é buraco de rua e falta de policial. Gravidez na adolescência? Crescimento dos números da AIDS? Falta de oportunidades para os jovens? Déficit habitacional gigante? Especulação imobiliária? Gentrificação? São temas que não viralizam, que nem chega a ser pauta no debate.
O bairrismo tacanho leva a uma preguiça intelectual que nos impede o desenvolvimento social e nos leva a tomar decisões ruim. Tanto é que, se dependesse de Joinville, Aécio Neves seria eleito, assim como foram Raimundo Colombo, Paulo Bauer, Marco Tebaldi...
Vale lembrar:
Agora é hora de FORA, TEMER e DIRETAS JÁ!
Um problema sério, um conselho diferente
POR ET BARTHES
Câncer de mama? Eis uma boa forma de mostrar como se faz. É usar um homem. Uma forma divertida de tratar um assunto sério.
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