sexta-feira, 27 de janeiro de 2017
Extinção da FCJ: a política de cima para baixo
POR RODRIGO BORNHOLDT
A extinção da FCJ tem várias implicações. Discorro sobre as que me parecem mais importantes.
A primeira delas é de ordem prática. Para se conseguir recursos federais, a estruturação do setor de cultura numa entidade autônoma facilita a obtenção de verbas. Já por aí, e em especial num governo que se diz tão pragmático, fica difícil compreender a obsessão pela sua extinção. Ora, é fundamental captar verbas que não necessitem passar pelos cofres de toda a mastodôntica estrutura da Prefeitura.
A segunda é de ordem simbólica. Extinguir, fundir ou subjugar uma entidade a outra secretaria ou entidade revela a importância (ou não) que se dê a determinada área. Ora, educação e cultura andam juntas. Onde são valorizadas, diminuem os índices de criminalidade e a atração que muitos jovens sentem pelo mundo proibido das drogas. Quando podem dar vazão à sua criatividade e aos seus impulsos, muitos são efetivamente resgatados através de atividades culturais. A extinção ou subordinação da FCJ a outra estrutura revela a pouca atenção e o descaso com que a Prefeitura trata a área.
A terceira implicação é de ordem política, e confunde-se com a segunda. Mas o que quero destacar aqui é tanto a provável diminuição de verbas para o setor, já que ele perde sua importância, como a inexistência de um órgão com autonomia financeira.
Uma quarta implicação diz respeito à legitimidade para tal ato. A própria democracia brasileira vem sendo questionada, e é necessário aperfeiçoá-la. Ninguém questiona a eleição do atual prefeito, que ocorreu dentro do processo democrático. Mas um ato de tal magnitude, foi ele discutido na eleição? Constava do programa de governo do candidato? Se a resposta for negativa, o mais coerente seria que uma ação desse porte fosse debatida à exaustão com os setores interessados, começando pelo cultural!
A política toda da atual gestão parece pautada por ações lideradas de cima para baixo. É um estilo que já se conhecia e esperava. Voltaremos a isso quando analisarmos as políticas de outros setores da gestão. Com isso, perde a cidade e sua população, no desenvolvimento de modos de criar, fazer e viver autênticos. É isso que gera uma sociedade verdadeiramente pacífica e plural, como a Joinville que queremos!
A extinção da FCJ tem várias implicações. Discorro sobre as que me parecem mais importantes.
A primeira delas é de ordem prática. Para se conseguir recursos federais, a estruturação do setor de cultura numa entidade autônoma facilita a obtenção de verbas. Já por aí, e em especial num governo que se diz tão pragmático, fica difícil compreender a obsessão pela sua extinção. Ora, é fundamental captar verbas que não necessitem passar pelos cofres de toda a mastodôntica estrutura da Prefeitura.
A segunda é de ordem simbólica. Extinguir, fundir ou subjugar uma entidade a outra secretaria ou entidade revela a importância (ou não) que se dê a determinada área. Ora, educação e cultura andam juntas. Onde são valorizadas, diminuem os índices de criminalidade e a atração que muitos jovens sentem pelo mundo proibido das drogas. Quando podem dar vazão à sua criatividade e aos seus impulsos, muitos são efetivamente resgatados através de atividades culturais. A extinção ou subordinação da FCJ a outra estrutura revela a pouca atenção e o descaso com que a Prefeitura trata a área.
A terceira implicação é de ordem política, e confunde-se com a segunda. Mas o que quero destacar aqui é tanto a provável diminuição de verbas para o setor, já que ele perde sua importância, como a inexistência de um órgão com autonomia financeira.
Uma quarta implicação diz respeito à legitimidade para tal ato. A própria democracia brasileira vem sendo questionada, e é necessário aperfeiçoá-la. Ninguém questiona a eleição do atual prefeito, que ocorreu dentro do processo democrático. Mas um ato de tal magnitude, foi ele discutido na eleição? Constava do programa de governo do candidato? Se a resposta for negativa, o mais coerente seria que uma ação desse porte fosse debatida à exaustão com os setores interessados, começando pelo cultural!
A política toda da atual gestão parece pautada por ações lideradas de cima para baixo. É um estilo que já se conhecia e esperava. Voltaremos a isso quando analisarmos as políticas de outros setores da gestão. Com isso, perde a cidade e sua população, no desenvolvimento de modos de criar, fazer e viver autênticos. É isso que gera uma sociedade verdadeiramente pacífica e plural, como a Joinville que queremos!
quinta-feira, 26 de janeiro de 2017
Cosip: quem paga a conta?
POR IVAN ROCHA DE OLIVEIRA
Após conversar com algumas pessoas e acompanhar vários posts, constatei que são os casais sem filhos e que trabalham fora que vão pagar menos Cosip em 2018. Normalmente estas pessoas vivem mais próximas do centro, em apartamentos comprados recentemente.
Já os casais ou famílias com filhos (pequenos ou grandes) ou mais de duas pessoas, são os que irão sofrer os maiores aumentos (sempre mais de 100% de aumento). A maioria das crianças e jovens de Joinville vive na periferia da cidade. Uma família com filhos adolescentes, que utilizam o computador o dia todo, por exemplo, vai ter um aumento de 400% nessa taxa.
Pequenas e microempresas e prestadores de serviço também serão muito prejudicados. Os aumentos são parecidos com o dos residenciais mais prejudicados. E muitas vezes nos dois lugares, trabalho e casa. Já as grandes indústrias, que faturam milhões, terão um aumento de 50 reais. E aqueles que têm grandes terrenos (normalmente donos das indústrias) terão a Cosip de vários de seus terrenos reduzidos, já que usam os imóveis principalmente para especular.
O imposto sobre consumo sempre prejudica os mais pobres, que usam quase 100% da renda para consumir. Os ricos usam apenas uma pequena parte da renda para consumo e o restante para acumular bens.
Em resumo, é a ACIJ se dando bem. E o resto pagando a conta.
quarta-feira, 25 de janeiro de 2017
Dona Marisa, os fascistas e o Brasil fora de controle
POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
As reações fascistas à notícia do internamento de dona Marisa Letícia Lula da Silva mostraram que o Brasil está fora de controle. O país está a viver um perigosíssimo processo de fascistização. Há pessoas que odeiam o Partido dos Trabalhadores? É um direito. Há pessoas que odeiam o ex-presidente Lula da Silva? Podem odiar, claro. Mas desejar a morte de uma pessoa “porque sim” é apenas fascista. E desumano.
É tempo de refletir sobre o fenômeno. O fascismo não é apenas um regime político que surge nas crises do capitalismo. É também um estado de espírito, um vírus que contagia tecido social e ganha expressão na intolerância, no ódio e na absoluta falta de humanismo. Ou falta de humanidade. É aquilo que, nos anos 70 do século passado, o historiador Nelson Werneck Sodré, chamou “fascismo cotidiano”.
Na época, o historiador – ninguém, por sinal – sequer sonhava com a internet e o seu mais reluzente subproduto: as redes sociais. Porque estamos a falar de um espaço fascizante que dá voz a milhões de energúmenos antes sem acesso à esfera pública. As redes sociais deram origem a uma distopia: por mais distorcida que seja, a opinião se sobrepõe aos fatos: a pós-verdade, os alternative facts ou a ditadura da doxa.
O fascismo cria um ethos próprio nas redes sociais. E torna possível um ponto de vista antropológico. Quem comemora o AVC de dona Marisa Letícia não é apenas fascista. É um ser com o cérebro pouco desenvolvido, que permanece alguns degraus abaixo da escala humana. Talvez num grau comparado ao primitivo homo erectus, mesmo que não haja razões para ter a espinha dorsal na vertical.
Dementes. É a barbárie.
É a dança da chuva.
É tempo de refletir sobre o fenômeno. O fascismo não é apenas um regime político que surge nas crises do capitalismo. É também um estado de espírito, um vírus que contagia tecido social e ganha expressão na intolerância, no ódio e na absoluta falta de humanismo. Ou falta de humanidade. É aquilo que, nos anos 70 do século passado, o historiador Nelson Werneck Sodré, chamou “fascismo cotidiano”.
Na época, o historiador – ninguém, por sinal – sequer sonhava com a internet e o seu mais reluzente subproduto: as redes sociais. Porque estamos a falar de um espaço fascizante que dá voz a milhões de energúmenos antes sem acesso à esfera pública. As redes sociais deram origem a uma distopia: por mais distorcida que seja, a opinião se sobrepõe aos fatos: a pós-verdade, os alternative facts ou a ditadura da doxa.
O fascismo cria um ethos próprio nas redes sociais. E torna possível um ponto de vista antropológico. Quem comemora o AVC de dona Marisa Letícia não é apenas fascista. É um ser com o cérebro pouco desenvolvido, que permanece alguns degraus abaixo da escala humana. Talvez num grau comparado ao primitivo homo erectus, mesmo que não haja razões para ter a espinha dorsal na vertical.
Dementes. É a barbárie.
É a dança da chuva.
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O Brasil em transe. O fascismo nosso de cada dia... |
terça-feira, 24 de janeiro de 2017
Cosip provoca pessadelas e suorres frias
POR BARON VON EHCSZTEIN
Guten Tag, minha povo.
Bullenhitze! Esdá calor aí? Se tiver sol, aproveidem porque ainda é de graça. Porque no horra de acender o luz, muita xente vai ter pessadelas e suorres frias por causa do tal Cosip. Voll geil! É parra essas kommunisten aprenderrem a nón reclamar. Estón sempre a falar que a nossa querida Udo nón tem ideias? Entón tomem lá um ideia luminoso: mudar o taxa do Cosip para aumentar o arrecadaçón. E quem paga? Nem é um ideia luminoso… é brrilhante.
Foceis virón as verreadorras? Só três forram contra o mudança. Keine sorgen! Agorra foceis xá sabem por que a nossa querrida Udo é o prefeita móns limpas. É porque ele nón põe o món no massa e deixa as verreadorras fazer a servicinho. Sabe aquele eslogan “não tem segreda, tem trabalha”? Ezdá certo. Porque dá muito trabalha eleger um câmara de verreadorras só de ovelhinhas, parra fazer o que o prefeita quer.
E tem troco para essas kommunisten que vivem a chatear. Fremdschämen! O nossa querida prefeita fai trocar aquelas luminárrias fermelhas que o Garlito Merrrrrs colocou parra fazer propaganda da Partido das Trabalhadorres. Fai ficar tudo mais bonito e sem propaganda desses kommunisten que só querrem complicar o vida do xente trabalhadorra de Xoinville. Schwein gehabt!
Kräht der Hahn früh auf dem Mist, ändert sich das Wetter, oder es bleibt, wie es ist. Quer disser: esdá tudo certinho. Agorra os kommunisten nón cantam mais de galo. Ah... e se hoxe à noite estiver calor, nón ligue a ar condicionada e nem o ventoinha. Porque o conta pode sair carra.
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