ET BARTHES
Vida de jornalista é difícil, em especial quando se faz ao vivo. O pessoal do programa da televisão de Chicago, nos Estados Unidos, começou a relatar as imagens feitas pelo helicóptero que estava sobrevoando um acidente na auto-estrada. Mas depois de muitas conjeturas, os apresentadores perceberam que, afinal, estavam mostrando o cenário da série "Chicago Fire". Ao perceber a mancada e com cara de tacho, a moça diz: "vocês estão de brincadeira?" Bem... de brincadeira está quem não checou a informação.terça-feira, 4 de dezembro de 2012
Turismo em Joinville: a arte de arar o mar...
POR JORDI CASTAN
O José António Baço tem iniciado uma cruzada
aqui neste blog para falar de turismo, de como desenvolver ou construir uma
visão estratégica para o setor. Tem palpitado sobre a marca Joinville, ou a
marca região ou país.
Falar sobre turismo aqui é o equivalente a arar no mar. É por isso que comparo esta tarefa que o Zé tem se imposto, a uma mistura entre os trabalhos de Hércules e o de Sísifo. Acho inclusive que ele sabe que é inútil, mas mesmo assim não se furta a fazê-lo. O inútil do seu esforço e da sua pregação está diretamente ligado ao fato que aqui todo o mundo entende de turismo. E a melhor prova disso são os nomes que tem sido escolhidos para desenvolver o turismo aqui em Joinville. Quando todos entendem, ninguém escuta e o que presenciamos é um autentico diálogo de surdos.
Turismo é um negócio sério, que movimenta milhões. Aliás, o mais correto é falar de bilhões de turistas e, portanto, de muitíssimo dinheiro. Há todo tipo de turismo, do religioso muito bem explorado em Roma, Fátima, Lourdes, Jerusalém e os lugares santos. Ou em Meca, quando o público é muçulmano. Ou em Kandi, quando se trata de budistas. E assim por diante.
Temos também o turismo desportivo, que se alicerça em grandes eventos como os Jogos Olímpicos, a Copa do Mundo, os jogos regionais, como os Pan-Americanos, Pan-Africanos ou Pan-Asiáticos. Ou, inclusive, os jogos semanais das grandes equipes do mundo, seja de futebol, do basquete, do beisebol ou do apaixonante cricket, dependendo do país e da cultura.
Aqui a ausência de uma política séria, estruturada e sistêmica de desenvolvimento de promoção do turismo como uma atividade capaz de gerar renda e emprego, além de promover a imagem da Joinville, provavelmente está muito ligada à nossa crise de identidade. Nem somos a cidade das flores, nem a das bicicletas, nem uma cidade germânica. Não só não sabemos o que queremos ser, nem conseguimos ter uma ideia precisa do que somos. Ely Diniz propõe que Joinville seja a cidade da dança. Eu gostaria que fosse a das flores. E tem quem, ignorando que a revolução industrial cobrou um pesado preço da Manchester original, insiste em defender que somos a Manchester catarinense.
Enquanto há países que chegam a receber por ano mais de um turista por cada habitante, há cidades que multiplicam por seis ou mais vezes sua população com os turistas que a visitam. Gramado na serra gaúcha é um bom exemplo. Barcelona na Espanha é outro. Mas há dezenas de cidades que estão fazendo as coisas bem feitas.
Minha preocupação de leigo é que continuemos promovendo Joinville a partir de uma abordagem folclórica e tratemos o turismo como uma atividade econômica menor. Só quando recebemos visitas sentimos na pele a carência de infra-estrutura turística em que vivemos. No meu caso, um desafio adicional é achar uma lembrança de Joinville que possa levar, para fazer um pequeno agrado, a quem me recebe quando viajo ao exterior. Essa última tem se convertido numa tarefa praticamente impossível de cumprir.
Falar sobre turismo aqui é o equivalente a arar no mar. É por isso que comparo esta tarefa que o Zé tem se imposto, a uma mistura entre os trabalhos de Hércules e o de Sísifo. Acho inclusive que ele sabe que é inútil, mas mesmo assim não se furta a fazê-lo. O inútil do seu esforço e da sua pregação está diretamente ligado ao fato que aqui todo o mundo entende de turismo. E a melhor prova disso são os nomes que tem sido escolhidos para desenvolver o turismo aqui em Joinville. Quando todos entendem, ninguém escuta e o que presenciamos é um autentico diálogo de surdos.
Turismo é um negócio sério, que movimenta milhões. Aliás, o mais correto é falar de bilhões de turistas e, portanto, de muitíssimo dinheiro. Há todo tipo de turismo, do religioso muito bem explorado em Roma, Fátima, Lourdes, Jerusalém e os lugares santos. Ou em Meca, quando o público é muçulmano. Ou em Kandi, quando se trata de budistas. E assim por diante.
Temos também o turismo desportivo, que se alicerça em grandes eventos como os Jogos Olímpicos, a Copa do Mundo, os jogos regionais, como os Pan-Americanos, Pan-Africanos ou Pan-Asiáticos. Ou, inclusive, os jogos semanais das grandes equipes do mundo, seja de futebol, do basquete, do beisebol ou do apaixonante cricket, dependendo do país e da cultura.
Aqui a ausência de uma política séria, estruturada e sistêmica de desenvolvimento de promoção do turismo como uma atividade capaz de gerar renda e emprego, além de promover a imagem da Joinville, provavelmente está muito ligada à nossa crise de identidade. Nem somos a cidade das flores, nem a das bicicletas, nem uma cidade germânica. Não só não sabemos o que queremos ser, nem conseguimos ter uma ideia precisa do que somos. Ely Diniz propõe que Joinville seja a cidade da dança. Eu gostaria que fosse a das flores. E tem quem, ignorando que a revolução industrial cobrou um pesado preço da Manchester original, insiste em defender que somos a Manchester catarinense.
Enquanto há países que chegam a receber por ano mais de um turista por cada habitante, há cidades que multiplicam por seis ou mais vezes sua população com os turistas que a visitam. Gramado na serra gaúcha é um bom exemplo. Barcelona na Espanha é outro. Mas há dezenas de cidades que estão fazendo as coisas bem feitas.
Minha preocupação de leigo é que continuemos promovendo Joinville a partir de uma abordagem folclórica e tratemos o turismo como uma atividade econômica menor. Só quando recebemos visitas sentimos na pele a carência de infra-estrutura turística em que vivemos. No meu caso, um desafio adicional é achar uma lembrança de Joinville que possa levar, para fazer um pequeno agrado, a quem me recebe quando viajo ao exterior. Essa última tem se convertido numa tarefa praticamente impossível de cumprir.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Se você tivesse um Ferrari...
POR ET BARTHES
O melhor de ter grana não é poder comprar um Ferrari. É poder estacionar o seu bólido na sala de estar.
Até onde vai a coragem dos valentões do teclado?
POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Uma das maiores dificuldades que tive aqui no Chuva Ácida (e acho que os outros integrantes do blog também) durante as últimas eleições foi liberar os comentários de alguns leitores. Tinha muita gente que, sempre sob o anonimato, ficava corajosa e desatava a atacar a honra dos candidatos, seja por xingamento, denúncias sem comprovação ou invasão da esfera privada.Foram umas semanas em que desses valentões dos teclados não economizaram palavras como ladrão, corrupto, canalha. Um período em que também foram feitas muitas denúncias de enriquecimento ilícito, mas sempre sem provas. Outros casos comuns foram as tentativas de trazer a público coisas que são do foro privado dos candidatos.
O fato é que há um vazio legal. Sem medo de punição, as pessoas vem para a blogosfera falar o que querem. E transformam as redes sociais são uma não-terra sem lei, onde parece valer tudo. Já imaginaram, leitor e leitora, se essas pessoas tivessem que responder na Justiça por todas as besteiras que escrevem na internet?
A esse respeito, há um caso interessante no Reino Unido. Alistair McAlpine, antigo assessor de Margareth Thatcher, foi envolvido num caso de abuso de menores, através de mensagens no Twitter. Mas o homem alega inocência e agora vai processar milhares de twitteiros que ajudaram a espalhar aquilo a que considera difamação.
Pode parecer um absurdo processar tanta gente, mas o caso pelo menos pode abrir uma boa discussão. Vou pegar um caso exemplar no Brasil: o ex-presidente Lula. Vocês já se deram conta do número de mensagens com acusações violentas que surgem na internet todos os dias? Ladrão, corrupto, bandido e por aí vai.
Aliás, vou mais longe: quantas vezes você já escreveu ou repassou uma mensagem que contivesse esse tipo de afirmação? E pergunto: o que aconteceria se você, que odeia o ex-presidente, tivesse que provar, na Justiça, tudo o que diz sobre ele? Quero lembrar que por prova devemos entender evidências materiais. Ah... ler a Veja não constitui prova de coisa alguma.
Eu não sei o que vai acontecer no caso de Alistair McAlpine. Nem faço ideia se ele é culpado ou inocente. Mas torço para que o caso permita abrir alguma jurisprudência e no futuro pessoas sejam obrigadas a responder pelas coisas que dizem nas redes sociais. Porque com o risco de punição, a coragem desses valentões dos teclados desaparece.
sábado, 1 de dezembro de 2012
O lado bom das pessoas
ET BARTHES
É uma coisa já com algum tempo, mas que agora voltou a estar em foco nas redes sociais. Uma iniciativa da Coca Cola que pretende mostrar o outro lado das pessoas (o lado bom), em imagens capturadas pelas câmaras de vigilância.
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