domingo, 23 de outubro de 2011

Sejamos razoáveis


Por JORDI CASTAN





UdoDohler Udo Döhler 
Defendo ciclovias,mas sejamos racionais:não se cruza a cidade para trabalhar de bicicleta. O uso deve ser estimulado no Centro e nos bairros


O pré-candidato Udo Dohler tuíta com regularidade. E as suas tuitadas permitem conhecer melhor as suas opiniões sobre Joinville e alguns dos seus problemas e soluções que para os mesmos propõe.


Imaginar que Joinville continuará dividida entre norte e sul é uma visão ultrapassada. As cidades competitivas estimulam outro tipo de lógica: que as pessoas possam morar, trabalhar, comprar, estudar - enfim, viver - sem necessidade de passar boa parte do tempo se deslocando de um ponto a outro.

Achar que bicicletas são destinadas ao lazer e que ciclovias devem ser destinadas a áreas limitadas da cidade é desconsiderar um ponto importante. Ou seja, a necessidade imperiosa de que as cidades disponham de uma rede integrada de ciclovias, que ofereçam segurança e permitam que as pessoas possam fazer da bicicleta uma opção real de transporte. Sem manter os preconceitos do passado, quando se acreditava que as pessoas morariam num extremo da cidade e as indústrias se instalariam no outro. A maioria de atividades econômicas, especialmente as relacionadas aos serviços e comércio, podem ser instaladas em quase todas as áreas em que não comprometam a qualidade de vida das pessoas que lá moram.

Seria recomendável que o pré-candidato fosse razoável e revisse os seus conceitos.

Todo mundo odeia Carlos Tevez

POR ET BARTHES

É a primeira vez, em muitos anos, que Manchester United e Manchester City jogam em posições que permitem pensar no título. Mas o jogo deste domingo acabou por ganhar uma animação extraordinária. Uma empresa decidiu convocar os torcedores das duas equipes a se livrarem das camisas com o nome Carlitos Tevez... jogando-as no lixo. Se tem alguém que conseguiu atrair os ódios de toda a cidade é Tevez. Primeiro trocou os Reds pelo rival. Depois, num episódio que ficou famoso, negou-se a entrar em campo pelo City. Para sorte do argentino, parece ser um jogador que o Corinthians deseja muito.


sexta-feira, 21 de outubro de 2011

O boom do revolucionário

POR ET BARTHES

Dizer que Steve Jobs era um revolucionário é chover no molhado. Mas a compilação feita pelo autor deste vÍdeo prova que, além de revolucionário, o homem também parecia estar sempre pronto a explodir as ideias mais velhas. Não restam dúvidas. Ser revolucionário é mandar muitas coisas pelo ar. Boom!

Ninguém é perfeito. Nem Steve Jobs

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO


Vou aproveitar este relativo silêncio – entre os lamentos pela morte de Steve Jobs e a sua mais que provável canonização – para comentar um tema que sumiu da agenda midiática nos últimos dias. Aliás, é mesmo como se o assunto nunca tivesse existido.

O leitor e a leitora mais antenados devem estar lembrados das notícias de que os iPhones e iPads da Apple eram fabricados na China por trabalhadores tratados em condições sub-humanas. Ok... eram funcionários da Foxconn, um dos principais fornecedores da Apple. Mas, ainda assim, ligados à Apple.

Isso levanta uma questão. Steve Jobs era o CEO da Apple. Se sabia da exploração, então era conivente. Se não sabia, então era… Mas o que se pretende discutir aqui é uma ideia simples: ninguém é perfeito. Nem Steve Jobs, nem Madre Teresa de Calcutá, nem João Paulo 2º.
Aliás, é compreensível que na sociedade de hipeconsumo ocidental a morte do CEO de uma empresa cause quase tanta comoção como, por exemplo, a morte do Papa João Paulo 2º. O consumo (de gadgets) é a religião, por mais surrada que seja esta frase.

Ah… e não vamos esquecer que o pessoal mais ligado ao setor já começa a dizer que a Apple poderá se tornar uma nova Microsoft, a tão odiada Microsoft. Ou seja, monopolista. As constantes brigas na justiça com outras marcas não é obra do acaso. E quem duvida pode pesquisar na internet. Há uma enxurrada de textos a prever a Apple como monopolista.

Sei que é um risco questionar santidades – e Steve Jobs alcançou esse estatuto nos últimos dias – e imagino que muita gente vá ficar com o desejo de atirar uma maçã à cabeça. Mas não resisto a dizer que o processo de canonização talvez venha a revelar que, apesar de gênio, ele não era perfeito. Como qualquer um de nós.

Pelos motivos que apresento neste texto e pelos da Maria Elisa.