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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

É o final dos tempos... e vem na forma de veneno


POR RAQUEL MIGLIORINI
No final do mês de janeiro foi publicado, num jornal inglês, uma entrevista com o russo Dyomin Damir Zakharovich, que afirmava: o fim do mundo será no dia 16 de Fevereiro. Isso mesmo. Amanhã, segundo o russo, um asteróide se chocará contra a Terra e causará um tsunami tão grande que destruirá qualquer forma de vida do nosso tão sofrido planeta.

Já vimos e ouvimos outras previsões catastróficas e confesso que essa do asteróide não me assustou tanto quanto a que vi no início desse mês: o chamado Pacote do Veneno do governo temeroso temerário. Ao contrário do asteróide, essas medidas, se implantadas, não destruirão o planeta todo. Apenas nosso país, com todas as populações animais e vegetais aqui existentes, sofrerá com requintes de crueldade e gradativamente desaparecerá.

A extinção brasileira será precedida de muitas doenças severas, com contaminação da água e do solo. Quando os humanos perceberem que estão doentes e que tudo ao seu redor está contaminado, já será tarde demais para qualquer ação saneadora. Isso sim é que é catástrofe. O asteróide parece um presente diante do quadro apresentado.

O Projeto de Lei 3200/2015, que tramita na Câmara Nada Ilibada de Deputados Ruralistas Federais, foi apresentado pelo deputado Covatti Filho, PP/RS, que em novembro do ano passado fez um papelão em Washington, bebendo exageradamente com mais 2 colegas num seminário que  discutia a meta da OMS para reduzir em 10% o consumo nocivo de álcool até 2025.

O projeto trata de tudo o que se refere a agrotóxicos, como controle, inspeção, embalagens, produção, etc e pretende revogar a lei 7.802 que regulamenta o uso desses defensivos e que precisa ser modernizada, mas nos padrões europeus, que torna tudo mais restritivo quando o assunto é saúde.

O ministro Blairo Maggi já havia apresentado o Projeto de Lei 6299/2002, que estava engavetado mas, em julho de 2016 foi apensado ao outro projeto. O agropecuarista Maggi vai mais além no pacote do veneno: quer tirar das embalagens as caveiras, o nome agrotóxico, e liberar todos os venenos que não matem de forma aguda, ou seja, na hora em que forem utilizados. Qualquer estudante de Ensino Fundamental sabe que venenos matam de forma crônica, a médio e longo prazo. Maggi quer liberar os princípios ativos proibidos no mundo todo e permitir o uso em qualquer quantidade, sem regulamentação.

O asteróide parece um bom fim, não?