Mostrando postagens com marcador Picasso. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Picasso. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Ofereçamos flores aos rebeldes que fracassaram

POR JORDI CASTAN


O final do governo Carlito Merss e do seu PT merece ser analisado desde vários ângulos. A entrevista queconcedeu ao jornal A Noticia de Joinville mostra que, apesar do tempo transcorrido desde a sua entrada na política, a sua longa carreira política e de ter governado Joinville durante quatro anos, o prefeito não conseguiu aprender com os seus erros. Parte da dificuldade em aprender com os erros deriva do fato de não considerar como próprios os erros cometidos. É justamente este um dos seus maiores erros.

O grupo de acólitos que formou o núcleo duro do seu governo foi o que mais ajudou a cavar a sua fossa política, ao fazê-lo acreditar que não houve em Joinville outro governo melhor, mais democrático, mais participativo, que tenha realizado mais quantidade de obras e que tenha mudado tanto e de forma tão determinante o perfil da cidade.

Proponho, neste momento, que ofereçamos flores a este grupo de rebeldes que chegou ao poder depois de repetidas investidas e que, tendo conseguido alcançá-lo pelo voto, desperdiçou a oportunidade histórica. Acreditaram que seria possível governar desde a teoria, que a sociedade compreenderia a falta de experiência, que o joinvilense seria condescendente com um grupo que tentou substituir a incompetência pelo entusiasmo. Mas a paciência teve um limite. E este limite foi breve, muito breve. As críticas surgiram rapidamente quando ficou evidente que a esperança depositada no candidato não correspondia a capacidade gerencial dele e da sua equipe.

Nem no quesito participação popular e gestão democrática, que deveria ter sido o seu ponto alto, o resultado foi positivo. O OP - Orçamento Participativo, que durante anos foi uma bandeira do PT e do candidato Carlito Merss, quando militava na oposição, não conseguiu ter continuidade durante todo o seu governo. A partir da metade do seu mandato não foram convocadas novas reuniões e as obras programadas não foram executadas. Para completar, houve repetidos intentos de influenciar os projetos que deveriam ser escolhidos pelos delegados eleitos por cada região e cada bairro. O resultado foi mais frustração e descrédito.

Acabado de forma triste e melancólica  o governo Carlito Merss, só nos resta oferecer flores para homenagear este grupo de idealistas utópicos que, quando tiveram oportunidade a desperdiçaram e fizeram quando foi governo, igual ou pior que os que os antecederam, acabaram se igualando aos que tanto e durante tantos anos criticaram.