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segunda-feira, 25 de maio de 2015

A administração pública no escuro



Quem acha que a administração pública segue os princípios de eficiência, economicidade e bom senso - fatores que devem nortear qualquer economia da mais simples à mais complexa - talvez tenha que rever os seus conceitos.

Há uma tendência natural para a gastança irresponsável e o esbanjamento quando o que se gasta é o dinheiro dos outros. O dinheiro que comumente se chama “dinheiro público” é um dinheiro que, na cabeça do administrador público, cai do céu, como um maná bíblico. A situação é mais esdrúxula quando quem administra o dinheiro do contribuinte assume o papel de administrador exemplar, de cuidadoso zelador dos interesses do pagador de impostos e acaba cometendo os mesmos erros e vícios de quem paga as contas com dinheiro de outros.

Em Joinville, um caso interessante é o da iluminação pública. Na administração do prefeito Carlito Merss, na maioria das principais ruas da cidade foram trocadas as luminárias com recursos originários da COSIP. Dinheiro que todos os consumidores de energia pagam a cada mês na sua conta e que tem o seu destino determinado por lei: custear a iluminação pública. Dinheiro que se acumula mês a mês em conta espec´fica.

Alguém viu alguma ação deste governo para reduzir a conta? Não viu e não verá. Porque não há a menor preocupação com o dinheiro do pagador de impostos. O que poderia ser feito? Muito!

Começamos? Primeiro a troca de todas as lâmpadas dos sinaleiros de incandescentes por led. O sistema de led é mais econômico e representaria uma importante economia para uma cidade que fizesse da sustentabilidade uma das marcas da sua gestão. Vamos recapitular, trocar as lâmpadas incandescentes por leds representará menor consumo, uma cidade mais eficiente e a redução de custo deveria ser repassada ao contribuinte. Ainda o led tem uma duração maior, requer menos trocas e o custo da manutenção semafórica acabaria também sendo menor. Ou seja, outra redução de custo que deveria beneficiar ao joinvilense.

Continuamos? As luminárias que há menos de quatro anos foram trocadas pelas luminárias vermelho PT utilizavam lâmpadas alógenas de consumo maior que o led. Mas sendo menos eficientes. A administração municipal da época poderia ter aproveitado a troca das luminárias para dar um passo em frente e reduzir o consumo de energia. Não o fez. Perdeu a oportunidade de avançar na sustentabilidade. Afinal, como a conta é paga pelo contribuinte via COSIP ninguém teve a menor preocupação com a eficiência energética.

Agora esta administração inicia a troca das luminárias vermelhas por outras novas, mais eficientes, que utilizam a tecnologia led. Hora de aplaudir? Ainda não. Trocar luminárias com menos de 4 anos é necessário? Há áreas mais prioritárias? Ah... já sei. A turma de sempre vai comentar que o Chuva Ácida e o Jordi Castan, em particular, só critica esta gestão, que nada foi bem feito. Pode ser que tenham razão. Mas a verdade é que esta administração que se elegeu com o discurso da gestão esta cada vez mais parecida com a que a antecedeu. Há falta de obras, quer mostrar que dedica-se a trocar luminárias.

O resultado para o contribuinte é evidente. Se há dinheiro da COSIP para desperdiçar é porque a conta está muito alta. Querem elogio? Reduzam a conta da COSIP, façam o seu cálculo mais transparente. Há dinheiro demais na conta e este dinheiro é dinheiro meu, seu, de todos. Aliás, o legislativo faria bem me trocar às sessões de homenagem e bajulação por uma fiscalização mais eficiente do executivo.