terça-feira, 18 de julho de 2023

Se Floripa vai ter o Dia do Batman, Joinville devia ter o Dia do Riquinho

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO

Floripa pode vir a ter o Dia do Batman. E eu, que sou muito invejoso, fico a imaginar a criação de uma data para Joinville poder competir com a capital. Depois de um extensivo benchmarking (palavrinha que esse pessoal do Novo adora de paixão), tenho uma sugestão a fazer: que tal criar o Dia do Riquinho? Sim, aquele menino podre de rico. Não sei se vocês concordam, mas acho que tem tudo a ver com a vida política da cidade.

Riquinho é um personagem das histórias em quadrinhos criado por Alfred Harvey e Warren Kremer. É um garoto herdeiro de uma fortuna. As histórias de Richie Rich, o seu nome em inglês, geralmente envolvem aventuras a explorar o seu parque de diversões privado ou a enfrentar vilões. Olha a metáfora aí, gente: poderíamos dizer que os vilões são os caras da esquerda (geralmente pobres de marré) e o parque de diversões seria a própria cidade. Não faz sentido?

Resumindo, Riquinho é conhecido por ser uma criança rica, muito rica. É herdeiro de uma fortuna incomparável, proveniente dos negócios bem-sucedidos de seus pais e ancestrais. Na história em quadrinhos, a sua riqueza é retratada através de uma mansão gigantesca, conhecida como "Mansão Rich". Sem querer ficar repisando nas metáforas, acho que podemos fazer outra analogia com um certo prédio na avenida Hermann August Lepper, que também é muito grande.

O personagem Riquinho é tido como inteligente, tudo graças à sua educação privilegiada. Mas há um contrassenso. Se existisse em carne e osso, o rapaz seria bolsonarista, até porque é uma questão de classe. Os muito ricos – em especial de Joinville – adoram Bolsonaro. Mas não existe coisa mais desinteligente do que ser bolsonarista. Enfim, mesmo que uma pessoa seja criada com iogurte de leite de beija-flor, isso não é garantia de pensamento sofisticado.

E como o pessoal que manda na city tem o mindset nas coisas do marketing, proponho a introdução de um processo de "ritual markerting". A data (um feriado, claro) seria a 15 de dezembro, o Dia do Jardineiro, e teria um ritual: nesse dia seria implantado o costume de dar flores e livros. A ideia é inspirada na festa de Sant Jordi, o santo padroeiro da Catalunha. Lá são rosas, mas em Joinville pode ser qualquer flor. Quanto aos livros, só obras do “filósofo” Olavo de Carvalho.

Vai ser um sucesso. Chupa, Batman. Chupa, Floripa.

É a dança da chuva.

Em Floripa, Dia do Batman. Em Joinville, Dia do Riquinho



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